Terapia De Casal escrita por MsRachel22, Bruna O


Capítulo 2
Capítulo 2: Bofe-pai




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Eu caí num arbusto fuá e cheio de folhas feias. Coisa mal cuidada... Aquela siliconada não tem dinheiro para pagar um jardineirozinho não? Siliconada pobre. Levantei quase caindo, com classe. E notei que meu salto tinha quebrado.

DEI PITÍ!

DEI, E NÃO FOI NA MALÍCIA! Por enquanto, né...

— AAAH! SUA QUADRUPIDE DOS INFERNOS, RESTO DAS PROFUNDEZAS DO MAL-SENSO DE MODA E BELEZA, SUA PANDEMONIA LOIRA MAL PINTADA E MAL COMIDA! MEU ÚTERO PARA VOCÊ, ASSEXUADA DO DIABO! — marchei até a entrada daquele lugarzinho e empurrei a porta. Oh sim, algo como lado masculino brilhava através de meus fios sedosos. QUE FUÁ!

Fui até a sala da loira siliconada e empurrei a porta com tudo. Ela me olhou com desprezo.

— O que aconteceu dessa vez? — ela perguntou colocando algumas folhas de lado.

— Aquela macaca loira com um espantalho na cabeça ousou me agredir! — disse com revolta. — E ainda quebrou meu salto da diva Madonna!

— E o que eu tenho a ver com isso? — ela perguntou se recostando em sua cadeira.

— Como assim o que você tem a ver com isso? — perguntei com a voz elevada. — Como você permite que uma mal comida como aquela com aquele palavreado fim de feira se trate num lugar assim?

— Ela está pagando, isso que importa.

— Dinheiro obtido com o tráfico, aposto! — disse cruzando os braços. — Porque com sexo é que não foi. Imagina aquela quadrúpede numa esquina, Deus benza a pobre alma!

— Você pode me contar o que aconteceu?

— Bebê, está vendo esse salto? — perguntei apontando para meu lindo salto da diva. — Ele não se quebra sozinho! Foi aquela assexuada do demônio que quebrou!

— E como ela fez isso?

— Apenas porque eu tentei ajudar o relacionamento dela com aquele bofe acastanhado dorminhoco sexy, ela me lançou pela janela! Eu não tenho culpa se ela não tem uma vida sexual satisfatória. A culpa não é do bofe, é dela. Eu senti uma atração sexual rolando entre mim e o bofe, ele queria me comer. E mais do que com os olhos.

— Você está falando do Shikamaru?

­— Então esse é o nome do bofe com sono? Bom saber... Comigo ele não teria motivos para ficar com sono, siliconada. — murmurei um pouco alto demais.

— Me chamou do que, bicha maldita? — ela falou.

— ÊPAAAAAAAAAAAAA! BICHA NÃO, MEU AMOR! — esbravejei ouvindo minha divinésima voz elevar-se as alturas. — EU SOU UMA VERSÃO DA BRANCA E MAIS GOSTOSA DA BEYONCÉ, MEU BEM! Sua siliconadinha pobre. Aposto que você ainda está pagando as prestações desses peitos falsos aí!

— Você quer perder seu emprego, bicha histérica? — ela questionou sem paciência fazendo uma cara endiabrada.

— SIM! Até parece que muá vai trabalhar para uma sem classe fim de feira fubá como você. — joguei meus belos e invejáveis cabelos para o lado. Fiquei na ponta dos pés e rodopiei. — E histeria é uma coisa que não pertence a este corpinho sensual. Isso é coisa de gente desdivada como você.

— Ótimo. Está demitido. Ou demitida. — a velha falou e me desequilibrei. E o outro salto quebrou.

DEI A LOUCA! E NÃO OUTRA COISA!

— O QUE? Você não pode me demitir, apenas muá se demite! — berrei em desespero. — Sou a rainha da diveza - depois da Madonna -, eu não trabalho sua desclassificada! Eu me demito ok? — falei e a velha loira sorriu maníaca. — Até nunca mais peitos velhos e bofes maravilha. Minha nana-diveza é requisitada nos braços de Kabu, povo fubá.

