Harry Potter E A Bruxa Semideusa 3 escrita por Livia Dias


Capítulo 14
Ambrosina, invasão, grande noticia e reclamação


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas a Ariadne Lira, já que prometi postar o capítulo ontem mas tive uns trabalhos de história para fazer e ainda tive que acrescentar mais coisas no capítulo, já que esse é o último.
Peço gentilmente 10 comentários pelo menos. Não sei quando sai o próximo capítulo mas estou pedindo que metade dos leitores deixem opiniões. Faça sua parte. Esse é o último capítulo da parte PJO!!!!
No próximo, a parte HP vai começar com grandes mudanças de idéias da minha parte.
Não vou dizer muito sobre a segunda parte porque estraga a surpresa ;)
BOA LEITURA!!!!



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-Mano a mano. – Percy desafiou Luke e por sorte (ou azar), os guerreiros pararam.

Agrios surgiu com um pégaso totalmente preto. Se esquivando dos coices do animal irritado, Agrios se dirigiu a Luke.

-Senhor. Seu corcel está pronto!

Luke continuou fixando Percy e Selena poderia até ouvir, as engrenagens na cabeça do inimigo.

-Eu lhe disse no último verão, Percy. – disse o garoto por fim. – Você não pode me atrair para uma luta.

Selena continuou fixando os guerreiros, mas estes, estavam parados esperando qualquer sinal para continuar o ataque.

-E você continua evitando uma. – disse Percy. – Com medo que seus guerreiros o vejam ser derrotado?

Luke ergueu sua espada.

-Vou matá-lo rapidamente – decidiu Luke por fim.

Selena, dessa vez, não sabia qual era o plano “genial” de Percy, mas esperava que fosse algo realmente bom. Enquanto Percy e Luke discutiam, Selena ouviu rugidos, rugidos ferozes em algum lugar no navio. Os outros soldados pareceram notar mas Luke não. Muito menos Percy.

Selena olhou para os lados e notou que os soldados estavam realmente perdidos. O que ela tinha a perder? Sentia que aqueles rugidos não eram de um ser que estivesse tentando assustar alguém. Muito pelo contrário, parecia ser de um ser que estava apavorado.

A morena pensou “Quero ficar invisível”, e assim ficou. Annabeth e Grover olharam para o lugar em que Selena estava minutos antes e pareceram querer perguntar “o que você está fazendo?”, enquanto Tyson ficava parado no mesmo lugar, olhando para a discussão de Luke e Percy.

Selena passou pelos soldados e monstros facilmente. Eles nem ao menos sentiram o cheiro dela. Pareciam mais preocupados em observar a discussão dos semideuses, esperando algum ordem de Luke para atacar.

Desceu para o andar debaixo do navio, que estava deserto. Seguiu os rugidos ferozes, e chegou até uma porta blindada. Pegou sua varinha no fundo das vestes.

-Alohomora. – murmurou e a porta se abriu. A garota guardou a varinha nas vestes novamente e entrou na sala.

“Quem está ai?”, perguntou a criatura com um rugido. Selena tinha quase certeza de qual ser era aquele, afinal, ninguém os entendia, apenas ela. Embora ela só tivesse tido aquela experiência uma vez (e não fora lá muito agradável), Selena sabia o que fazer.

“Sou Selena Black Jayne.”, respondeu a garota por pensamento se aproximando cada vez mais e ficando visível novamente.
Um dragão vermelho de dois metros de altura, com olhos dourados e asas longas, estava diante de Selena e a observou atentamente.

“Veio me matar?”, perguntou o dragão por pensamento.

“Não. Ouvi seus rugidos e pedidos de socorro.”, respondeu Selena notando o estado do dragão. Ele estava preso por várias correntes e tinha alguns ferimentos por todo o corpo. “Quem fez isso com você?”, perguntou Selena.

“Os meus donos.”, respondeu o dragão tristonho.

“Os soldados de Cronos, certo?”, perguntou a garota se aproximando mais do animal que pareceu confiar em Selena pelo simples fato de ela não ter atacado-o e o ferido.

“Sim. Estou aqui desde que nasci e nunca vi a luz do sol.”, disse o dragão com mais tristeza.

“E se eu te soltar?”, perguntou Selena e o dragão a encarou. Seus olhos dourados brilharam de felicidade e esperança.

