A noite já cairá há muito tempo, uma jovem de cabelos verde azulado caminhava pelas ruas de uma cidade pequena, ela estava acompanhada de dois jovens, um de cabelos brancos e outro de cabelos negro. Os três não ousavam pronunciar nenhuma palavra durante o percurso, até que o albino parou em frente a uma loja de brinquedos e ficaram admirandos os ursos de pelúcia – O que você está fazendo Miguel? – a menina perguntou enquanto se virava para avistar o jovem parado em frente à loja.

– Só estou admirando essas belezinhas – ele respondeu – Qual você acha mais bonita para se tornar o meu mais novo fantoche? – ele perguntou enquanto mantinha uma mão no queixo como se o seu dilema fosse à coisa mais importante do mundo.

– Idiota – a mulher exclamou – Largue esses bichos, não está velho demais para brincar com ursinho de pelúcia? – a mulher ironizou, sem perder a chance de incomodar o amigo.

– Você acha mesmo que amanhã nós vamos ter tempo de comprar um bicho de pelúcia? – o moreno se pronunciou irritado – Eu nem sei se sairemos dessa cidade e você ainda quer voltar aqui? – o moreno estava irritado, estava com uma magia nada positiva exalando do corpo – Vamos ter muita sorte se sairmos daqui com vida – ele disse se virando e voltando a percorrer o mesmo percurso anterior.

– Raiden – a mulher advertiu – Não é necessário nos lembrar de que estamos indo a caminho de uma prisão e que todos dentro dela querem a nossa cabeça – ela disse com as mãos na cabeça em sinal de tentar conter o nervosismo – Agora vamos logo Miguel, o feitiço do sono não vai durar por muito tempo – ela disse enquanto passava por um cidadão desacordado – E vê se não pisa em ninguém seu desajeitado – tarde demais, o garoto já tinha tropeçado em um homem e acabou por cair nos peitos de uma mulher.

– Olha – Raiden disse com um sorriso sapeca no rosto – Ele é tarado até não quer – o jovem disse. Hana olhou de Miguel para Raiden e depois para Miguel, assim ela ficou por dois minutos e foi parar no chão quando começou a rir – Essa vai fica pra história – Raiden exclamou enquanto tirava uma foto do jovem albino – Eu já imagino o que a Yuno vai dizer – Raiden tirava sarro do amigo.

– Nem pense em contar para a Yuno-chan – o jovem albino disse irritado tentando tomar a câmera das mãos do outro – Ela nunca vai me perdoar se ver algo desse tipo.

– E por acaso ela sabe que é tratada por você como Yuno-chan? – a mulher provocou assim que pegou a câmera que fora jogada em sua direção, o albino correu até ela no intuito de pegar o objeto, mas a mulher foi mais rápida e jogou para o outro.

– Não se preocupe com isso Hana – o moreno disse assim que estava em posse da câmera – Ela não vai falar nada – o jovem disse – Afinal de contas ela prefere muito mais os caras de bares e que sabem o que é uma musica de Rock – o moreno mais uma vez jogou a câmera para a esverdeada que a pegou rapidamente antes que caísse.

– É verdade – a esverdeada disse com um sorriso no rosto – Ela preferiu ir a um bar no ultimo dia em que eles se viram, nem quis saber dele que a esperava com uma mesa pronta para um jantar romântico – a esverdeada brincou ainda mais com o albino – Você devia aprender que o gosto dela é caras irritantes e estranhos – a menina disse acabando por fim com a brincadeira e entregando a câmera para o garoto que tratou de apagar a foto.

– Isso não quer dizer que eu não possa conquista-la – o jovem exclamou sério – Eu já lhes disse, custe o que custar, eu vou fazer a Yuno se apaixonar por mim – ele disse convicto.

– Está bem senhor apaixonado – o moreno ironizou mais uma vez – Vamos logo que não temos muito tempo – mais uma vez o clima ficou tenso no grupo – Hana, você acha que seu pai e irmão conseguem tirar as crianças de lá? – o moreno fez a pergunta com receio.

– Tenho certeza – ela disse, mas as palavras eram mais para si mesmas do que para eles, ela queria acreditar que eles trariam os dois bebes.

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Longe dali em uma cidade tão calma quanto à outra duas pessoas caminhavam pelas sombras de um orfanato, os dois homens estavam encapuzados – Você acha que é aqui? – o mais novo perguntou para o pai – Esse deve ser o terceiro orfanato a qual estamos entrando, se não encontrarmos os bebes vamos sofrer graves problemas – ele disse com uma mão na cabeça.

– Esse é o ultimo, eles só podem estar aqui – o mais velho disse rapidamente – Vamos entrar – ele disse e assim o mais novo criou uma escada de agua e ambos subiram até uma janela próxima – Está bem quieto – o mais velho observou assim que botou os pés no lugar.

– O que você esperava? – ironiza o mais novo – Isso é um orfanato, as crianças devem estar dormindo a essa hora – o mais novo relatou.

Ambos ficaram quietos depois disso e caminharam pelo lugar, acabando por constatar que era mais um dos quartos das crianças, muitas já dormiam e as poucas que estavam acordadas eram logo em seguida desacordadas pelos magos. Eles caminharam por mais algum tempo, abrindo portas e verificando salas, mas em nenhuma puderam encontrar o berçário.

Depois de algumas horas vasculhando o lugar eles se deparam com a ultima porta que ainda não fora aberta, depois de trocar um breve olhar eles entraram por ela, o lugar estava completamente escuro o que impossibilitava a visão do lugar – O que fazem aqui fadas? – uma voz se fez presente no lugar assim que eles entraram, por alguns segundos ambos os homens seguraram a respiração.

– Você – foi à única coisa que Kyoichi falou assim que a luz foi ligada, na sala um homem de curtos cabelos negros estava sentado em uma cadeira qualquer, em seus braços um pequeno bebê estava repousado, ele balançava os braços fortes no intuito de manter a menina dormindo – Largue ela – o garoto falou, sendo contido por seu pai de não bater no homem.

– Faça silencio – o homem de cabelos negros ordenou levantando seu rosto pela primeira vez, olhos negros como a noite, mas com um brilho assassino que fez Kyoichi recuar dois passos – O bebê está dormindo, não queremos acordar essa belezinha não é? – o homem disse com um sorriso sarcástico no rosto. O homem se levantou e deixou o bebe no berço e caminhou até perto dos dois homens na porta, dando inicio a mais uma das lutas entre dois rivais declarados.