The nightmare of Ártemis escrita por Charlie Carter, Maluh de Perséfone


Capítulo 1
One-shot


Notas iniciais do capítulo

Foi a Maluh que teve a ideia, mas fiu eu (April) que escrevi (com ajuda dela), mas é isso ai, podem ir ler!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/294288/chapter/1

Era um dia agradavelmente e quente de primavera, e eu estava no Olimpo e tudo estava uma confusão só. Afrodite era a mais agitada de todos, ela estava com aquele sorriso sapeca nos lábios...eu sabia que viria confusão por ai!

Vi uma deusa e resolvi conversar com ela.

– O que está havendo? – Perguntei

– É Afrodite, ela teve uma ideia – Disse Perséfone – E quer juntar todos os deuses para esse “joguinho’

A deusa vestia uma saia azul-claro curtíssima e um top azul-escuro e um par de all star pretos. Não se parecia nada com a rainha do submundo que eu visitara á uma semana atrás.

Vi uma de suas filhas um pouco mais ao longe, acho que seu nome era Dafne, ela também usava um roupa de cheerleader, mas era em tons de roxo. Ela também parecia nada feliz com o que vestia.

Eu só me lembro que recebi um papelzinho, logo depois de Afrodite ter me feito (lê-se: obrigou) jurar pelo rio Estinge e sair correndo, eu não imaginava que ela corria tão rápido, acho que os anos que ela passou correndo de imortais e mortais lhe serviram de treinamento.

E então assim eu li o que havia no papelzinho e...estava escrito o seguinte: “vista-se como uma dançarina do ventre e venha ao salão dos tronos

E é por isso que eu estava me sentindo muito ridícula e magnificamente envergonhada...

Eu via que Thalia, minha tenente, estava quase tendo um treco por estar vestida do mesmo jeito que eu: dançarina do ventre.

Mais ali, estava Tânatos, ele usava uma camisa florida e shorts de ondas, ele olhava para o chão, deveria estar amando aquilo...

E sua filha, Bia, usava uma saída de praia e estava descalça, ela rodava o anel em seu dedo, pelo que eu sabia, aquilo era uma foice chamada Laxus.

Então quando eu vi Afrodite entrando...foi um milagre que eu não me acabei de rir. Sério, aquela cena estava hilária, tudo bem, Ártemis, se.controle.

– Está tudo bem, minha senhora? – perguntou Thalia

– Sim, minha tenente, tudo bem – Falei

E sabe por que eu estava assim? Ok, vou dizer. Era Afrodite, ela estava vestida de....rssrsrsrs, burca! Dá pra imaginar? Afrodite de burca? Era muito hilário. Mas eu estava tentando me controlar! Juro que estava tentando me controlar!

Coloquei a mão sobre a boca para tentar disfarçar o sorrisinho no canto de meus lábios.

Hermes e Apolo nem tentaram disfarçar e riram até explodir, Métis só ficou olhando, imaginando no que iria dar...

Apolo estava usando roupa de “Nerd” e devo dizer que estava muito engraçado também.

Controle-se Ártemis!

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~


Depois de todos zoarem todos e Dionísio, sei lá como, consegui trazer bebidas (com taxas altíssimas de álcool). E a maioria dos deuses e alguns semideuses, como aquela filha de Niké. Eles já estavam meio...fora de si e então, algo muito estranho começou á acontecer.


Deuses e semideuses, começaram a se beijar e algo além...alguns deles simplesmente sumiram, outros nem se importavam e se beijavam livremente, ali mesmo, estava uma loucura total!

Eu me levantei e me pus á andar para longe de todo aquele furacão. Mas alguém me puxou pela cintura.

– Solte-me, Apolo! Agora! – Falei

Ele olhou no fundo dos meus olhos e foi meio difícil não me perder naquela imensidão azul. E ao contrário do que devia fazer, ele me abraçou e colou nossos corpos.

E claro, ele sendo mais forte do que eu, não consegui me desvencilhar.

– Só essa noite – Disse ele

Ah, só para avisar, á partir deste momento, eu não me responsabilizo mais pelos meus atos, ok?

Como dizer isso? Ahn...eu nunca fiz juramento! #Prontofalei

Era só algo que eu havia criado para nunca ter meu coração quebrado, amassado e deixado no chão por aquela pessoinha feliz que estava na minha frente, querendo me agarrar.

– Você está sóbrio, certo? – Falei

– Errado – Disse ele

– Então me ligue quando estiver! – Falei e aproveitei a deixa para me desvencilhar e sair dali, deixando Apolo com uma carinha de dar dó...