Abri a porta para sair daquela sala com classe, mas cai para trás ao bater em um corpo viril e musculoso. Levantei a cabeça para visualizar em quem eu havia me esbarrado torcendo para que fosse um dos deuses gregos. Mas minha boca se abriu gradativamente ao perceber que não era um deus grego. ERA O PAI DE TODOS ELES!

— Quem é esse, Tsunade? — o deus grego perguntou com uma voz baixa e grossa. ADORO COISAS GROSSAS!

— É... Qual o seu nome mesmo? — ela me perguntou.

Eu continuei o fitando e não conseguia falar.

— Orochimaru. Esse é o nome dele... É um ex-funcionário... — ela disse voltando a ler os papéis sobre sua mesa.

—Orochimaru, me desculpe, acabei te derrubando. — ele disse e estendeu sua mão para mim.

Aceitei sua mão prontamente e ele me ajudou a levantar. Senti um arrepio em todo meu corpo devido ao seu toque másculo.

— Pode me chamar de Oro. — disse com minha voz sensual.

— Certo, Oro... Por que a roupa de bailarina? — ele perguntou apontando para minha roupa.

— Porque eu fico uma diva nela! — disse dando um rodopio.

— Ah, sim. — ele riu sem jeito.

— E quem é você? — perguntei tentando fazer uma pose sexy.

— Eu sou Jiraya, sou o vice-diretor daqui.

— Hum, Jiraya... Que nome viril. — falei passando a mão pelo seu tórax. E QUE tórax!

— Hã, Tsunade, podemos conversar? — ele perguntou à peituda se desvencilhando de mim.

Permaneci onde estava o fitando. Eu estava no paraíso! Jiraya era alto e visivelmente musculoso, tinha os cabelos grisalhos longos e traços marcantes. Era o homem dos meus mais íntimos desejos. Claro que amo Kabu, mas meu bem, aquele homem, era O homem.

— Peituda... — disse me aproximando da sua mesa. Ela me fitou com a cara fechada. — Eu preciso conversar com você.

— Estou ocupada agora, se não percebeu. — ela disse.

— Mas você irá falar comigo, eu sou vip, meu bem. Muá não é fubá, entendeu? — fiz a rima, tentando soar o mais sensual possível. Ri um pouco de mim mesma. Eu EXALO sensualidade. Logo notei o olhar o bofe-pai-de-todos me analisando. Ele quer meu corpo nu, e estou tentada a ceder...

— Por que você está com essa cara, bicha estranha? — a peituda perguntou com descaso.

DEI PITÍ! E não dei outra coisa porque o bofe maravilha ainda não aceitou...

— OLHA AQUI, SUA PEITUDINHA COM CARA DE MATUSALÉM PÓS-RESSACA DO MAIS PROFUNDO INFERNO DO ÚTERO DO TRAVESTI QUE LHE PARIU! — senti minha voz elevar-se sensualmente e histericamente, e ainda assim, afinado. — EU SOU UMA VERSÃO MELHORADA E SEXY COM FIOS MAIS SEDOSOS QUE JUSTIN BIEBER E COM CORPINHO MAIS ESCULTURAL DO QUE A JAY-LO. EU SOU A BOYFRIEND DELE, MEU AMOR!

— O que foi que você disse? Repita se tiver coragem, assexuado infernal, porque a próxima maquiagem que vai estar na sua pele de vadia travesti vai ser para mortos. —a peituda falou séria e com cara de maníaca.

— Estás de inveja porque não tem este corpinho escultural? — perguntei enquanto jogava meus cabelos para os lados. Andei na ponta dos pés até a peituda e encarei sua cara de botox. — Apenas o bofe maravilha terá este corpo nu e belo em sua cama, ou em seus braços, ou no seu carro, ou na sua moto, ou num beco, ou num bar, ou no chão ou nas alturas... Espera, eu é que vou levá-lo às alturas, meu bem. Saiba que meu requebrado é tão sensual que eu mesma me pegaria de jeito.

A peituda arqueou uma sobrancelha em minha direção, enquanto sentia que o bofe-pai-de-todos me encarava. A peituda respirou fundo e me fitou seriamente.

