(1 ano atrás)O ano estava chegando ao fim, e a festa de fim das aulas cada vez mais próxima. Os alunos do 1 ano do Quadrante estavam preparando tudo, a decoração, a bebida, comida e tudo mais. Todos não viam a hora desse dia chegar. O dia em que a "tortura" acabava. A festa seria no pátio da escola, uma festa simples, onde a roupa seria apenas o uniforme escolar. Então, finalmente havia chegado o dia tão esperado por todos. Lia e Ju estavam saindo do prédio exatamente na mesma hora que Dinho. Ju se aproxima de Dinho, e o cumprimenta. Lia vinha ao seu lado, mas "sem querer", perde o equilíbrio e tromba com Dinho, que se irrita.
Dinho: Garota, você não olha por onde anda?

Lia: Olho, mas é que você é tão, mas tão insignificante que eu não enxerguei.

Dinho: Eu tenho pena do cara que vai se casar com você, viu

Lia: Eu só não tenho pena da mulher com quem você vai se casar, porque nem sei se você vai conseguir se casar algum dia

Dinho: Mas você é marrenta mesmo, né garota?

Lia: E você insuportável!

E os dois ficam se encarando, até que Ju quebra esse clima tenso entre eles.

Ju: Hãn, gente vamos pra festa, por favor, chega de ficar discutindo

Lia: Bora Ju, não aguento mais ficar aqui

Dinho: Muito menos eu, não vou ficar perdendo meu tempo com uma garotamarrenta e metida

Lia: E eu com um garoto irritante e arrogante..

Ju: Tá Lia, vamos logo

E ela puxa Lia pelo braço, em direção ao Quadrante, e Dinho vai em passos lentos logo atrás. Enfim, eles chegam na festa. Ainda era cedo, então não tinha quase ninguém, estavam apenas Orelha, Pilha, Fera, Fatinha, Rafa e Morg.

Orelha: Então finalmente, chegou Dinho óóóóó pegador. Falaí Dinho, não pretende pegar nenhuma hoje? Já pegou umas 365 no ano, uma pra cada dia, hoje que tem festa não pode faltar né não?

Dinho: Tem razão, cara. Hoje é tradição pegar geral, né

Orelha: Cara, você é meu ídolo, brother.

Enquanto isso, Ju e Lia escutavam a conversa dos dois

Lia: Esse Dinho é muito cara de pau. Como ele pode se orgulhar por ficar com todas as garotas do Quadrante, e depois de usar, jogar fora, como se fossem objetos?

Ju: Ele é garoto, né Lia. Todos são iguais.

Lia: Não, você tem razão mesmo. Mas, não são todos iguais. Um pior que o outro.

Ju: Lia, posso te peruntar uma coisa? assim, na boa?

Lia: Depende Ju, se for aquelas suas perguntas sobre eu encontrar o meu príncipe encantado...

Ju: Não não, não é isso. Eu só queria saber se..

Lia: Se.. o que?

Ju: Lia, você é afim do Dinho?

Lia arregala os olhos, e se assusta com a pergunta

Lia: C-Como assim Ju? que pergunta foi essa?

Ju: Ué, que que tem? uma pergunta normal. Você é afim do Dinho ou não?

Lia: Ju, eu nunca vou ser afim daquele, d-daquele insuportável, arrogante...

Ju: Mas do jeito que você implica com ele e tenta chamar a atenção dele...

Lia: Olha Ju, eu nunca gostaria de alguém como ele. Nunca mesmo

Ju: Tá, tudo bem, só achei que..

Lia: Não, achou errado, muito errado viu.

Ju: Tá, desculpa Lia. Só perguntei

Lia: Tem problema não. 

Ju ficou com a pulga atrás da orelha. óbvio que ela não acreditaria nesse papinho da Lia. Alguns minutos se passaram, chegava cada vez mais alunos na festa. Lia estava sentada em um banco, enquanto todos dançavam. Ela observava atentamente Dinho dançando com Nanda. Ela mexe a cabeça.

Lia: Garotos.. Todos iguais!

