The trouble it might drag you down

If you get lost, you can always be found

Just know you’re not alone (know you’re not alone)

Cause I’m going make this place your home

Oh, oh, oh, oh, oh ,oh

Estava escuro, e eu não gosto de escuro. Porque eu tinha que brigar com ela? Porque nós duas tínhamos que ser tão diferentes? Porque eu tinha que amar tanto ela?

Eu não conhecia essa área da cidade direito, afinal, foi ela quem cresceu aqui, não eu. Mas depois daquela discussão, eu não queria mais ficar na casa dos pais dela. Mas está muito tarde e esse lugar está cheio de duendes, gnomos e outras criaturas malvadas.

_ Está perdida mocinha? – perguntou um rapaz e eu tremi de medo. Ok, prefiro os gnomos.

_ N-n-não, só estou indo encontrar minha esposa. – respondi e ele riu.

_ Uma moça bonita como você, casada com outra mulher? – perguntou ele e eu engoli em seco – Tadinha, deve ter sido mal tratada para ter recorrido a outra mulher. Vem comigo que eu vou cuidar de você.

_ N-n-não, eu preciso mesmo ir. – tentei me desvencilhar, mas ele estava me puxando mais forte.

_ Ora, eu insisto. – ele disse colando nossos corpos e eu quis chorar – Se você for boazinha, não vai doer.

_ Acho melhor você ser bonzinho e largar minha mulher, ou vai ver o que a rainha de Lima Heights é capaz de fazer. – ouvimos alguém e ele se afastou bruscamente, parecendo assustado.

_ Er... Oi Santana. – cumprimentou enquanto minha esposa se aproximava. Eu corri até ela, que me abraçou – Nós só estávamos conversando.

_ Claro, e você estava esfregando esse pinto aidético nela de brincadeira né? – rosnou ela e ele se encolheu – Aconselho você a dar o fora daqui, antes que arranje problemas.

Ele apenas acenou com a cabeça antes de sair correndo, apavorado. Santana ainda ficou encarando o local por onde ele tinha ido alguns instantes, firmemente, antes de me abraçar mais apertado e beijar minha testa.

_ Você está bem? – perguntou ela e eu assenti – E o bebê? Alguma coisa errada com o bebê?

_ Acho que não... – respondi – Eu pelo menos não estou sentindo nada de diferente no momento.

_ Britt, você não pode sair correndo assim, especialmente estando grávida meu amor. E já é tarde. – explicou ela e eu concordei – Vem, eu trouxe o carro. Vamos para casa.

_ E seus pais? – perguntei e ela apanhou o celular, digitando algo.

_ Já avisei que te achei. – respondeu ela, dando partida no carro. Não falamos nada no caminho todo para nosso apartamento. Chegando lá, descemos ainda em silêncio e subimos para nosso apartamento – Vai tomar um banho, vou preparar algo para comermos.

Concordei e fui para o chuveiro, tentando tirar o cheiro ruim daquele cara de mim. Quando sai, Sant estava sentada na cama, lendo o livro de nomes, e tinha uma bandeja de comida do lado.

_ O que você acha de Lily? Quer dizer pureza. – disse ela, enquanto eu colocava a camisola já apertada por causa da barriga de quatro meses. Sério, o cara pretendia me estuprar grávida?

_ Eu já falei que nome eu quero. – resmunguei, pegando um pouco de sorvete e colocando na boca, enquanto Santana suspirava.

_ Meu amor, Unicórnio não é um nome viável. – disse ela e eu resmunguei – Britt, lembra quando aquela atriz batizou o bebê dela de Blu Bear e você falou que era estranho? É o mesmo princípio.

_ Mas eu gosto de unicórnios. – reclamei – E a bebê também vai gostar.

_ Não estou discordando meu amor. – retrucou ela, estendendo a mão e acariciando minha barriga – Só que existem outras milhares de coisas com unicórnios que podemos dar a ela, não especificamente o nome.

_ É que eu queria um nome com amor sabe? Unicórnios são amorosos. Todos os amam e eles amam a todos. – expliquei e ela riu.

_ Então que tal Amanda? – propôs ela – Amanda quer dizer “digna de ser amada”. Mas existe a chance de ela ser um pouquinho mandona.

_ Sendo sua filha isso já vai ser de praxe amor. – brinquei e Sant fez bico – Mas eu gosto do nome.

_ Bebê, fala para a mama... – disse Santana se deitando e encostando a cabeça na minha barriga – Você gosta do nome Amanda?

Em resposta, a bebê deu um chutinho e nós duas rimos.

_ Interpretamos como um sim? – perguntei e Santana concordou – Então está decidio: Amanda Pierce-Lopez.

_ Adorei. – garantiu minha esposa, me dando um selinho – Nós não precisávamos ter brigado por isso né?

_ É... – concordei envergonhada – Desculpa a cena na casa dos seus pais.

_ Tudo bem meu anjo... Eu sei que os hormônios fazem uma bagunça com você. – garantiu ela – Mas eu fiquei com tanto medo quando você saiu de lá... Quando você sumiu.

_ Eu também fiquei com medo. Não é legal me perder. – concordei – Mas você me achou.

_ Eu sempre vou te achar Snow. – brincou ela e eu ri.

_ Acho que eu pareço mais o Charm. – retruquei e ela riu.

_ Faremos assim, você é a Emma e eu a Regina. – propôs ela e eu fiz careta.

_ SwanQueen? – perguntei – Ah não amor, eu gosto mais da Emma com o August.

_ Ah, qual é, Emma e Regina e tão...

E começou mais uma discussão, como todas aqui em casa. Mas essa, eu faria questão de encerrar aqui na cama.

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Santana estava sentada junto de Quinn, uma sorrindo para a outra enquanto cantavam. Me senti triste por não poder estar lá com elas, por estar separada de Santana.

Vi que Sam estava meio avoado olhando Mercedes e encostei em seu ombro, afinal, estávamos ambos no mesmo barco. Ele apenas se abraçou com força e, encarando aqueles lindos olhos latinos escuros, fiquei sonhando com o dia que tivéssemos nossa Amanda, uma unicórniazinha que seria muito digna do nosso amor.