“Seria uma boa, minha senhora!”, disse o dragão animado.

“Você é uma fêmea?”, perguntou Selena tirando do bolso sua pena que se transformou na Espada Prateada e com um golpe, cortando as correntes que prendiam o dragão.

“Sim, minha senhora. Norueguesa.”, respondeu o dragão animado.

“Qual é seu nome?”, perguntou Selena guardando a espada no bolso novamente, transformada em pena.

 “Ambrosina, minha senhora.”, respondeu o dragão.

“Você pode me ajudar?”, perguntou Selena tendo um plano em mente.

“Claro minha senhora. O que quiser.”, disse Ambrosina animada com a perspectiva de ajudar sua heroína.

Selena explicou tudo a Ambrosina, desde ela ser uma bruxa, ter descoberto ser semideusa e sobre a missão em que estavam e a enrascada que tinham se metido.

“Quer que eu coloque o navio a baixo?”, perguntou Ambrosina animada.

“Bom...”, Selena não teve tempo de responder, pois um barulho se seguiu no andar de cima. Parecia uma grande batalha. A garota pegou uma flecha e colocou no arco.

“Quer uma carona minha senhora?”, perguntou Ambrosina.
Selena sorriu para o dragão que abaixou o corpo permitindo que a garota subisse.

Ambrosina era o tipo de animal que não se preocupava em colocar um navio a baixo. Ela cuspiu fogo fazendo um grande círculo no teto que desmoronou, e o dragão levantou asas e saiu de sua prisão. Selena viu vários centauros, milhares deles, lutando contra os soldados de Luke e contra o próprio.

Percy, Annabeth, Grover e Tyson estavam no meio da batalha e os dois semideuses arregalaram os olhos quando viram Selena montada em um grande dragão vermelho.

“Tenho que matá-los, minha senhora?”, perguntou Ambrosina indicando Percy, Annabeth, Grover e Tyson.

-São amigos, Ambrosina. – disse Selena, em voz alta e não por pensamento.

“Ok, minha senhora.”, concordou Ambrosina.

Selena desmontou do dragão vermelho que cuspiu fogo contra os soldados de Luke. Um sinal soou em algum lugar e Ambrosina se agitou e derrubou vários soldados. O pégaso negro também se agitou e Selena pensou que fossem brigar, mas eles estavam achatando vários dos inimigos.

-Você vai nos explicar tudo. – disse Annabeth e Selena mirou em um soldado e acertou a flecha bem no peito do inimigo que se aproximava. Este caiu no chão, morto.

-Sim minha senhora. – disse Selena rindo irônica.

-Irmãos retirar! – gritou Quiron.

Vários soldados estavam subindo as escadas em direção ao convés. Selena foi içada para o lombo de um centauro.

Selena levou dois dedos aos lábios e assoviou para Ambrosina. O dragão surgiu voando.

“Quer que eu te leve para um lugar realmente maneiro?”, perguntou Selena por pensamento.

“Sim, minha senhora.”, respondeu Ambrosina contente.

“Então me siga. Mas não ataque os ciclopes!”, avisou Selena severamente e Ambrosina assentiu.

O pégaso negro levantou vôo e emparelhou com Ambrosina. Antes que os soldados de Luke alcançassem os centauros, estes pularam do Princesa Andrômeda e atingiram o asfalto sem nenhum arranhão ou baque, e saíram xingando o navio, enquanto galopavam pelas ruas de Southeand.

Mais tarde, Selena, Percy, Annabeth, Grover e Tyson estavam em um acampamento de centauros.

Os primos de Quiron eram realmente muito diferentes do centauro. Selena notou isso logo depois que dois deles bateram as cabeças uma contra a outra e saíram com sorrisos bobos na cara.

-Quiron. – disse Percy com um ar surpreso. – Você nos salvou!
O centauro deu um sorriso seco.

-Bem, eu não podia deixar que morressem, principalmente depois de terem limpado meu nome.

-Mas como sabia onde estávamos? – perguntou Annabeth.

-Planejamento avançado, minha querida. Eu calculei que vocês seriam trazidos pelas águas para perto de Southeand, se conseguissem sair do Mar de Monstros vivos. Quase tudo o que é esquisito é trazido para Southend ou Miami pelas águas.

