Harry passara a ficar junto a mim integralmente, minha mãe não podia por causa do trabalho. Ele sabia que eu estava dormindo profundamente, mas lia perto do meu ouvido Peter Pan, sei que esse conto é infantil, mas eu adoro.

Harry acessava a internet no seu celular segurando minha mão. Em outro dia ele trouxe o seu violão escondido dentro de sua mochila, é proibido trazer coisas de fora para dentro do Hospital, mesmo assim ele começa a tocar “Little Things”, eu amo essa música.

A letra é tão profunda, e sempre falava para mim mesma que o primeiro cara que cantasse para mim essa musica, seria o cara quem eu iria casar.

Eu deitada na cama, meu corpo esta imóvel. De vez em quando Harry ficava acariciando meu rosto, meus lábios e me observava com seu olhar verde esmeralda, não tirava o olhar de mim.

Eu acho que não existi outro cara igual a Harry, ele é único.

Dois meses passaram-se e Harry continuava lá, do meu lado segurando firme minha mão até pegar no sono.

Eu não tinha amigos, por isso ninguém vinha me visitar.

Neste momento Harry dorme junto á mim, minha mão está encaixada com a dele sobre seu coração. Algo acontece, estou sentindo os batimentos pulsantes dele, meus olhos abrem e acho tudo aquilo muito estranho.

Olho para o lado e Harry ronca, vejo que está todo desarrumado parece que estava ali por vários dias.

-Harry, Harry... –Chamo por ele.

Harry acorda atordoado regala bem os olhos e não acredita e me abraça forte quase chorando de tanta felicidade.

- Meu amor você acordou. – Ele estava com um sorriso enorme.

Os médicos ficam impressionados pela minha recuperação, e me colocam numa cadeira de rodas, por que não conseguia caminhar pelo fato de estar muito tempo deitada numa cama.

Minha mãe chega e me dá vários beijos no rosto, ela está feliz.

Alguns dias depois, os médicos me liberam, mas ainda estou na cadeira de rodas.

No estacionamento do Hospital, Harry me coloca dentro de seu carro. Quando chegamos a casa, Harry me leva em seus braços para o meu quarto, minha mãe está atrás de nós.

Antes de nós entrarmos Harry pede para que eu feche os olhos.

-Mas por que amor que tenho que fechar os olhos?

-Não Lina, não me pergunte nada.

Quando a porta se abre, vejo que meu quarto está todo enfeitado e com catazes de bem vida de volta. Fiquei muito feliz.

-Mas a surpresa não é essa. –Harry fala levantando as sobrancelhas e me sentando na cama.

-Não é essa? Então qual é amor? –Perguntei ansiosamente.

Harry ajoelha-se no chão e tira de seu bolso uma caixinha preta de veludo. Ele abre e vejo que é um anel muito lindo.

-Lina meu amor, aceita casar comigo?

Acho que Harry pegou o anel da mãe dele, não tem condição de comprar um novo. –Pensei.

-Ah, amor é claro que aceito.

Estou tão emocionada que começo a chorar. Harry pega na minha mão e coloca o anel e me beija em seguida.

Minha mãe fica surpresa pelo pedido de Harry, mas sabe o quão nós amamos.

Harry está tão feliz que parece que vai explodir.