Gakuen Hetalia: Uma Nova Aventura escrita por Deusa Tsukihime


Capítulo 17
Revelações: Um triste passado


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meus queridos (as) leitores (as)!!!

Não tenho como me desculpar pela falta de atualização da Gakuen Hetalia, aconteceram tantas coisas que nem sei por onde começar...Uma notícia ruim é que perdi a minha beta Shakinha, sabem como é, né? Funcionário que não produz é mandado embora, enfim...Huahuahaha~ Por enquanto eu mesma vou revisando e atualizando os capítulos, vamos ver como eu me viro caçando algum beta mais disposto.

Enfim, espero que gostem desse capítulo que FINALMENTE, vai revelar o passados das três moças República Tcheca, Eslováquia e Sérvia...Boa leitura! :D



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-F-França... – Choramingava Sérvia, agora refém do francês – Não devemos fazer isso, aliás, não há motivo...

- Claro que tem motivo, mon amour, somos namorados! Precisamos nos reconciliar. – Dizia França dando beijos provocativos na moça de longos cabelos negros.

Assim que chegaram à hospedaria e entraram em um quarto, Sérvia se acalmou um pouco e ficou sentada na cama, França ao lado dela. O silêncio ficou pairando no local por algum tempo até que ele tomou a iniciativa da conversa.

- Eu já disse que eu te amo... – Comenta o francês acariciando o rosto da amada – E por falar nisso, que flores eram aquelas?

- Minhas flores! – Comenta Sérvia triste. As lindas flores que Alemanha lhe deu foram pisoteadas por França, assim que no abraço repentino, a moça deixou cair o buquê no chão. - F-Foram um presente...

- De quem? – Pergunta o francês com um tom desgostoso na voz. – Você está saindo com alguém? Você me traiu?

- Não seja ridículo, França! – Ela fica irritada para a surpresa do loiro francês. – Você queria que eu ficasse para sempre deprimida? Eu tenho amigos que se preocupam comigo, sabe? Amigos... Aliás, um amigo muito especial...

- Quem? – Indaga França e a moça o olhava ainda mais irritada.

- E você, o que andou fazendo na Academia? – Rebate Sérvia e França fica incomodado.

- N-Nada! Fiquei procurando você, docinho balcã, eu sofri muito longe de você, mas agora estamos juntos novamente. – Ele abraça Sérvia e a deitada delicadamente na cama, a moça sente o rosto queimar, queria sair dali, mas ainda sentia algo pelo França, ele tinha algo hipnotizador.

O francês por sinal sorria triunfante em ter Sérvia de novo para ele, sem muito esperar França começa a tirar as roupas dela e a tirar as próprias roupas, ele investia beijos e carinhos na moça que se encontrava apenas de peças íntimas. No momento mais alto do ato, Sérvia sente uma dor no peito e empurra França o assustando, ela se levanta e começa a se vestir.

- Mas, agora que ia começar a melhor parte, docinho, o que houve?

- Não estou passando bem, eu vou embora. – Ela comenta com uma voz rouca e fraca. – Não me siga, por favor, a gente conversa quando eu voltar para a Academia...

Foram suas últimas palavras antes de sair do quarto e deixar França para trás, ele estava frustrado, preocupado e irritado, algo deveria estar acontecendo para ela agir daquela maneira, Sérvia nunca negou uma noite com França, noite ou dia, ou quando ele quisesse toma-la para si.

- Obrigada meninos, foi um dia incrível! – Comenta Eslováquia se despedindo de América e China.

- Obrigada. – Era a vez de República Tcheca agradecer.

- A gente que agradece aru, foi divertido! – China sorri para as duas moças.

- Vocês estão certas em voltarem sozinhas, podemos acompanha-las. – Oferece América, mas as duas recusam educadamente.

- A gente se vê na Academia, amanhã eu estou lá.

Comenta República Tcheca e depois de mais um curto diálogo entre os quatro, América e China vão embora, deixando as duas meninas na entrada do parque que já estava fechando. Por fim, as duas decidem voltar para o apartamento do Prússia, estavam curiosas para saber como havia sido o passeio de Sérvia com Alemanha e para a surpresa das duas, logo que chegam ao apartamento, se deparam com ele vazio. Era estranho a amiga não ter voltado ainda.

Sérvia caminha sem rumo, até que decide sentar em um dos bancos de um parque próximo ao apartamento onde estava instalada com Eslováquia. A moça de cabelos negros longos estava entristecida e suspirava desiludida. Encontrar com França a deixou totalmente desestruturada se sentia péssima, sozinha e confusa.

