Na Praia - Finnick e Annie escrita por Laura the great


Capítulo 1
Primeiro amor


Notas iniciais do capítulo

comentem, por favor. Por favor :)



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Annie estava sentada na areia, observando Clyde brincar na água. Ele era um grande nadador, como o pai, Finnick. Annie não tinha tido a oportunidade de contar á Finnick que eles estavam esperando um filho. Ela suspira com o triste pensamento. Clyde era moreno, como Annie, e tinha os olhos azuis, da mesma cor do mar, como o pai. Era impossível olhar para o menino e não se lembrar de Finnick.
 Annie segura um pouco de areia com as mãos e espera ela escapar pelos seus dedos. O sol estava quase se pondo, e a praia estava deserta. Era a mesma praia onde ela e Finnick costumavam passar os dias, como um casal feliz. A lembrança a faz sorrir. Se não fosse por esses malditos Jogos Vorazes, Finnick estaria vivo.

Annie o conheceu quando tinha 7 anos. Todo sábado ela ia ajudar seu pai a pescar. Um dia viu um menino loiro, com olhos profundamente azuis. Ele era filho de um pescador de ostras, e Annie tinha uma queda por ele. Todos os sábados os dois se viam, mas só se conheciam por vista. Depois de 2 anos, começaram a trocar sorrisos. Annie, depois de muita hesitação, se aproximou do menino, que estava sentado na areia tecendo uma rede para pegar peixes.
-Oi.- O menino comprimentou, sorrindo.
Annie não respondeu, só sentou-se ao seu lado. Depois de algum tempo a menina resolveu falar.
-Sempre te vejo pescando ostras com o seu pai. Meu nome é Annie.-
-Sou Finnick. Quer brincar de construir castelo de areia comigo?- Perguntou Finnick deixando sua rede de lado. Annie sorriu e respondeu que sim. Eles brincando na areia e no mar até os pais das crianças chamarem. Assim, Finnick e Annie começaram a se encontrar todos os sábados, simplesmente para brincar. Quando eles tinham 12 anos, Finnick a presenteou com uma pérola que tinha achado dentro de uma ostra.
-Tão bonita quanto você...- murmurou Finnick, corando. Annie agradeceu dando um beijinho na bochecha do garoto.

Com 14 anos, eles se apaixonaram. Finnick a beijou na praia, e os dois jovens começaram a namorar. No mesmo ano Finnick foi selecionado para os jogos. Annie se despediu dele com lágrimas nos olhos, e um último beijo. Ela sabia que o garoto tinha boas chances de ganhar, mas se preocupava. Ele era muito jovem.

A menina assistiu Finnick na arena, matando as outras crianças. Ela ficou horrorizada com o que o namorado conseguia fazer, mas ainda o amava. O garoto acabou ganhando os jogos, e voltou para o distrito 4 totalmente diferente. Ele não conversava mais, ficava olhando para o horizonte.

Um ano depois, foi a vez de Annie ser escolhida para lutar nos Jogos Vorazes. Finnick se desesperou, pois sabia que a namorada não tinha muitas chances de sair viva da arena.
Por pura sorte, ela conseguiu sobreviver. Tinha visto o menino do seu distrito ser decapitado na arena, então ficou em choque. Tinha dificuldade para formular os pensamentos, e Finnick tentou ajuda-la. A relação deles ficou fria depois dos jogos. Eles não brincavam mais e nem riam.

Com o passar dos anos, eles foram voltando ao normal. Quando Finnick completou 18 anos, começou a fazer muitas viagens até a capital. Annie descobriu que ia para lá por ordem do presidente Snow, para se ‘prostituir’ para as mulheres doidas de lá. Todas elas achavam Finnick muito bonito, então tinha que ir pra lá para ter ‘relações’ com as idiotas. Quando soube disso, ela ficou muito brava, e resolveu se separar de Finnick por um tempo, mas logo percebeu que não conseguiria viver sem ele. Um dia os encontros com as mulheres pararam, e os dois voltaram a namorar. Foram morar juntos na aldeia dos vitoriosos, e eram simplesmente um casal apaixonado. Depois de um ano, Finnick teve que voltar a encontrar as mulheres da capital, sendo ameaçado pelo presidente Snow.
-Você não entende, Annie! Eu te amo! Se eu não foi para a capital o presidente Snow vai te matar!- Dizia Finnick toda a vez.
Annie não se importava mais com as viagens. Ela sabia que Finnick não se apaixonaria por nenhuma delas, que seu amor não iria a nenhum lugar.
            Os anos foram se passando, e as idas á capital foram diminuindo. Os dois ainda eram muito apaixonados um pelo outro. Tudo mudou quando Finnick foi selecionado para mais uma edição de Jogos Vorazes, onde os vitoriosos teriam de lutar até a morte. Annie também foi selecionada, mas Mags se voluntariou no lugar dela. Mags era a mentora dos jogos, uma velhinha de 80 anos que tratava Annie como sua própria filha.

O que aconteceu depois disso, Annie não gostava de lembrar. Finnick tinha sobrevivido a arena, e foi para o distrito 13, com os rebeldes. Annie se juntou á ele logo depois, e se casaram. Depois disso Finnick foi para uma missão contra a capital e... e morreu. Ninguém nunca tinha contado os detalhes á Annie. Não sabia direito as causas de sua morte, mas não queria saber. Sabia que bestantes estavam envolvidos, mas não tinha certeza.

Foi muito difícil para Annie superar a morte de seu marido. Ela estava grávida, e pretendia contar para o marido no dia da sua volta da missão. Mas ele não voltou. Katniss, uma menina jovem do distrito 12, que deu a notícia. Quando descobriu , Annie simplesmente sentou no chão, sem forças para chorar ou gritar. Parecia um pesadelo horrível e assustador. Ela ficou em choque por 7 meses, mas sabia que tinha que recuperar as forças para cuidar de seu filho. O chamou de Clyde, um nome que Finnick gostava. Clyde tinha o rosto muito parecido ao do pai, e tinha o mesmo jeito. Era simpático, gentil e corajoso. Annie queria proteger o filho do mal do mundo, não queria vê-lo sofrer como os pais sofreram.

Todos os dias, Annie volta para a praia em que conheceu Finnick. Todos os dias pensa em como seria a vida se ele ainda estivesse vivo. Sente saudades de tudo... Seu rosto, sua coragem, sua simpatia, seu carinho, seus beijos, seus abraços, seus olhos, seus cabelos. Sente saudades de observa-lo tecendo sua rede, de construir castelos de areia com ele, de nadar, e até de ficar só observando o horizonte. Ela sente saudades da vida que ele tinham juntos, e da vida que eles deixaram de ter. Poderiam ter mais filhos, mudar de casa, e viver felizes para sempre. Mas o destino não tinha sido gentil com os dois jovens. 


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