O Segredo da Vida escrita por Izu Chan


Capítulo 38
Capítulo 38 - Suíça




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-Então realmente a coroa está lá – fala Sesshoumaru analisando o papel como se quisesse ver através dele a coroa. Era noite e estavam no escritório do andar inferior: ele, Kagome, Enara, Tai, Karen e Inuyasha

-Está, mas o problema seria como entrar lá – fala Karen

-Bom, mesmo com os nossos poderes seria muito arriscado entrar lá assim e simplesmente roubar o cofre. Seríamos os primeiros da lista de culpados porque estamos de olho nesse cofre a tempo – fala Inuyasha

-É também teria isso – fala Sesshoumaru e olha para a janela. O céu estrelado com algumas nuvens leves. Devia ser por volta da meia noite – Karen. Vá para a cama, você precisa descansar

-Não. Vou ficar aqui com vocês

-Karen eu não estou pedindo – fala e lança a ela um olhar significativo. Karen dá uma bufada e sai pisando duro – Tai vai com ela

-Claro – fala como se não fizesse questão em ficar e sai andando rápido para alcançar a esposa – Karen, me espera – fala ele em pensamento e escuta ela dar outra bufada

-Não quero Tai. Me deixa – fala ela também em pensamento subindo as escadas, se não tivesse uma audição tão aguçada não teria ouvido pela leveza com que ela andava

-Karen – fala ele mais num tom de aviso. Ela para e ele vira no corredor encontrando com ela cabisbaixa – Meu amor o que foi? – pergunta de trás dela e sente o cheiro de lágrimas

-Porque eles sempre fazem isso Tai? – pergunta e coloca as pontas dos dedos nas bochechas tirando as lágrimas que escorriam livres por seu rosto delicado

-Eles se preocupam por você meu amor, não querem que tudo o que está acontecendo afete você – fala e abraça ela por trás colocando a mão delicadamente sobre o ventre dela – Ou nosso filho

-Ah Tai. Você não sabe como é ser sempre deixada de lado. Você sempre está inteirado dos assuntos e eu... Eu sempre sou excluída de conversas como essa, que podem determinar algo importante – ela se vira ficando de frente pra ele, que ainda tinha os braços ao redor de sua cintura – Você nunca vai sentir como é ser assim. Apenas uma mulher insignificante que em nada pode ajudar sua família ou ao clã que pertence

-Está errada – ela olha diretamente nos olhos dele que tinham um brilho avermelhado – O que eles sentem por você é pura preocupação, não é desprezo. Se fosse assim como você diz acha que Enara ou Kagome estariam lá ainda?

-Elas tem a ver com o assunto Tai

-Karen, porque você não percebe que o amor que eles sentem por você é tão grande que tem medo de deixá-la envolvida por causa do tribunal dos anciões das tribos. Sabe o que acontece quando eles descobrem que a magia está sendo usada fora do limite não é?

-Morte depois de sessões de tortura até a pessoa dizer que se arrepende

-Exatamente. Quando você vê o que eles planejam ou até mesmo ouve, você é culpada também. Eles têm medo de que se o tribunal acabe encontrando eles, acabem levando você também – fala e limpa as lágrimas que escorriam do rosto da face tão adorada

-Mas Tai...

-Shiii – fala e a abraça docemente – Não imagine coisas que não existem minha querida. Você ainda não viu metade do que pode acontecer a você se por acaso estiver envolvida nessa história – ele coloca a mão na nuca dela tocando a marca que havia feito ali e pressiona levemente, ela dá um gemido baixo e cai adormecida em seus braços

Ele segura-a com mais firmeza e leva ela até o quarto, deitando-a sobre os macios lençóis de seda que compunham a roupa de cama e cobre-a com um lençol fino. Coloca a mão sobre seu ventre e fecha os olhos ouvindo as batidas baixa do coração de sua futura filha. Sorriu consigo mesmo. Desde a adolescência tinha essa mania de premonições e sexto sentido e nunca falhara

Voltando a sala...

