“Sempre quis ser uma dessas pessoas que não se importam muito com o que os outros pensam delas... mas simplesmente não sou” – Harry Styles.

Bom, como viram, eu me importo pro que as pessoas falam de mim. Sou uma dessas pessoas que se importam muito com o que pensam delas, principalmente quando essas pessoas são as pessoas que você mais confiava. Sim, “confiava”, porque agora, eu vi quem elas realmente são.

Confuso? Eu sei, mas a única pessoa que me entendia era a pessoa que eu menos esperava, um garoto, que nem amigo eu considerava, mas quando eu mais precisei ele estava lá, ao meu lado, me apoiando.

Agora vou começar a contar minha história, ainda não tem um final definido, isso, porque ainda não aprendi a viver.

Meu nome é Amélia, tenho 20 anos, estou na faculdade de computação, no segundo ano de curso. Moro em um apartamento na cidade grande com uma amiga.

Ela não é daquelas amigas que podemos confiar muito, porque ela já deixou escapar segredos muito importantes de algumas pessoas, mas quando de trata de diversão, compras, um ombro pra chorar pra tirar as mágoas, é com ela mesma. Eu a conheci quando eu estava à procura de um lugar para morar quando entrei na faculdade. Como não temos condições de cobrir todo a despesa do apartamento, decidimos dividir.

No inicio éramos somente “companheiras de apartamento”, mas depois do ocorrido, agora somos melhores amigas, ela é fiel a mim e eu a ela, sabemos coisas uma da outra que nossos pais nem imaginam.

Ainda não a apresentei, então... O nome dela é Andréa, mas a chamo de Andy, tem 20 anos, igual a eu, faz direito e está no segundo ano de curso. Ela sabe fazer muitas coisas, e uma delas é cozinhar, eu amo a comida dela, ela faz com tanto carinho que não tem como enjoar de comer arroz e feijão todos os dias. Mas o que ela mais sabe fazer é brigadeiro de panela, uma de suas especialidades.

Agora vou contar minha história de verdade.

Quando eu era pequena, tinha aproximadamente 12 anos, eu tinha muitas amigas, todas, para mim, eram verdadeiras e fiéis, eu confiava muito nelas. Elas eram as pessoas mais importantes que eu tinha, eu praticamente quase dava minha vida a elas, fazíamos tudo juntas.

Mas, como eram muitas, sempre tinha as que eu mais gostava, que eram mais amigas e mais me aceitavam. Contávamos muitos segredos umas para as outras, mas tinham coisas, que não podíamos contar, pois eram muito pessoais.

Essa nossa amizade durou aproximadamente um ano, todas juntas. Depois disso algumas foram se afastando, inclusive minha melhor amiga, que sabia tudo sobre mim. Sabia todos os meus pontos fracos, que se ela “tocasse”, eu chegaria a entrar em depressão.

E foi bem nesse ponto fraco que ela pegou. Ela xingou as pessoas que eu mais amava nesse mundo, inclusive minhas amigas que não se afastaram de mim. Ela sabia muito bem que eu ficava mal por xingarem elas ou agredir, ou qualquer outra coisa de ruim que fizessem a elas. Agora eram elas que eu tinha, apenas elas.

Eu tinha um outro ponto fraco, que, na realidade, não é tão fraco assim, era mais como eu me sentia. Ela me xingava de feia, chata, burra, gorda e muitas outras coisas piores, que eu sempre soube; ela apenas confirmou isso a mim.

Sim, eu tenho muitos complexos, e são esses complexos que me fazem mal e me deprimem. Já cheguei a ter a ideia de me cortar, mas pelo menos eu tenho a cabeça no lugar, e como sempre minhas amigas diziam: “é pura idiotice fazer isso, sem falar que você se machuca. E isso só mostra que você estava mal por algo e queria mostrar isso para as pessoas”.

Isso tudo aconteceu porque ela ficou com ciúmes de um garoto de minha escola, que gostava de mim e deixava isso bem claro; mas não tinha coragem de assumir isso. Emma o amava, desde quando éramos amigas. Quando descobriu que ele me amava, ela brigou comigo.

Mas Luíz estava ao meu lado, pois não gostava de Emma, a achava arrogante, chata; o que não era novidade, mas eu a aturava, porque amigas verdadeiras aturam até os piores defeitos da outra.

Enfim, depois de tudo isso eu estava isolada, mesmo tendo minhas amigas do meu lado, eu me sentia sozinha.

Depois de um certo tempo, Luíz já era meu melhor amigo, até então eu soube o que era de verdade teu um melhor amigo, que te ama e que é verdadeiro.

Ele sofria um pouco por gostar de mim e por eu ser sua melhor amiga, porque eu não era uma dessas pessoas muito sociáveis, diferentemente de Luíz, que era o garoto, como as meninas diziam mais gato da escola.

Ele tentava fazer com que eu formasse mais amizades, mas eu sempre dizia: “prefiro um amigo verdadeiro, do que 10 amigas falsas e invejosas” , ele sempre ria quando eu falava isso, porque ele sabia que era verdade.

Pra mim ele era apenas um melhor amigo, mas eu sei que ele queria mais do que isso, sei disso, porque ele me dava umas indiretas, tentava se aproximar de mim, mas como eu era idiota, eu desviava deixando ele no vácuo.

Chegou um dia que marcamos de sair com os amigos dele, eu não fui muito a favor disso, mas depois que ele insistiu muito, eu acabei cedendo. Fomos ao cinema, comemos no restaurante do shopping, em meio a risadas e brincadeiras e zoações. Na hora de irmos embora, nós íamos juntos para casa, porque éramos vizinhos. Estávamos no ponto de ônibus, estava chovendo muito na hora; passou um carro perto da calçada, jogando água em cima de nós; na verdade em cima dele, pois acabei me defendendo me encostando nele. Depois que eu ia me soltar, ele me segurou.

_Agora você é minha – ele disse bem perto de mim, com milímetros de meus lábios, ele acabu com a tortura, selando nossos lábios e fazendo com que fosse o melhor beijo de todos, um beijo apaixonado, calmo, doce e molhado, por causa da chuva. Foi o melhor beijo da minha vida, pois era com a pessoa que eu confiava e também porque estávamos na chuva, o beijo dos meus sonhos.