Hey Lord! escrita por Fany


Capítulo 8
Sua governanta, tem família e novos amigos


Notas iniciais do capítulo

Yo, muuuuuuuuito obrigada pelos reviews e favoritações :3 e os leitores sodkfhoisdhfoash desculpem a demora



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Pov. Keyko


Ele tinha um sorriso muito simpático, e usava alguma coisa na testa, acho que se chama bindi, ele deve ser indiano. Ele apontou para uma poltrona cheia de almofadas fofinhas, indicando para que eu me sentasse.

– Olá senhorita Keyko, me chamo Agni, prazer- ele estendeu a mão para mim e eu o cumprimentei

– O-oi...

– Não precisa ter medo- ele riu- eu não mordo

Ele começou a me fazer várias perguntas, como todos os outros psicólogos nos quais eu já fui. Eu estava muito desconfiada no começo, mas de algum jeito, ele ganhou minha confiança, ele era gentil e era muito legal conversar com ele. Mas a porta da sala se abriu num grande estrondo, do nada.

– Agni! Era aqui que você estava, porque não me avisou que iria demorar!?- um garoto disse com um pouco de sotaque assim como Agni

Ele era mais alto que eu (afinal, quem não é mais alto que eu?), tinha cabelos num tom roxo ameixa na altura dos ombros, olhos dourados e pele morena, assim como o homem sentado a minha frente. Ele usava vestes tipicas da Índia, e provavelmente conhecia o psicólogo.

– Desculpe príncipe Soma

"Príncipe!?"

– Eu realmente tentei te avisar, mas você não atendeu seu celular- Agni disse tentando se explicar

– Ah, esta certo então, essa ai é a sua nova "paciente"?- ele perguntou olhando pra mim

– Sim ela mesma- ele afirmou- principe Soma, essa é Keyko, Keyko esse é meu sobrinho postiço príncipe Soma

O garoto pigarreou encarando-o.

– A sim desculpe, príncipe Soma Asman Kadar Terceiro- ele disse, porém ambos riram

– O-oi- acenei com vergonha, ele era realmente muito bonito

– Namaste- ele disse um pouco indiferente

– Bem, o senhor deu sorte de ter chegado, exatamente no final da consulta

– Ótimo, podemos ir para casa agora? Mina não para de me encher o saco

– Certo, temos que comprar os materiais escolares de vocês

– Verdade, falando nisso, quando eu começo a frequentar a escola?

Eles começaram a conversar como se eu não estivesse ali.

– Bem, será um pouco ruim, suas aulas começam amanha, mas não tem ninguém que possa mostrar a escola pra você, eu estarei trabalhando... Já sei!- ele sorriu- Keyko, você poderia chegar mais cedo amanha e mostrar a escola para o príncipe?

– Er... Bem, eu não vejo problema, só não sei se...- fui interrompida

– Ótimo, amanhã, você me mostrará a escola- o garoto sorriu e apertou minha mão

– Tudo certo então- Agni disse- esta liberada para ir embora agora

– Hai hai, obrigada- eu disse com a minha irritante mania de falar palavras em japonês por causa da minha família

"Minha família, é mesmo! Sebastian Michaelis, teremos uma séria conversa quando eu chegar ai!"


***


Pov. Ciel


Eu havia voltado da escola sozinho, e a pé. Sebastian não pode ir me buscar com o carro, pois estava ocupado tendo uma reunião com alguns sócios da empresa, afinal agora ele se tornou vice-presidente da mesma

Não se passou uma hora direito após o momento que eu cheguei, e Keyko ja estava em casa, a escola é relativamente perto, acho que só fiquei um pouco preguiçoso ultimamente. Ele subiu as escadas correndo, e passados cinco minutos ela desceu ja vestindo seu uniforme.

Eu estava na sala lendo, então ela foi até la.

– Olá bocchan, desculpe o atraso de hoje- ela se curvou um pouco e se levantou

– Oi, não tem problema, como foi?

– Tudo certo, agora terei que ir la todas as terças e quintas por mais um mês- ela coçou a cabeça sem jeito- a sim, e amanhã cedo terei que mostrar a escola a um novato

– Jura? Que interessante- eu disse sem nenhum rastro de sentimento

Ela não pode deixar de escapar uma pequena risada.

– Bem, o senhor precisa de algo?