-Então Sesshoumaru, alguma idéia de como podemos entra lá? – pergunta Enara que estava sentada numa poltrona alva em frente a mesa de mogno em que ele estava atrás com a expressão pensativa e o rosto apoiado nas mãos que estavam cruzadas

-Sinceramente, a nossa única opção é descobrir as senhas e entrar – responde e suspira pesadamente passando a mão no rosto, afastando a franja que caia sobre os olhos dourados – Inuyasha quais as chances de descobrirmos as senhas?

-Eu poderia fazer isso em uma semana, mas até lá já teriam leiloado tudo que há lá dentro. E além do mais tem também a voz. O identificador de lá é um dos melhores do mundo e não fazemos idéia de quem é a voz, e também não dá pra saber o que se tem que falar pra o identificador aceitar o código

-Mas deve estar relacionado aos enigmas não é?Porque não dariam todas as pistas pra nós e no final ver se conseguíamos roubar um forte basicamente – comenta Kagome, que estava sentada na poltrona ao lado de Enara

-Isso também é outro ponto forte. Precisamos descobrir primeiro de quem é a voz, as senhas são bem mais fáceis de saber. Sabe se o Alvin ainda trabalha no laboratório? – pergunta olhando para o irmão mais novo

-Sim, mas está em férias. Só deve estar voltando quarta-feira

-Quarta já temos que estar embarcando para a Suíça

-Bom, conheço alguém que trabalha no laboratório dele. Posso tentar fazer contato

-Tente. Quanto mais rápido melhor

-O que vocês pretendem pegar no laboratório? – pergunta Enara olhando de Inuyasha para Sesshoumaru – Arim trabalha em um na Rússia, ela poderia ajudar

-Talvez – fala e olha rapidamente para Kagome que apenas acena afirmativamente – Pode falar com ela?

-Agora mesmo se você quiser

-Fale e pergunte se ela está disposta a nos ajudar

-Bom, ela disse que faria tudo que estivesse ao alcance dela pra ajudar-nos – fala Kagome cruzando a perna direita sobre a esquerda – Dê um voto de confiança Sesshoumaru. Ela é uma boa pessoa

-Certo. Falem com ela e expliquem a situação. Digam que vou precisar de um produto químico e depois me dêem que vou especificar como ela irá fazer – fala se levantando e indo até a janela e afastando a cortina fina e clara olhando para os portões da casa

-Não imaginei que entendia de química – fala Enara

-Você aprende muita coisa quando viaja pelo mundo. Andei por vários laboratórios – diz olhando de relance pra ela e depois volta o olhar para a porta – Droga!Eles estão vindo – fala e vê uma nuvem espessa se aproximar da casa devagar, como se fosse naquela velocidade apenas para assustar e dizer que não teriam chance

-Os anciãos? – pergunta Inuyasha com a face levemente alterada

-Não, os seagem (lê seigem)

-Eles vieram cedo demais – fala Inuyasha também indo até a janela

-O que são seagem? – pergunta Kagome ajeitando-se na cadeira de forma nervosa

-Pode-se dizer que são os vilões de toda a história. Eles trabalham para as ninfas e em troca de poder puro fazem o trabalho sujo por elas

-Por isso o poder das ninfas ainda é considerado puro – completa Enara que estava sentada na cadeira – Temos que fazer uma super barreira pra proteger a casa

-Não é necessário. Eles não vão entrar – fala Sesshoumaru e seus olhos ficam com um brilho diferente, entre o divertimento e a satisfação

-Como tem tanta certeza?

-Sabe qual a vantagem de morar tão perto de um rio? Eles são atraídos pela água e tem uma magia lá que faz com que eles fiquem aprisionados lá. Como é uma nascente, o poder só é maior porque não se juntou com nenhum outro antes, sem falar na proteção que há ao redor da casa. A que foi criada por nosso pai antes dele falecer

-Enquanto houver pelo menos um Taisho dentro da casa, ela estará protegida assim como a todos que nela habitam mesmo que não estejam dentro – cita Inuyasha lembrando-se das palavras que o pai disse a ele quando era menor

-Exatamente

-Por isso vocês fazem a Karen ficar tanto tempo em casa? – pergunta Kagome olhando os dois com certa acusação nos olhos

-Sim e não – responde Inuyasha

-Dá para se explicar?