- “Se eu ficasse mais tempo, teria cedido aos desejos do meu corpo... Mas, o engraçado foi o que veio em mim, me dando forças para sair daquele quarto.” – Pensava ela enquanto abraçava o próprio corpo, avantajando ainda mais os grandes seios que tinha. – “Escutei a voz do Alemanha me chamando...”.

O resto da semana passou rapidamente, mas foi o suficiente para Eslováquia e Sérvia arrumarem todas as suas coisas para voltarem para a Academia. Tanto o Pâtissier, chefe de Sérvia e as diretoras da creche em que Eslováquia trabalhou, ficaram sentidos com a saída de suas funcionárias de meio período, mas fizeram uma festa de despedida e deixaram as portas abertas para quando elas quisessem voltar. Aquela era uma bonita manhã de sol, uma segunda-feira quente.

- Duas semanas são longas demais. Parece que fiquei quase um ano sem vir aqui. – Comenta Eslováquia caminhando pelo campus da Academia acompanhada de Sérvia.

- Verdade, tanta coisa aconteceu, não é?

Sérvia dizia calmamente e Eslováquia concordava, quando as duas chegaram ao hall do prédio principal da academia, tiveram a surpresa de ver algumas pessoas esperando por elas: República Tcheca, Prússia, China, América, Alemanha, Itália e Japão.

- Bem-vindas de volta! – Todos dizem em coro e se aproximam das duas moças, deixando-as envergonhadas. Prússia é o primeiro a tomar a iniciativa e dá um abraço apertado em Eslováquia, ele gostava da moça, achava que em nível de intelecto ela era a única que batia com ele.

- P-Prússia... – Eslováquia fica sem graça pela demonstração de afeto do rapaz. – Obrigada, por tudo.

Sérvia é abraçada por Itália que a carrega e a gira rapidamente, causando protestos do Alemanha. O italiano então solta a moça e espera Prússia soltar Eslováquia para abraça-la também.

- Estou de volta, Alemanha. – Sérvia sorri.

- Bem-vinda de volta, Sérvia. – Responde Alemanha olhando-a fixamente. Itália olha aquela cena e sorri, os olhos de seu amigo alemão estavam brilhando.

- Muito bem, agora vamos ajudar a levar suas coisas! – América chama a atenção de todos para si e começa a carregar todas as bagagens das duas moças. – Eu sou o herói, isso é fácil para mim!

- Obrigada América! – Agradecem Eslováquia e Sérvia.

- Espero que estejam preparadas, as provas começam hoje. – Comenta República Tcheca. – É bom que tenham estudado, nem que seja um pouco!

- Fizemos nosso possível, irmãzona... – Eslováquia sorri confiante.

- Iremos dar o apoio necessário, Sérvia-san.

- Obrigada Japão! – Agradece Sérvia.

Não demorou para todos chegarem ao dormitório feminino e deixarem as moças ali, o tempo estava apertado e os meninos seguem para as aulas. Eslováquia e Sérvia de forma rápida deixam suas coisas nos respectivos quartos e seguem junto com República Tcheca para a aula.

O dia inteiro seria de provas, os alunos da Academia estavam agitados, alguns nervosos e outros tranquilos. A primeira parte das provas havia terminado antes do almoço e no caminho para o refeitório os alunos comentavam de seus desempenhos, mas o assunto principal era o concerto que o clube de música apresentaria no dia seguinte, era um evento tradicional da Academia e todos apreciavam muito.

- Viu quem voltou, Áustria? – Comenta Prússia.

- Sim...

- Já foi cumprimenta-la?

- Não, Prússia. E deixe de ser intrometer na minha vida. – O austríaco se levanta da mesa e segue para uma outra vazia. Daquela mesa ele tinha uma visão próxima de Eslováquia que se sentava com as amigas, ela estava ainda mais bonita do que o normal, pensava Áustria. O músico ainda não sabia o que realmente sentia por ela, mas não negava que sentiu falta da companhia dela, desde o dia que romperam o relacionamento de faz de conta.

Outra pessoa que estava observando as três moças era Rússia, finalmente elas estavam juntas de novo, ele esperava que Tcheca houvesse comentando com as outras duas sobre a conversa que tiveram, era claro que não havia opção para elas a não ser ficarem ao lado dele. Observando Rússia estava Inglaterra, ele ainda não tinha tido coragem para ir falar com República Tcheca, ele se perguntava quando Alemanha e ele dariam início ao restante das investigações, o que o inglês dividiu com o alemão já foi de grande ajuda, mas ainda faltavam detalhes mais específicos.

- Preciso conversar com o Alemanha e desenrolar isso de uma vez... – Fala Inglaterra se levantando da mesa e América e China o olham sem entender, será que o inglês estava falando com seus amigos imaginários de novo?

