Perigosa União escrita por Izu Chan


Capítulo 5
Capítulo 5 - Nevasca


Notas iniciais do capítulo

Reescrito



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Inu Taisho para em frente ao prédio em que estava o escritório da multinacional da qual era sócio. Era extremamente cansativo pensar na empresa e no caso do FBI ao mesmo tempo, mas isso era apenas temporário. Entra no prédio e mal sai do elevador quando vê Myouga, seu braço direito no comando apressar o passo para acompanhá-lo.

 Myouga era um senhor, com provavelmente 45 anos, que trabalhava ao lado dos chefões da empresa desde que a mãe de Inu Taisho resolveu investir seu dinheiro em diversos empreendimentos. Possuía cabelos grisalhos, ligeiramente calvo, os olhos escuros liam a agenda com os compromissos de Inu Taisho

-Bom dia Myouga

-Bom dia senhor. Há uma reunião as 10 com novos compradores da nossa marca. Eu deixei um aviso informando que adiantaram para terça, ou seja, hoje. O advogado da sua mulher ligou para acertar o divórcio e a guarda do Sesshoumaru pediu para encontrá-lo às 11h30min. E o sindicato mandou mais um aviso de que se não aceitar as propostas vão entrar em greve e fechar o jornal

-Adie em trinta minutos a reunião com os compradores. Passe para mim os documentos com as exigências, vou dar uma lida daqui a pouco. E quanto ao advogado peça para que ele me encontre... Quando eu tenho tempo livre?

Myouga pega uma agenda com capa de couro extremamente manuseada e folheia as páginas até encontrar a correta. Inu Taisho entra no escritório e coloca uma pasta sobre a mesa de madeira de lei enquanto sentava-se na poltrona macia

-Tem às 15h e as 16h30min. As 15h30min vai haver uma reunião com os sócios, deve durar até aproximadamente às 16h15min

-Marque com o advogado para as 15h, tenho que estar em casa as 19 para jantar com meu filho

Inu Taisho suspira afrouxando um pouco o nó da gravata. Myouga olha-o por um momento com um sorriso de compreensão

-Não devia se forçar tanto sabe. Trabalhar aqui e lá e ainda preocupado com o filho.

-Eu sei disso.

-Não encontrou nenhuma babá?

-Acho que sim – ele sorri minimamente lembrando de Izayoi – Ao menos, a Arina encontrou.

-Entendo. Se precisar de mais alguma coisa, estarei na sala ao lado. – ele faz uma curta reverência a melhor maneira nipônica, e sai do escritório.

Inu Taisho abre a pasta, que se subdividia em várias e tirou os papéis do último caso enquanto pegava uma folha em branco da escrivaninha. Hora de organizar os dados.

Seja lá quem matasse tinha conhecimento em informática, bioquímica ou medicina, finanças e conseguia armas e drogas com facilidade. Os dez assassinatos que ocorreram neste ano deviam estar interligados de alguma forma.

Puxa outra folha, vendo a ficha das pessoas. Algumas eram limpas, outros tinham uma denúncia de abuso ou de lavagem de dinheiro. Provavelmente alguma empresa fantasma estava em atuação

A empresa chamada Juli Roma, que está em todos os testamentos das vítimas, ainda não foi investigada, mas há fortes razões para acreditar que seja uma empresa de fachada e que um dos membros saiba sobre os assassinatos. Ainda não há suspeitos definidos, mas tenho fortes razões para acreditar que, seja lá quem faz isso, deve ter alguma razão subjetiva.

Olho para um relógio de parede no centro de uma parede. Ainda faltava uma hora para a reunião. Deixo o papel sobre a mesa e pego o telefone, discando um número conhecido

-Alô? – pergunta sonolento

-Lewis, ainda está dormindo?

-Estava. Que houve?

-Nada, fiquei com saudades e resolvi ligar

-Que pena, eu não sinto falta de policiais.

-Tem um papel aqui no meu escritório que eu quero que você leia e complete com todas as informações que tiver

-Tudo bem. E não me chame de Lewis, aqui meu nome é Philip

-Sua ficha com a polícia está limpa há quase dois anos pelos seus serviços

-Não é a polícia que me assusta. Chego aí em trinta minutos – Inu Taisho pode ouvir uma voz ao lado – Quarenta minutos. Deixe no seu escritório que eu pego

-Tenho uma reunião as 10h, posso deixar o escritório vazio até que a reunião termine

-Não se preocupe – ele desliga o telefone

A reunião por si só foi calma, Myouga conseguia controlar a situação quando os nervos se elevavam e a porcentagem de lucro foi dividida de maneira justa. Inu Taisho ficou muito tempo durante a reunião distraído, não havia pensado em como Lewis entraria no escritório. Será que deveria ter avisado a secretária? Quando a reunião termina, dirige-se ao escritório o mais rápido que podia enquanto pessoas paravam-no para resolver determinadas questões

-Senhor Inu Taisho

-Sim Mary? – pergunta virando para a secretária, uma mulher gordinha de cabelos ondulados

-As flores que encomendou estão no escritório.

-Flores? – pensa por um momento então sorri – Obrigado Mary, estava mesmo esperando.

-Pensando em dar a alguém em especial

-Talvez

Entra no escritório e vê sobre a mesa um buquê de rosas brancas, rosas e vermelhas. O papel que havia escrito estava em cima da mesa havia algumas frases escritas provavelmente com pressa.

Todos os testamentos apontam para Juli Roma. Investiguei durante certo tempo e tenho uma lista de suspeitos. Concordo que deve haver um motivo além do material, provavelmente alguma vingança. Vou procurar mais detalhes.