-Sim é por isso que a Karen fica tanto em casa. Ela detesta lugares fechados. Sempre tem que sair ou acaba tendo um ataque. E é não porque o campo só funciona com ela. Enquanto ela estiver aqui em casa, o campo estará de pé

-Ela, Izayoi ou a Rin – explica Sesshoumaru – Não dá pra saber exatamente porque o meu pai fez isso, mas de alguma forma ele queria manter elas perto da casa. Assim estariam protegidas, mas elas odeiam ficar muito tempo trancafiadas num lugar só e isso é o que preocupa. Agora ainda tem a desculpa da gravidez, mas depois elas não vão ficar mais convencidas

-Hum... – a morena pensou um pouco sobre o que ele havia dito – Mas vocês podiam tipo revezar. Quando a Rin saísse, Izayoi ou Karen ficava em casa e ia trocando sabe. E sempre mandava alguém acompanhando-as mesmo que seja escondido – sugere e olha pra Sesshoumaru que ponderava um pouco sobre o assunto

-Pode ser, mas... Ainda há outros problemas

-Não vejo nada de errado com a idéia da Kagome – fala Inuyasha encostando-se a mesa com os braços cruzados na frente do peito – Sinceramente até que seria boa

-Viu. Sesshoumaru porque você deixou a Karen de fora da discussão?

-Não quero que o tribunal encontre-a. Eles vão verificar cada memória das discussões que temos como essa e seguiram todos os que encontrarem até acabar com todos. Não quero que a Karen ou a Rin fiquem envolvidas nisso. Não vou arriscar a vida delas... Não agora

Kagome fica olhando para seu cunhado e amigo. Sabia que ele se preocupava demais com a família, especialmente agora que Rin e Karen estavam grávidas e os primeiros meses eram os que tinham maior chance de aborto. Com certeza ele não queria perder o filho e o "sobrinho" que viriam a nascer

-Vamos Kagome, você e Nara precisam dormir também – fala Inuyasha pondo a mão no ombro de Kagome e vai com elas até o andar de cima – Boa noite Enara – fala ao vê-la entrar no quarto e ela retribui o cumprimento – Kagome?

-Hum? – murmura Kagome e nesse momento viu que estava no quarto de Inuyasha

-Vem cá – fala sentando na cama e dando espaço pra ela ficar também. Ela se deita e ele a abraça carinhosamente – Tente dormir princesa. Vamos ter um longo dia assim que amanhecer

-Não sei se vou conseguir dormir. Muita coisa vai acontecer e eu não consigo para de pensar em...

-Shii – fala colocando a ponta dos dedos nos lábios dela e depois leva-os até os olhos fechando suavemente – Não precisa se preocupar, eu estou aqui. Agora durma

Continuou com os olhos fechados e concentrou-se em ouvir as batidas do coração de Inuyasha pra se acalmar e respirava mais devagar. Dorme depois de vinte minutos. Inuyasha continuava acordado com o rosto escondido entre os cabelos de Kagome, mas levanta a cabeça ao ouvir a porta ser aberta e vê Tai entrar

-Posso falar com você? – pergunta com seu típico sotaque francês

-Claro – fala sentando-se

-Soube dos seagem pela mente do Sesshoumaru. Eles vieram mesmo tentar nos matar não é?