////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////

Eu não sei se havia sido a bebida, ou a minha quedinha...ok, não era uma quedinha, era um tombo inteiro...por ele. Eu só sei que eu estava sendo empurrada contra uma parede, com meu corpo totalmente colado ao dele.

Estava quente, arfante e insano.

Seus lábios eram quentes e macios e já estavam vermelhos, os meus não deveriam estar muito diferentes. Minhas mãos já estavam entranhadas em seus cabelos negros, bagunçando-os ainda mais do que já estavam .

– Isa – Sussurrou/Gemeu ele

Separamo-nos, maldito que seja o oxigênio, porque eu tinha que ser tão dependente de você?! Mas logo eu comecei a mordiscar seu pescoço, primeiro porque isso fazia ele se arrepiar até o último fio de cabelo, segundo porque ele ficava muito sexy quando mordia o lábio inferior e terceiro: porque eu queria!

Ele foi meio que me obrigando á andar pra trás e até que eu ouvi uma maçaneta sendo girada. Bem, eu não estava vendo, já que estava mais ocupada com outras coisas...

Nem pensei em desabotoar sua camisa, fui logo arrancando os botões ao abri-la. Suas mãos correram a lateral de meu corpo, subindo o vestido e logo depois jogando o pedaço de pano em algum lugar que não estava interessada em olhar.

Entrelacei minhas pernas em torno dele, ele me ergueu e subiu na cama, me deitou delicadamente e começou a fazer uma trilha de beijos, começando pelo meu pescoço.

Santo alucinógeno. Não, não havia nenhuma flor de lótus envolvida nisso, era outra coisa, um alucinógeno natural, que meu corpo produzia por contra própria e sem meu consentimento: orgasmo.

////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////

Eu já ia abrir outra garrafa, quando fui interrompido por uma garota. Ok, não era só uma garota, devo dizer que ela era morena e tinha olhos hipnotizantemente azuis. Ela usava um vestido negro com rosto estampando dor, quando o vestido chagava em seus joelhos, estava com as pontas rasgadas, mas acho que aquilo fazia parte do vestido.

– Pelo que já vi, acho que já bebeu o suficiente – Disse ela com sua voz de veludo.

Ela tirou a garrafa de minhas mãos e se sentou ao meu lado, cruzando as pernas.

– Qual seu nome? – Perguntou ela

– Yuri – Falei

– Hedonê – Disse ela – Deusa do prazer

E estendeu a mão, como um daqueles cumprimentos de pessoas que acabaram de se conhecer. Mas toda a nossa conversa até agora fora pura besteira. Não vou dizer que não a conhecia, isso porque é mentira.

Eu já a conhecia

E gostava de sua companhia, ou melhor, dela.

Mas não sei bem que tipo de “gostar” estou falando sobre. Ela avançou, jogou os braços em volta do meu pescoço e sentou no meu colo.

Bem que nós poderíamos sacudir, sacudir e sacudir a noite toda, mas ela sabia o que fazer. Talvez Lissa a estivesse ajudando, pois havia momentos em que ela simplesmente conseguia me levar do 0 ao 100 em menos de um segundo.

Ela era um lindo pesadelo.

O jeito que ela falava? Deixava-me louco

O modo como ela ria? Fazia meu coração bater mais rápido

Então eu me perguntei como ela poderia ter aquele efeito sobre mim. Será que era o jeito que ela beijava? Não, não era isso. A conclusão á que cheguei foi essa: não era o jeito que ela beijava...era o seu sabor. Era tão...tão...viciante.

Eu nunca havia me sentido tão...vivo!

////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////

Eu ria entre beijos, talvez soltasse gemidos vez ou outra.

Mas a culpa não era minha! A culpa era dele, Léon, ele era um deus menor que eu havia encontrado em um dos conselhos que teve e sabe...ficamos amigos, ficamos....muito amigos.

Ele era o deus do fogo e fazia jus ao cargo que recebera, ele tanto quanto eu...quente. Eu não estava preocupara com minha mãe me encontrar, ela devia estra ocupada demais com Hades para vir me procurar...

– Léon, eu... – Tentei

Mas seus lábios se pressionaram contra os meus e não mal pude respirar. Peguei uma faixa vermelha a o vendei, ele colocou as mãos sobre a venda

– Tsc tsc – Fiz eu – Nada de ver

Ele riu

Passei minhas unhas por suas costas, arranhando-o de leve, ele se arrepiou inteiro e estremeceu. Mas com isso, ele soube onde eu estava e aproveitou-se disso, para se colocar por cima de mim, mesmo vendado, seus sentidos estavam bem aguçados.

