Diário De Rachel escrita por jessysodre


Capítulo 44
Capítulo 43


Notas iniciais do capítulo

Pra aqueles que acham que não mereci comentários no capítulo anterior. Se apresentem agora pra não demorar de novo, rs.
Pra aqueles que continuaram fiéis, dizendo o que acham nos comentários, o meu muito obrigada!



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— Você a transformou? —Jesse solta Quinn e se aproxima da menina que o olhava com rancor.

—Nem sempre temos tudo que queremos. Acho que é fim da linha para você irmão. —Noah sorri, mas Jesse não parece ouvir sua provocação. A mulher que ele tanto esperava estava parada na sua frente, ela era diferente da menina que ele aprisionou há dias atrás, ela era sua Lea. Aqueles olhos com mágoa e rancor não pertenciam à menina humana e sim à vampira. A sua vampira.

Jesse sabia que agora era questão de tempo para ela morrer o feitiço havia se quebrado e seu corpo envelheceria até suas células se secarem, seus tecidos se degenerarem e morte ser seu único fim. Mas mesmo sabendo que seu fim já tinha sido traçado pelo destino, ele não se desesperava, a mulher que ele amou estava a sua frente e seus pensamentos eram somente dela.

—Lea. —Jesse toca no rosto da menina, que sente o toque frio de Jesse gelar seu coração que ninguém além dela e Noah sabia que ainda batia.

— Vou levá-la. —Ela empurra a mão de Jesse e passa por ele indo em direção a Quinn que estava hipnotizada olhando para ela.

—Rachel? — Quinn sussurra ao vê-la se aproximar. —O que aconteceu com você? —Rachel abaixa perto dela e olha seus ferimentos, ela sente uma fisgada no peito ao perceber o quanto machucada Quinn estava.

—Vou te tirar daqui. Você vai ficar bem. —Ela solta as cordas que estavam amarrando o corpo de Quinn que ergue sobrancelha ao ver a facilidade que ela pegava nas cordas.

—Ela não vai a lugar nenhum. —Jesse puxa Rachel pelo braço.

—Tire as mãos de mim. —Ela empurra o braço de Jesse, mas isso não o faz soltá-la. —Jesse eu sei a verdade. Sei que me fez pensar que havia matado Quinn e se isso te satisfaz, foi por sua causa que eu me matei.

—Você o que? — O som surgiu de dois lugares da sala. Aquela era uma verdade que nem Quinn e nem Jesse sabiam.

—Eu nunca conseguiria viver com a dor de perdê-la e você deveria saber disso.
Santana tenta continuar a tirar as cordas que amarravam Quinn, mas sua pele queima ao segurar as cordas, o que a faz soltar e sacudir as mãos.

— Merda! —Ela reclama pegando a faca que estava no chão e cortando as cordas. — Pronto. Consegue andar?

Britany ainda estava na porta ouvindo as vozes que para ela não pareciam nem um pouco gentis. Noah se aproxima dos corpos de Rachel e Jesse e empurra o irmão se colocando na frente de Rachel.

—Eu particularmente te agradeço por isso, afinal minha vida não teria sido tão boa se Lea não tivesse me dado as duas melhores semanas de minha vida. —Ele olha para menina por cima do ombro e algo em seu olhar a faz sorrir. — Vá embora. — Rachel sente um arrepio percorrer seu corpo. —Eu cuido dele. Vá!

— Eu vou morrer Lea. Vou morrer. Por sua causa. —Jesse tenta passar por Noah, mas ele não deixa. Rachel olha para trás e vê Santana apoiando Quinn que ficava de pé a olhando-a de um jeito que ela nunca tinha visto antes.

—Você consegue andar? —Rachel pergunta e Quinn não responde indo para a porta com ajuda de Santana.

—Vou morrer no máximo em três dias. Fica comigo Lea? Fica comigo?!!—Jesse grita e Rachel passa pela porta sentindo uma fisgada no peito, ela não sabia se ele iria morrer, não sabia para onde levar Quinn e nem sabia quem era aquela mulher que a segurava.

— Quem é você? —Rachel pergunta um pouco depois que eles saem da casa. Santana se vira.

—Ficou louca, Rachel?

—Você não faz ideia. —Responde Britany se surpreendendo por conseguir falar novamente. —Eu posso falar! Nossa como é bom falar.

—E você, quem é?