-Não, eles devem estar querendo nos pegar usando magias poderosas aqui e assim os anciões perceberiam e nos pegariam mais cedo – suspira pesadamente – Ou as ninfas cansaram de esperar e vieram me matar de vez – fala e sorri

-Não brinque com uma coisa dessas Inuyasha

-E quem disse que estou brincando? Elas já tentaram me matar antes quando eu era menor e não conseguiram porque por algum milagre eu consegui gritar por ajuda, mas e agora?Elas tem todo o direito de tentar me matar não é. Afinal eu me casei com a "líder" de todos os reinos. Um mestiço casado com a futura princesa suprema

-Não sei de onde você tira a graça

-É, sabe que nem eu. Mas é tudo tão estranho. Quando conheci a Kagome eu sabia que ela era especial do jeito dela e depois que ela viajou eu percebi que ela tinha deixado um traço de magia no quarto onde dormiu. Ela sempre teve magia consigo, mas nunca soube usar e eu de idiota só notei isso depois que ela foi embora

-Então só dá pra notar a magia que ela possui quando ela já está bem longe do lugar?

-Exatamente

-Por isso mal dá pra saber a quantidade de poder que ela possui. Está muito bem escondido... quem diria que essa carinha de anjo esconde tanto poder – comenta e olha pra Kagome que dormia tranquila – Bom, era só isso que queria falar com você. Te vejo de manhã

Tai volta pro quarto e vê Karen se levantando da cama. Ela olha pra ele com uma cara chorosa e se senta na cama. Senta-se ao seu lado e a abraça confortavelmente

-Pode dormir Karen eu estou aqui com você – fala Tai e deita-a na cama, ficando ao seu lado

[...]

Já passava das duas da tarde quando o avião pousa na Suíça. No aeroporto, Inuyasha, Kagome e Enara foram pegar a bagagem que trouxeram saindo em seguida

... Flash back ...

-Assim que chegarem à Suíça, vão direto pra Zurique. Ficaram num hotel por lá – fala Sesshoumaru – Arim e Hya encontraram com vocês nesse hotel. Os quartos estarão reservados. Inuyasha já é oficialmente o guardião da Kagome então seria bom que uma de vocês levasse mais uma pessoa forte e de confiança – fala olhando pra Kagome e Enara

-Porque não vai conosco Sesshoumaru? – pergunta Kagome

-Não posso ainda. Tenho que ficar aqui e olhar a empresa. Sem falar nas pessoas que moram aqui e ainda impedir que os seagem façam um estrago maior nesse mundo do que já fizeram. Andam havendo muitos desaparecimentos e tenho quase certeza que eles tem a ver com isso

... Fim do flash back ...

Eles estavam no hotel. Inuyasha, Kagome e Enara numa das luxuosas suítes e Arim, Hya e Shiro, o capitão do exército de Enara em outra

-Rapaz se não fosse o frio eu podia morar aqui – comenta Enara entrando num dos quartos que tinha na suíte – Uma cama de casal! – fala se jogando na cama – Como é fofinha

-Você parece uma garotinha – comenta Kagome

-Pula aqui e você entende - Kagome riu e depois correu pulando na cama do lado de Enara rindo mais ainda – Viu?Eu disse

-As duas garotinhas aí podem parar pra almoçar ou vou ter que garantir que nada se estrague? – pergunta Inuyasha escorado no batente da porta com os braços cruzados frente ao corpo

-Eu vou comer! – fala Enara levantando de um pulo e passando por Inuyasha

Kagome se levanta também e vai até a porta, segura a mão de Inuyasha e eles vão até a mesa onde Enara olhava o que poderia comer. Depois de um almoço bem tranquilo, com eles rindo de cada palhaçada que Enara contava sobre a vida dela eles estavam assistindo na TV de 40 polegadas da sala até que escutam a porta bater e Inuyasha vai abrir

-Arim! Hya! – fala Enara em pura alegria e abraça elas – Vocês demoraram

-Desculpe viu – fala Arim sorrindo

-O voo atrasou um pouquinho – fala Hya que usava uma bandana pra esconder as orelhas longas, tipicamente élficas

-Bela bandana – comenta Kagome vendo a bandana verde clara combinando com a roupa que ela usava

-Chega de papo ok. Vocês vão pro quarto de vocês e amanhã vamos no cofre ok – fala Inuyasha

-Certo – fala Arim e sai com Hya

-Onde está o Shiro? – pergunta Enara

-Ele deve estar no quarto arrumando as coisas dele. Não se preocupe

-Tá – fala e boceja – Acho que vou tirar um cochilinho. Boa noite pra vocês

-Ainda está de tarde Nara – diz Kagome

-Mas eu só vou acordar a noite – responde e entra no quarto fechando a porta

-Eu hein

-Liga não Kagome. É mais fácil pra ela dormir de manhã e acordar a noite

-Por quê?