- Eslováquia, como se sente para a apresentação de amanhã? – Pergunta Sérvia.

- Estou um pouco nervosa...

- Nada disso, você vai se sair bem. – Diz a irmã de Eslováquia. – Será que ainda está pensando no Áustria?

- Um pouco... Só o vi de longe hoje e vice versa, ele não veio falar comigo desde aquele dia. – Eslováquia tinha na voz um tom triste. – Mas, é minha culpa também, não é?

- Ele é um estúpido. – Reclama República Tcheca e Sérvia tenta acalmar a amiga. Essa também estava preocupada em como agir quando encontrasse com França. Já República Tcheca pensava em Inglaterra.

As provas retomaram nos horários das aulas, as provas do período da tarde estavam acabando e Alemanha esperava Inglaterra na porta da sala onde se aplicava a prova de Comércio Exterior. Não demora muito para o inglês aparecer.

- Foi bem na prova? – Pergunta Alemanha.

- Eu achei bem chata, mas fui bem... Mas, vamos ao que interessa. – Inglaterra estava sério. – É hoje que iremos nos encontrar com a Ucrânia?

- Sim, ela está na aula do clube de Culinária. A prova do clube é fazer um prato original. – Comenta Alemanha entendido do assunto.

- Você tá sabendo muito, Alemanha. – Comenta Inglaterra desconfiado, mal sabia o inglês que o conhecimento de Alemanha vinha de seu amor para com Sérvia. Ele sabia todos os horários da moça.

Isso mesmo, amor, Alemanha descobriu seus sentimentos depois do piquenique que fizeram juntos. O alemão chegou desnorteado na Academia e foi falar com Itália e Japão que explicaram para ele o que realmente estava acontecendo, o loiro fica impressionado com o conhecimento de Itália e de Japão sobre o assunto, principalmente Japão, Alemanha não sabia que ele gostava de Taiwan.

- Enfim, vamos indo Inglaterra. – Chama Alemanha e o inglês concorda, pelo caminho eles encontram Áustria, ele terminava de sair da sala de música.

- Ah, não podia ser melhor! – Comemora Inglaterra. – Vamos Áustria!

- Perdão? – O austríaco olha sem entender. – Ir aonde?

- Vamos procurar a Ucrânia e pedir informações sobre a Tcheca. Venha com a gente, iremos saber sobre o passado de Eslováquia também.

- Inglaterra, eu não acho que isso é certo. – Comenta Áustria ajeitando seus óculos. – Vão sem mim e... Por que o Alemanha está indo junto?

- ... – Alemanha fica constrangido e Áustria logo pega a intenção do alemão. – Entendo, bom, divirtam-se.

- Como assim, Áustria! Ela é sua namorada não é? Você vem com a gente sim! – Inglaterra puxa o pianista pelo braço e isso causa muitos protestos por parte dele.

Parecia que tudo conspirava a favor de Alemanha, Inglaterra e um revoltado Áustria. Assim que chegaram a sala do clube de culinária, Ucrânia estava saindo dele, por sorte, nota Alemanha, parecia que Sérvia já havia saído.

- Alemanha, Inglaterra e Áustria! – Ucrânia se surpreende. – Que trio incomum.

- Ucrânia, desculpe incomodar você, mas, poderia nos acompanhar para uma conversa? – Pede Alemanha e a moça sorri.

- Imagino qual seja o motivo, não que eu ache certo... Mas irei ajudar vocês. – Responde.

Os quatro então caminham até a biblioteca daquele andar, era menos frequentada e não teriam a conversa interrompida. Ucrânia não tinha dito mais nenhuma palavra desde que saíram da sala de atividades culinárias, nem mesmo os três rapazes. Chegando a biblioteca, eles se sentam em uma mesa ao fundo.

- Ucrânia, vamos direto ao assunto. – Inglaterra toma a iniciativa. – Queremos saber sobre República Tcheca, Eslováquia e Sérvia. Bom, meus motivos e do Áustria são bem claros, já o Alemanha, bem, não sei.

- Entendo. – Sorri Ucrânia olhando para Alemanha, ele não precisou dizer nada para que a moça entendesse. – Não me importo em falar, mas estejam preparados para ouvirem tudo. E que seus sentimentos não mudem por elas, mesmo com o que irei contar agora, uma triste história que começou a muitos anos atrás...

Os rapazes se entreolham preocupados com as palavras de Ucrânia, o que será que houve no passado que poderia mudar os sentimentos deles?

