Harry Potter E A Bruxa Semideusa 3 escrita por Livia Dias


Capítulo 33
Lilian quebra as regras


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Estou aqui postando novamente mais um capítulo. Não, ainda não é o último, mas o final dessa temporada está cada vez mais próximo =)
Enfim, obrigada pelos coemntários do capítulo anterior. Mesmo sendo apenas 2 (o que é bem menos do que costumo receber nessa fic), agradeço mesmo assim.
Continuem mandando reviews e espero que gostem do capítulo.
BOA LEITURA!!!



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Muitas coisas tinham passado pela cabeça de Selena, mas nenhuma delas dava um comando para que suas pernas se movessem. A garota apenas sentia algo em uma de suas mãos e ao ver, era a mão de Harry.

O garoto parecia tão mal quanto Selena. Incapaz de dizer qualquer coisa, ele conseguiu sair do lugar e fazer com que Selena fizesse o mesmo.

Enquanto voltavam para o castelo, Selena se sentia horrível. Não pudera evitar que o hipógrifo fosse morto. Aquilo pesava em Selena, mais do que qualquer outra coisa naqueles últimos meses.

De repente, o céu escureceu. Já era noite. Selena mal notara a hora passando. O tempo parecia ter acelerado.

Perebas, parecia enlouquecido. Mesmo com os pensamentos longe, Selena não podia deixar de ouvir os xingamentos de Rony, que parecia estar novamente lutando para segurar o rato.

- O que há com ele? – perguntou Hugo.

- Não sei. – guinchos estavam sendo ouvidos do lado esquerdo de Selena. – Ai! Ele me mordeu!

- Melhor você ficar quieto, Rony. – murmurou Livia, preocupada.

- Não dá! Esse...Rato...Burro!

Entretanto, Selena não deu mais atenção à luta de Rony e Perebas. Algo mais sombrio chamou sua atenção. Laays apertou a mão de Selena com força e apontou para os arbustos.

Um par de olhos incrivelmente amarelos, os encaravam. Bichento se aproximava, pronto para atacar.

- Bichento! Não...Vá embora! Vá embora! – Hermione parecia desesperada com a aproximação do gato.

- Perebas... NÃO! – gritou Rony.

Perebas então, fugiu das mãos de Rony e passou por Bichento, que começou a persegui-lo. Rony surgiu de repente, saindo de baixo da Capa da Invisibilidade.

- Rony! – gritaram Rose e Hermione ao mesmo tempo, mas o ruivo já corria longe.

Selena soltou as mãos de Laays e Rebeca e juntamente com os amigos, começou a correr rapidamente atrás do amigo.

- Fique longe dele... Fique longe... Perebas, volta aqui...

- Esse garoto tem problemas ou o que? – perguntou Sebastian, quase sem fôlego, e aparentemente irritado. – Tudo isso por um rato?

- É melhor ficar quieto, Benson! – exclamou Milena, irritada.

Selena e os amigos ouviram um baque sonoro e logo em seguida, Rony aparentemente expulsando Bichento para longe de seu rato.

Harry e Hermione pararam derrapando diante de Rony e os amigos quase colidiram com os dois.

- Problema resolvido, Rony! – disse Alison, sem fôlego.

- Melhor voltar para baixo da capa! – Rose parecia realmente irritada, uma imitação perfeita de Hermione.

- Dumbledore e o ministro...Vão voltar para o castelo daqui a pouco. – disse Renato, se apoiando em Tomas e Sebastian.
Mas então, um ruído de patas colidindo com o chão, fez com que Selena olhasse para trás.

Ela se arrependeu imediatamente. Um enorme cão negro de olhos claros.

Sebastian parecia em choque. Renato e Tomas se entreolharam e encararam o amigo, que parecia estar sem palavras.

Então, antes que Selena pudesse pegar sua varinha, o cão negro saltou para Harry e jogou o garoto no chão. Alice pegou sua varinha imediatamente, mas Sebastian se colocou na frente. Selena achava aquilo uma loucura. Atordoada com tudo aquilo, a garota colocou uma flecha no arco e mirou no cão negro.