-Alguns lobisomens se acostumam com hábitos noturnos mais facilmente do que outros e a Enara está bem no meio

-Entendo

Eles passaram o resto da tarde conversando sobre como poderiam entrar e descobrir as senhas. Inuyasha sabia algumas idéias sobre alemão que tinha aprendido com o padrinho, mas não o suficiente pra sair falando com todos que encontrasse. Foram dormir por volta das dez da noite conversando sobre o que viesse a cabeça

Kagome pensou ter ouvido alguma vozinha vindo de perto dela, mas ignorou e ouviu de novo falando alguma coisa sobre "Que fofo" e "Ai que inveja". Abre os olhos levemente e vê Enara, Arim e Hya agachadas do lado da cama do lado onde estava

-Eu disse que vocês iam acordá-los – fala Hya repreendendo as outras duas

-Kagome, você pode dormir de novo se quiser. Não vamos falar mais – diz Enara fazendo um gesto de zíper na boca

-Que é que vocês estão fazendo aqui? – pergunta movendo-se um pouco o que faz Inuyasha abrir levemente os olhos e observá-las

-Que é que vocês estão fazendo aqui? – pergunta ele esfregando os olhos levemente

-Que parte de 'podem dormir de novo' vocês não ouviram?

-Viemos ver por que vocês não levantavam. Já é meio dia ou pelo menos era a alguns minutos

-Meio dia? – repete Kagome – Porque não nos acordaram antes?

-Vocês tavam tão bonitinhos dormindo abraçadinhos que tivemos pena de acordar – fala Arim

-Mereço – fala Inuyasha com a cabeça enfiada no travesseiro e se levanta indo até o armário. As garotas se levantam – Vocês podem fazer o favor de sair?Quero trocar de roupas

-Pode fazer isso na suíte ali – fala Enara e aponta pra uma porta ao lado do guarda roupa

-Não obrigado – falo sorrindo – Agora podem sair? Podem ser o que quiserem em Horaki, mas aqui temos direitos iguais para todos e eu tenho o direito de trocar de roupa no meu quarto se quiser sem ter três garotas olhando

-A Kagome não conta? – pergunta Arim apontando pra Kagome

-Eu sou noiva dele – fala e mostra o anel

-Isso não vale – fala Hya cruzando os braços

-Ok. Já chega – fala Inuyasha e sai empurrando as três pra fora e fecha a porta do quarto – Paz – fala e se joga na cama, se cobrindo em seguida

Kagome se levanta e troca de roupa, saindo em seguida do quarto e vê as meninas comendo na mesa e rindo. Senta-se ao lado de Enara e percebe Shiro no canto da mesa comendo calado

-Porque tanto sono hein Ka? – pergunta Arim com um sorriso malicioso

-Deem um desconto também né. Fui dormir tarde ontem tentando descobrir como poderíamos entrar nesse bendito cofre. E não consegui pensar em nada, nem um tico de nada

-Que coisa – fala Hya e bebe alguma coisa que estava numa caneca – Mas que coisa horrível!O que é isso?

-Chá de erva doce – fala Enara olhando-a como se ela fosse um E.T. – Nunca provou?

-Tem um gosto horrível. Como vocês conseguem tomar?

-Com a boca – fala Inuyasha aproximando-se dela por trás e pega a xícara cheirando levemente – Isso aqui não é chá, pelo menos não tem cheiro de chá de erva doce

-Que? – pergunta Enara – Claro que é. Foi o que eu pedi na recepção

-Tem um cheiro muito doce, de alcaçuz e doce de leite. A última vez que vi um desses foi...