— Não faço a mínima noção do que você está falando. Mas é bom que saia dessa sala agora mesmo ou perderá seu emprego. E seu cabelo. — ameaçou a peituda com uma voz fria.

— Eu não irei sair daqui até que você diga aquela quadrúpede do inferno que existe um lugar chamado escola no final da rua onde ela deveria estar nesse exato momento, já que para falar daquele modo favelado sua vida de tráfico deve ter se iniciado aos cinco anos de idade! — gritei irritada. — E você não se atreveria a tocar no meu divo cabelo!

— Quer tentar? — a peituda perguntou levantando-se abruptamente da sua cadeira.

Pulei para trás com medo e agarrei-me firmemente ao bofe-pai-de-todos. Kami, QUE HOMEM!

— Seu botox barato está se desfazendo querida, pois sua face demoníaca está se revelando. — disse colocando minha mão sobre a cintura.

— O que você disse?

— Hã, Oro, acho melhor você sair agora. — o bofe-pai-de-todos disse tentando me empurrar em direção à porta.

— Mas eu não quero me afastar de você e eu sei que você também não quer se afastar de mim. — disse sensualmente o fitando nos olhos.

— Eu realmente acho que você deve sair agora. — ele disse tirando minha mão sobre seu braço e abrindo a porta.

Ele empurrou-me para fora e fechou a porta rapidamente na minha bela face. Bati na porta com força e ele a abriu novamente.

— O que foi Orochimaru? — ele perguntou suspirando.

— É Oro pra você. E eu sei o que você está fazendo. — sorri para ele.

— E o que eu estou fazendo? — perguntou enquanto franzia o cenho.

— Você está se fazendo de difícil, mas tudo bem... — disse enquanto passava a mão pelo seu tórax. — Adoro homens difíceis! — disse e me virei.

 Comecei a saltitar livremente pelo corredor. Não tinha mais nada para fazer naquela espelunca, e com certeza eu não sujaria minhas belas unhas novamente limpando aquele lugar. Decidi então entrar em uma das muitas portas que havia ali para poder ver se encontrava algum dos bofes maravilha que havia visto antes.

E não é que a sorte estava do meu lado? O loirinho bronzeado com cara de alegre e pedaço de mau caminho estava na sala. Ele estava acompanhado por uma mulher cega que vestia roupas fundadas nas meretrizes da cafonice.

— Só porque ela é cega você não pode vesti-la com essas roupas de desconto de lojinha de feira. — disse meneando a cabeça.

— Eu não sou cega! — a cegueta disse com a voz irritada.

— Você não é cega? — perguntei confusa.

— Não. — ela respondeu.

— Então me diga onde você comprou essas roupas horríveis para que eu possa processar a loja por poluição visual.

— Minhas roupas não são horríveis! — ela exclamou nervosa.

— Fora esse corte de cabelo. — continuei a fitando com a expressão enjoada. — Ninguém te disse que corte de poodle é proibido em cabelo?

— Meu cabelo parece com o de um poodle? — a cegueta questionou ao loirinho bronzeado.

— Claro que não amor, seu cabelo é lindo. — o loirinho respondeu dando os ombros.

— Aposto que o problema de vocês é falta de comunicação. — disse enquanto me sentava numa poltrona cruzando minhas belas pernas.

— Como você sabe? — o loirinho perguntou me fitando confuso.

Mi amore, se você não disse a ela que o cabelo dela parece um poodle isso me soa como falta de comunicação. — disse sinceramente. — E falta de sinceridade. O que mais você não disse a ela?

— Mas o cabelo dela não se parece com o corte de um poodle. — tentou justificar o loirinho.

— Aposto que não lhe contou que ela está gorda.

— Gorda? — a cegueta perguntou ao deus grego.

— Meu bem do jeito que você está não sei nem porque este segundo andar continua de pé.

— Eu estou gorda? — ela questionou começando a chorar em seguida.

— Olha aqui, meu bem, a verdade é essa: você é cega, você não consegue ver seu reflexo no espelho primeiro porque não caberia e segundo porque você é cega! — falei sinceramente e a cegueta me fuzilou. Comecei a rir e o loirinho sedução me encarou com cara de idiota.