– Não obrigada

– Certo com licença- ela se retirou da sala e foi em direção a cozinha


***


Pov. Sebastain


Eu fui chamado na escola de Keyko, por ser o mais novo tutor da menina, com isso acabei chegando um pouco atrasado em casa, para a reunião que iria acontecer.

Passada a reunião, acompanhei os cinco homens até o corredor e chamei Keyko, que por sinal eu a vi chegando pela janela. Ela apareceu nas escadas, e pedi para que acompanhasse os convidados até a porta.

Mas eu pude ver que foi uma má ideia, cinco homens de cerca de quarenta anos e casados, sendo guiados por uma jovem de aproximadamente quinze anos, eles realmente eram pervertidos. Tentaram passar a mão na garota, e falar coisas sujas para ela, que por sinal ja estava ficando mais irritada que antes.

Por sorte nada aconteceu, eles foram embora, e Keyko subiu correndo as escadas (ela tem essa péssima mania) até onde eu estava.

– Sebastian Michaelis!- ela disse autoritária e cruzando so braços- precisamos conversar

Eu não pude deixar de sorrir ao ver isso.

– Esta rindo de que?- ela disse irritada

– Nada, é que você me lembrou uma pessoa, muito importante que conheci

Nós entramos no escritório e nos sentamos. Ela parecia realmente irritada.

– Pode me explicar essa história todinha, sem faltar nada

– Pode deixar

Comecei explicando pra ela o motivo de sua "família" ter que voltar, mas que ela poderia ficar tranquila ja que seria em julho do ano que vem. E disse que a eles confiaram a mim a guarda dela, pois não teriam como manter uma inglesa pura no Japão, sem falar fluentemente a língua local.

Ela parecia desconfiada, reparei que minha mentira não estava dando certo, só haviam duas pessoas no mundo a quem eu não podia enganar, Keyko e Milena. Eu tive que falar a verdade.

– Ótimo, você venceu, eu falo a verdade

– Muito bom, eu tinha certeza que você estava me enrolando

– Sabe essa sexta?

– Sei sim, dia vinte e um, o tão esperado fim do mundo, grande coisa

– É, não é exatamente o fim do mundo, é uma espécie de apocalipse

– Ta e dai? O que isso tem haver?

– Tem haver, que esse apocalipse vai ser gerado, pelo despertar de um demônio

Ela gargalhou.

– Demônios? Sebastian, você realmente não sabe mentir

– Keyko, me escuta, você sabe que isso existe não é?- ela parecia nervosa- é por isso que te achavam louca não é? Você via coisas que ninguém mais via!

Ela pareceu brava e inquieta.

– E o que você sabe sobre as coisas que eu via ou não?

– Tudo, eu sei que você também não lembra de nada do seu passado

– Ótimo, vidente você agora, que mais você sabe, sabe o motivo por eu não lembrar? Ou por eu ser tão pávil curto? Ou porque quando as pessoas ficam perto de mim ficam furiosas?- ela realmente estava brava- me da licença, vou fazer meu trabalho, quando você quiser conversar a sério me chame

– Keyko! Eu sei sim, de tudo isso, agora senta ai e me escuta!- eu perdi a calma, a energia maligna era forte

Ela se assustou e rapidamente se sentou com medo de mim.

– Desculpe- eu disse tentando me acalmar- talvez isso seja de mais para você ouvir agora, e tudo de uma vez, mas vejo que não tenho outra escolha. Keyko M., sabe porque tem esse nome?

– Não, desde que me adotaram tudo que sei sobre esse "m" no fim do meu nome, é que é a inicial do sobrenome do meu pai biológico

Ótimo, sabe o que é miasma?

– Pelo que sei pelos animes, é energia maligna que emana do corpo dos onis, e akumas

– Isso mesmo, agora me responda, você acha que é possível, um humano gerar um filho de um demônio

– Sebastian cara, na boa, isso não existe

– Me responda- eu disse frio

– Não sei, é pouco provável que sim, mas os humanos provavelmente teriam medo de se aproximar de um demônio, ja que não são todos que conseguem manter a forma humana de disfarce

– Certo, alguns demônios podem fazer isso mesmo- eu disse, eu tirei minhas luvas deixando o sinal de meu contrato a amostra, mas isso não pareceu surpreende-la- apenas uma vez na história aconteceu algo do gênero, uma humana e um demônio tiveram um filho, ninguém sabia ao certo o que nasceria a partir daquele ventre, mas sabiam que aquilo destruiria a humanidade algum dia

Ela pareceu começar a levar a sério, parece que ela se interessa por esse tipo de coisa, e parece que esta começando a confiar no que digo.