Hermione se jogou para o lado de Rony, com uma facilidade tremenda. Ela pegou a varinha, entretanto, o cão saltou para Rony e abocanhou o braço do garoto. Hermione gritou. Rony agarrou a mão que Rose ofereceu, mas a força do cão era tremenda.

Selena baixou o arco. Não poderia acertar o cão, sem correr o risco de acertar Rony, Rose ou Hermione.

Harry e Tomas se jogaram ao mesmo tempo para apanhar os pés de Rony. Infelizmente, o cão conseguiu puxar o ruivo com grande facilidade. Hermione correu atrás deles, com rapidez. Rose e Hugo fizeram o mesmo.

Laays parecia querer ir também, mas Tiago a puxou.

- Nem pense nisso! – murmurou o moreno.

Harry estava caído no chão e Tomas, tinha um corte no braço direito.

- Lumus. – murmurou Dominique, com a varinha estendida e a mão tremendo.

A luz produzida pela varinha mostrou aos outros, um grosso tronco de árvore; tinham corrido atrás de Perebas até a sombra do Salgueiro Lutador, cujos ramos estalavam como se estivessem sendo açoitados por um forte vento, avançavam e recuavam para impedir os garotos de se aproximarem.

Hermione, Rose e Hugo não estavam à vista. Mas, na base do tronco, o cão arrastava Rony para dentro de um grande buraco entre as raízes — o garoto lutava furiosamente, mas sua cabeça e seu tronco foram desaparecendo de vista...

- Rony! – gritaram Harry, Selena e Rebeca.

Eles, juntos com os outros, tentaram segui-los, mas um galho ricocheteou e acertou-os em cheio, jogando-os longe.

Selena caiu de costas e soltou um gemido de dor. O galho a atingira em cheio na altura dos ombros. A garota conseguiu se levantar, com a ajuda de Drika e Renato.

Agora estava visível apenas uma das pernas de Rony, que ele enganchara em torno de uma raiz na tentativa de impedir o cão de arrastá-lo mais para o fundo da terra, mas um estampido terrível cortou o ar feito um tiro; a perna de Rony se partiu e um instante depois, seu pé desaparecera de vista.

- Temos que procurar ajuda! – Selena exclamou, com raiva por não ter conseguido fazer muita coisa.

- Não! Aquela coisa é grande o bastante para acabar com Rony! Não temos tempo! – exclamou Harry, nervoso.

- Harry, Selena tem razão... – disse Livia, carinhosamente.

- Se aquele cão pode entrar, nós também podemos. – ofegou Harry.

Selena entendeu o que o amigo pretendia, ao vê-lo procurar uma brecha por entre os galhos. Selena começou a se esquivar e procurar brechas por entre os galhos, mas sempre surgia algum que a jogava para longe.

- Ah...socorro... – murmurou Alice.

Então, Bichento disparou adiante dos garotos. Deslizou por entre os galhos agressores como uma cobra e colocou as patas dianteiras sobre um nó que havia no tronco.
Abruptamente, como se a árvore tivesse se transformado em pedra, ela parou de se movimentar. Sequer uma folha virava ou sacudia.

- Wow! – murmurou Alison, fascinado.

Os Marotos ali presentes, disfarçados com nomes falsos, sabiam exatamente como entrar ali. Afinal, a exatos dois anos, descobriram onde aquela passagem os levaria. Um lugar perfeito para Remus se transformar em lobisomem nas noites de lua cheia.

— Ele é amigo daquele cão — comentou Harry. — Já os vi juntos. Vamos... E mantenham as varinhas à mão...

Os amigos venceram a distância até o tronco em segundos, mas antes que pudessem alcançar o buraco nas raízes, Bichento deslizara para dentro com um aceno do seu rabo de escovinha. Selena e Harry entraram logo em seguida, escorregando um túnel muito baixo. Bichento ia mais adiante, os olhos faiscando à luz da varinha acesa de Harry.

Selena notou o restante dos amigos escorregarem pelo túnel. Dominique foi à frente, com a varinha também acesa.

— Onde é que foi o Rony? — sussurrou ela com terror na voz.
— Por ali — respondeu Tomas, caminhando curvado, atrás de Bichento.

— Onde é que vai dar esse túnel? — perguntou Drika, ofegante.

