All I Want Is You escrita por Carol Munaro


Capítulo 23
Merry Christmas!


Notas iniciais do capítulo

ooi gente!! Capitulo gigantesco e especial de Natal pra vcs!! Depois eu respondo os reviews. Tenho q sair aqui '-' Boa leitura!!



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Os dias que se seguiram foram as mesmas coisas. Minha mãe e Marcus indo trabalhar, a Hanna enchendo o saco de todo mundo, eu só saindo do quarto pra comer e falando com o Derek o dia inteiro pelo skype. Ou pelo menos quase todos os dias.

Hoje é véspera de Natal, 18h00, e ele ainda não deu as caras no Skype. Eu já tinha comprado o presente dele. Comprei um perfume. Mas voltando ao assunto, ele sumiu o dia todo. E eu fiquei mofando no quarto.

Soube pelo Andrew que ele contou pra Charlie que eu tava na cidade, mas até agora ela não apareceu aqui. E sinceramente, duvido que vá aparecer.

20h00.

Tenho que me arrumar pro jantar que minha mãe e meu padrasto vão oferecer, e ele ainda não apareceu. Bacana. Espero que me ligue à meia noite. Coloquei um jeans, uma blusa com uma jaqueta por cima, meu all star e já tava pronta. Já imagino o ataque que minha mãe vai dar quando ver que não to de vestido. Foda-se.

Desci e tinha bastante gente até. Minha mãe conversava no canto com algumas peruas, meu padrasto com alguns homens bem vestido, imagino que empresários, e Hanna conversava com projeto de peruas e mauricinhos. Mereço... Fiquei no canto, perto da lareira, e olhava meu celular de 5 em 5 minutos. Só Deus sabe quantas mensagens mandei atrás do Derek. Será que a Ellen vai passar o Natal na casa da vó dele? Afastei esse pensamento horroroso da minha cabeça. Coloquei meu fone e fiquei ouvindo musica. Depois de um tempo fui pra cozinha.

– Oi Margo.

– Oi Lily. Você devia tá na sala?

– Eu sei. Lá tá chato demais. Tá muito ocupada ou posso ficar aqui? – Ela sorriu pra mim.

– Você sempre pode. – Sorri de volta. Ficamos conversando sobre coisas aleatórias e até sobre o Derek. Deu 23h50 e eu fui pra sala antes que minha mãe viesse me procurar. Começou a entrega dos presentes. Minha mãe veio com uma caixinha e entregou pra mim. Abri e tinha um colar dentro.

– Obrigada. – Ela não falou mais nada e saiu. Sem um abraço, ou até mesmo um sorriso. Nada. Continuei quieta no meu canto. Já devia ter dado 00h00 nos Estados Unidos fazia um tempo e ele ainda não havia me ligado. Meu celular vibrou e eu quase gritei de felicidade.

*Ligação on*

– Desculpa por ter me atrasado, princesa. Eu tava ocupado. – Ocupado... hm. – Sinto sua falta.

– Também sinto a sua.

– Quer matar a saudade? – Ri fraco.

– Lógico. To com vontade de pegar um voo pra aí amanhã cedo.

– Abre a porta.

– Como?

– Vai. Abre a porta. – Ele disse rindo e eu fui em direção a porta da sala. Quando abri vi a cena que eu nunca pensei que ia ver.

– Você disse “nada de flores”. – Ri e abracei ele.

– Você é incrível. – Ele sorriu e eu o beijei.

– Como foi o dia hoje?

– Normal. Fiquei esperando você entrar. – Ele sorriu mais ainda.

– Bom, eu não entrei porque precisava vim aqui. – Sorri de volta.

– Entra. – Ele me entregou o “buque” e entrou. – Só vou colocar isso em algum lugar.

Isso?! Olha lá como chama! Você acha que foi fácil encontrar cenoura hoje? – Ri e fui em direção a cozinha.

– Margo? – Ela me olhou. – Onde eu posso deixar?

– Quer que eu faça o que com elas?

– Não! Não cozinha! É só pra guardar. – Ela assentiu e pegou. Voltei pra sala.

