Start Of Something Good. escrita por story4you


Capítulo 8
''vc tem a forma exata pra me prender em vc''




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–Pra que essa roupa toda? Só pra me ver? – o Roberto disse e me fez dar uma voltinha.

–é porque você é o meu amoreco.

–amoreco não, né Laura. – ele me abraçou. – ta pronta pra sair? Temos muito o que fazer hoje.

–mas e a Luiza?

–ela vai pra casa da sua tia, já tinha combinado com seu pai ontem.

–complô contra minha pessoa agora? – o abracei mais ainda.

–mais ou menos. – ele se afastou um pouco e piscou, aquela piscada sexy, com uma pitada de mistério, mas um mistério engraçado.

–você está muito cheiroso. Isso não é legal. – eu disse fechando a porta de casa.

–vou pegar um busão e já volto. Afinal, ta calor demais da conta, então vou ficar fedido rápido.

–não, não, não! Ta ótimo, perfeito. Agora vamos logo, porque eu to com fome. Alias, onde vamos?

–surpresas, meu amor. Surpresas. – ele me deu um selinho.

–ta, mas vamos comer primeiro né?

–vamos, vamos. Ô menina comilona que eu arranjei. Acho que vou vender minha parte no restaurante, senão vamos ter prejuízo.

–isso é uma ofensa?

–não, é um elogio. Prefiro as que gostam mais de um mc donalds, do que as que gostam de saladinha básica.

–Bom mesmo, moçinho.

Entramos no carro e ele começou a dirigir. Achei que ele me levaria no restaurante da família dele, mas na verdade ele foi pra outro lugar. Entrou em um lugar que só tinha verde, uma ala mais pobre da cidade e eu estava meio agoniada.

–aonde vamos? Perguntei

–é uma surpresa, Laura. Mas fica tranqüila. O povo é do bem aqui.

–não sei não, ein.

–conheço gente daqui, a Ju é daqui e aonde vou te levar é o lugar mais lindo da cidade, mas ninguém conhece por causa do preconceito bobo com essa parte da população.

–não tenho preconceito, Ro, mas sei lá... por todas as noticias que passa na TV falando desse bairro me faz ficar com medo.

Ele não me respondeu, o que me deixou mais agoniada ainda. Eu o deixei bravo, mas não foi por querer. Então, ele entrou em uma estrada de terra, um atalho, e começou aparecer um lugar lindo. Uma cachoeira com muitas flores ao redor e o melhor: estava vazia.

–que perfeito! – quase gritei.

–sabia que você iria amar. Você trouxe biquíni?

–não. – fiz cara de tristeza.

–a Luiza separou um aqui, vê se ta bom. – ele abriu uma mochila e tirou meu biquíni rosa com estrelas de prata no fecho.

Fui pra trás do carro e coloquei o biquíni tentando me esconder do Ro. E depois de ter colocado, não resisti e pulei no riozinho, onde o Roberto já estava fazia tempos. Ficamos no maior Love, por muito tempo, entre beijos e abraços e brigas d’gua.

–você não tava com fome? – ele perguntou.

–a água é minha casa. Prefiro ele a comida.

–profundo. Mas eu to com fome, e vou pegar a comida que eu mesmo preparei.

–você cozinha? – eu disse surpresa.

–sou pampa, como o Jonas diria.

Ele foi e pegou uma salada de macarrão e eu não resisti. Peguei um pouco também e quase cai pra trás de tão bom que estava.

–você pode me dizer qual o seu defeito?

–sou um semi-deus, não conta pra ninguém.

–vai cagar, Ro. – eu ri e deitei no chão.

–a vista de noite aqui é a melhor do mundo. – ele disse ao deitar-se do meu lado. – as estrelas brilham mais forte aqui, se é que você me entende.

–como você descobriu aqui?

– a Julia trouxe o Jonas aqui uma vez, ele amou e falou pra eu trazer minha namorada. Na época era a Pâmela, aquela menina do restaurante, mas ela era tão nojenta que ficou reclamando dos bichos e tudo mais, daí eu perdi a paciência e terminei com ela. Não gosto desse tipo de gente que só reclama.

–ela tem cara de ser um cu, na boa.

–ela é legal, mas é mimada demais. – ele me abraçou e por alguns instantes ficamos calados, olhando o céu. – vou nadar mais um pouco e depois vamos fazer outra coisa.