–Puxa, obrigado – murmurou Grover.

–Não, não – disse Quíron. – Eu não quis dizer... Ah, não importa! Eu estou contente em vê-lo, meu jovem sátiro. A questão é que consegui bisbilhotar a mensagem de íris de Percy e rastrear o sinal. Íris e eu somos amigos há séculos. Pedia a ela que me alertasse sobre quaisquer comunicações importantes nesta área. Então não foi preciso grande esforço para convencer meus primos a vir em sua ajuda. Como vêem, nós, centauros, somos capazes de nos deslocar bem depressa quando queremos. Nossa noção de distância é diferente da dos seres humanos.

Selena observou Ambrosina e Blackjack (o pégaso negro que respeitava Percy e o idolatrava) voarem por cima deles. A garota lembrou-se, repentinamente de Hogwarts. Notou que estava com muita saudade dos amigos e até mesmo das confusões em que se metiam.

Ela estava tão absorta em seus pensamentos, que mal ouvia o que os amigos perguntavam a Quiron.

Estava se lembrando do que sua suposta mãe, Belatriz Lestrange, dissera para a garota. Selena não tinha sido reclamada ainda. Será que isso não iria acontecer nunca? Será que Selena viveria com isso, sem saber quem é seu pai olimpiano? E ela, deveria confiar em Belatriz?

Uma grande parte de Selena, resolveu confiar, embora outra parte, ainda maior, resolvesse esperar para ver o que aconteceria e não depositar tanta confiança em Belatriz, afinal, ela estava presa em Azkaban porque fizera algo muito ruim. Ninguém era preso em Azkaban sem realmente ter aprontado algo.

–Annabeth – disse Quíron fazendo Selena despertar. Algo no tom de voz do mentor indicava que ele precisava dispensar alguns dos amigos para poder conversar com dois deles. Se a teoria de Selena estivesse certa, ela sabia muito bem quem seriam os dois semideuses que Quiron precisava ter uma conversa. – quem sabe você e Grover poderiam ir tomar conta de Tyson e dos meus primos antes que eles, ahn, ensinem maus hábitos demais um ao outro?

Annabeth olhou-o nos olhos. Eles pareceram se entender de alguma forma.

–Claro, Quíron – disse Annabeth. – Venha, garoto-bode.

–Mas eu não gosto de paintball.

–Sim, você gosta.

Ela pôs Grover sobre seus cascos e o levou em direção à fogueira. Selena notou que a perna de Percy estava enfaixada. Ele devia ter se machucado na luta contra Luke no Princesa Andrômeda.

Quiron avançou para Selena e desamarrou o pedaço de tecido que a garota tinha amarrado ao braço para estancar o ferimento de ácido que tinha atingido sua pele na luta contra a Hidra, dias atrás.

-Tive uma conversa com Annabeth antes de vocês partirem em missão e eu ser despedido. Uma conversa sobre a profecia. – disse Quiron aplicando algo no ferimento de Selena e fazendo um curativo decente por cima do remédio.

-Não foi culpa dela. – disse Selena e Percy concordou.

-Nós fizemos com que ela contasse. – disse o garoto.

-Acho que não poderia mantê-la em segredo para sempre. – disse Quiron terminando de cuidar do braço de Selena.

-Somos nós na profecia? – perguntou Percy.

-Eu gostaria de saber. Mas vocês ainda não tem dezessete anos. Por ora, devemos simplesmente treiná-los o melhor possível, e deixar o futuro para as Parcas. As Parcas. – disse Quiron.

-É isso que aquilo significava. – disse Percy de repente e Selena e Quiron o encararam confusos.

-E isso que o que significava? – perguntou Quiron.

-No último verão. O agouro das Parcas quando as vi arrebentar a linha da vida de alguém. Pensei que significasse que eu ia morrer imediatamente, mas é pior que isso. Tem algo a ver com sua profecia. A morte que elas previram... vai acontecer quando eu tiver dezessete anos. – respondeu Percy.

-Que coisa mais animadora. – disse Selena revirando os olhos.

-Meu menino, você não pode ter certeza disso. Nós nem sabemos se a profecia é sobre você.

–Mas não existe nenhum outro filho meio-sangue dos Três Grandes!

–Que nós saibamos.