Tenho que dizer que quando ele beijou meu pescoço, quem estremeceu fui eu?

Estávamos dominados pelos sentidos e senti que se isso fosse muito além, perderíamos o controle. Mas quem disse que isso não era bom? Se deixar levar, sem preocupação, temores e nada dessas chatices, por somente uma noite...

Eu estava tentando relaxar enquanto fechava meus olhos.

– Esta noite – Comecei

Ele me beijou e depois baixou os lábios até meu ouvido.

– Não precisa dizer nada esta noite – Disse ele – Deixe-se levar pelos seus sentidos, Dafne.

– Ah é?

– É – Disse ele – E só para começar...

Ele voltou a atacar minha boca e nossas línguas dançaram. Vermelho feito sangue e branco imaculado, ambos se misturando. Eu o acariciava, ás vezes passava dos limites, para estimulá-lo. Ele reagia, aposto que se eu pudesse ver, ele estaria revirando os olhos de prazer.

– Vamos, amor – Disse ele cinicamente – Acabe logo com essa tortura

– Ora, meu amor – Falei - Não gosta de torturas?

Continuei com isso por mais algum tempo e não sei como, mas ele conseguira pegar Spring de mim. Pensei que ele fincaria a espada em mim, quando a empunhou. Só que não, ele a atirou e eu só ouvi o zunido que ela produziu. E depois se fincou na parede. Admito que fiquei com um pouco de medo, mas logo a seguir ele me puxou para um beijo que me levou á loucura!

////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////

Vamos deixar uma coisa bem clara aqui: não foi minha intenção me meter nessa confusão! Mas agora eu estou aqui, né? Então porque não... aproveitar? Estava com um copo de...não sei bem o que era, só sei que me causava uma deliciosa sensação de queimação ao passar pela minha garganta.

Só havia luz o suficiente para que eu pudesse ver silhuetas, não os detalhes e eu vi uma silhueta, mas nem me preocupei. Mas alguém me empurrou contra a parede, fazendo com que o meu copo se estilhaçasse no chão.

– Olá novamente, Vanderground – Disse ele ao pé de meu ouvido

Estremeci, aquela voz....

Tentei me desvencilhar e sair correndo dali, só que ele era reconhcivelmente mais forte, então decidi dizer:

– O que quer, Klaus?

Ele me olhou com aquele olhar de “não é obvio?”

– Você – Disse ele simplesmente

Seu cabelo era negro e seus olhos de um verde incrível!

– Tem certeza? – Perguntei – Você sabe que eu farei você querer correr de mim

– E você sabe que eu farei você querer gritar – Sussurrou ele tão...sexy

Acho que ambos já sabíamos que naquele momento era tarde demais para dizer coisas assim. Ambos tão acalorados que eu já não sabia mais o que estava mais quente, nós ou o centro da Terra!

Nossas línguas travaram uma pequena batalha para ver quem iria explorar primeiro e pro meu azar, ele venceu. Ele levou as mãos até am minhas costas e puxou a corda que fazia o laço que prendia tudo. E sabe.... não foi muito difícil burlar as regras e abrir a fivela de seu cinto.

Minha saída de praia e sua calça caíram ao mesmo tempo...

////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////

– AHHHHHHHHHHHHHHH – Gritou alguém

Eu acordei e já me sentei na cama! Não senti mais sono, fui atrás de quem havia gritado. Corri os corredores, virando as esquinas, até chegar á uma porta dupla. Não hesitei e girei a maçaneta.

Ártemis estava sentada em sua cama, as cobertas estavam jogadas e ela chorava aos prantos.

Tentei me aproximar e ela logo disse para eu sair dali imediatamente

– Para de ser chata – Falei abraçando-a

Ela tremia e logo escondeu o rosto na dobra do meu pescoço.

– Foi terrível – Disse ela entrecortadamente – Foi um pesadelo horrível.

– O que foi que aconteceu? – Perguntei

– Ah, Apolo – Disse ela – Tudo aconteceu... tudo que não deveria.

Então ela pareceu ter se lembrado de algo e mudou o jeito de me olhar, agora ela franzia o cenho e apontou para mim.

– Você estava no meu sonho – E começou a se afastar – E tentou me cantar...

Então ela do nada, saiu correndo em disparada como se não houvesse mais amanhã.

Mas que diabos deu nela?!



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?

A kiss for ya!

Músicas usadas de inspiração:

— Gorgeous Nightmare (Escape the fate)

— Nightmare (A7X)

— Scream (A7X)

— Hot mess (Cobra Starship)

— Call me when you're sober (Evanescence)

— Whispers in the dark ( Skillet)

— Monster (Skillet)