–mas já? Vou nadar também, já que é assim. – saímos correndo e pulamos na água.

Ficamos mais 1 hora lá e depois nos secamos, colocamos nossas roupas e partimos pra outro lugar. Eu estava me familiarizando com o local e em pouco tempo descobri, era uma sorveteria local hiper cara.

Saímos do carro e entramos na sorveteria onde a diversidade de sabores não acabava. Peguei o sabor pavê e nos sentamos. Ficamos nos olhando parecendo dois bobos apaixonados, ou melhor, somos dois bobos apaixonados.

Pra aumentar o clima de amor começou a tocar Pensando em você da Claudia Leitte, e ela dizia tudo sobre a gente.

–é, nossa historia, não acha? – o Ro disse.

–Bem isso. Mas o bom, é que alem de namorados somos melhores amigos. Amigos são pra sempre.

–namorados não?

–não, um dia eles se casam, outros se separam e etc. – eu falei e dei uma colherada no meu sorvete que estava nada mais nada menos que o melhor sorvete que já experimentara.

–a Melissa era sua amiga e acabou.

–isso prova que não era minha amiga, só isso.

Ficamos calados.

–você já quer ir embora? – ele perguntou meio cabisbaixo.

–você tem mais planos pra hoje?

–tenho.

–então bora pro próximo item da lista. O que é? – ele suspirou, mas antes que ele pudesse falar já respondi. – Ta bem, surpresa. Vamos logo, porque você sabe que sua namorada é curiosa, né?

–vou acabar com a sua curiosidade. Vamos ter um jantar em família com a minha família e a sua família. EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEBA! – ele sorriu e sorri pra agradá-lo.

–mas isso não é romântico.

–amor, nós vamos unir nossa família oficialmente. Isso é perfeito.

Não gostei da idéia, mas fingi que era a coisa mais maravilhosa do mundo. Apenas sorri e fomos para a casa dele.

Uma mansão, pra dizer a verdade. Sabe aquelas casas americanas? Pois bem, era assim. Uma casa laranja com um Eco Sport na garagem, uns bancos de madeira e um jardim cheio de anões.

Entramos e a sala não poderia ser melhor: uma sala verde com a mobília branca, o sofá com um tom de verde escuro e umas flores pra dar um toque. Na mesa de centro flores, jornais e revistas, perfeitamente organizados.

–Mãe, essa é a Laura, de quem eu sempre falo. – ele falou com uma mulher morena cujo cabelo estava preso num rabo de cavalo, uma calça jeans e uma camisa rosa.

–Prazer meu anjo. – ela fez um gesto que iria me abraçar e eu a acompanhei.

–o Prazer é todo meu.

–achei que o Betinho exagerava quando falava da sua beleza, mas vejo que não.

– o Ro fala muito de mim?

–quem? Ah, sim... fala! Você é mais famosa que o Bartô Galeno. – olhei com um ar de repreensão para o Roberto, pois estava morrendo de vergonha.

–vem, amor. Vou te mostrar a casa.

–Isso, filho. Faça isso, pois vou terminar o jantar.

O Ro pegou na minha mão e me levou até o quarto dele que era cinza, com a mobília preta, vários discos colados na parede como decoração além de fotos do seu time do coração que é o cruzeiro (não sei o porque já que mora no estado de são Paulo), uma mesa com um notebook em cima e uma foto minha ao lado e o seu inseparável violão em cima da cama.

–Eu to muito feia nessa foto.

–você é muito feia, aceite essa realidade. – ele me abraçou por trás. – ah, já que você não acha que essa ultima parte da surpresa é romântica vou fazer ficar. Vou cantar uma musica pra você, escolhe uma ai.

–entre nós dois do nx zero. Eu sou apaixonada por ela.

–e por eles também? – ele falou num tom de ciúmes e eu não resisti, cai na gargalhada.

–quase isso.

Tem coisas em você que me fazem bem não sei por que
E entre nós dois
Sempre foi e sempre será assim
Cada vez mais te vejo em mim

Fiquei pirando nele enquanto cantava e ele não parava de sorrir e eu ainda mais. Mal acredito que o meu namorado é tão perfeito assim, sabia? As vezes parece um sonho... tomara que não seja só isso. Tomara.



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