–E Cronos está retornando. Ele vai destruir o Monte Olimpo!

–Ele vai tentar – concordou Quíron. – E a civilização ocidental junto, se não o detivermos. Mas nós vamos detê-lo. Você não estará sozinho nessa luta.

Quiron olhou para Selena e um brilho de tristeza percorreu seus olhos. A garota sabia que o centauro escondia mais alguma coisa, mas não sabia ao certo o que.

-Eu sou apenas uma criança, Quíron – disse Percy. – De que adianta um heroizinho de nada contra uma coisa como Cronos? Nós dois somos crianças.

Quíron conseguiu sorrir.

–De que adianta um heroizinho de nada? Joshua Lawrence Chamberlain me disse algo parecido certa vez, pouco antes de, sozinho, mudar o curso da Guerra Civil.

Quiron puxou uma flecha de sua aljava e girou a ponta afiada como navalha de um jeito que a fez brilhar à luz da fogueira. Selena sonhava em ter flechas como aquela, flechas feitas de...

-Bronze celetial. – disse o centauro. -Uma arma imortal. O que aconteceria se vocês disparassem isto contra um ser humano?

-Nada. – responderam Percy e Selena em coro.

-Certo – disse ele. – Os seres humanos não existem no mesmo nível que os imortais. Eles não podem nem mesmo ser feridos pelas nossas armas. Mas você Percy, é parte deus e parte humano. E você Selena, é parte deus e parte bruxa. Ambos vivem nos dois mundos. Vocês transportam as esperanças da humanidade para a esfera do eterno. Os monstros nunca morrem. Eles renascem do caos e do barbarismo que sempre fermentam embaixo da civilização, o próprio material que torna Cronos mais forte. Precisam ser derrotados de novo, e de novo, mantidos encurralados. Os heróis personificam essa luta. Vocês enfrentam as batalhas que a humanidade precisa vencer, a cada geração, a fim de continuar sendo humana. Entendem? – perguntou Quiron encarando os dois.

Selena e Percy se entreolharam.

-Eu...não sei. – respondeu o garoto inseguro.

-Vocês precisam tentar. Porque, sejam vocês ou não as crianças da profecia, Cronos acha que vocês podem ser. E, depois de hoje, ele finalmente desistirá de levá-los para o lado dele. Essa é a única razão de ele ainda não tê-los matado, vocês sabem. Assim que ele tiver certeza de que não poderá usá-los, irá destruí-los.

–Você fala como se o conhecesse. – disse Percy.

–Mas eu o conheço. – disse Quiron.

-É por isso que o senhor D culpou você quando a árvore foi envenenada? Por isso disse que algumas pessoas não confiam em você?

–Sem dúvida.

–Mas, Quíron... Quer dizer, ora vamos! Por que eles haveriam de pensar que você iria trair o acampamento por Cronos? – perguntou percy e Selena finalmente entendeu.

 –Percy, lembre-se de seu treinamento. Lembre-se dos estudos de mitologia. Qual é a minha conexão com o senhor titã?

–Você, ahn, deve a Cronos algum favor ou coisa assim? Ele poupou sua vida? – respondeu Percy.

–Percy – disse Selena antes que Quiron o fizesse. – O titã Cronos é pai do Quiron.
 

Selena sabia que Percy tinha ficado pensativo depois da informação. O garoto tinha Déficit de atenção e TDAH o que a garota não tinha, por conta de sua parte bruxa.

Os cinco amigos, chegaram até o acampamento meio-sangue na manhã seguinte. Tudo estava um grande caos. O acampamento tinha passado por duas semanas bem difíceis já que tinham sido atacados por vários monstros. A Casa Grande estava cheia de feridos e os meios-sangues do chalé de Apolo, tinham ido cuidar dos feridos.

Logo que eles chegaram até o pinheiro de Thalia, muitos estavam exaustos de tanto lutar. Clarisse depositou o Velocino de Ouro em cima da árvore e logo, mesmo acontecendo muito devagar, os galhos ganharam vida, brisas atingiam as árvores próximas, o luar pareceu mais nítido, e os vaga-lumes eram vistos também, com grande nitidez.

Selena acabou sugerindo a Quiron que Ambrosina vigiasse o Velocino de Ouro e toda a fronteira. Era uma grande chance para ajudar o dragão vermelho e permitir que ela ficasse no acampamento.

