Start Of Something Good. escrita por story4you


Capítulo 4
''Can you hear me when I call your name?''




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Minha mãe me acordou cedo para que pudéssemos ir para a casa da minha tia, onde seria o aniversario da minha prima. Coloquei uma regata preta, calça jeans básica, sapatilha preta e um lenço de onçinha.

A casa já estava cheia, dei um oi geral e fui pra onde estavam meus primos cujas idades são próximas a minha. Sentei quando eles contavam piadas, mas logo mudaram de assunto e começaram a citar meu dia anterior, e começaram a me zuar por causa do Roberto.

Por causa disso, me obrigaram a contar todos os detalhes do nosso romance. Daí eu pergunto: romance onde? Quando? Com quem? Porque comigo só desastres aconteceram. Mas, mesmo assim contei para eles toda a historia, desde a troca de celulares até a parte do restaurante, mas não contei o fim, pois eles me crucificariam por isso.

–Eu estudo com o irmão do Roberto. – a Gabi disse.

–com o Renato?

–cara, você ate sabe o nome dele. Não vem negar depois que isso não é um caso de amor.- todos começaram a rir e eu fiquei totalmente vermelha.

–ta, mas quem vai querer alguma coisa comigo?

–Se eu não fosse seu primo você seria minha propriedade, não te largaria por nada. – meu primo, o mais lindo de todos, falou sentou no meu colo e depois disso me encheu de beijos e todos começaram a rir novamente de mim.

–vocês estão me deixando abaixo da merda com isso, gente. Muito obrigada!

–Mas está tudo conspirando a seu favor, senhorita! O Pedro ta te querendo de volta.

–como é que é? – eu disse depois de um tempo, pois a ficha ainda não tinha caído.

–eu ouvi ontem, La na praia, ele comentando com um menino, que te quer de volta, pois ele nunca sentiu tamanho ciúme de alguém como ele sentiu de você ontem, na hora que você cantou com o Roberto e depois quando ele te viu conversando com o mesmo.

–Eu vou explodir o mundo. – eu gritei. – por que? Cara, eu não vou voltar. A bobona já foi embora, agora surgiu um novo eu, uma nova Laura. E nessa minha vida, o Pedro não vai ficar. -Levantei com tudo e quase derrubei o Felipe, meu primo, e fui falar com a minha mãe, enquanto todos me olhavam. – mãe, to indo pra casa. Tchau.

Fui em direção do portão, que estava entreaberto e sai. No meio do caminho, mudei o rumo, e fui em direção a praia. Tentei ligar pra Melissa, mas só chamou e ela não atendeu. Então decidi procurar, mais uma vez ajuda, e dessa liguei pro Roberto, minha única opção.

Alo?

–Roberto? É a Laura, tudo bem?

ah, oi famosa. Tudo e você?

–não muito, to precisando da ajuda de um menino. Você pode me ajudar?

por aqui mesmo?

–tem problema se você vier na praia? Odeio falar no telefone.

pode claro. 15 minutos eu to ai, falou? Tchau! – ele desligou sem ao menos ter minha resposta. Fiquei bem na entrada principal da praia, esperando por ele.

Nem deu 15 minutos, acho que ele veio voando. Ao avistá-lo sai correndo e dei um abraço, um muuuuuuuuuuuuuuuito apertado. Ele não entendeu nada, mas fez o mesmo.

–obrigada. Você é o melhor.

–o que esta acontecendo? – ele perguntou tirando os óculos de sol.

–primeiro podemos ir pra algum quiosque? Eu não comi nada ate agora. – fiz uma cara de coitada e ele deu risada, me guiando ate um quiosque Mara.

Comi feito uma desesperada, enquanto o Roberto ficou no suco. Então precisei falar o que estava acontecendo. Contei todos os detalhes que eu sabia sobre o caso Pedro e ele ficou me observando, como se estivesse me admirando.

–Eu acho que você deve mandar ele pra merda. Ele surgiu das cinzas, quando, sei lá, você, pelo o que parece, está ficando bem sem ele.

–eu não o amava. Percebi isso esses dias ai.

–então da um chute nele. Tem nada disso de ficar na duvida. Se você não o ama, ou ele faz mal pra você, deixa pra lá. Não mexe na merda pra não feder.

Eu não agüentei e comecei a rir, e ele fez o mesmo.

–vou fazer isso. – eu disse e mordi o meu lanche.

–Mas cara, ele ta com ciúme de mim? Um cara feio como eu?!

–feio onde?

–primeira pessoa que não acha. – ele disse sem graça.

–ah, para com isso, Roberto. – eu falei e joguei uma bolinha de guardanapo nele.

–vamos nadar? To na praia, então necessito desse mar.

–pode ir, to sem roupa de banho. – eu fiz, novamente, cara de coitada.

–não vou sem você. – ele fechou a cara e cruzou os braços.

–eu não posso entrar de roupa, senão minha mãe me mata. Eu fugi do aniversário da minha prima.

–vish, vai apanhar quando eles te acharem.

–acho que sim. Mas, ontem você calotou seus amigos? Não vi você pagar a conta do restaurante.

–o restaurante é do meu pai. Se você não tivesse se precipitado você não pagaria também.

Eu ia falar, mas meu telefone tocou e não tinha como não atender.

–mãe?

onde você tá menina?

–na praia.

com quem? E por quê?

–to com meu amigo, porque não to afim de ficar sozinha em casa.

mas eu quero você de volta, pra casa da sua tia, agora!

–não vou mãe!

Laura Fernandes eu não quero ir te buscar ai!

–ta bom, mãe. Tchau. – desliguei o telefone e olhei pro Roberto que estava olhando pro nada, destraido. – preciso ir.

–Mas como assim?

–minha mãe me obrigou Roberto. Não tem como falar não.

–quer carona? – ele disse e nos levantamos.

–to indo pro parque Silveira.

–moro lá. – ele pegou no meu ombro e me arrastou. – ta muito sexy com essa roupa, sabia? Esta irresistível. Pra dar um fora no menino babaca lá seria perfeito. – ele falou quando chegamos perto do carro dele.

–Ai Roberto, nada a ver. Nem sei porque ele me quer de volta, já que ele esta pegando a menina mais cobiçada do colégio. Eu não sou nada disso.

–gosto de meninas assim, que são o que são e discretas.

Isso foi uma indireta?

–mas pra ser cobiçada tem que ser a mais gostosa e a mais porpurinada. Ainda bem que não ligo pra isso.

–é disso que eu gosto.

Isso foi uma direta, sem duvidas! Mas só sorri, fiquei sem reação. DROGA!


Chegamos rapidinho ate a casa da minha tia. Eu agradeci e sai rápido, antes que ele pudesse falar algo pra mim. A família toda parou pra olhar minha entrada, não sabia onde colocar a cara, mas deixei-a dura, com expressão de brava.

–e da próxima vez, pense duas vezes antes de dar esse showzinho barato, Laura. Você esta de castigo, entendeu? – minha mãe disse apertando meu braço, mas não respondi e sentei num lugar vago perto dela, onde passei o resto do dia.



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