– Foi decretada a morte da criança, que na época era apenas um bebê, seus pais a amavam do mesmo jeito, ela não tinha a forma de um demônio e sim a de um humano, era uma menina, cabelos negros e olhos castanhos, decidiram então, com muito sacrifício, que esconderiam a menina imortal por gerações, para que ninguém descobrisse. O demônio foi obrigado a matar uma legião de pessoas para proteger sua filha, até que achou uma família que cuidasse dela, até ai, ja havia se passado um ano, a mãe da menina contraiu uma grave doença, e num de seus últimos momentos desejou que um dia, o homem pudesse reencontrar a menina, que foi obrigada a sobreviver sozinha conforme os anos se passavam e as famílias que cuidavam dela morriam, seu nome era Keyko, Keyko Michaelis

Ela arregalou os olhos, não parecia mais acreditar em nada, uma lágrima brotou de seus olhos escorrendo pelo sua linda, macia e gélida pele, eu me ajoelhei em sua frente,e peguei em suas mãos.

– Keyko, o nome da sua mãe era Milena, foi a mulher mais linda que eu conheci na vida- ela que estava sentada na ponta da cedeira caiu de joelhos no chão e eu a abracei- filha, eu juro que sempre fiz de tudo para te reencontrar

Ela estava calada, assutada, tremendo, chorando. Eu pedi desculpas, e continuei.

– Você ja deve imaginar porque eu tenho essa marca, certo?

– V-você, tem um contrato com ele né?

– Sim, aconteceu muita coisa, e no fim das contas eu não devorei a alma dele porque ele se tornou um akuma assim como eu

– E-ele, tem quantos anos?

– Por volta de trezentos e dezesseis, você é só um século mais velha

– E-eu sou um monstro não é?- ela voltou a chorar

– Não queria, você não é um monstro

– Seu eu não sou um, o que eu sou então?

– Ninguém sabe

– Me responda Sebastian, porque eu não me lembro de nada dessas coisas

– Eu não tenho certeza- eu disse me levantando assim como ela- mas a minha teoria é de que como maior parte do seu corpo é humana, sua memória dure até certo ponto

– Como assim?

– Quero dizer que, provavelmente sua capacidade de memória seja totalmente humana, e mais ou menos de século em século, você se esquesse de tudo

E... você tem alguma ideia de porque as pessoas sempre ficam alteradas quando chegam perto de mim? Que nem o Ciel, ou você agora pouco?

– Bem, você não é completamente humana, mas também não é completamente demônio, diferente de mim, você não consegue controlar o próprio shouki, ele simplesmente aumenta e diminui o tempo todo, e suas energias são mais fortes do que qualquer coisa que ja vi antes, qualquer ser vivo que se aproximar de você num momento que ela estivesse em alta, poderia se deixar influênciar

– Entendo... Só não sei se devo acreditar

– Você é mesmo teimosa como sua mãe!- eu sorri- você sabe que é verdade não é? Sabe porque você veio trabalhar na mansão phamtonhive né?- ela apenas abaixou a cabeça- onde esta ela?

Ela apenas corou e abaixou um pouco a parte de cima do vestido deixando amostra parte dos seios a qual o sutiã não cobria, mostrando o pentagrama de contrato dos corvos, num tom roxo escuro.

– A quanto tempo você tem isso?

– Não sei, desde que me lembro de ter sido adotada eu ja tenho isso

– Não é bom, de alguma forma, minha ação com o contrato te afetou de alguma forma...

´ – Sebastian...