— Eu não sei... Está marcado no Mapa do Maroto, mas Fred e Jorge disseram que ninguém nunca tinha entrado. Ele continua para fora do mapa, mas parecia que ia em direção a Hogsmeade...

Selena e os amigos seguiram em silêncio. Bichento entrava e sumia do campo de visão deles, várias vezes. A garota não parava de pensar nos amigos, Hermione, Rose, Hugo e Rony, e o aquele cão estaria fazendo com eles.

Selena pegou uma flecha na aljava e colocou na corda do arco.

Eles respiravam com arquejos curtos e dolorosos, correndo agachados. Então, o túnel começou a subir. Momentos depois, Selena se virou e Bichento havia desaparecido. Em vez do gato, ela viu um espaço mal iluminado, por meio de uma pequena abertura.

Eles pararam por um segundo, procurando fôlego. Em seguida, avançaram. Todos com as varinhas erguidas. Selena mantinha o arco pronto, pois achava aquela, uma ótima arma para o caso de haver coisas mais sombrias do que um cão preto no caminho deles.

Era um quarto, muito desarrumado e poeirento. O papel descascava das paredes; havia manchas por todo o chão; cada móvel estava quebrado como se alguém o tivesse atacado. As janelas estavam vedadas com tábuas.

- Acho que aqui é a Casa dos Gritos. – murmurou Alice, surpresa e perplexa.

- Incrível. – murmurou Tiago, com um sorriso. Ele encarou os irmãos que pareciam tão animados quanto ele.

Infelizmente, aquela não era uma situação muito alegre e sim, preocupante. Scórpius parecia o mais nervoso de todos. De alguma forma, aquilo o deixara em choque ou algo do gênero. Era difícil definir.

O mais silenciosamente que puderam, os amigos saíram para o corredor, e subiram para uma escada desmatelada. Tudo estava coberto por uma espessa camada de poeira, exceto o chão, onde uma larga faixa brilhante fora aparentemente limpa por uma coisa arrastada para o primeiro andar. Eles chegaram ao patamar escuro.
— Nox — sussurraram Harry e Dominique, ao mesmo tempo. As luzes nas pontas de suas varinhas se apagaram. Havia apenas uma porta aberta.

Ao se esgueirarem nessa direção, ouviram um movimento atrás da porta; um gemido baixo e em seguida um ronronar alto e grave. Selena caminhou mais à frente, juntamente com Harry. Ambos deram uma última troca de olhares e continuaram caminhando, sendo seguidos pelos amigos.

A varinha empunhada com firmeza à frente, Harry escancarou a porta com um chute. Selena manteve o arco à frente do rosto, e mirou para todos os lados. Mas a única coisa que viram foi Hermione e Rony, no chão ao lado do gato. Hugo e Rose, estavam com olhares amedrontados no rosto e a garota, abraçava o irmão. Hermione tinha vários cortes e ela segurava o braço. Este parecia estar quebrado.

- Hey, vocês estão bem? – perguntou Dominique, com um sorriso de alivio em seu rosto, por ver os amigos.

- Onde está o cão? – perguntou Sebastian, nervoso.

Os amigos se aproximaram dos quatro. Selena abaixou a guarda por um instante, indo até Hugo e Rose.

- Não é um cão. – disse Rony, fazendo uma careta. Sua perna parecia ter um ferimento sério. – Harry, Selena...É uma armadilha.

Selena e Harry se entreolharam. Aquilo era particularmente para eles. Ou seja...

Hugo e Rose olhavam por cima do ombro de Selena. A morena se virou e no mesmo instante, Harry seguiu seu movimento. O homem nas sombras fechou a porta do quarto.

Uma massa de cabelos imundos e embaraçados caiam até seus cotovelos. Se seus olhos não estivessem brilhando em órbitas fundas e escuras, ele poderia ser tomado por um cadáver. A pele macilenta estava tão esticada sobre os ossos do rosto, que ele lembrava uma caveira. Os dentes amarelos estavam arreganhados num sorriso. Era Sirius Black.

— Expelliarmus! — disse com voz rouca, apontando a varinha de Rony para os garotos.

O feitiço foi tão forte, que as varinhas de todos do grupo saíram voando. Selena sentiu que sua varinha permanecia em seu cinto. Ela então, ergueu o arco e apontou-o para o peito de Black. Harry permanecia à frente, com uma expressão de fúria no rosto. Rebeca parecia perplexa com o que acontecia.