—Britany. Amiga da louca.

—Ótimo! Mas uma humana destrambelhada para minha coleção. Você me paga por isso Quinn. —Santana olha para Quinn que estava apoiada em seu ombro quase desmaiada. —Quinn! Quinn! Aguente firme. — Rachel se aproxima pegando no rosto dela.

—O que aconteceu?

—Ela foi torturada, precisa de sangue.

—Não querendo atrapalhar o encontro de vocês, mas aqueles vampiros não me parecem ser os que nos trouxeram aqui. —Fala Britany.

— Merda! Eles nunca vão deixar que você saia daqui viva. —Santana bate no rosto dela. —Reage Quinn! Reage! Ela não tá cicatrizando. Rachel, ela precisa de sangue.

—O que eu faço? —Britany grita.

—Cala a boca. —Santana e Rachel falam juntas.

—Quinn bebe vai. —Rachel coloca o pulso na boca dela.

—Segura ela que eu vou atrasar esse vampiros. —Santana larga Quinn em cima de Rachel que quase cai com o peso dela.

—Que vampira fracote essa que você se tornou. —Santana debocha saindo de perto e correndo para cima dos vampiros.

—Precisamos tirá-la daqui. Me ajuda. —Rachel grita.

—Eu? —Pergunta Britany olhando para Santana admirada com a leveza e classe que vampira se aproximava dos vampiros.

—Claro! —Rachel grita e Britany para de olhar ajudando Rachel apoiar o corpo de Quinn.

—Não vamos consegui sair daqui carregando ela. Ele é pesada e acho que os vampiros estão se aproximando.

—Ok. Entre nessa porta. —Rachel aponta para uma parede coberta de plantas.

—Que porta? Ficou louca? Não tem porta nenhuma.

—Empurra logo.

—Isso é uma porta. Nossa jurava que era...

—Empurra!

— Não sou uma vampira, não posso abrir uma porta assim, vou me machucar.
—Gire a maçaneta sua anta.

—Ah! Assim é mais fácil. —Britany afasta as plantas procurando uma maçaneta, então a gira. — Como sabia que isso era uma porta? Como sabia que não estava trancada?

—Porque eu a deixei assim. Agora entre.

—Aqui tá muito escuro. — Britany reclama e Rachel fecha a porta atrás de si colocando Quinn no chão. —Onde estamos?

—Em uma passagem secreta. Quinn olhe para mim. Olhe para mim.

— Rachel?

—Toma, bebe meu sangue. Você precisa. —Rachel coloca o pulso na boca de Quinn. —Bebe. Bebe logo.

—Vou te machucar. —Ela diz entre os dentes sentido seu corpo quase desfalecer.
—Quinn, eu não vou te perder outra vez. — A menina morde o pulso com dificuldade, sentindo o gosto metálico do sangue em seu paladar. Ela coloca na boca de Quinn que luta para não beber, mas cede assim que as primeiras gotas tocam seu paladar. Ela chupa com força o sangue de Rachel que acaba debruçando em cima dela perdendo um pouco da força.

—Isso seria sexy, se não fosse tão nojento. — Reclama Britany se virando.
Junto com sangue que desce pela garganta de Quinn as memórias esquecidas por ela e as nunca contadas por Lea eram reveladas. Ela tenta procurar entre aquela mente sombria com tantos mistérios e segredos os dias puros que viveu com Rachel, mas nada era encontrado. Não havia nada de Rachel naquela mente. Nem suas rosas deixadas nos aniversários dela, nem seus beijos, nem sua noite amor, nada. Quinn empurra Rachel sentindo o gosto amargo das revelações que aquele sangue lhe trouxe.

—O que você fez? — Ela limpa a boca desejando nunca ter descoberto o que aquele sangue lhe revelou sobre sua antiga amada.

— Não podia deixá-la morrer. —Rachel coloca a cabeça no chão e olha para cima, que apesar de escuro, tinha algumas estrelas que iluminavam.

—Rachel tem certeza que aqui ninguém pode nós ver? —Britany se aproxima deles. Quinn a olha.

—Como você veio parar aqui?

—Pergunte a Rachel, ela me colocou nessa enrascada. Vai por mim, preferia mil vezes estar no salão fazendo minhas unhas.

— Me conte tudo que aconteceu até vocês chegarem aqui. — Fala Quinn sentindo suas feridas cicatrizarem. Ela fica em pé e segura na mão de Britany olhando em seus olhos.

