Hey Lord! escrita por Fany


Capítulo 3
Sua pequena governanta


Notas iniciais do capítulo

Yoo desejo a vocês uma boa leitura



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Pov. Ciel

– Não precisa se preocupar - ela sorriu- a vida é cheia de obstáculos, não adianta se queixar do passado, não é mesmo? Com licença - e saiu

Por algum motivo, aquilo mexeu comigo, como se tivesse sido uma indireta, o que não seria possível. Mas de qualquer forma, eu voltei a ficar irritado. O estresse tomou conta de mim novamente, e comecei a ficar bravo, ou melhor, furioso. Tentei manter a calma, e voltei a ler meu livro.

Já eram quase sete da noite, eu não sai do quarto o dia todo, então resolvi tomar um ar, antes que escurecesse. Fui até o jardim dos fundos, e fiquei um tempo lá, apenas pensando na vida, e no que aquela garotinha havia me dito.

“Não sei ao certo se foi um erro meu ter feito um contrato naquela época. Talvez ela tivesse razão, lembrar-se do passado é perda de tempo"

***

Pov. Keyko

Estava escurecendo e as únicas coisas que eu tinha na minha "nova casa" eram meus materiais da escola, Sebastian havia agradecido e elogiado meu trabalho naquele dia, e disse que sabia bem o que estava fazendo ao me contratar. Eu ainda estava com o uniforme de governanta, era bem bonito até, saia preta acima do joelho com efeito plissado, camisa branca com uma gravata borboleta preta e um blazer, com meias três quartos branca de renda e um par de sapatos estilo lolita pretos e muito bem lustrados. Ele então chamou um taxi, e me mandou ir até a casa onde eu estava buscar meus pertences, como roupas e objetos pessoais. Sete e meia em ponto ele chegou, me despedi do mordomo, e fui para casa.

Chegando lá, a minha "família adotiva" estava muito contente por mim. Minha melhor amiga Sayu me ajudou a arrumar as coisas para ir embora. Guardei numa mochila as poucas roupas que eu tinha, sapatos eu só tinha dois, meu all star e uma sandália preta, e numa caixa coloquei coisas como, meu celular, antigo mas prestava, o ds que eu ganhei de aniversario, umas fotos nossa, e meus mangás. Quando eu terminei de arrumar as coisas, pude ver lagrimas brotando nos belos olhos puxados de minha amiga. Ela não queria que eu fosse, eu havia sido transferida para o colégio, e ela não, não ficávamos mais tão juntas, afinal crescemos juntas, eu sempre morei com ela.

– Não se preocupe- eu disse tentando consola-la - eu sempre virei te ver- e sorri- ainda temos nossos celulares não é?

Ela ficou calada. Peguei minha mochila, e minha maleta onde guardava minha guitarra. Junto peguei a caixinha com o amplificador e a outra caixa. Segui descendo as escadas, o taxi me esperava. Foi bem triste me despedir da minha família adotiva, eles sempre me criaram e fizeram tudo por mim sem nunca cobrar. Já estava na hora de retribuir. As coisas com a banda não estavam indo muito bem, eu precisei arrumar o dinheiro para ajuda-los com as contas, aposto que o que vou ganhar como governanta é o suficiente.

Eu entrei no taxi acenando para os japoneses, uma lagrima insistiu em cair, pois eu sabia que não os veria tão cedo. A viajem de volta foi um pouco mais demorada por conta do transito, fiquei observando em volta, eu estava deixando a parte pobre de Londres onde sempre vivi, e indo para o centro da cidade para trabalhar e morar numa mansão. Não consigo imaginar como vai ser minha vida daqui pra frente.

***

Pov. Ciel

Já eram oito da noite, e eu não vira a garota desde a hora do chá. Até que vi o taxi chegando da janela do meu quarto. Eu felizmente já estava mais calmo. Ela saiu do carro e Sebastian a ajudou com as malas, que na verdade eram bem poucas mesmo. A garota carregava duas caixas pequenas, uma mochila média e uma caixa grande, provavelmente deveria ser algum instrumento musical.