- Achei que vocês viriam ajudar seus amigos. - A voz dava a impressão de que havia muito tempo ele perdera o hábito de usá-la. — Seu pai teria feito o mesmo por mim. Foi muita coragem não correr à procura de um professor. Fico agradecido... Vai tornar as coisas muito mais fáceis...

Harry tremia de raiva. Selena segurava suas emoções e continuava mirando no peito de Black. Por alguma razão, ela não quis soltar a flecha e acabar logo com aquilo. Parecia importante para Rebeca, ouvir seu pai falando. Ver seu pai. Selena não poderia destruir aquilo. Não agora...

Harry avançou alguns passos. Mas Tomas e Alison o seguraram e o puxaram de volta.

- Não Harry – disse Selena, ainda mirando em Black e não tirando a atenção do prisioneiro.

- Se você quiser matar Harry, terá que nos matar também! – disse Rony, impetuosamente, embora o esforço de ficar em pé, lhe custasse uma careta extra de dor.

- Deite-se – disse Black à Rony - Você vai piorar a fratura nessa perna.

- Você me ouviu? – perguntou Rony, apoiando-se em Harry para ficar em pé. - Você vai ter que matar os três!

- Só vai haver uma morte aqui hoje à noite — disse Black, e seu sorriso se alargou.
- Por que? – perguntou Harry, com veemência, tentando se desvencilhar de Tomas e Rony. -  Harry! — choramingou Hermione. — Fica quieto!

- ELE MATOU MINHA MÃE E MEU PAI! — bradou Harry, com grande esforço, se desvencilhando de Tomas e Rony e avançando.

Selena abaixou o arco. Milhões de coisas passaram em sua mente. Ela encarou Tomas e Livia e os outros. Como...Não. Não poderia ser. Poderia?

Ela tinha desconfiado. Ela tinha desconfiado deles desde o início. Mas nunca passou por sua mente que...

Seria um plano de Dumbledore? Não. Não poderia ser. Definitivamente seria loucura Selena pensar aquilo.

Entretanto, quando Harry avançou, Livia saiu do lado de Rebeca e segurou Harry. Tomas avançou também. Então, as suspeitas de Selena se confirmaram.

- Harry, seus pais não estão mortos. – murmurou Livia, virando o rosto de Harry para ela à força.

Algo passou no rosto de Harry. Não era raiva. Não era ódio. Era compreensão e...perplexidade? Selena não soube definir muito bem.

- Livia... – Drika murmurou, se aproximando com Renato. – Você não pode. Lembra o que...

- NÃO LIGO PARA O QUE DUMBLEDORE NOS DISSE! – gritou Livia, se descontrolando de uma forma que sobressaltou à todos. Até Sirius Black pareceu surpreso. – Não me importo nem um pouco! Harry passou por milhares de coisas durante anos, pensando que seus pais estavam mortos!

- E não estão? – perguntou Selena, suavemente. Livia encarou Selena. Logo, a ruiva entendeu o que se passava na cabeça de Selena. Ela deu um meio sorriso, em meio às lágrimas que desciam por seu rosto.

- Estão, mas – Livia se virou para Harry novamente. – ao mesmo tempo, estão vivos. A versão mais jovem deles, entende?

Harry encarou Livia, sem dizer nada. Apenas assentiu.

- Harry, é loucura o que vou dizer. É uma completa loucura. Talvez você me ache louca, mas automaticamente, você estaria achando que os outros também são. – Livia sorriu. – Harry, eu não me chamo Livia Engel. E ele – ela indicou Tomas, que sorria. – Não se chama Tomas Parker. Eu me chamo Lilian Evans, Harry. E esse é Tiago Potter.

Harry estava sem palavras. Um silêncio se seguiu às palavras da ruiva.

- Então vocês são...

- Sim Harry... – Tiago I, colocando a mão no ombro do filho. – Somos seus pais.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo. Em breve posto o Capítulo 34.

Deixem comentários para eu ver o que acharam.

Beijos da autora, Livia Dias ;)

PS: Espero vê-los na Harry Potter And The Obscure Secrets ok?



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