All I Want Is You escrita por Carol Munaro


Capítulo 18
Conhecendo a mãe


Notas iniciais do capítulo

ooi :3 Boa leitura :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/293895/chapter/18

A porta abriu fazendo um barulho maior que o normal e o Zac olhou pra lá. A pessoa, que eu não consegui ver quem era porque ele tava na minha frente, pegou o Zac pelo pescoço e o jogou do outro lado da quadra. Era o Ryan. Ele começou a socar a cara do Zac. E eu não conseguia me mover. Eu paralisei. O Zac já tava inconsciente e o Ryan continuava batendo nele. Corri até lá.

- Para, Ryan. – Ele não me ouviu. Segurei o braço dele. – Para. Ele não tá mais consciente. – Ele parou e veio até mim, me abraçando. Encostei a minha cabeça no peitoral dele e chorei mais ainda.

- Calma. Tá tudo bem agora. – Ele dizia pra mim. – Vem, vamos sair daqui. – A gente tava saindo da quadra quando a diretora chega.

- O que tá acontecendo aqui? Vocês sabiam que tem cameras na quadra né? – Ela perguntou pra nós dois nos parando na entrada da quadra. Ele olhou pra trás e viu o Zac jogado no chão. Ela arregalou os olhos e foi até ele. Ela parecia checar se ele tava respirando. – Vem garoto. Me ajuda a levá-lo pra enfermaria. – O Ryan riu irônico e ela continuou olhando pra ele. Ele foi até lá e passou um braço do Zac pelo seu pescoço e foi quase o arrastando. Eles foram em direção a enfermaria e eu fui atrás. Ryan deixou Zac numa maca e a diretora pediu que nós dois seguíssemos ela. Ela nos levou pra sala dela e pediu pra gente entrar. Assim fizemos.

- Vocês podem me dizer o que aconteceu lá? – Eu fiquei muda.

- Minha irmã tinha sumido, então eu fui procurar ela. Achei ela na quadra com ele quase abusando dela.

- Aí o senhor resolveu quase matar o garoto? – Calada eu tava e calada fiquei.

- Desculpa, mas acho que a senhora não me ouviu.

- Entendo você, garoto. Mas não é assim que resolvemos as coisas.

- E eu ia fazer o que? Pedir pra ele “por favor, saia de cima dela”? - Ele disse irritado.

- Pode sair da sala. – Ela disse pra mim e assim fiz. Sentei no sofá que tinha do lado de fora e a secretária ficou olhando pra mim. Meu celular apitou.

“Onde você tá? To preocupado contigo. Ryan foi te procurar e ainda não voltou também...”

Era o Derek.

“To bem. To com o Ryan.”

Só respondi isso. Pude ouvir o sinal anunciando o fim do intervalo, mas não me movi. Podia ouvir os berros do Ryan e da diretora lá de fora. Um tempo depois, os berros cessaram. Tentei olhar pela parte de vidro da porta o que acontecia lá dentro. Vi ela fazendo uma ligação e ele sentado em frente à mesa dela. O silencio permaneceu durante um bom tempo. Uns 20 minutos depois, meu pai entrou na secretária.

- Você tá bem? – Ele perguntou quando olhou pra mim. Minha cara e meus olhos deviam estar vermelhos de tanto que chorei.

- Agora to. – A porta da sala abriu e a diretora pediu pro meu pai entrar. Eu fiquei lá fora ainda. Agora meu pai tava discutindo com a diretora. Bacana. A porta abriu e eles saíram.

- Vamos. – Meu disse e eu levantei. Fomos em direção ao carro em silencio. A gente já tava na metade do caminho quando resolvi perguntar.

- O que aconteceu lá dentro?

- Peguei 1 dia de suspensão por discutir com ela. – Não falei mais nada durante o caminho todo e eles também não. Cheguei em casa e fui direto pro meu quarto. Tomei banho e fiquei deitada na cama assistindo TV. Alguém bateu na porta e eu pedi pra entrar. Era meu pai.

- Tá tudo bem? – Ele perguntou e eu assenti. Ele sentou do meu lado na minha cama. – Eu denunciei ele. – Olhei pra ele. – Os policiais vão passar aqui amanhã de tarde pra você dar depoimento.

- Ok.

- Ah, o Derek tá te esperando lá em baixo. – Ele disse antes de sair. Sorri e desci junto com ele. Cheguei lá embaixo e ele me abraçou, me dando um selinho em seguida.

- Ryan me falou. – Não falei nada. – Tá com fome? – Ele perguntou vendo que eu não queria falar sobre o assunto.

- To. – Fomos pra cozinha e almoçamos em silencio.

- Quer sair hoje? – Ele perguntou pegando meu prato e colocando na pia.

- Quero ficar em casa hoje.

- Ok. – Fomos pra sala e ele colocou um filme qualquer. Coloquei a cabeça no seu colo e ele ficou fazendo carinho nos meus cabelos. O telefone dele tocou depois de um tempo e ele atendeu.

- Ah, oi. – Pausa. – Agora? – Pausa. – Tudo bem, então. To passando aí. – Pausa. – Também te amo. – Ele riu fraco e desligou.

“Também te amo”. Hm.

- Lily, vou ter que ir.

- Tudo bem. – Disse tentando não demonstrar meu ciúmes.

