Apollos Love escrita por FurryWorld101


Capítulo 4
Terrível surpresa ao chegar em casa




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Quando dei por mim, a lâmia havia desaparecido. Nã havia sinal dela a não ser um montinho de poeira que se misturava à areia no lugar onde ela havia morrido.

Coloquei minhas roupas. O biquíni já estava seco, provavelmente por conta do calor emanado por Apolo. Fiquei em dúvida se contava o que acontecera à minha mãe, por fim decidi que sim.

Porém, quando cheguei em casa, levei um susto: a porta estava arrombada, os degraus de madeira quebrados e, na sala, tudo estava um completo caos. Móveis virados, tapetes rasgados e porcelanas quebradas.

– Mãe?! Pai?! - exclamei, alarmada.

Como eles não respondiam, corri para o segundo andar só para encontrar mais caos e marcas de sangue nas camas, em meio a travesseiros destruídos.

"Calma, Cloé. Você não vai começar a chorar antes de ter certeza de nada!"

No entanto, meu olhos já estavam úmidos só de pensar na possibilidade de meus pais estarem mortos. Percebi um rastro de sangue que descia as escadas e levava para a porta dos fundos. Ao sair de casa, o rastro levava até a casa de Takezo. Não me preocupei em tocar a campainha. Escancarei a porta e encontrei meu vizinho cheio de ataduras deitado no sofá enquanto minha mãe chorava ao seu lado.

– Mãe! -exclamei aliviada e corri até ela.

–Cloé! - o alívio também inundava sua voz. - Está a salva!

– O que aconteceu??

– Dois monstros atacaram sua casa - disse meu vizinho, parecendo cansado – Cheguei a tempo de ajudar sua mãe, mas um dos monstros levou seu padrasto, e não sabemos para onde.

– O quê...? Ele foi... raptado por monstros?

Mamãe e Takezo assentiram.

–Sinto muito. Lutei o melhor que pude, mas estou meio enferrujado. Fazia anos que eu não encontrava um desses.

– Claro, não... Espera. Desde quando você sabe dos monstros? Desde quando você luta contra eles?! Mãe, você contou a ele?!

Os dois trocaram um olhar cúmplice.

–Na verdade, querida... Eu não tenho sido muito honesta com você.

Eu pisquei.

– Por que está dizendo isso?

Takezo pigarreou.

– Bom, isso era algo que eu e sua mãe pretendíamos manter em segredo até... Bem, até o máximo possível, mas parece que chegou a hora. Acontece que eu não sou apenas um ex-praticande de kendô e artes marciais aposentado. Eu sou como você.

– O que está insinuando? - dei um passo para trás.

– Sou um semi-deus, porém filho de um dos deuses menores: Éolo, deus do vento.

Quase desmaiei ali mesmo. Takezo, meu vizinho japa e professor de artes marciais na verdade era... era...

– Então durante todo esse tempo eu vivia ao lado de um semi-deus?! E você sabia, mãe?!

Mamãe confirmou com a cabeça.

– Quíron me permitiu ficar com você em casa desde que viéssemos para St.George's Island e vivêssemos sobre a vigilância de um semi-deus mais experiente.

– Mas quem é Quíron?!

– O centauro treinador de semi-deuses no Acampamento Meio-Sangue.

– Aaaaargh!!! - meu cérebro girava - Tem noção de como isso é frustante, mãe?! Achei que contássemos tudo uma para a outra! Achei que já tivesse me dito tudo!!

– Cloé...

– Achei que confiasse em mim! - gritei.

– Filha, se acalme, vai chamar a atenção dos vizinhos...

– Danem-se os vizinhos! Ou tem mais um semi-deus ou fauno ou ninfa por aqui que você esqueceu de mencionar? Aliás, sabia que eu tenho um irmão? Devia saber que existe outro filho de Poseidom por aí, mas nem se importou em me dizer também!

– Posso fazer uma observação, Senhorita Stone? - Takezo interrompeu nossa discussão. Eu fiz uma cara feia, mas não o impedi - Isso nada tem a ver com você e sua relação mãe e filha. Essas foram as instruções de Quíron para proteger minha identidade e manter a sua segurança. Quanto menos soubesse melhor. Até agora. Hoje percebemos que, apesar de nossos esforços, não há lugar seguro para jovens semi-deuses além do Acampamento. Você podia ter sido atacada.

– E fui - admiti, embora não quisesse mudar o foco da conversa. Ainda estava irritada e ofendida - Fui atacada na praia, enquanto fazia meus exercícios aquáticos matinais.

– E conseguiu derrotar o monstro?! - Takezo ficou surpresso.

– Sozinha não. Apolo me ajudou.

Takezo e Mamãe arregalaram os olhos.

– Apolo? O deus Apolo? - ele estava incrédulo.

– Sim... - falei hesitante - Isso é mal?

– Bem, na verdade é... surpreendente. Não sei o que faria um dos doze Deuses do Olimpo ajudar um semi-deus... Mesmo que seja um filho dos Três Grandes. Quer dizer, semi-deuses são atacados por monstros diariamente em diversas partes do mundo...

Nossa, que informação motivadora.

– ... então por que a ajuda agora?

"Por amor?", pensei. Ninguém parecia saber a resposta, mas eu esperava que fosse esta.

Takezo se levantou de repente.

– Não temos tempo a perder - disse ele - Cloé precisa de segurança e um local para morar agora que seu quarto foi destruído. Eu preciso de respostas e de apoio para encontrar seu marido.

Meu coração se apertou ao pensar em meu padasto tão querido em perigo.

– Então para onde vamos? - perguntei.

– Long Island - ele me respondeu.


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Notas finais do capítulo

Ok, gente!
Agradeço os reviews até agora e fico feliz que já tenha gente acompanhando minha história, apesar de eu ter começado a postar tão pouco tempo atrás ^^
Agora vou dar uma pequena pausa para investir em meus originais (quero publicar outro livro!), então posso demorar um pouco mais que o costume para o próximo capítulo...
Sorry >.<
Mas, se puderem ir falando da fic para os amigos fãs de Percy Jackson, ficaria muito feliz! E prometo voltar a escrever cheia de fôlego, trazendo os personagens tão queridos de Rick Riordan (Percy, Grover, Annabeth...) no capítulo 5!