– Mãe. Não posso ir embora. – Eu disse baixinho e olhando para Lucas.

Ele ainda não tinha percebido minha mãe ali.

– Ah. Oi. – Ele disse logo que a viu.

– Olá. Meu nome é Victória. – Ela estendeu a mão para cumprimentá-lo.

– Prazer em conhecê-la Sra. Hung. Meu nome é Lucas, Lucas Kintle.

– Bem, acho que vou pegar um suco na lanchonete. – Ela sorriu e piscou para mim. – Podem ficar a vontade.

Ela saiu e nos deixou a sós.

– O que está acontecendo? – Ele perguntou confuso.

– Ah. Bem... Ela acha que estamos namorando.

– O que? Por quê?

– Por favor, não fale que é mentira, precisamos resolver as coisas da casa e é amanhã ou nunca, é a minha vida que está em jogo!

– Como assim?

Eu contei tudo que iria acontecer se isso não acabasse logo e que não adiantaria eu me mudar, eu acabava com tudo de vez agora ou nunca.

– Isso é loucura. – Ele disse olhando como se não quisesse acreditar.

– É a ultima chance. Domingo é Halloween e hoje já é sexta. – Eu disse tentando convencê-lo.

– Ta ok. Pode contar comigo. Também quero ajudar.

– Obrigada. – Já me sentia mais aliviada.

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– E é por isso que eu não quero voltar para Nova Jersey. Ele me salvou e eu estou feliz aqui. – Eu disse olhando para meus pais que estavam de frente para mim no quarto do hospital.

– Ai! Isso é tão lindo! Pena que teremos que voltar ainda hoje para Nova Jersey. – Minha mãe, extremamente sentimental disse, deixando Lucas envergonhado.

– Cuide bem dela. Estou de olho em vocês. – Disse meu pai encarando Lucas e me abraçando. – Tchau minha filha.

– Tchau minha filhinha linda! – Minha mãe me abraçou e quase me deixou sufocada.

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Brenda e eu tivemos alta e quando entrei no carro do J me lembrei que tinha que ligar para Camila.

– Ela não atende! – Eu gritei. – Vamos até a casa dela, eu tenho o endereço.

Quando chegamos lá ninguém nos recebeu, então eu empurrei o portão que já estava meio aberto. Entrei e gritei pelo nome de Camila, mas nada. Rodeamos a casa e decidimos invadir. Quando entramos sentimos um cheiro forte, estávamos procurando pela casa inteira até que decidimos ir ao quarto. O cheiro ficou mais forte ainda, quando olhamos Camila estava morta ao lado do telefone, foi quando eu me lembrei de quando ela me ligou. Eu e Brenda saímos correndo dali gritando enquanto James e Lucas tentavam encontrar pistas.

– Vou chamar a ambulância. – Lucas disse me abraçando, pois viu que eu estava chorando e me sentindo culpada.

– Eu podia ter dado atenção a ela no telefone... – Eu disse chorando.

– Não é culpa sua! Se aquela coisa não tivesse aparecido no quarto e eu tivesse gritado... Mas por que ela morreu antes da gente? Estávamos lá primeiro! Moramos lá!

– Foi tudo planejado! – James disse como se já soubesse o que estava acontecendo.