Selena abriu os olhos. A luz era intensa, mas logo, se tornou mais amena. Ela focou seu olhar no garoto de olhos verdes e cabelos rebeldes, que estava ao seu lado, segurando sua mão. Harry dormia com a cabeça apoiada na cama, parecendo bem, com os ferimentos já cicatrizados.

Selena olhou ao redor e viu os amigos, dormindo em camas da Ala Hospitalar. Parecia o início da manhã. Mas de qual dia?

Tudo parecia tranquilo demais. Selena viu que haviam remédios e outras coisas em sua mesa de cabeceira. A garota olhou as próprias mãos. Estavam completamente curadas e perfeitas. Seu corpo não estava cheio de ferimentos como antes e sim, normal, como se nada tivesse acontecido.

Selena se moveu lentamente para o lado. Então, colocou a mão por cima da de Harry.

- Harry - disse Selena, suavemente.

O garoto abriu os olhos e levantou a cabeça. Bocejou e se espreguiçou. Encarou Selena e sorriu.

- Hey, você está bem? - perguntou ele, ansioso.

- Sim. Por quanto tempo estive...mal?

- Uma noite. - respondeu Harry, suspirando.

- Uau, é um recorde. - comentou Selena, rindo. - Geralmente fico semanas em coma ou doente.

Harry sorriu.

- Então, o que aconteceu? - perguntou Selena.

Harry contou que depois que Selena desmaiou na noite passada, Snape levou-os para a Enfermaria. E que antes disso, Pettigrew escapara. Também explicou, que Sirius Black tinha sido preso na torre de Hogwarts e que seria condenado ao Beijo do Dementador.

Harry voltou no tempo com Hermione e salvou Sirius e Bicuço. O garoto também contou, que Snape ficou furioso e que os pais, ficaram orgulhosos. Depois ainda explicou, que Quiron mandou dizer à Selena que a garota não precisaria ir para o Acampamento Meio-Sangue no verão.

Nessa parte, Selena notou a alegria de Harry e não pôde deixar de rir com isso. Ela ficou orgulhosa com o amigo e com Hermione, pelo que ambos fizeram.

Harry ainda disse, que os pais explicaram para ele sobre o plano de Dumbledore e que eles, tinham uma missão. Lilian supôs, de acordo com Harry, que era mudar o futuro quando eles voltassem para o passado.

Selena descobriu, que Milena na verdade era Marlene Mckinnon, Drika era Dorcas Meadowes, Sebastian era Sirius Black e Renato era Remo Lupin.

Mas algo lhe dizia, que os outros ainda escondiam segredos. Será que eles, de fato, eram quem se passavam ser? Será que Alison e sua turma, eram de fato, os Parker, Weatherby, Lenhart e Metson?

De acordo com Lilian e Tiago, apenas eles e os amigos eram falsos na história toda. Os outros, eram quem eram e fim.

Selena não acreditou muito nisso, mas acabou concordando com Harry, que era melhor deixar as coisas como estavam.

Selena passou o restante da manhã na Enfermaria e depois, foi dispensada juntamente com os amigos, que parecia ótimos.

Eles então, decidiram ir se despedir do professor Lupin, que partiria de Hogwarts, já que todos os alunos haviam descoberto a verdade sobre ele ser um Lobisomem.

Harry e Selena ficaram chateados com aquilo, mas se consolaram por saber que a versão mais jovem de Lupin, estaria com eles por um longo, longo tempo.

(...)

Naquele mesmo dia, quando a tarde se aproximou, Tiago, Lilian, Marlene, Dorcas, Sirius, Lupin e a turma de Alvo, foram chamados por Dumbledore até a sala do mesmo.

Chegando lá, encontraram o diretor sentado à sua escrivaninha, sorrindo ao ver os jovens.

- Sentem. - disse Dumbledore, indicando às poltronas.

Eles obedeceram e esperaram para ver o que o diretor diria.

- Então, vejo que vocês contaram à verdade aos jovens heróis. - disse Dumbledore.

Lilian Evans, desatou à falar.

- Senhor, a culpa foi toda minha. Eu sei que não poderia ter estragado tudo dessa forma, mas não poderia deixar Harry continuar achando que seus pais estavam mortos, sendo que eles estão...Vivos não é? E além do mais, eu contei parte da verdade. Não contei sobre a turma do futuro. Apenas sobre nós.

Dumbledore sorriu.

- Srta.Evans, eu sabia que você faria isso.

Lilian I, encarou Dumbledore, confusa.

- Sabia?

- Claro que sim. - Dumbledore se levantou e começou a caminhar pela sala. - Se você não fizesse isso, eu ia me preocupar. A atitude que você teve Lilian, mostrou seu caráter e seu amor por Harry. A verdadeira razão por ele estar vivo, é justamente por conta desse amor que você sente por ele.