—Hipnotizando a menina. Isso é feio Quinn. —Rachel debocha em sussurro. Ela ainda sentia seu corpo fraco pela mordida.

Britany contou todos os detalhes e Quinn ouviu olhando para Rachel que ficava mais pálida e tonta a cada segundo.

—O que você tá sentindo? —Pergunta Quinn percebendo Rachel fraca.

—Vontade de dormir. —Ela murmura. —Talvez não tenha sido boa ideia ...

—Você não é uma vampira. — Quinn a interrompe tendo certeza do que suspeitava desde que ela não havia se queimando desamarrando a corda com verbena que o prendia na cadeira. Rachel olhou nos olhos dela com dificuldade.

—Você acha que não sinto meu coração bater? — Ela solta uma gargalhada fraca, mas debochada. —Não sei o que Noah fez para me trazer de volta e nem sei porque todos me chamam de Rachel. Só sei que voltei e não pretendo ir embora.

— Você não é a Lea. —Quinn se aproxima pegando a cabeça da menina e analisando os traços que ela sentia tanta saudade. —O que aconteceu?

—Estou ouvindo barulho. —Britany coloca o ouvido na porta.

— Preciso que se esforce. —Quinn fala. —Vou te dar um pouco do meu sangue para que se recupere e que possa ver o que eu quero que você lembre.

—Não! —Rachel se afasta. —Qual o seu problema? Pensei que estivesse feliz em me ver.

—Estou, mas você não é você.

—Não? —Rachel tenta ficar sentada, mas sua cabeça começava a doer. — Sou quem então Quinn? Não sou eu quem você jurava amor? Ou quando virou vampira esqueceu?

—Eu não esqueci de nada .... —Quinn se sentia confusa falando com aquela mulher que ela sabia que era Rachel, mas ela agia e falava como Lea. —Rachel você...

—Que tal parar de me chamar de Rachel? — Ela tenta levantar e Quinn a segura. Os olhos verdes dela se encontram com os castanhos da morena que brilhavam como o reflexo da noite ou seria com a emoção de tê-la tão perto.

— Não querendo interromper o clima, mas acho que a “Lara Croft” precisa de ajuda. —Quinn sacode a cabeça apoiando Rachel para que ela ficasse de pé.

—De quem você tá falando? —Quinn olha mais uma vez para a boca de Rachel que sorri, sabendo que ela também sentia vontade de beijá-la.

—Da vampira morena que ficou para trás.

—Santana? Que ótimo! —Ela revira os olhos sentindo seu corpo totalmente curando. — Preciso ajudá-la. Consegue ficar em pé?

—Não. —Rachel segura o braço dele. —Não vai. Fica?!

—Senta, você vai ficar bem.

—Não estou falando de mim, estou falando de você. Não quero que vá.

— Eu preciso, ela salvou minha vida.

—Ela é a Santana? Interessante. — Resmunga Britany amarrando os cabelos. — Vocês foram amantes durante quando tempo? —Quinn olha para Britany que coloca a mão na boca. — Desculpe.

—Então é dela que você gosta agora? —Rachel solta o braço de Quinn.

—Não! Santana é uma amiga. Ciúme não combina com você, Rachel.

— Não me chame de Rachel!

— Quando éramos pequenas ela gostava que as bonecas se chamassem...

—Cala a boca! —Grita os dois para Britany.

—Saco! —Britany reclama e Quinn sai de perto de Rachel.

— Fica de olho nela. —Quinn tenta abrir a porta.

—Como se fosse fácil. —Britany faz careta.

— A porta só abre por fora. — Rachel sorri.

—Está dizendo que estamos trancados nesse jardim mal assobrado? — Britany coloca o ouvido na porta novamente.

— Tem uma saída por ali. —Rachel aponta para direita. —Ela vai dar direto no bosque.

— Era assim que você saía...

—Para encontrar com você.

—Eu? Somente eu? —Quinn tranca o maxilar e ergue a sobrancelha encarando os olhos de Rachel. A porta se abre e empurra Britany que estava encostada nela.

—Ai!

—Desculpe. —Santana fala com desdém.

—Você tá bem? —Quinn interrompe o olhar com Rachel e olha para a Santana.
—Relaxa, não vai se livrar de mim tão fácil. Os vampiros do Noah cercaram os de Jesse acho que dessa vez o velhinho perdeu.