Quiron concordou e Ambrosina se arrumou no seu posto de vigia, mais feliz do que nunca.

Clarisse estava sendo homenageada com uma coroa de louros e Percy, Annabeth e Selena observavam, sem nem se importar com o fato de que nenhum dos campistas tinha notado eles. Era bom não estarem sendo alvo de homenagens pelo menos uma vez na vida deles.

A corrida de bigas tinha sido programada por Quiron. Selena se uniu com os gêmeos Stoll e o trio estava trabalhando bastante, embora a garota apenas ajustasse algumas coisas na biga. Não queria ter que subir nela novamente. Pelo menos não pelos últimos mil anos.

-Boa noite, Selena. – disseram os gêmeos Stoll depois de conversarem bastante com a garota.

-Boa noite, ladrõezinhos. – brincou Selena terminando os ajustes.

Travis e Connor riram e sumiram de vista.

Selena escorregou para o chão e descansou a cabeça na biga terminada. Sentiu uma brisa leve e olhou para a porta do estábulo onde ela estava. Um homem com um uniforme dos correios caminhava na direção de Selena.

-Acabei de falar com Percy. – disse o homem e a garota logo soube quem ele era. Hermes.

-Sobre o que, senhor? – perguntou Selena se levantando do chão.

-Fui entregar a ele um presente. – disse Hermes.

-Com todo respeito, mas daqui a pouco o senhor ficará conhecido como o Deus dos Presentes. – disse Selena e o deus riu. Tinha um malote junto ao ombro.

-Poseidon mandou para ele um bilhete. Ah, tenho algo para você também. – disse Hermes pegando algo no malote e Selena notou que era um bilhete também. O deus entregou para Selena que o apanhou incrédula.

-De quem é? – perguntou a garota.

-Infelizmente eu não posso lhe dizer. Mas você descobrirá em breve. – disse Hermes. – Boa sorte na corrida de bigas.

Ele saiu e Selena abriu o bilhete.

“Que meu talento esteja em você.”

Selena leu umas dez vezes até constatar que só havia aquilo mesmo. Quem teria mandado aquele bilhete para ela? Selena Jayne mal sabia que descobriria na manhã seguinte.

O.O

Na manhã seguinte, mesmo com o trabalho de Selena, o chalé de Hermes não foi o vencedor. Selena não ficou triste pois fora o chalé de Poseidon e Atena quem ganharam a corrida.
Todos carregaram eles nos ombros (menos o chalé de Ares). Annabeth tascou um beijo na bochecha de Percy e isso animou ainda mais os campistas.

Percy e Annabeth falaram sobre Tyson que pareceu encabulado. Os dois campistas ganharam coroas de louros e desfilaram pelo acampamento.

Mais tarde, Selena arrumava seu malão de Hogwarts. Conferiu várias vezes se tudo estava ali, já que era do chalé de Hermes e eles tem uma grande fama de serem ladrões.

Notando que tudo estava por ali, Selena deixou seu malão em um canto e saiu para a aula de arco e flecha.

Acertou todos os alvos como sempre. Ela era considerada a melhor arqueira do chalé de Hermes (por conta de ser a única), e até os de Apolo admiravam sua precisão e rapidez.

Mas mesmo com esse talento, Selena continuava na sua. Não gostava de se exibir mas era inevitável.

Depois da aula de arco e flecha, Selena saiu do anfiteatro e Annabeth e Grover puxaram a garota.

-Temos que encontrar Percy. Tyson foi embora. – disse Grover.

-O que? C-como assim? – perguntou Selena confusa enquanto corria junto dos amigos.

-Bom, Tyson deve ter se despedido com certeza, mas Percy deve estar mal. – disse Annabeth.

Os três chegaram até onde o pinheiro de Thalia estava e encontraram Percy.

-Tyson...- disse Percy. – Ele teve de...

-Nós sabemos. – disse Annabeth suavemente. – Quiron nos contou.

-Forjas dos ciclopes. – Grover estremeceu. – Ouvi dizer que a comida da cantina de lá é horrível! Tipo, enchilada, nem pensar!

Annabeth estendeu a mão para Percy.

–Venha, Cabeça de Alga. Hora do jantar.