Ela entrou e se instalou no seu novo quarto enquanto Sebastian preparava o jantar. Não demorou para que ela descesse para ajuda-lo com tudo. Aquela garota era diferente das outras que eu havia visto. Nessa época, as meninas são vulgares e fúteis, ela não parece ser assim. Mas alguma coisa nela me faz perder o controle sobre mim, como se minha parte demônio falasse mais alto com ela por perto, não gosto disso.

O jantar foi muito bem servido, fui começar a comer e por muita educação pedi para que ela se sentasse. Tive que insistir, pois ela dissera que uma mera empregada não tinha direito de fazer isso, Sebastian então com seu sempre tom sereno lhe disse.

– Bocchan tem razão, a senhorita não é apenas uma empregada, agora também é nossa convidada

– Isso mesmo sente-se, a partir de hoje você tem autorização para ter os mesmo direitos que eu nessa casa- eu retruquei- afinal, não estamos na era do império, somos todos iguais- eu e Sebastian trocamos um olhar de cumplicidade e todos rimos juntos por um segundo

A garota pegou dois pratos e talheres a mais, e pediu para que Sebastian nos acompanhasse, eu aceitei o pedido. Nós começamos a comer, e antes disso ela juntou as mãos e disse algo parecido com "itadakimasu", achei estranho, mas não falei nada. O jantar foi ótimo, conversamos sobre muitas coisas, nunca havia feito isso, mas era bem legal. Eu acabei de comer e subi as escadas até o banheiro para tomar banho, escovar meus dentes e dormir. Afinal, eu não preciso mais do Sebastian tanto assim.

Desde que me mudei, tive que aderir rapidamente os novos hábitos e costumes desde alimentação e vestes, até o modo de falar. As novas roupas são bem diferentes, até mesmo os pijamas, e com isso cabei pegando o péssimo habito de dormir apenas com as minhas cuecas box.

Bem, não esperei ninguém subir e me dar boa noite, simplesmente fui e dormi.

***

Pov. Keyko

As noites da cidade são barulhentas do mesmo jeito que no interior, mas não tanto. Eu terminei de ajudar o Sebastian e ele disse que eu poderia me aprontar para dormir. Eu já sabia onde era cada cômodo da casa, simplesmente tomei meu banho e fui dormir.

Acordei mais cedo do que de costume hoje. Sebastian me disse que eu prepararia o café. Eu me levantei ajeitei o quarto, tomei um banho rápido, e coloquei meu uniforme da escola. Desci as escadas correndo e vi que o belo mordomo já estava na cozinha, eu o ajudei a preparar o café. Então ele me pediu para acordar o jovem amo.

Eu subi as escadas, e entrei silenciosamente no quarto do garoto, assim como Sebastian havia me dito, separei o uniforme de Ciel e o coloquei na escrivaninha. Aproximei-me da cama e o cutuquei.

– Bocchan, acorde, o café esta pronto

Ele apenas resmungou, e cobriu o rosto com o edredom cinza.

– Bocchan, por favor, levante-se

– Mais cinco minutos- murmurou ele embaixo de vários cobertores

Eu ri baixinho, e puxei todas as suas cobertas.

– Levant____ - eu fui obrigada a me calar com um gritinho de ambos

Ele puxou os cobertores de volta para si, e reclamou algo que não ouvi. Ele dormira só de cuecas, pude ver que ele não era só um magricela, como as pessoas da escola disseram, ele até que era forte. Eu não sabia que o jovem amo dormia de roupas intimas, pedi perdão por ser tão atrevida. E sai do quarto. Meu rosto estava completamente corado, esperei um momento para descer as escadas.

***

Pov. Ciel

“Eu sabia que tinha esquecido de avisar algo"



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Notas finais do capítulo

desculpem se ficou muito chato, a verdadeira fic vai começar agora, eu primeiro tinha que falar um pouco deles, e porque o ciel tem tanta raiva dela, prometo que vou melhorar... reviews?



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