Memorias De Um Passado Sombrio escrita por BlueMoon


Capítulo 1
my pass


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem >



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Lembro-me como se fosse ontem, me lembro das risadas, das brincadeiras, me lembro de uma infância feliz em que nós não nos preocupávamos com nada,em que nós não nos preocupávamos de ter religiões diferentes, me lembro de ter sido feliz, mas um dia tudo isso acabou e vou contar o que aconteceu no meu comigo naquela época.

Me chamo Elesis sieghart e tenho 8 anos,eu tenho um irmão chamado ecnard sieghart ele tem 11 anos, mas ele odeia ser chamado pelo primeiro nome então todo mundo chama ele só de sieghart, já eu o chamo de sieg,amo muito ele,toda semana havia uma nova restrição.Judeus não podiam freqüentar o parque de diversões.Nem os campos de esporte.Nem os parques públicos.Logo,eu não podia mais ir ao ginásio.Até mesmo o lago em que eu esquiava estava proibido.Minhas amigas (todas gentis) no começo ficaram tão perplexas como eu,principalmente a arme,ela que era a mais brincalhona do grupo,tinha também amigos : lupus,zero,lass,jin,Ryan,etc.Amava todos eles,sempre os considerei meus irmãos,já o Lupus eu tinha uma certa paixão por ele.Ainda nos sentávamos lado a lado na escola e aprontávamos travessuras dentro da classe e na hora do recreio,um dia Ryan se encrencou por causa disso,foi pego colocando sapos nas gavetas das professoras,ficou três dias suspenso,mas isso não nos impedia de visitar ele na sua casa.

_ ficaremos sempre juntos, não importa o que aconteça – prometeu Lire,umas das minhas melhores amigas.

_Isso mesmo! Não vamos deixar que ninguém nos diga com quem vamos brincar! – gritou Lupus

Todos concordaram, nos divertimos muito naquele dia, mas,aos poucos,conforme os meses se passavam,todos os meus amigos pararam de me visitar depois da escola e nos fins de semana. {...}

Cada vez que eu me lembrava dos meus amigos e das novas restrições me sentia arrasada,perdi a conta de quantas noites eu passei em claro chorando,lamentando de não ter aproveitado o suficiente, de querer que meus amigos voltassem, meu irmão também se sentia assim, sentíamos que nosso mundo ia ficando um pouco menor, estávamos tristes, frustrados, bravos, não suportávamos aquela situação.

_o que podemos fazer? – perguntei aos meus pais – para onde podemos ir?

Mamãe e papai fizeram o seu melhor para nos distrair, para nos ajudar a descobrir novas brincadeiras, porem tudo em vão.

_Nós temos sorte – disse mamãe. –porque temos um grande jardim. Vocês podem brincar de esconde – esconde. Podem inventar jogos. Podem brinca de detetive nos depósitos. Podem explorar a passagem secreta. Adivinhar charadas. Sejam gratos um pelo outro!

Eu me sentia grata por ter meu irmão e por eu brincar com ele. Mas meus pais não entendiam que isso não aliviava a tristeza de eu não poder mais fazer o que eu fazia com meu irmão antes nem ir aos meus lugares preferidos, ai como eu queria falar agora com a Lire,com a Arme,me divertir com o Lass e suas travessuras, de rir com o Ryan e suas brincadeiras,de descobrir novas coisas com a Mari, de apartar as brigas do Lupus com o Lass junto com o jin , ah falando no Jin ele tinha uma paixão secreta pela Amy, nunca conseguiu se declarar até eu dar um ajudinha para os dois ficarem juntos,sinto saudade de rir com meus amigos,com essas memórias uma singela lagrima escorre pelos meus olhos,nesse momento eu estava junto com o meu irmão sieghart brincando com a grama no quintal,era um dia lindo de primavera,até que eu explodi,comecei a chorar.

_Não é justo! – gritei._Eu odeio isso!Quero que volte a ser como antes!

Arranquei um punhado de grama e joguei as folhas no ar. Olhei pro meu Irmão com lagrimas escorrendo freneticamente pelos meus olhos. Sabia que ele estava triste tanto quanto eu.

_Espere aqui – disse ele – Eu tenho uma idéia.

Minutos depois, ele estava de volta, com um bloco de papel, uma caneta, uma garrafa vazia e uma pá, olhei curiosa pra ele, afinal o que ele estava pensando em fazer com tudo aquilo?

_Pra que tudo isso? – perguntei

_Talvez, se escrevêssemos todas as coisas que estão acontecendo com a gente, fiquemos mais aliviados.

_Isso é bobagem – respondi com raiva._ Não vai trazer nem o parque nem os meus amigos de volta.

Mas Sieghart insistiu. Ele era, nos fim das contas, meu irmão mais velho, e eu não tinha nenhuma outra idéia. Então, nas horas seguintes, nos derramamos a nossa infelicidade no papel, meu irmão escrevendo e eu falando. Fizemos listas das coisas que nos fazia falta e das coisas que nos enfureciam. Fizemos listas das coisas que faríamos e de todos os lugares que iríamos quando aqueles tempos terríveis acabassem, eu, por exemplo, quando eu crescesse queria ser médica e o meu irmão queria ir para a marinha,como sempre gostava de sentir adrenalina. Quando terminamos, Sieghart pegou as folhas de papel, enrolou-as no tubo, colocou-as dentro da garrafa e fechou-a com uma rolha. Então, nos andamos até em casa, parando embaixo do balanço duplo. Ali, eu cavei um grande buraco: seria aquele nosso esconderijo de tristeza e da frustração. Sieghart colocou a garrafa dentro do buraco e eu cobri de terra. Quando terminamos, o mundo parecia um pouquinho mais claro e brilhante, pelo menos naquele dia, pois afinal a segunda guerra mundial tinha começado {...}

Um dia eu vi a mamãe lendo uma carta na varanda, depois de um tempo ela começou a chorar.