— O que é tão engraçado? — ele perguntou confuso com meus risos altamente sinfônicos.

— A cega não pode me encarar, porque ela é cega e parece uma cigana! AH, como eu sofro com essas fubás... Se você pudesse enxergar cegueta, pode ter certeza, você está gorda e maltrapilha, além de parecer uma cigana com a cabeça pequena e corte de poodle, daqueles abandonados na rua, sabe? — falei mexendo as mãos, de um lado para o outro enquanto a cegueta parecia que ia me matar enquanto chorava.

— Eu tenho uma cabeçinha? — ela perguntou arrasada.

— Amor, é que... — ele tentou falar, mas o interrompi. Odeio falsidade de bofe.

— Você tem uma cabeçinha sim, meu bem. E bofe, eu não sei o seu nome, não sei a sua idade, mas gostaria de saber o tamanho da sua identidade... — murmurei enquanto o encarava sensualmente. Senti que ele estava ficando tenso. Ou será tesudo por mi corpo?

— NARUTO, SEU MENTIROSO! — a cegueta o acertou com alguns tapas, no estilo “briga de vadias”. Levantei e fiquei na frente, empurrei a cegueta e puxei o bofe para perto de mim. — E SAI DE PERTO DELE, SUA... SUA COISA!

Antes que eu desse pití...

— Bofe-maravilha, você é bem safadinho né? Gosta de apanhar de mulher, seu sacana?! Não tem problema... Eu sou uma mulher. E posso de bater de outro jeito, noutra hora... O que me diz, meu bem? — perguntei extremamente diva e sexy.

— Você é o quê? — ele perguntou meio confuso. Beleza e inteligência naquele bofe eram caminhos separados pela nascença dele. Não se pode ter tudo.

— Uma mulher. — repeti jogando meus cabelos lindos, lisos e sedosos. Mofem de inveja!

— ISSO É UMA... UMA COISA! — a cegueta repetiu.

Agora eu dou pití. SÓ NÃO DOU OUTRA COISA PORQUE O BOFE NEGA! Mas bem no fundo ele quer... E eu também... Bem no fundo. E NÃO É NA MALÍCIA! Por enquanto.

— ÊEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEPA! COISA NÃO, MEU AMOR! EU SOU UMA VERSÃO DEVASSA DA SEXUALIDADE FEMININA, MINHA QUERIDA! VOCÊ PODE IR PROCURANDO UMA CANECA SUA CEGA DE ESQUINA DE PROSTÍBULO COM CABELO SEBOSO E DE CACHORRO MAL-AMADO! SAIBA QUE EU INVENTEI O ÚTERO, TAMANHA É A MINHA FEMILINIDADE! EU PUS ANGELINA JOLIE NESTE MUNDINHO E NO DICIONÁRIO ESTÁ A MINHA FOTO NO LUGAR DE SENSUALIDADE! — falei mantendo minha pose de diva.

E rapidamente a cega começou a ver. Uma expressão demoníaca e chorosa tomou conta do rosto empalidecido dela. Arregalei os olhos enquanto ela avançava. Andei para trás, mas tropecei em meus divos saltos e quase caí na janela, o bofe loiro me salvou antes que o mal ocorresse.

— OH, MEU HERÓI! — esbravejei e o abracei, pronto para dar o gosto precioso de meus lábios em sua boca sensual.  Mas antes disso, enquanto meu biquinho divo formava-se a cegueta agiu mais rápido.

— VOCÊ VAI VER QUEM É O SEU HERÓI! — a cega gritou e me puxou e logo me deu um soco.

POR QUÊ? OH, MUNDINHO DESPROVIDO DE DIVEZA? O QUE EU FIZ PARA MERECER ISSO?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Yo!
Mais um capítulo, depois de uma imensa demora. Esperamos que vocês gostem, desculpem a demora (falta de imaginação ataca novamente) e comentem sobre o que acharam. ^-^
Não há uma data exata para as postagens e para atualizar a fanfic, mas vamos tentar atualizar a fic com mais frequência. Taí o segundo capítulo, qualquer erro nos informem, e é isso.
Até o próximo!
o/