O.O

Houve uma tempestade de verão naquela noite, que não atingiu o Acampamento Meio-Sangue, graças ao Velocino de Ouro.

Selena dormia profundamente quando exclamações e gritos de surpresa acordaram-na. Ela saiu do chalé de Hermes e notou que todos estavam aglomerados em torno do pinheiro de Thalia.

Selena correu para lá e encontrou Percy junto de uma garota punk.

-O que está acontecendo? Quem é ela? – perguntou a morena enquanto todos abriam espaço para ela se aproximar.

-“Ela” é Thalia Grace. – respondeu Annabeth com lágrimas nos olhos e abraçou a garota chamada Thalia.

Selena encarou Percy que parecia igualmente confuso. Então algo de estranho aconteceu. O abraço das garotas foi interrompido por novos gritos de surpresa.

Percy encarou Selena boquiaberto. A garota olhou para cima de sua cabeça, sentindo seu coração bater forte. Não acreditou quando viu. Um martelo de bronze celestial envolto de uma bolha com chamas.
Todos se ajoelharam, inclusive Thalia. Quiron se ajoelhou também.

-Selena Black Jayne, filha de Hefesto, deus dos ferreiros e do fogo.
 

A garota não conseguiu acreditar. Tudo estava muito confuso em sua cabeça. Ela era filha de Hefesto. Aquilo não era ruim, mas isso só mostrou que as teorias de Selena estavam certas: ela era a garota da profecia.

Depois da reclamação, o acampamento ficou um tanto atordoado com aquilo. Charles Beckendorff se apresentou como conselheiro do chalé de Hefesto. Selena se mudou para o chalé número nove logo em seguida, depois da sua reclamação.

O chalé de Hefesto era negro, com chaminés no telhado. Por dentro, haviam várias camas e beliches de madeira negra, mas muito bonita. Selena se acomodou em uma cama vazia e conheceu outros filhos de Hefesto, os quais nunca tinha falado. Conheceu Harley, Jake Mason, Nyssa e Shane. Todos os filhos de Hefesto foram bem legais com Selena o que a deixou feliz.

Ela tinha uma família, que estaria esperando por ela todo o verão, no Acampamento Colina Meio-Sangue.

Uma semana tinha se passado. Era 1º de julho. Muitos estavam retornando para casa. Selena soube que Percy, Annabeth e Thalia ficariam no acampamento. Selena e Thalia tinham uma relação nada amigável. Não eram inimigas mas também não eram amigas.

-Um dia vocês vão se entender. – disse Annabeth confiante enquanto Selena se despedia dos amigos.

-Quem sabe? – disse Selena abraçando a amiga. Depois abraçou Percy e deu um aceno de despedida para Thalia.

O táxi esperava a garota para levá-la até Londres, já que no dia anterior, ela ficou sabendo que os Weasley e Harry estavam hospedados no Caldeirão Furado no Beco Diagonal.

Ao chegar próxima ao táxi, Selena viu Ambrosina. Ela parecia bem infeliz. A garota deixou o malão dentro do veiculo e foi até o dragão vermelho.

“Ei”, disse Selena por pensamento ao animal que fungava e soltava chamas o céu. “Eu volto no próximo verão.”

“Só no próximo verão.”, disse Ambrosina triste. Selena acariciou a cabeça do animal que pareceu mais contente.

“Você pode me visitar em Hogwarts. Sabe onde é.”, disse Selena.

“Tem certeza, senhora?”, perguntou Ambrosina e a garota concordou.

“Sim. Mas tome cuidado. Chegue pela floresta proibida. Você vai encontrar um guarda-caça por lá. Ele gosta de dragões. Mas chegue no começo de janeiro. Você não suporta o frio intenso do inverno. Até lá, acho que Quiron e o sr.D terão arrumado um outro dragão para te substituir quando você for me ver.”, disse Selena.

Ambrosina cuspiu fogo para o céu contente.

“Muito obrigada minha senhora. Estarei por lá com certeza.”, disse o dragão.

Selena se despediu de Ambrosina e correu para o táxi. Entrou e acenou para os amigos da janela.

O veículo começou a se locomover e o acampamento Meio-Sangue sumiu de vista.
 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim. Lembrem-se de RECOMENDAR se for possível.
Em breve, parte Harry Potter.
Até ;)