Inu Taisho olha para o buquê vendo outro recado amarrado. Abre-o e encontra um bilhete e um convite para um baile de gala que haveria no fim de semana. Lê o bilhete, a expressão variando da curiosidade a diversão.

Essas flores são para aquela morena que apareceu no seu apê. Se lhe tranquiliza, ela não parece ser do tipo que raptaria seu filho, mas vá com cuidado, ela de certa maneira não gosta muito de certos especialmente os que existem em sua mente podre. Vá para o baile beneficente, tenho suspeitas de que vamos ganhar algo especial por lá

L.A.

Pega o telefone e liga para um número que estava na sua agenda, com um sorriso.

-Alô?

-Izayoi, é o Inu Taisho.

-O que você quer? – pergunta com certa frieza

-Discutir seu salário. Pensei em 450 dólares por semana.

-Quatrocentos e cinquenta por semana?!

-Claro. Cuidar do meu filho vai exigir tempo e esforço

-Mas eu ganharia uns 1800 por mês, acho muito só por ser babá

-É o preço que ofereço. Por que não me encontra na creche? Vou buscar meu filho, vocês dois já se conhecem logo e se tiver algo contra o salário que ofereço conversamos. Que tal? – ela fica tão quieta que ele pensou que havia encerrado a chamada

-Tudo bem. Dê o endereço que eu lhe encontro por lá

-Me encontre lá as 17h30min

-Estarei lá – ela desliga

Depois de um dia longo e cansativo, vai até a creche buscar Sesshoumaru. Desce do carro e olha para os lados procurando-a, mas ela ainda não apareceu. Entra e uma das funcionárias traz o Sesshoumaru, este ao ver o pai corre em sua direção e abraça-o

-Sentiu saudades de seu tou-san? – pergunta segurando o filho no braço

-Sim. Não quero mais ficar aqui – fala ele só para que eu ouvisse

-Lembra daquela amiga do papai? A que vimos no parque?

-Lembro

-Ela vai cuidar de você enquanto eu estiver trabalhando ok.

-Tá bem

Ao sair, vê Izayoi parada perto do carro, olhando distraída para uma família que passava. Ela parecia tão... melancólica

-Oi Izayoi – falo parando ao lado dela

-Olá Inu Taisho

-Você está bem? Parecia um pouco...

-Estou bem, obrigada – responde me interrompendo

-Se você diz. Este aqui é o Sesshoumaru

-Oi – fala ele sorrindo minimamente

-Oi – responde ela com um sorriso. Como ele queria que ela sorrisse assim para ele – Posso pegar você? – pergunta estendendo as mãos para ele, por um momento o garoto reluta, mas vai para os braços dela

-Você é cheirosa

-Obrigado, você também – ela coloca o nariz perto do pescoço dele e sopra ao encostar os lábios ao pescoço fazendo-o rir. Inu Taisho não pode evitar se sentir aliviado, ela saberia cuidar dele

-Entre – fala abrindo a porta para ela

Ela entra tendo cuidado para não bater a cabeça de Sesshoumaru na porta, Inu Taisho fecha a porta e vai para o banco do motorista. Liga o carro e dispara pelas ruas.

-Vá devagar, tem crianças aqui dentro

-Refere-se ao meu filho ou a você?

Ela bufa de raiva, mas muda a expressão quase imediatamente quando Sesshoumaru começa a conversar com ela. Falavam sobre que comidas preferiam até que Inu Taisho entrou na garagem. Eles saem do carro, Sesshoumaru ia no chão segunda com uma mão a de Izayoi e com a outra a do pai e pulava tentando ficar mais alto. Inu Taisho entra pelo elevador privativo da garagem e eles saem no apartamento que ocupava metade do andar. Depois de muito conversar e brincar, Izayoi dá um banho em Sesshoumaru e coloca-o para dormir

-Ainda não discutimos sobre seu salário – fala Inutaisho, sentado confortavelmente no sofá; ela senta ao seu lado, a postura um pouco mais rígida

-Não quero ganhar 450 por semana. Admito que seria bom por causa da minha faculdade, mas acho que é muito. Afinal olhe só esse hotel – ela estende as mãos num gesto amplo para mostrar o apartamento

-Acredite tenho mais dinheiro do que imagina. E acho que justamente por fazer faculdade que você deveria receber os 450. Em duas semanas poderia pagar tudo que fosse da sua faculdade e com o resto poderia... Sei lá, comprar uma lingerie

-Por que uma lingerie?

-Foi a primeira coisa que me veio a mente – fala ele levantando as mãos

-Hum...

Depois de quase duas horas de prós e contras ela aceitou trabalhar por 430 dólares por semana. Mais um detalhe na lista de qualidades: não gosta de ter mais do que o necessário. Fui com ela até o térreo do apartamento

-Tem certeza que não quer que eu te leve até sua casa?

-Tenho. Posso pegar um táxi.

-Então até amanhã

Ela vai até as portas, mas o porteiro a impede de passar

-Sinto muito senhorita, mas não posso chamar um táxi com essa nevasca. É perigoso demais dirigir

Inu Taisho não pode evitar um sorriso enorme quando viu Izayoi grudar o rosto as portas olhando através do vidro para a nevasca. A maior vontade agora era se ajoelhar e agradecer a qualquer força superior que estivesse mantendo ela perto. A tempestade ao que parecia ia durar toda a noite

-Você pode ficar lá no meu apartamento, se quiser. A não ser que espere aqui fora ou tente ir apenas com esses poucos casacos.

-Acho que seu apartamento é a melhor opção para mim.

Com um suspiro ela segue-o de volta ao elevador


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