Inuyasha mal teve tempo de terminar que Hya caiu no chão tendo convulsões com a boca semi aberta de onde saia o que parecia uma espuma branca. O hanyou abaixou-se ao seu lado e murmurou alguma coisa enquanto Enara ligava desesperada pra alguém do pronto socorro do hotel. Hya parou de ter as convulsões e seu corpo foi relaxando como se ela estivesse dormindo

-Merda. Respire Hya! – fala Inuyasha enquanto fazia massagem cardíaca em seu peito e encostou os lábios nos dela mandando uma baforada de ar em sua boca. Segura-a no braço e sai com ela até a varanda coberta de neve e coloca ela no chão de neve

-Inuyasha saia daí! Está muito frio!Só vai piorar a sua situação e a dela! – fala Arim

Ele não escutou e continuou a fazer a massagem cardíaca até que do nada Hya puxou o ar com força e abriu os olhos sentando-se no chão coberto de neve.

-Hya – fala Arim abraçando ela chorando junto com Kagome e Enara. Ela devolve o abraço fracamente

O pronto socorro do hospital chega e fazem alguns exames nela, indicando o que ela devia evitar comer por algum tempo e depois de dar uma medicação eles saem. Hya ficou deitada na cama com as amigas rodeando elas na cama e Shiro e Inuyasha perto da porta e da janela, na mesma ordem

-Inuyasha obrigado – fala Hya

-Nada. Precisando volte sempre – fala e dá uma piscadela

-Como você sabia o que fazer? – pergunta Shiro olhando pro hanyou desconfiado

-É uma das poucas vantagens de ter o Sesshoumaru como irmão. O corpo dele produz um veneno muito forte e muito difícil de achar o antídoto.

-E...?

-Sempre que eu ou Karen treinávamos com ele era com meu pai nos observando e quando acontecia dele nos envenenar sem querer ele fazia a mesma coisa. Levava pro lugar onde o corpo reagiria, o mais frio ou mais quente possível e fazia massagem cardíaca pro alguns minutos. Depois era só correr pro hospital pra tirar o veneno antes que o efeito fosse pior e causasse a morte

-Nossa. Lembre-me de agradecer a seu irmão também – fala Hya sorrindo

-Por quê?Ele só tinha o trabalho de nos envenenar, nem o resgate ele fazia. Papai dizia que Sesshoumaru só ia aprender quando um de nós definhasse na frente dele. Nunca mais eu o vi usando as garras envenenadas, mesmo que fosse necessário

-Mas o problema é: quem envenenou a Hya?Se não foi um de nós, foi alguém do hotel – fala Enara e olha pra todos com desconfiança – Então ou todos tem um álibi ou são suspeitos

-Quando o almoço chegou, eu ainda estava dormindo – fala Kagome

-Eu também – confirma Inuyasha

-Então o Inuyasha tem como álibi a Kagome e vice e versa – fala Enara pensativa – Eu estava com a Hya e a Arim na hora que chegou

-Mas foi você quem pôs a mesa Enara - diz Inuyasha

-Eu pus com a Arim, se fosse ela também teria culpa no cartório. A Hya veio em seguida depois de ir no quarto. Bom e o Shiro... – fala e olha pro capitão do seu exército particular – Ele estava vendo alguma coisa num livro

-Se importa se eu vir o livro Shiro? – pergunta Inuyasha andando até ele com as mãos no bolso

-Não – fala indo até a sala acompanhado de Inuyasha e mostra a capa de "O caçador de pipas". Inuyasha pega o livro e passa as folhas rapidamente

-Você nunca leu o Caçador de Pipas?

-Não, já ouvi falar, mas só agora comecei a ler de verdade

-Hum... – fala reflexivo e entrega o livro a ele – Bom, acho que por enquanto nenhum de nós tem culpa no cartório. – fala voltando ao quarto – Por enquanto – diz dando ênfase a palavra enquanto


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Notas finais do capítulo

Espero poder postar o próximo capítulo o mais rápido possível
Para os que acompanham a história ou mandam reviews, muito obrigado ^^



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