Depois de mais ou menos quinze dias...

Lá estavam Linn e Luka, as duas, em frente a uma escola de ciências surreais, ou mais simplesmente, a ciência que estuda coisas surreais. Raças, por exemplo. Se localizava na Itália também, mas Linn não ficou tão feliz em saber que sairia de Florença, para ir a Veneza.

– Luka? Tenho mesmo que ir?

– Sim, isso vai ser bom, tanto para você, tanto para mim, tanto para o Kurt, que já chegou. - Luka respondeu, mirando nos olhos azuis de Linn, e logo se lembrou. - Oh, preciso tirar minhas lentes, não vou usá-las mais.

– Hã? Você usa lentes? Já não basta ter um cabelo rosa por natureza, e agora você não tem mais olhos castanhos? - Disse Linn, observando a amiga tirar as lentes e jogá-las fora.

– É, digamos que eu... Não sou quem você acha que eu sou, de verdade. - Luka respondeu, e elas caminharam a porta, e Linn perguntou:

– Então, como é sua verdadeira aparência?

– Na realidade, tenho olhos cinzas, como você pode ver, pele muito mais pálida do que está agora, cabelo rosa, tenho umas tatuagens no corpo, mas também são de natureza. Não tenho muito a revelar sobre mim, eu também não conheço meus pais.

– Ah, e eu? Tenho algo a declarar?

– Acho que não, já sei muito sobre você.

– Ok, vamos lá. - Disse Linn, decidida.

Olharam, e perceberam que haviam dois prédios, que tinham cinco andares, e ambos eram gigantes. Então adentraram o primeiro, que por ser um lugar onde se estudavam ciências surreais, – que, naquele lugar, eram reais, - elas, começaram a ver bem que o lugar já dizia tudo. Elas viram um livro voar até seu dono, depois viram uma moto voar com um menino emcima. "Muito real isso." Pensara Linn.

– Esse lugar é uma loucura!

– Com certeza! - Disse a Luka, admirada.

Elas, então, andaram até a sala do diretor, Sr. Bulop, Marchanze Bulop, "Que nome!" Pensou novamente, a garota de cabelos laranjas. Ele as pediu que sentassem, e começou:

– Minhas caras, espero não ter as assustado com o ritmo da escola! Mas, acho que vocês vão se adaptar, e não precisam de minhas instruções, só tem de entrar nos seus quartos, que são esses. - Disse o Sr. Bulop, dando um cartão pequeno a Luka, e outro igual a Linn, eles diziam onde eram os quartos, e quais eram os números deles. As duas foram ao segundo prédio. E foram ao 2º andar. Encontraram seus quartos, e Linn bateu na porta, e, tendo uma surpresa, uma menina, totalmente diferente dela, – muito bonita, - abriu.

– Oi, sou Linn Heartless, e você é...? - Disse Linn, se perguntando... "De que raça ela é? Ela é linda!"

– Prazer Linn, sou a Giullia, Giullia Chan. Entre. - Disse Giullia, dando espaço para que Linn passasse. Linn entrou, e encostou sua mala num canto do quarto. - Suponho que você não saiba minha raça, né?

– É, você é muito linda! Mas é de que raça?

– Sou uma... Descendente de sereias, mas não creio que eu seja bonita. Mas e você? Sabe sua raça?

– Creio que eu seja um adolescente normal. Mas, ser descendente de sereias explica essa marca no seu rosto, não? E também, a cor vermelha de seus cabelos. - Perguntou Linn, apontando para uma marquinha no rosto de Giullia, essa marca era uma flor vermelha.

– É, isso explica a marca no rosto e a cor de meus cabelos. E creio que você não é normal, olhe a cor de algumas de suas mechas! São brancas, e as outras são laranjas! E, isso te faz muito bonita! - Disse a Giullia, e isso fez Linn se sentir melhor. Depois, elas se ajudaram na hora de arrumarem o quarto, e Giullia quis mostrar a escola a Linn, ela aceitou, e ambas foram dar uma volta.

No caminho, Giullia se separou de Linn, pois ela queria voltar para seu quarto e dormir um pouco, e Giullia acabou tombando com um menino, e ambos caíram.

– Oh, me desculpe! - Disse o garoto, que mais parecia um daqueles deuses gregos, e deveria ser mesmo.