- Quer vir comigo?

- To bem aqui. – Ele me olhou confuso.

- Tem certeza? – Levantei e peguei meu celular.

- Vamos, então? – Ele sorriu e entramos no carro. – Derek, quem era no telefone? – Ele me olhou.

- Minha mãe. Por quê? – Ri internamente. Eu fiquei com ciúmes da mãe dele.

- Nada não. Onde a gente tá indo?

- Na minha casa. Minha mãe pediu pra eu deixar uma caixa na minha vó. – Eu vou conhecer a mãe dele? Só de pensar nisso minhas mãos já começaram a soar. Chegamos na casa. Ele entrou e deu passagem pra eu entrar também.

- Onde tá? – Ele berrou depois que entramos.

- Aqui ó. – Uma mulher um pouco mais alta que eu e que mais parecia a irmã do Derek, do que mãe, falou entregando uma caixa pra ele. Ela me olhou e depois olhou pra ele.

- Ah, essa aqui é a Lily, irmã do Ryan. Essa é minha mãe. – Sorri e ela sorriu de volta.

- Oi. – Ela me disse.

- Oi. – Respondi.

- Sabe se meu pai vai tá em casa esse final de semana? – Derek perguntou.

- Não. Ele não ligou ainda. – Ele assentiu.

- Depois eu ligo pra ele. Tchau mãe. – Ele deu um beijo na bochecha dela.

- Tchau filho. E tchau, Lily.

- Tchau. – Disse e saímos.

- Acho que ela gostou de você. – Ele disse quando entramos no carro.

- Será?

- Claro. Quem não gosta de você? – Ele disse sorrindo e olhando pra mim. Sorri de volta. – A gente só vai passar na minha vó pra deixar isso e a gente já volta ok? – Assenti. Chegamos na casa da vó dele. Ele mal tinha aberto a porta e veio um ser pequenino agarrando a perna dele.

- Meu Deus. To sendo atacado! – Ele disse e a criança riu. – A vovó tá em casa?

- Tá na cozinha. – A menininha falou. – Quem é ela? É sua namorada? – Ele riu e se abaixou ficando do tamanho dela.

- Não. É uma amiga minha. Ainda. – Ele disse baixo o “ainda” pra ela, mas mesmo assim eu ouvi. – O nome dela é Lily. Essa é minha prima, Laura.

- Oi. – Disse pra ela, que afundou o rosto no pescoço dele com vergonha. Derek riu e eu ri junto.

- Vem. – Ele disse me puxando pela mão e entramos na cozinha da casa. – Vó?

- Oi querido. – Uma senhora se virou e abraçou ele. – Quem é essa moça bonita? – Sorri.

- Obrigada. Sou a Lily.

- Ela é minha amiga. Irmã do Ryan.

- Hm. Amiga... sei. – Ela disse e eu corei na hora. – Relaxe, querida. Eu só estou brincando. – Ela disse depois de ver minha cara mais vermelha que um pimentão e sorriu.

- Tudo bem.

- Minha mãe pediu pra eu te entregar. – Ele apontou pra caixa em cima da mesa da cozinha.

- Ah sim. São os enfeites de Natal que eu pedi pra ela separar pra mim.

- Vai ser aqui esse ano?

- Vai. Se quiser, pode vir. – Ela disse olhando pra mim.

- Ah, obrigada. Mas acho que vou passar com o meu pai mesmo. – Ela assentiu.

- To indo, vó. – Ele deu um beijo no rosto dela.

- Mas já? Come alguma coisa.

- Tem cookie?

- Com a sua prima morando aqui, sempre tem. – Ele sentou em frente a mesa e eu sentei do seu lado. A vó dele saiu da cozinha e ficamos só nós dois.

- Vai passar o Natal com o seu pai mesmo?

- Não sei. Minha mãe tá me obrigando a passar com ela.

- Ela não pode obrigar você.

- Ela tem a minha guarda.

- Mas você não tem nem direito de escolha?

- Não.

- E o ano novo?

- Não sei. – Ele me puxou e me deu um beijo na bochecha. Ouvi um gritinho e depois vi a Laura correndo pro lado do Derek.

- Mamãe me deu uma Barbie nova. – Ela disse mostrando pra ele.

- Você é mais bonita que ela. – Ele disse. Ela sussurrou algo no ouvido dele e ele olhou pra ela. – Depois, pequena.

- Por que depois? – Ela disse fazendo bico

- Porque a gente vai comer agora.

- Mas eu não to com fome. – Ele virou pra mim.

- Ela quer que você brinque de Barbie com ela.

- Tudo bem. – Disse e ele me olhou surpreso.

- Daqui a pouco a gente vai embora.

- Relaxa. – Laura sorriu e me puxou pra sala. Fiquei brincando com ela durante um tempo e a vó dele chamou a gente pra comer. Depois disso, fomos embora.

- Minha prima adorou você! Acredite, ele não deixar ninguém tocar nas Barbie’s dela. – Sorri.

- Ela é uma fofa!

- Não sabia que você se dava tão bem com crianças.

- Não mais que você, pelo o que eu vi. – Ele sorriu e continuou dirigindo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, depois eu respondo os reviews. Vou ter que sair agora. Xoxo :3 :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "All I Want Is You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.