- Então...Não estraguei nada? - perguntou Lilian, com um leve sorriso nos lábios.

Dumbledore riu.

- Não Lilian. Muito pelo contrário. Graças à você, Harry está mais feliz do que antes, todos entenderam a missão e Sirius Black conseguiu a confiança do afilhado e dos amigos dele.

- Então, a missão que nós temos é mudar o futuro, certo? - perguntou Dorcas.

- Sim. Mas por enquanto, o máximo que vocês podem fazer, é ver que rumo tudo vai tomar sem muitas interferências. - explicou Dumbledore, ficando sério. - Coisas sombrias estão por vir. Espero que entendam isso. Agora que Pedro Pettigrew se juntou à causa de Voldemort novamente, às coisas podem piorar.

Um silêncio incomôdo se fez na sala de Dumbledore. Então, o diretor sorriu novamente.

- Mas não se preocupem com isso agora. Aproveitem o final do ano letivo e suas férias de verão. - disse Dumbledore.

- Ah...Senhor, onde vamos passar as férias de verão? - perguntou Sirius II.

- Na casa dos Weasley, sr.Black. - explicou Dumbledore, calmamente. - Mas olhem esse tempo. Acho melhor irem aproveitar o restante do dia. Não é sempre que se faz um sol tão bonito quanto este.

- Vamos pessoal. - disse Alvo, animado, se levantando.

Eles se despediram do diretor e desceram para os jardins, onde encontraram o Quarteto de Ouro, mais Rebeca.

Alvo Dumbledore, acompanhava-os com o olhar, enquanto olhava pela janela.

- Observando-os novamente, Alvo? - perguntou Minerva Mc.Gonagall, entrando na sala do diretor.

- Sim, Minerva. - Dumbledore se virou para a professora. - Eles são especiais.

- E correram grande perigo no próximo ano letivo. - disse Minerva.

- Sim, Minerva. - Dumbledore concordou e continuou observando-os, pela janela. - Mas acho que agora não é o melhor momento para que relembremos disso. Grande parte dos alunos correrá perigo. Mas, como podemos ver, a sorte dos Potter e dos Black, nunca foi muito boa.

- Realmente. - concordou Mc.Gonagall, muito séria.

(...)

- Não Harry! Não vou fazer isso! - exclamou Selena, indicando a firebolt que o amigo segurava.

Ela caminhava de costas, fugindo do garoto. O sol já se punha ao longe e logo, seria o Banquete de Encerramento do ano letivo.

- Ah, vamos Selena! - pediu Harry, sorrindo. - Vai me dizer que tem medo de altura?

- Não tenho medo de altura, Potter! - exclamou Selena, indignada. - Mas você sabe que eu não gosto de vassouras.

Harry se fingiu ofendido.

- Assim você me ofende!

- Sei que não está ofendido. - Selena arqueou as sobrancelhas para o amigo. - Você não vai conseguir me colocar em cima dessa vassoura, Harry. Não mesmo.

- Será? - perguntou Harry, se aproximando.

- Você. Não. Vai. Conseguir. Entendeu?

- Veremos. - com rapidez, Harry colocou Selena nas costas.

- HARRY POTTER! ME COLOQUE NO CHÃO AGORA!

Harry riu e colocou Selena no chão novamente.

- Vamos logo Selena. Pare de frescura! - exclamou Harry.

Selena bufou.

- Tudo bem, tudo bem, TUDO BEM! - gritou ela, irritada.

Harry deu um soco no ar, sem que Selena visse. Ele lançou um olhar para o pai e os amigos, que estavam sentados nos degraus da escadaria de mármore. Eles riram e Tiago ergueu o polegar, com um sorriso malicioso no rosto.

Selena montou na vassoura, atrás de Harry.

- Que fique bem claro, sr.Potter. Eu não tenho medo de altura. Ok? - disse Selena.

- Tudo bem, donzela.

- Pare de me chamar de donzela senão eu desisto disso aqui! - ameaçou Selena.

- Ok, ok. - Harry riu e deu um impulso.

Logo, eles sairam do chão e Harry acelerou. Selena se agarrou à cintura do moreno, o abraçando por trás.

Eles de fato, se amavam. E mal sabiam, que em breve, muitas surpresas os aguardariam e que poderiam uni-los ainda mais.

Harry e Selena, aproveitaram aquele último dia do ano letivo, juntos. Eles passariam o verão unidos, já que a garota não iria para o Acampamento Meio-Sangue naquelas férias.

Selena não pôde deixar de pensar, que aquele verão seria emocionante. Muito emocionante.
 

Continua...