—O que tá rolando entre vocês? —Rachel cruza os braços.

—Ela ficou louca?! —Santana debocha tirando a jaqueta e olhando o braço machucado. — Odeio esses vampiros.

—Nossa isso escorrendo é sangue? —Britany fala com nojo.

—Não, é suco de amora. — Debocha Santana puxando a jaqueta novamente.

—Não tente disfarçar. O que aconteceu entre vocês dois? Porque ela está aqui? —Rachel olha para Quinn que solta uma gargalhada.

—Rachel com crise de ciúme? Essa eu queria assistir com pipoca. —Britany fala animada.

— Pare de rir. Não tem graça Quinn.

— Antes que comecem a brigar que tal sairmos daqui? —Fala Santana explorando o lugar.

—Não! Ninguém sai até eu saber o que aconteceu entre vocês dois. — Santana ri.

—Essa não e você. —Quinn segura os braços da menina. — Pare de agir feito ela.

—Ela? Ela seria, eu? Quinn seja quem for essa tal de Rachel ela morreu lá na fonte.

—Fonte? Que fonte. Eu não vi fonte em seu sangue.

—Não falei fonte.

—Que lugar era aquele que você estava com Noah?

—Não sei do que você tá falando? —Quinn sacode a menina. — Está me machucando. Não era assim que eu me lembro de você me tratar.

—Quinn ela não lembra. —Santana fala se aproximando dos dois. —A culpa não é dela. Ela deve estar sobre feitiço. Quando Noah a transformou ele deve ter colocado alguma...

—Ela não é vampira. —Quinn continua olhando nos olhos de Rachel.
—Mas o coração dela não bate.

—Noah fez algum feitiço que faz parecer isso.

—Porque está explicando isso para ela?

— Então Jesse não vai morrer? Merda! Precisamos sair daqui o mais rápido possível. Se ele sentir que ela ainda tá aqui, estamos mortos.

—Alguém sensata. —Britany resmunga.

—Eu não vou. —Rachel diz. —Você não me ama Quinn, não mais.

—Que? —Quinn olha nos olhos dela.

—Você tá procurado em mim algo que eu não sou.

—Não importar quem você seja. Eu vou te tirar daqui. Agora. —Quinn joga Rachel nos ombros com pouca delicadeza.

—Me larga agora. —Rachel se debate e Quinn sorri se divertindo com os socos em suas costas.

—Essa é a vantagem de eu ser vampira e você não. Pode bater a vontade. —Quinn anda para direção apontada por Rachel minutos atrás.

—Me coloca no chão!

—Não!

—Não sou um saco de batatas para ser carregada dessa maneira.

—Se comporte feito uma dama e será carregada feito uma.

—Podíamos colocar uma fita adesiva na boca dela? —Britany sussurra e Santana sorri concordando.

—Acho que a viagem seria mais divertida. —Fala Santana.

—É. Estou com fome e você? —Britany pergunta.

—Poderia sugar todo seu sangue.

—Isso não foi gentil! — Britany faz careta e Santana solta uma gargalhada. —Tinha barras de cereais na minha mochila. Porque a deixei no carro?

—Que carro? —Santana pergunta.

—Me coloca no chão agora Quinn!

—Não!

— O que eu e Rachel viemos.

—Noah as trouxe de carro? —Santana sorriu.

—Sim.

—Ótimo. Lembra para que lado ele ficou?

—Antes da floresta. Por quê?

—Quinn, vamos para a entrada da floresta, o carro de Noah está lá, podemos pegá-lo.

—Não! Esse caminho não dá lá. — Rachel grita ainda batendo nas costas de Quinn.

—Está mentindo. —Quinn afirmou dando um tapa no bumbum de Rachel que estava para cima.

—Aí. Como sabe?

—Você treme toda vez que mente.

—Aposto que estou tremendo por outro motivo. — Rachel debocha e Quinn levanta a sobrancelha com sorriso malicioso na face.

—Bom saber.

—Me poupe. —Santana reclama, andando na frente.

Quando eles chegam ao final do bosque, Quinn coloca Rachel no chão que ajeita a roupa e em seguida olha nos olhos verdes dando um tapa no rosto pálido de Quinn.

—Nunca mais faça isso. Entendeu? —Ela arregala os olhos e sorri em seguida se divertindo com aquela situação.