– Margo queria cozinhar as cenouras. – Ele arqueou uma sobrancelha. – Já deixei claro pra ela não fazer isso. – Dei um selinho nele.

– Lily, eu to com umas ideias.

– Que ideias?

– De você voltar comigo pra lá.

– Lilian? – Me virei vendo minha mãe me olhar brava. – Olá Derek. – Ela disse com ar arrogante.

– Oi. – Ele respondeu.

– Que é?

– Eu não sabia que ele vinha.

– Eu também não. E eu to voltando pra Lastdille junto com ele.

– Você o que? – Ela berrou e todo mundo olhou pra gente.

– Só não faz escândalo, ok? Eu to subindo pra arrumar minhas coisas. – Peguei na mão do Derek e fui arrumar minha mala.

– Tenho que te contar uma coisa. – Ele disse enquanto me ajudava a colocar minhas roupas na mala.

– Sobre?

– O filho da Ellen. – Parei e olhei pra ele. – Não é meu.

– É sério isso?

– Peguei ela falando com uma das amiguinhas dela sobre isso. Ela inventou que era meu só pra eu ficar com ela. – Sorri fraco. – Bom, não tenho nada que me ligue a ela agora. – Sorri. – O que é isso? – Ele disse pegando a caixa com o perfume que eu comprei pra ele.

– Seu presente.

– Jura? – Ri fraco.

– Juro. – Ele abriu.

– Uau. Um Dolce & Gabbana. Obrigado, amor. – Ele disse e me selou. – Seu presente tá... – Ele coçou a nuca. – É...

– Tá na loja? – Ele me olhou apreensivo e eu ri fraco de novo. – Relaxa. Você cruzou o oceano só pra ver! Já é presente o suficiente. – Ele pareceu aliviado e me selou de novo. Terminamos de arrumar tudo que eu ia precisar e descemos.

– Você não pode tá falando sério. – Minha mãe disse.

– Você que deve tá de brincadeira com a minha cara. Me obrigou a passar o Natal com você e nem se quer olhou na minha cara hoje. Alias, eu só te vi no dia que cheguei e agora. Então eu realmente espero que você não me impeça de voltar pra lá! – Disse e fui pra cozinha. Dei tchau pra Margo, peguei as cenouras e saí com o Derek. Greg se ofereceu pra levar a gente até o aeroporto e aceitamos.

– Tchau, Greg. E obrigada pela carona. – Disse quando chegamos lá.

– De nada, Lily.

Achei uma injustiça eles do aeroporto não me deixarem levar o buque de cenouras. Mas enfim, chegamos em Lastdille tava clareando. Decidimos ir pra casa do meu pai. A lâmpada da cozinha tava acesa. Toquei a campainha e meu pai abriu a porta. Sorri de canto e ele me abraçou.

– Como que...? – Ele parecia encontrar palavras.

– O Derek foi me buscar.

– Olá, senhor Montes.

– Oi, garoto. E obrigado. – Derek sorriu envergonhado. – Entrem, vocês devem tá cansados. – E realmente estávamos. Entramos, comemos conversando um pouco com o meu pai e subimos pro meu quarto. Assim que deitamos na cama, dormimos.

– Lily? Eu vou almoçar com a minha mãe, minha vó e tals... Quer ir? – Derek perguntou me acordando.

– Aham. – Levantei e fui me arrumar. Coloquei um vestido com um sobretudo por cima e desci.

– Pai? A gente vai almoçar na casa do Derek. Mas eu venho pra janta ok? – Ele assentiu e saímos. Entramos no carro. Já tínhamos saído a uns 10 minutos de casa e o Derek começou a rir.

– Tá rindo de que?

– Tá nervosa? – Ele perguntou e eu me fiz de desentendida. Tipo, a família inteira dele vai tá lá! Entendem?

– Não. Pra que eu ia tá nervosa?

– Relaxa. – Ele disse e pegou na minha mão ainda dirigindo. Logo chegamos à casa da vó dele. E pelo jeito, tinha muita gente. Saímos do carro e ele abriu a porta da casa. Logo a mãe dele nos viu e veio até nós.

