Prostituta Do Governo escrita por Leticia, Lari Rezende


Capítulo 10
As coisas tendem a piorar




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Um ano depois.

O ano passou mais rápido do que eu pensei.
Eu já estava com 16 anos, cursando o final do segundo ano do ensino médio e levando uma vida completamente conturbada.
Meu pai e Sabrina resolveram morar juntos, até aqui tudo bem, as coisas ficaram realmente criticas quando certo dia eu cheguei de casa entrei no meu quarto e me deparei com uma mudança radical.
No lugar da minha cama havia um beliche com a parte de baixo toda cor de rosa, isso inclui o jogo de cama, travesseiro e cobertor. Havia um gaveteiro com seis grandes gavetas e com uma enorme quantidade de perfumes, maquiagens e afins na parte de cima.
Minhas roupas estavam todas amontoadas em uma parte do roupeiro, o outro lado estava ocupado com roupas rosas, brilhantes e chamativas.
O ar tinha um enjoado cheiro de pêssego e embaixo dos meus pés estendia-se um enorme tapete rosa felpudo.
Escutei risos altos e estridentes vindo da cozinha e corri ate lá na esperança de que alguém me explicasse o motivo do meu quarto estar naquele estado.
Meu pai e Sabrina estavam rindo alto, junto deles estava uma menina alta e morena que eu nunca tinha visto na vida.
-Oi filha – disse papai – gostou da surpresa?
Olhei para ele a ponto de dar um soco na cara de qualquer um que se atrevesse a passar pela minha frente.
-Ta de brincadeira comigo né? – disse seriamente – parece que a Barbie vomitou lá no meu quarto.
A menina me olhou com certo desprezo.
-E então filha... – disse meu pai meio constrangido – é que você vai dividir o quarto com a Silvana – olhei para a menina morena que sorriu para mim – ela é a filha da Sabrina.
-Era só o que me faltava – disse eu virando as costas e voltando para o meu quarto.
Atravessei a porta bufando, abri o roupeiro e comecei a jogar todas as roupas dele no chão.
Silvana entrou logo atrás de mim e começou a fazer uma cena quando me viu jogando as roupas brilhantes dela no chão.
-Minhas roupas! – gritou recolhendo uma por uma.

-Desculpa queridinha – eu disse – mas esse roupeiro é meu, assim como esse quarto e essa casa!
Meu pai entrou no quarto com cara de poucos amigos.
-Engano seu Jessica – disse ele irritado – esse quarto aqui agora é de vocês duas, e eu não quero ouvir uma reclamação vindo de você.
Papai saiu furioso do quarto.
Olhei para Silvana e bufei.
-Da onde você saiu criatura?
Subi ate a parte de cima do beliche e deitei minha cabeça no travesseiro.
-Eu morava com meu pai – disse ela – ele mora em Alagoas, mas eu me envolvi com uns meninos barra pesada e...
Olhei para ela com indiferença.
-Eu te perguntei alguma coisa? – meu tom era de raiva – acho que não né? Então cala essa boca, obrigada.
Foi a partir desse dia que as coisas começaram a piorar na minha vida.


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Notas finais do capítulo

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