Maidens Fear Evil escrita por Carolina


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Os capítulos não vão ter titulo por preguiça minha. O capitulo tá muuuuuuuuuito curto mas foi o que deu pra escrever. Beijos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/293649/chapter/1

Luísa Adams

http://weheartit.com/entry/43671265/via/RS_directioner

Olhos claros, cabelos escuros. Não é sempre que uma garota assim nasce nesse mundo. Luísa tinha tudo o que sempre sonhou. Menos amigos. Seus pais sofreram um acidente de carro e seus outros parentes não tinham condições de ficar com ela. Foi então mandada ao orfanato dos Kieffer. Vivia uma vida precária, sem direito a tocar no seu dinheiro, que até então era roubado pela sua família. Mas ela pouco se importava. Por que pela primeira vez tinha uma amiga na vida.

Gabriela Zanetti Piece

http://weheartit.com/entry/41726426/via/RS_directioner

Foi abandonada quando pequena no orfanato dos Kieffer e nunca soube sobre a sua família. Gabriela, assim como Luísa, amava famílias reais e todas as historias do gênero. Foram assim que se conheceram. Sonhava com que um belo dia ela acordasse com o cheiro das lavandas dentro do palácio.

Narrador

“Na ionização dos átomos...”

      Segunda-feira, dois períodos de física. Gabriela olhava para os lados, alguns dormiam, outros conversavam, mas raros prestavam atenção. Ela era uma dessas que não fazia nada, pegou seu caderno e começou a imaginar seu mundo feliz. Séculos passados, roupas da época e casamentos arranjados. Nada daquelas coisas de hoje em dia como usar roupa curta e escutar funk. O velho professor pouco se importava com o que os alunos faziam. Colégio público era uma merda. Ainda bem que esse professor era um pouquinho legal. Gabriela pegou os fones de ouvido calmamente e se deitou sobre a mesa. Suspirou de alívio por que o professor não reclamou e então fechou os olhos.

Lustres gigantes, mesas cheias e pessoas dançando. Luiza, sua melhor amiga, dançava lentamente com um conde. Isso fez lembrar-se do seu livro predileto. Ela continuou andando pelo palácio tentando decifrar o que fazia ali, Luiza parecia da realeza com aquele vestido. E ela estava vestida como uma camponesa, ela parecia que trabalhava ali e não que era dona do baile. Uma mulher começou a gritar com ela “Vamos Lella, acorde para a vida, você tem mais o que fazer do que ficar aí babando pelo seu príncipe de contos de fadas”.

      Gabriela deu um pulo. Luiza havia tirado seus fones e estava gritando com ela como a mulher gritava. Ela olhou no relógio, 13h46min. Pulou da cadeira fazendo o maior barulho e pegou a mão da sua amiga foi então que começaram a correr. Ela estava atrasada, iriam matá-la por isso. Depois de se despedir da Luiza, Gabriela correu novamente, dessa vez até a casa bege caindo aos pedaços. Dava pra acreditar que era uma casa do século passado? Ela já tinha explorado todos os cantos daquela casa e todos lá, achavam-na maluca.

      - Zanetti. Onde a senhorita estava?

      Ela parou de correr assim que repreenderam a atenção a ela na frente da casa.

- Desculpe senhor Kieffer. Acabei dormindo nos últimos períodos e perdi a hora.

- O almoço terminou à uma hora mocinha, peça para a Morgana alguma fruta, assim você agüentará até a noite.

Gabriela assentiu e quando ai se retirar o senhor lhe deu mais um aviso.

      - Ah, antes que eu me esqueça, um senhor virá essa noite no orfanato, então trate de tomar um banho e se comportar.

Por que ele falou isso? Pensava Lella. Pouco ela se importava com o que o Kieffer falava. Já existiram no mundo senhores mais legais. Ela queria ver a Luiza, mas essa hora as meninas não podiam se encontrar, regras idiotas. Gabriela escutou dois garotos conversando enquanto ia até seu quarto.

        - É, parece que o velho não quer adotar.

     - É uma pena, queria sair logo daqui. Você tem sorte por estar quase completando 18 anos.

- Escute o que estou lhe dizendo, você saíra antes de mim.

        - Ouvi dizer que o outro orfanato jantará aqui também.

        - Será que as meninas virão?

        - Se dependesse de nós o velho ficaria sozinho, não?

        Gabriela não sabia por que, mas ela queria escutar o que o velho tinha a dizer e o porquê de estar vindo. O resto do dia foi tediante para as duas. Elas botaram uma roupa simples e não muito chamativa e foram ao encontro de seus grupos. A dona do orfanato em que Luiza morava não parava de reclamar por que eles não poderiam dar vexame na frente dos outros como da ultima vez. Luiza imitava as caretas da velha que a pegou pela mão e ela teve que agüentar o resto do caminho seus xingões. Ela foi libertada assim que chegaram e se foi ao encontro de Gabriela, sentando ao seu lado. Minutos se passaram até que o velho entrou no salão.

- Boa noite jovens. – ninguém o respondeu, ele falou com os dois donos por um segundo e entrou no escritório. Pouco a pouco algumas crianças entravam e falavam com o senhor. Todas saiam pensativas de lá.

      - Gabriela Zanetti. – Kieffer a chamou. Ela levantou e sentou-se no escritório.

- Não gosta desse sobrenome não é mesmo? – Gabriela continuou quieta, estava com medo. – Vi seus desenhos, sempre sonhou com séculos passados?

        - Si... Sim senhor.

        - Sabe que não é difícil voltar alguns anos senhorita Piece?

     Ela arregalou os olhos por um tempo longo da conversa, sorria descaradamente. Aquele velho parecia do século passado. Ele era legal.

        - Então você aceita voltar atrás?

        - Só com uma condição. A Luiza vai junto.

       - Então a encontre lá. Mas ela não se lembrará de nada, ao contrário de você. Não conte a ninguém de lá que você não é daquele século e boa sorte.

      Gabriela mal conseguiu dormir naquela noite. Ela conseguiu o que sempre queria. Voltar ao século passado. Onde todos vivem em volta do luxo e de seus criados. Pregou os olhos pensando em uma maneira de começar a vida novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixem minhas reviews.