– Oi filho. E oi Lily. Não sabia que vinha. – Ela disse sorrindo e surpresa pra mim. Sorri de volta.

– Oi senhora Peterson. E na verdade, nem eu. – Disse rindo fraco e ela riu junto. Derek deu um beijo na bochecha dela.

– Vou deixar vocês a vontade. – Ela disse indo pra outro lugar. Olhei em volta. Tinha uma guria, mais ou menos da nossa idade quase me fuzilando. Hm. Ele pegou na minha mão e me guiou até a cozinha.

– Oi vovó.

– Oi querido. E oi, Lily! – Ela disse sorrindo.

– Oi. – Disse e sorri também.

– Vocês tão com fome?

– Não, vó. Mas vocês já almoçaram? – Ele disse pegando um morango de dentro de uma bacia.

– Ainda não. E tira a mão daí, garoto! – Ele riu. A tal menina que tava me fuzilando na hora que a gente chegou, entrou na cozinha.

– Pensei que não ia vim, Derek. – Ela disse encostando-se ao balcão. – Por que não veio ontem?

– Fui buscar a Lily, minha namorada. – Ele disse e apontou pra mim. – Essa é minha prima, Candice. – Ele disse pra mim.

– Oi. – Falei e ela me deu um sorriso falso. Hm.

– Só faltou você ontem. – Ela continuou dizendo. – Seu presente tá lá em cima junto com as minhas coisas.

– Não precisava comprar alguma coisa pra mim. – Ela deu de ombros. – Esse ano só comprei presente pra minha mãe e olha lá.

– Ah, é. Esqueci que a vó me disse que você foi pra Londres. – Ela disse revirando os olhos e ele não falou nada.

– Crianças, me ajudem a colocar a mesa? – A tal da Candice saiu de fininho e sobrou pra mim e pro Derek. Peguei os pratos e os talheres, e ele as comidas e levamos pra mesa.

– Acho que ela não vai com a minha cara.

– Quem?

– Tua prima. – Ele deu de ombros. Olhei pra ele com os olhos semicerrados.

– Vocês já ficaram?

– Tá louca?

– Ela é sua prima, não sua irmã.

– Namoro de infância, serve? – Ele disse revirando os olhos.

– Tá irritadinho? – Disse provocando ele.

– Não começa, Lily. – Ri alto.

– Relaxa. Mas parece que ela gosta de você ainda. – Ele fez uma careta. – Ela não é feia.

– Mas é chata pra caralho. E eu percebi que ela não gostou de você. – Terminamos de arrumar e ele foi avisar a vó dele. Sentamos todos a mesa e começamos a comer. Algumas pessoas olharam pra mim, mas acho que já sabiam quem eu era, porque não falaram nada.

– Sua mãe não reclamou de você não passar o dia lá hoje? – A mãe do Derek perguntou pra mim.

– Um pouco. Mas todo ano ela passa comigo.

– Se um dia eu cogitar passar o Natal com outra pessoa a não ser meu pai, acho nunca vou me perdoar. – A Candice disse e a mesa toda olhou pra ela. Arqueei uma sobrancelha.

– Sua vida com certeza é diferente da minha. – Disse.

– Que eu prefiro meus pais a qualquer pessoa?

– Candice! – Uma mulher do lado dela disse. Abri minha boca pra falar algo, mas desisti. Não valia a pena. A guria ficou quieta o resto do almoço e eu também. Todo mundo terminou de comer e eu ajudei a levarem as coisas pra cozinha.

– Não se preocupe com a Candice, querida. Ela sempre teve implicância com as namoradas do Derek. Não é nada pessoal.

– Tudo bem, senhora Peterson.

– Mas se ela falar mais alguma coisa pode me falar. – Sorri sem mostrar os dentes. – Ela é toda metidinha. Vive dando palpite na vida da minha irmã, e olha que nem filha dela ela é.

– Como assim ela não é filha dela?

– Ela é enteada. Digamos que ela só é da família porque minha irmã é casada com o pai dela. – Ah, bom saber.

– Achei que ela e o Derek fossem primos.