– Pode me chamar de pai se quiser Keyko

– P-papai- ela parecia envergonhada- me responda o que tem a ver o dia vinte e um que você mencionou a alguns minutos com o fato de eu ser... um meio demônio?- ela parou para pensar, e arregalou os olhos- não me diga que

– É... Pelo que estava previsto desde o dia em que você nasceu, que esse dia, era a data do despertar da sua verdadeira força

– Ma-mas- ela pareceu mais assustada que antes- Por que? Se eu sou apenas meio demônio, porque esse tal despertar geraria um apocalipse

– Queria, você pode ser só meio demônio, mas é o ser mais poderoso ja criado, ninguém faz idéia de até onde pode chegar sua força e sua capacidade de luta, mas o real apocalipse será gerado pelas centenas de akumas que viram atraz de você, a energia que emanará de seu corpo será tão forte, que eles conseguiram descobrir que você ainda esta viva

– E-eu estou com medo

– Eu estou aqui para te proteger, ninguém vai atacar você, e não deixarei que nada faça com que você se descontrole- tirei um relógio antigo do bolso e vi as horas- não conte sobre isso para ninguém, já é quase hora do chá, poderia cuidar disso pra mim?

– Hai hai


***


Pov. Keyko


Ou eu enlouqueci de vez, ou foi ele... Não, ele não brincaria com algo do gênero, isso é sério, e se eu machucar alguém? Seria possível, eu, um ser tão fraco e inútil gerar um apocalipse?

Sebastian é mesmo meu pai? Nossa eu não acredito que ja pensei coisas pervertidas sobre meu próprio pai, que ultrajante. Minha mente fujoshi criou tantas cenas entre ele e bocchan, estou me sentindo horrível.

Certo, preparei o chá, e levei para bocchan, que pareceu não saber de nada, ótimo. O resto do dia passou normalmente. Até mesmo durante a noite, fiquei impressionada com a capacidade de atuação de Sebastian, ele realmente conseguiu me tratar como antes.

E por sorte eu consegui dormir, umas duas horas, mas dormi. Acordei bem mais cedo que o normal, e me vesti como sempre, eu ri ao reparar que eu era a única menina do colégio que usava uma meia três quartos preta e branca e um all star. Preparei o café junto com Sebastian, que não importava a hora que eu acordasse, ele sempre estava la acordado.

Nós conversamos normalmente, mas ele agora me trata como filha, ou queria, ele parece realmente gostar de mim, ele parecei estar com saudades, mas não quero mostrar pra ele, que ainda é difícil pra mim entender que ele é meu pai de verdade, e um demônio. Logo Ciel desceu as escadas, coçando os olhos, e morrendo de sono, tomamos café juntos e por sorte o mordomo tinha um compromisso fora e pode nos deixar na escola de carro hoje.

Quando chegamos na porta, o garoto indiano estava me esperando na mesma, ele parecia assustado com o tanto de pessoas que entravam na escola de uma vez, e particularmente ele estava muito bonito de uniforme. Ciel parecia incomodado com com algo quando o viu. Então mesmo assim fomos em sua direção.

– Bom dia- eu disse sorrindo

– Bom dia- bocchan disse deixando transparecer seu incomodo

– Namaste- ele disse juntando as mãos e se curvando levemente com um sorriso branco e lindo- bom, deixe eu me apresentar melhor, meu nome é Soma, eu sou o príncipe do reino de Bengala, tenho dezesseis anos, e no momento estou de intercâmbio aqui- ele disse se explicando, Soma tem um sotaque estrangeiro engraçado, mas fofo

– Bem, nos apresentamos ontem certo? Sou Keyko, quinze anos, e esse é meu amigo e chefe Ciel, mesma idade que você, bem, ainda esta cedo, posso mostrar maior parte da escola pra você antes do sinal bater

– Ótimo, vamos então- ele não parava de sorrir, sua alegria era contagiante

Ciel foi conosco, e nos seguiu por grande parte da escola, ainda faltaram alguns lugares para mostrar, mas não eram importantes, então não tem problema. Nós conversamos durante o caminho, ele comentava o quanto havia achado a Inglaterra incrível, e como o hotel onde ele esta é divertido, e disse que também pretendia morar em nosso país, pois provavelmente sua irmã mais velha Mina, que tem por volta de dezoito a dezenove anos vai conquistar o trono no lugar dele. Logo as aulas passaram rápido, nós até havíamos tomado lanche juntos.

Mas logo tivemos que ir embora, e o jovem mestre ainda parecia incomodado com algo.


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Notas finais do capítulo

Nossa! Esse cap deve ter ficado GIGANTE 0-0 desculpem mesmo... reviews ou pedradas? ~le eu preparando escudo porque tenho certeza de que serão pedradas~