- Houve uma época em que a Sérvia vivia em uma grande casa com os irmãos dela, tinham uma boa vida. Na mesma época, o Império Turco Otomano [1] tinha interesses em expandir sua casa, foi aí que ele armou contra a Sérvia. Turquia a enganou de forma cruel e quando ela percebeu, sua casa estava em guerra com o Turquia, foi uma batalha sem chances de vitória para a Sérvia e daí o Turquia a levou como espólio da batalha.[2]

Ucrânia toma um pouco de ar antes de continuar, mas as reações dos rapazes já eram visíveis, principalmente Alemanha que tinha os olhos bem abertos em surpresa.

- Segundo o que a Sérvia me contou, o Turquia tinha uma coleção de mulheres, todas espólios de guerra, consequência da expansão da casa dele. Há elas eram aplicados todas as perversidades possíveis. Em outras palavras, aquelas que o Turquia tinha interesse, tornavam suas escravas sexuais.

- C-Como... – Alemanha não acreditava nas palavras de Ucrânia, Inglaterra e Áustria também estavam surpresos. – Quer dizer que...

- Sabe Alemanha, foi bem difícil a Sérvia me contar isso. Houve uma vez que ela voltou ferida de uma das missões designadas pelo meu irmão, antes mesmo da chegada das irmãs Tchecoslováquia [3]. Eu cuidei dos ferimentos dela e nesse tempo ela me contou como a vida dela era melhor, desde que tinha encontrado o meu irmão. – Ucrânia suspira de forma triste, para uma pessoa que sofreu os abusos que Sérvia sofreu, ficar feliz em estar com Rússia era algo inacreditável.

- P-por favor, continue... – Alemanha estava um pouco trêmulo.

- Enfim, o Império Austríaco tentou tomar a casa da Sérvia por três vezes, mas não deu certo. Áustria nunca conheceu pessoalmente a Sérvia, mesmo que alguns fatos na história do Áustria [4] tenham acontecido no território da casa dela. – Ucrânia faz outra pausa antes de continuar. – O Turquia começou a perder força e suas escravas começaram a se libertar de sua opressão, restando apenas Sérvia de quem ele não abriu mão. Ela ficou com ele por muitos séculos, imaginem o que ela não passou sozinha nas mãos dele?

- E quando ela teve contato com o Rússia? – Pergunta Inglaterra. – E a República Tcheca?

- Acalme-se, Inglaterra. – Pede Ucrânia. – Estou seguindo a ordem das histórias de cada uma, logo chego nas irmãs Tchecoslováquia.

Ucrânia volta a contar o passado de Sérvia.

- Bom, meu irmão visitou o Turquia algumas vezes, discutiam alianças e negociações comerciais, foi então que o turco convidou meu irmão para dormir em seu palácio aquela noite e disse que ofereceria a ele a melhor hospitalidade possível. Quando meu irmão estava no quarto, pronto para se deitar, bateram na porta dele e lhe entregaram Sérvia, isso eu lembro do Rússia ter comentado, ele disse que nunca tinha visto uma mulher como aquela.

- Então ele também abusou dela? – Grita Inglaterra pensando no que Tcheca havia lhe contado.

- Também? – Indagam Alemanha e Áustria, já Ucrânia suspira desanimada, Inglaterra estava apressando as coisas demais.

- Foi neste momento que a Sérvia criou afeição ao meu irmão, ele foi o único homem que não a viu como um brinquedo sexual, pelo contrário, meu irmão ofereceu para ela dormir na cama e comer o jantar preparado para ele. Só que, Rússia não dá ponto sem nó e vendo a adoração que Sérvia começou a ter por ele, viu a oportunidade de usá-la em seu favor. Quando ele ia ao palácio do Turquia e se encontrava com Sérvia nas noites, ele a incentivou a se rebelar, que ela tinha forças e capacidades suficientes para sair daquele lugar e pouco tempo depois foi o que aconteceu....


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Notas finais do capítulo

Notas de rodapé:

[1] Existiu entre 1299 e 1922 e que no seu auge compreendia a Anatólia, o Médio Oriente, parte do norte de África e do sudeste europeu;

[2] O território da Sérvia ficou sobre o domínio turco de 1402 a 1912;

[3] Foi um Estado que existiu na Europa Central entre 1918 e 1992, se dividiu em República Tcheca e Eslováquia;

[4] O Império Austríaco ocupou alguns territórios da Sérvia por pouco tempo.

Glossário:

Mon amour - Meu amor, em francês;

Aru - Em quase toda final de frase ou palavra, China usa essa expressão que seria como um sotaque;

Pâtissier - É um chefe de massas que tenha completado um longo processo de treinamento, normalmente um período de aprendizagem, e passou um exame escrito;

San - É usado para mostrar respeito por outra pessoa.