_mãe aconteceu alguma coisa? – perguntei preocupada

_não é nada meu amor, só apenas uma noticia que um amigo muito querido meu morreu ontem, então você não precisa se preocupar- disse ela enxugando o choro rapidamente e abrindo um sorriso

_ok então – disse desconfiada, mas decidi deixar pra lá.

Como já era de noite, fui dormir, subi as escadarias em direção ao banheiro, tomei um banho, depois vesti meu pijama e fui dormir, no dia seguinte me levantei e fui fazer minha higiene matinal,desci as escadas e vi meu pai sentado no sofá com a cabeça abaixada e com as mãos tapando o rosto,soluçando amargamente, e meu Irmão estava de olhos arregalados olhando para a carta que a mamãe leu ontem.

_ sieg o que foi que aconteceu, por que vocês estão assim? – perguntei preocupada, não estava entendo nada do que estava se passando naquele momento.

_ olhe com seus próprios olhos elesis. – disse sieghart estendo a carta em direção a elesis,com os olhos tampados pelos seus cabelos negros.

Mas como assim??!!!! O sieg quase nunca me chama de elesis,geralmente é ruivinha,ele só me chama pelo meu nome quando o assunto é serio,eu estou com um mal pressentimento em relação a isso.Peguei a carta e olhei o conteúdo escrito nela

                                                                   CARTA POV’S ON

Senhora Sieghart

Ordeno que compareça as 9:00 h da manha no quartel general da Gestapo no iglu.

ASS: policia secreta do Hitler.”

                                                                  CARTA POV’S OFF

Estava pasma com que eu li,mamãe....vai....ser...morta.NÃOOOOOOO isso não pode estar acontecendo,comecei a chorar,meu irmão vendo a minha situação me abraçou numa tentativa de conforto,ele começou a chorar junto comigo.

Mas isso era só o começo do verdadeiro inferno que estava por vir,os anos iam se passando até que meu pai tinha que sair de casa também,eu e o sieg passamos a viver na casa dos nossos tios,até que a gente teve que sair também,viajamos juntos por um bom tempo,por onde nos passávamos víamos rastros da guerra,era simplesmente um experiência horrível,corpos carbonizados,casas pegando fogo,sons de tiros,sangue para todos os lados,por onde passávamos víamos sinais de morte,o cheiro era horrível,uma mistura de enxofre com corpos em decomposição,tivemos que nos esconder varias vezes para despistar a polícia secreta do Hitler,quase éramos pegos,as escapávamos com sorte,era como viver no verdadeiro inferno.

Certo dia quando a guerra esfriou decidimos sair daquele lugar.

_ruivinha agora nos teremos que nos separar. - Disse ele com um olhar triste

_como?!Mas por que sieg,você vai me abandonar?. – perguntei com os olhos cheios d’agua

_Não!!! Eu sei que é difícil ruivinha ter que fazer isso, mas é necessário,é para nosso próprio bem e você vai saber se cuidar afinal já tem 16 anos. - disse aparentando também estar sofrendo com aquilo.

_ok sieg,se cuide ok? Te amo muito meu irmão,vê se não comete nenhuma loucura. – disse com um sorrisinho nos lábios

_hahahaha pode deixar ruivinha, se cuide você também, quem sabe um dia a gente se encontre de novo, nunca se sabe.... então isso é um adeus,te amo também ruivinha. – disse me abraçando e com um aceno de mão foi embora.

Agora só se podia ver duas sombras seguindo rumos diferentes, soube que minha mãe foi morta no campo de concentração em Auschwitz,meu pai morreu no mesmo ano,o tempo se passou e a guerra tinha acabado,agora estou com meus 20 anos,eu me tornei medica como sempre sonhei,e por sorte do destino me encontrei com os meus antigos amigos,todos já trabalhando no que queriam,a arme se tornou uma cientista,a lire enfermeira a Mari se tornou professora,a Amy cantora, o Jin passou a ensinar artes marciais,o Lupus foi pra marinha junto com o Lass,Ryan e zero,fiquei muito feliz de reencontrar cada um deles,admiti meu amor por Lupus e qual foi minha surpresa ao saber que ele também tinha os mesmos sentimentos desde a infância,nos casamos e tivemos dois filhos,um casal de gêmeos, a menina se chama haru e o menino se chama Hayato,certo dia me encontrei com o sieg,ele também tinha realizado o seu sonho,entrou na marinha e hoje é um dos melhores,parabenizei ele e resolvemos comemorar em minha casa,todos se divertiram ,era como se eu voltasse no passado,me lembrando de cada momento feliz que passei com todos eles,agora posso dizer hoje que finalmente a vida decidiu sorrir para mim,e as lembrança que tenho daquela época eram apenas memórias de um passado sombrio.


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Notas finais do capítulo

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