Lia decide sair dali. Já estava se sentindo mal vendo aquilo. Ela sentou-se nas escadas fora do colégio. Dinho dançava com Nanda, mas não tirava os olhos de Lia. Ele pensava em como odiava aquela garota. Ele realmente achava que a odiava, mas é claro que o ódio nunca caminhou sozinho e não seria agora que começaria a caminhar. Dinho estava destraido, entao resolveu ir tomar um ar. Ele foi até as escadas, onde Lia estava, sem saber que ela estava lá. Lia estava destraida, olhando para o nada, quando ela sente alguem sentando ao seu lado.

Lia: Dinho?

Dinho: Eaí marrenta?

Lia: O que que você tá fazendo aqui, hein?

Dinho: Vim respirar um ar, e me topei com você aqui.

Lia: Volta pra festa, vai!?

Dinho: Ninguém pode me obrigar a voltar pra festa, Lia.

Lia: Por favor, Dinho. Eu tô te pedindo. Eu queria ficar sozinha

Dinho: Tudo bem, a gente fica sozinho aqui

Lia: Vem cá, por que você não vai lá dançar com a suas amiguinhas, tipo a Nanda.Coitada, vai ser mais uma vítima sua.

Dinho: A Nanda é bonita, inteligente, gente boa, mas não é o meu tipo

Lia: E desde quando você precisa de tipo pra ficar com alguém, Dinho?

Dinho sorri

Dinho: Lia, você tá com ciumes?

Lia se exalta

Lia: Dinho, nunca, nunca mais fale uma besteira dessas, senão você vai passar até mico. Eu nunca sentiria ciumes de você!O que te faz pensar que eu tô com ciumes?

Dinho: Esse seu jeito todo irritado por eu estar com a Nanda... Se isso não é ciumes, é o que então?

Lia: Eu.. Eu definitivamente não tô com ciumes, Dinho!

Dinho: Tá bom, tá certo, foi mal! Eu me enganei entãoLia: Se enganou feio!

Dinho a observava com ternura. Lia tentava desviar o olhar, mas em um instante em que olhou pros olhos dele, não conseguiu mais desviar. Eles estavam perigosamente perto um do outro. Dinho, olhando nos olhos de Lia, pegou em sua mão, que tava sobre a perna. Lia não conseguia mais aguentar de tanta vontade que sentia de agarrar ele alí mesmo. Ela tentava controlar essa vontade a todo custo, mas já não estava dando mais.

Dinho: Sabe, essas garotas do Quadrante, a Nanda, a Maná, a Cacau, a Mi... Todas elas, nenhuma me interessou realmente.

Lia: Então, você usou elas só por causa da sua reputação?

Dinho: Não. Era porque eu não aguentava mais tentar me aproximar de uma pessoa que eu gosto muito, e ela sempre fugir de mim.Então, eu decidi ficar com elas, pra ver se com alguma delas eu conseguia sentir algo, pra esquecer ela, sabe. Mas, sabe de uma coisa? Não consegui. Ainda penso nela sem parar, mesmo que a cada encontro nosso, a gente só saiba brigar igual a cão e gato.

Lia: Você consegue brigar mais com ela do que comigo?

Dinho: Não, de jeito nenhum. É exatamente o mesmo jeito. Aliás, ela é muito parecida com você. Cabelo loiro, com algumas mexas pretas nas pontas, uma mexa azul no lado direito. Olhos esverdeados, pele branquinha. Muito, mas muito marrenta, mas sei que por trás desse escudo dela, existe uma garota sensível e doce, que apenas necessita ser amada.
Os olhos de Lia marejavam, sua respiração estava afagada. Ela não se aguentava mais de tanta vontade que tinha de beijá-lo, mas ela tinha medo de se magoar depois. Ela tinha medo, mas queria muito aquilo, então, ela decidiu que iria tentar, se não desse certo, ela cuidaria disso depois. Naquele momento, ela só pensava em poder ficar com ele. Dinho foi se aproximando cada vez mais. Ele encosta suavemente seus lábios nos de Lia, e então eles se beijam de verdade. Um beijo calmo e tranquilo, mas com muita, muita paixão e desejo das duas partes. Lia colocou sua mão no rosto de Dinho, fazendo leves carinhos, e a outra mão na nuca. Dinho colocou suas mãos nas costas de Lia, acariciando-as levemente, puxando-a cada vez mais para perto dele.Aquilo era mais que um beijo, era uma demonstração do grande amor que os dois carregaram até alí, e que carregariam apartir dalí, por um bom tempo.