—Não deveria me bater.

—E você não deveria me segurar daquela maneira.

—Estou indo buscar o carro. —Santana Interrompe os olhares que Rachel e Quinn trocavam.

—Porque você? Eu posso ir. —Rachel dá dois passos e Quinn segura seu braço. —Me solta.

— Se não quer que eu te carregue feito um saco de batatas novamente, fique parada.

—Você não se atreveria.

—Que pagar para ver?

—Continuem brincando de tapas e beijos e deixem que os adultos façam o trabalho sujo. —Reclama e Santana.

—Adulta? Quantos anos você tem? Cem? Que tal você...

—Para, Rachel! Deixe para brigar quando estivermos em um lugar mais seguro. —Quinn reclama.

—Está defendendo ela? —Rachel puxa o braço da mão dela.

— Com certeza não. — Quinn solta um falso sorriso para Rachel. —Vai logo Santana vou andando com as meninas e você nos pega no caminho para minha casa.

—Vamos para sua casa? Isso não é obvio demais? —Santana fala se distanciando.

—Sim. Por isso.

— Eu não vou para sua casa. —Rachel grita.

—Posso ir com você? —Pergunta Britany para Santana.

—Não!

—Vou assim mesmo! Eu não fico com essas duas. —Britany segue Santana.

—Porque está me olhando desse jeito? —Quinn pergunta para Rachel.

—Porque não me disse que estava apaixonada por ela?

—Eu não estou apaixonado por ela. Santana é um amiga que salvou a minha vida e a vida do imprestável do seu namorado.

—Namorado?

— É, você pode não lembrar, mas só estamos nessa porque o idiota do Finn tentou fugir depois de ter ficado ouvindo seus gemidos.

—Meus gemidos? Finn? Do que você tá falando?

— Esqueceu? Eu não. Foi interessante. —Quinn sorri.

—Está debochando?

—Claro, mas estou falando a verdade.

— Sempre pensei em como seria se você fosse um vampira. E agora você está aqui diante de mim, tão diferente da minha Quinn indefesa.

—Tem mais de um século que sou vampira, acho que a fragilidade não faz mais meu estilo.

—Eu gostava.

—Você não é Lea.

—Porque é tão difícil de acreditar que sou ela?

—Porque ela morreu.

—Estou de volta, você viu na minha cabeça quando sugou meu sangue. —Quinn desviou o olhar. —Qual o problema? —Ela puxou o rosto dela. — Deveria me beijar, me amar e não me desprezar.

—Não estou te desprezando, mas isso não tá certo Rachel.

—Eu não sou Rachel. Sou Lea. Sua Lea. —Ela se próxima segurando o rosto dela entre suas mãos. —Eu te amo. E estou muito feliz por você está viva, mesmo que eu não lembre como foi que você se transformou e nem como foi nossa verdadeira despedida, eu estou feliz por você estar aqui. Viva. —Ela escorrega a mão para o braço Quinn. — Diz que está feliz por me ver. Diz?!

Quinn não sabia o que sentia, ela ficou tanto tempo querendo olhar naqueles olhos, ouvir aquelas palavras, aquela entonação e agora que ela parecia estar em sua frente, ela só conseguia pensar no olhar puro e inocente de Rachel.

—Vamos entrem. —Santana fala parando o carro do lado deles. Quinn pega a mão de Rachel.

—Depois conversamos, agora vem. — Ela a puxa.

—Ai, meu pulso. — Quinn olha a marca da mordida.

— Isso está feio, você precisa de um curativo. —Quinn sobe a mão para o pescoço dela afastando o cabelo da menina.

— O que foi?

—Voltou. —Quinn arregala os olhos.

—O que voltou? —Rachel coloca a mão no pescoço. —Ai, está doendo.

—Alguém te mordeu?

—Não!

—Isso não pode tá acontecendo. —Quinn olha novamente a mordida no pescoço da menina. — Vem precisamos sair daqui.

—Calma aí, o que tá acontecendo?

—Te falo no caminho. —Quinn abre a porta traseira do carro e elas entram. Santana olha para Quinn pelo retrovisor, alguma coisa estava muito errada na expressão dela. A vampira arranca com o carro ouvindo Quinn em sua mente.


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Notas finais do capítulo

Então? O que essas quatro podem aprontar?
Prazer e luz.