O amor é um sentimento único, que não tem idade e é inesquecível. Enquanto o amor durar, todos os lados saíram ganhando. Mas quando chegar a hora do rompimento, ambos os lados sofreram.

Um sentimento tão lindo e bom, quanto o amor não deve ser domado, pois é um sentimento selvagem e gostoso.
Eu sei disso tudo e muito mais, pois já o vivi. Olho para trás em minha vida, me lembro do meu único amor que valeu a pena. Lembro-me de meu amigo, meu melhor amigo e amor. Meu Jonas.

A saudade é outro sentimento que todos já vivemos, é algo que abala nossas estruturas. É algo que pode causas à morte dos fracos que não a suportam e o sofrimento para aqueles que a aguentam e vivem com ela.

Amor e saudades, são sentimentos únicos e inigualáveis, é tudo que falarei antes de contar minha história.

Lembro-me de quando o conheci, ainda era pequena em torno de cinco anos de idade. Estava no parque, sentada em um dos balanços, sozinha, ninguém queria brincar comigo.

–Ei! O que você faz aqui sozinha? - Me lembro dele perguntando com a voz angelical de criança.

–Ninguém quer brincar comigo! - Falei com a voz embargada já que estava chorando.

–Então, prazer. Sou ninguém... Na verdade sou Jonas e você? - Perguntou com voz curiosa.

–Sou Rubi. - Falei rindo feliz, enquanto enxugava as lágrimas.

Logo estávamos a correr por ali, a nos divertir. Corríamos e brincávamos até não poder mais. Nós nos divertimos mais ali do que em qualquer lugar. E foi assim que nossa amizade surgiu.

–Rubi, precisamos conversar... - Falou carta vez Jonas, quando tínhamos apenas 13 anos.

–O que foi? - Perguntei curiosa parando ao seu lado.

–Não queria ter que me separar de você, mas terei que me mudar, por causa do trabalho da minha mãe. - Falou sério e triste ao mesmo tempo.

–Irá me deixar? - Me lembro de ter perguntado.

–Não! Nunca! Manteremos contato. - Falou e me abraçou.

Lembro-me de tê-lo abraçado como se ele fosse fugir e chorado muito. Passamos o dia todo juntos nos despedindo, já que ele iria embora à manhã seguinte.

Hoje já tenho 17 anos, a mesma idade que ele, Jonas, também tem. Sou poucos meses mais nova que ele, mas isso não importa, não agora.

Faz quatro anos que não nos vemos. Que perdemos contato. Tenho saudades, que parece uma saudade eterna, que nunca vai passar. Tenho a esperança de que um dia eu possa passar por cima disso, dessa saudade, mas sinto que só conseguirei isso quando o reencontrar...

–Rubi? - Escutei uma voz grossa me chamar. Não tinha mudado muito desde os 13 anos.

–Han? - Este foi o único som que saiu de minha boca, antes de ser levantada do chão em um abraço esmagador.

–Que saudades, Rubi. - Falou a voz me pondo no chão.

Virei-me para o dono da voz e não acreditei no que via... Era uma versão de 17 anos do Jonas... Mas não pode ser... Deve ser uma peça da minha cabeça... Mas é tão real...

–Mas como? Quando? Oh, Jonas! - Falei antes de me debulhar em lágrimas o apertando em um abraço.

Batia na altura de seu peito, mas não me importava. Ele logo me abraçou de volta. Ficamos abraçados por um tempo, com a chorosa aqui a chorar.

–Mas como você veio pra cá? Como isso aconteceu? - Perguntei me separando um pouco do abraço para olhar em seu rosto, ainda sem acreditar que ele estava aqui.

–Bem, eu vim de avião e estou aqui, pois acabei de me mudar de novo pra cá. - Falou divertido.

Ficamos mais algum tempo conversando e pondo os assuntos dos anos passados em dia, falamos sobre tudo o que nos aconteceu neste tempo, nestes quatro anos.

Por fim, não me pergunte como nossa saudade morreu, quando sem percebermos acabamos em um beijo delicado, romântico, carinhoso, cheio de sentimentos diferentes ali presentes.

E foi assim que nosso amor evoluiu de melhores amigos, para amantes, namorados. Foi assim que as saudades surgiram e sumiram, nos momentos que menos esperávamos.

FIM!