– Eles se consideram. Mas de sangue, não são. – Hm. – Eu vou ajudar minha mãe. Se quiser ir pra sala, tudo bem. – Ela disse e eu fui pra lá. Derek tava conversando com a Candice. Mordi a parte de dentro da bochecha e sentei no meio deles.

– Tava ajudando sua mãe a levar as coisas na cozinha.

– Desse jeito ela vai achar você a menina perfeita. – Sorri e ele me deu um selinho.

– Acho que a tia vai achar forçado, isso sim. – Ela disse e eu arqueei uma sobrancelha. Mas ignorei.

– Bom, eu almocei aqui. Você podia jantar lá em casa né?

– Vou sim.

– O que é isso? – Perguntei quando vi que ele segurava uma caixa.

– É o presente que a Candice me deu.

– Hm. Posso ver? – Ele me entregou. Era um perfume. Um Ferrari Black. Não falei nada. Só devolvi a caixa pra ele.

– Cheirou? É bom né? - Ele disse passando um pouco no pulso e me dando pra cheirar.

– É. – Disse seca.

– Olha. O cheiro é viciante. – Ele tá me testando? Dei um sorriso forçado e ele não falou mais nada. To impressionada. Ele percebeu!

– Vou embora só depois do ano novo. – Quem te perguntou? Sim, foi a coisinha que disse.

– Não vou tá aqui no ano novo. – Derek disse.

– Vai pra onde?

– Nova Iorque.

– Sério que é pra Nova Iorque?! – Perguntei surpresa pra ele.

– Não te contei? – Fiz que não com a cabeça. – Eu esqueci. – Ele riu fraco.

– Queria tanto passar o ano novo lá... – Candice disse de cabeça baixa e deu um suspiro. Só eu entendi isso como uma indireta? Olhei pro Derek com cara de quem quer dizer “se você convidar ela pra ir com a gente, vamos ter uma conversa nada agradável”.

– Quem sabe você não vai ano que vem? – Disse e ela me olhou com cara de tédio.

– Mas esse ano vai ser inesquecível!

– Todo ano é igual o ano novo lá em Nova Iorque. – Disse e ela se calou. Laura chegou e sentou do meu lado. Candice revirou os olhos e saiu dali. Ótimo.

– Fiquei com saudade de você. – Ela disse pra mim e afundou a cabeça no meu pescoço com vergonha. Ri.

– Awn. Eu também fiquei morrendo de saudade de você, pequena. – Disse e fiz cosquinha na barriga dela. Parei e ela começou a fazer cosquinha em mim também. Eu parecia uma hiena de tanto que ria. Segurei de leve nos bracinhos dela e sussurrei no seu ouvido.

– Mexe no cabelo do Derek. – Sabia que ele odiava isso. E assim ela fez. Ele quase teve um ataque!

– Ah é, sua pestinha. Vem aqui. – Ele pegou ela no colo e saiu correndo com ela pela casa. Ficou os dois berrando pela casa e o Derek correndo com ela no colo. Fui atrás dos dois e vi eles deitados no quintal.

– Cansaram? – Perguntei me sentando do lado deles e a Laura veio sentar no meu colo.

– Eu to mega cansado.

– Tia, o Derek tá ficando velho. – Laura disse e eu ri.

– Tá rindo de que, tia? – Ele disse e riu de mim. Passamos o resto da tarde rindo e brincando com a Laurinha. Chegou a noite, eu tava exausta!

Fomos pra casa e eu fui tomar banho. Iríamos jantar com o meu pai. Coloquei um outro vestido e desci.

– Oi pai. – Disse dando um beijo na bochecha dele e ele sorriu. – Oi Ryan. – Disse e o abracei. Não tinha visto ele ainda.

– Oi! – Ele disse me dando um abraço de urso. Derek já devia tá chegando. Ele ia em casa tomar banho e trocar de roupa e depois vinha pra cá. A campainha tocou e era óbvio que era ele. Fui lá abrir a porta sorrindo e quando abri meu sorriso sumiu.


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Notas finais do capítulo

Eu amo aquele gif, então resolvi colocar kkkk Xoxo :3



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