A Garota E O Pequeno Guardião escrita por Leuname


Capítulo 1
Prólogo: Aqueles que se encontraram.


Notas iniciais do capítulo

Introdução! Espero cativar novos leitores com a minha humilde história. Infelizmente, não sou um escritor profissional, portanto não estranhem o modo como ela foi escrita. ^-^'
E... É isso. Espero que gostem! =D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/294684/chapter/1

A Garota e o Pequeno Guardião


~


Sempre perguntei-me sobre o tempo. Os dias passam de acordo com a sua preciosa e inquestionável vontade. Dizem que ele mesmo tornou-se o soberano de todo o universo. O regente das eras. Através do tempo, somos permitidos crescer, viver, envelhecer. Através do tempo, as datas correm num ritmo frenético. Uma maratona. Até mesmo o grandioso e vasto céu não é páreo para o tempo. Contra sua vontade, ele brilha e do mesmo modo se esconde. O tempo. Ele nos traz respostas, perguntas, mas nunca nos da o tempo que queremos.

Não se é permitido segundas chances. Voltar atrás, reviver momentos, lembranças, não. Sempre considerei-o um enigma. Se ele não existisse, o que seria do universo? Como seria se, mesmo que num repentino laço de bondade, ele nos permitisse regressar, viajar, reencontrar? O que aconteceria se ele sumisse e tudo simplesmente parasse?

O tempo nunca teve amigos. Nenhum. O mais poderoso de todos. O mais solitário. Não o permitiam falhas. Estava preso no seu próprio ciclo interminável.

Não ligo. Sempre o odiei. Mas, não podia fazer muito sem esse ser. Nós todos necessitamos dessa alma egoística. Egoísta e solitário, o tempo. Pobre tempo. Mereceu o castigo que levou.

Mas sabe, as vezes me pergunto sobre ele e não me vem a sensação da raiva, porque ela é simplesmente inexistente. Surpresa.

Tudo não passava de uma grande mentira. O tempo não seria o mais poderoso. Comandado por outro alguém, foi castigado a passar o resto de tudo o fluxo cuidando da vida.

Mas eu até consigo entendê-lo. Sempre estive sozinho, manipulado de uma forma similar, para uma única tarefa. Dou conforto às pessoas. Sou alguém muito bom, mas nunca me fizeram o mesmo. Talvez, em algum aspecto, o tempo sinta pena de mim. Talvez ele sinta. Ou não.

Através dele, eu mostro-me várias e várias vezes. Mas é apenas isso.

Porém, até mesmo o tempo cedeu a mim uma segunda chance.

Eu pude transpassá-lo. Pude encontrar-me com aquilo que me confortaria durante todo o correr da eternidade. Nossos encontros. Foram raras as vezes que nos vimos, mas com isso, aprendi muitas coisas.

Tornei-me amigo do tempo. Grandes amigos. Infelizmente, fomos descobertos.

Nunca mais o vi. E, para mim, ele parou. Tarde demais. Nunca mais.

Sempre ansiei por uma segunda chance para o meu precioso companheiro. Queria retribuir o que me foi dado. Mas como já disse, isso não lhe era permitido. Nunca pude dizer o quão triste me sentia por ele. Muito triste.

Todos castigados. Eu, o tempo e ela.

Durante a sua ausência, eu tive um sonho. Sonhei com meu grande amigo, e também com meu amor. Ela estava sorrindo para mim, nessa ilusão que passava-se em minha mente fantasiosa. A felicidade. Nós partilhávamos grandes momentos juntos. Corríamos, brincávamos, conversávamos. E, graças ao tempo, nos apaixonamos.

Num belo dia, debaixo de uma grande árvore, selamos um acordo entre as eras. Iríamos permanecer juntos para todo o sempre. Juntos. Nós e o tempo.

Infelizmente, apenas um sonho. Ser feliz tornou-se algo proibido.

Fomos castigados ao sofrimento eterno. Nossa promessa simplesmente estilhaçou-se e perdeu-se no tudo. Junto com ele, meu grande amigo. Nunca mais nos vimos.

“Sinto muito.”

Nunca pude lhe dizer isso. Perdidos, sem o tempo. Passando por vários lugares, cumprindo aquilo ao qual tornou-se uma mera obrigação.

Nossos encontros não aconteceram mais. Ficamos presos em nosso próprio mundo.

Queria vê-la. Queria tocá-la. Queria ouvir o som da sua voz, ver o seu sorriso. Queria tudo. Mas não podia nada. Simplesmente nada.

Sempre questionei-me se o tempo estaria bem. Lembro quando disse que o odiava. Foi a partir daí que nos tornamos amigos. Engraçado, não?

Ele me perdoou. Ele me deu aquela segunda chance. Ele me abençoou.

Sinto saudades, muitas, mas tenho apenas que lidar calado, porque acho que nem ao menos isso foi permitido ao tempo. Sentir saudades. Alguma coisa.

Hoje vago pela vasta imensidão do céu. Eu faço o dia brilhar. Eu sou o astro dos astros. Mas estou sozinho.

A pessoa que amei, não poderei vê-la. Acho que eternamente. Estou triste. Não quero mais brilhar assim. A minha vontade era ascender-me aos céus, somente para ela. Eu a amo.

Não podemos mais nos ver.

Eu a amava tanto...

Fomos castigados. Os três.

Tempo foi despachado do seu dever. Ele tornou-se uma pessoa qualquer. Banido para um mundo diferente do nosso. E com ele, nada o acompanhou.

Ele era uma pessoa forte. Quando me conheceu, nada lhe era permitido, a não ser o correr das estações. Emoções. Mas ele não se importou. Tornou-se alguém muito especial para mim, e eu assim também para ele.

Porém, eles o decapitaram. Não cortaram sua cabeça, mas é como se tivessem. Sua felicidade, bondade, determinação, companheirismo, amor. Tudo lhe foi tirado. Até mesmo os sentimentos ruins. Ele não odiava mais, nem rancor tinha, nem nada. Desprovido de tudo, o meu grande amigo tempo tornou-se uma casca vazia. Apenas a carapaça.

Quanto a mim, fiquei encarregado de criar calor. Eu queimava como ninguém. Queimava a mim mesmo. E o meu grande amor chorava solitariamente na escuridão das estrelas. No infinito.

E, de acordo com o novo contrato, um novo ser. Nosso amor era algo proibido. Por isso, fomos banidos em caminhos distintos. Eu e ela. Dia. Noite.

O Sacrifício. O castigo.

O tempo não era mais o mesmo. Tudo havia mudado drasticamente. Foi então que eu soube que jamais nos veríamos novamente.

Mas, mesmo depois de tudo, ainda sonhava com um reencontro. Eu queria vê-los. Meu grande amigo. Minha pessoa.

Iria lutar por isso. Seria corajoso, assim como o tempo foi, quebrando as regras e lutando por mim, pela minha felicidade. Me deu uma segunda chance.

~ Nos reencontraríamos. Provavelmente em outro futuro distante. ~


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, o prólogo foi feito com muito carinho e talz e pode até não ter muito sentido agora, mas se continuarem acompanhando, garanto que irão entendê-lo melhor.
___
No Próximo Capítulo! - Uma pessoa misteriosa procura por algo no topo de uma grande torre. Misty, a protagonista da história, terá seu primeiro encontro com o local no qual presenciará momentos de grande emoções, desespero, alegria e até mesmo tristeza.
Obrigado pela leitura! Ficaria muito feliz se comentassem o capítulo. Críticas construtivas são bem vindas! Até mais ~



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Garota E O Pequeno Guardião" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.