Meia Alma escrita por Monique Góes


Capítulo 12
Capítulo 11 - Espera


Notas iniciais do capítulo

Consegui! Gente, desculpa, meus primos vieram pra cá ontem, bagunça suprema, acabei não produzindo nada (Até perdi o cap, hahaha). Espero que gostem!



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C– Hideo, responde, vai!

Escutei Alec me chamando. Tinha também alguém me balançando pelos ombros, mas eu não conseguia responder. Parecia que eu não conseguia sequer respirar, meu corpo formigava de modo que eu não conseguia senti-lo direito. Sentia meus olhos abertos, mas estava tudo escuro em meu campo de visão, ou seja...



Estou absolutamente ferrado.





Por que coisas estranhas adoram acontecer comigo? O que diabos eu faço pra essas coisas todas acontecerem?!





Eu já sentia meu coração acelerando, eu precisava respirar, mas não conseguia de maneira alguma. Sentia como se a coisa negra estivesse correndo por meu corpo, mas não sobre ele. Era como se ela estivesse se movendo de modo gelado e doloroso por entre minhas entranhas, e aquilo não era nem um pouco legal.





De repente escutei Alec gritar e bati contra o chão, e comecei a sentir como se estivessem pondo um pedaço de ferro congelado sob a pele de meu rosto e roçando com força contra meus ossos, sob meus olhos e descendo em várias ramificações em direção ao meu queixo. Doía tanto que eu poderia chorar se conseguisse, e, sério, não é muito fácil me fazer chorar.





– A-Alec?





– E-ele me queimou! – exclamou.





Eu estava quase arranjando um modo de gritar com o ar que não possuía quando alguém segurou meu rosto e de repente voltei a enxergar, e escutei alguém gritar:





– Sai demônio!





Tudo bem, quem disse isso? Quero levantar e socá-lo agora.





Minha visão clareou um pouco mais e vi uma mulher sobre mim. Ela tinha um cabelo longo e liso, tão negro que emitia reflexos azuis e violetas, olhos azuis, quase brancos, levemente prateados, com feições tão perfeitas que pareciam ter sido esculpidas pelo melhor dos artesãos. Ela usava brincos de ouro grandes e um adorno que lhe caía sobre a testa, assim como um grande e grosso colar de ouro.





– Tome cuidado, as trevas são muito piores do que aparentam. – disse.





Tentei me levantar, sentia meus ossos doendo, meu rosto principalmente. Grunhi e o esfreguei, escutando o farfalhar das roupas atrás de mim, então com um esforço desumano – tudo bem, eu sei que eu tenho uma força naturalmente desumana – consegui me sentar e olhei para a mulher atrás de mim. Demorou um tempo para realizar que ela era uma sacerdotisa.





Ela usava um vestido acinzentado que era costurado de modo que seguisse bem a linha de seu corpo, como se pintado em seu corpo a saia sendo solta até o chão, assim como seus cabelos longos e lisos chegavam até a metade de suas panturrilhas. Tinha um ar superior e orgulhoso, embora não parecesse que ela se portasse como tal. O garoto, Djan, estava bastante próximo a ela e ambos eram realmente parecidos. Ele parecia meio aflito e inquieto, me encarava com a desconfiança de sempre.





– Mãe. – sibilou para ela, o que me pegou de surpresa, já que ela aparentava ser mais nova que eu. Quer dizer, eu aparentava ter uns dezessete, mas eu tinha vinte e sete, então ela tinha a aparência de alguém com uns... Vinte e quatro, vinte e cinco anos. E Djan deveria ter uns dezessete, mas então lembrei que sacerdotisas não tem facilidade a envelhecer devido à magia.





E, por algum motivo, ela, assim como a cidade, me davam uma estranha sensação de nostalgia.





Escutei Alec dando um pequeno gemido, então olhei para ele. Vi-o segurando seu próprio pulso, seus dedos retraídos, a pele vermelha e enrugada em uma horrível queimadura. Nina segurava sua mão cuidadosamente para ter certeza de que não doeria muito mais, porém, acredito que não estivesse dando muito certo, pois via as lágrimas de dor correndo silenciosamente de seus olhos. Mais atrás dele vi Alma, Maurice, Anita e Raquel ainda em solo, os outros descendo pelos prédios.





Diego saltou ao chão, e percebi que ele carregava Elizabeth em seus braços, carregando, aliás, o braço dela em uma de suas mãos, e falou algo rapidamente com Alma, que começou a subir pelos prédios. Franzi o cenho. Ela estava claramente com roupas típicas e joias, seu cabelo estava longuíssimo, ou seja, ainda deveria frequentar o templo, mas, tecnicamente, híbridos não são proibidos?





Levantei e fui até Diego, vendo Elizabeth. Ela estava desmaiada, mas vi uma cicatriz cruzando ambos seus olhos. Ela estava com cortes em seu tronco e um em seu rosto, mas o mais preocupante mesmo era o braço arrancado.





– Ela está cega. – Diego disse, e permaneci em silêncio. – Pelo que vi, é um ferimento antigo, então não é mais possível curá-la, e... Ela perdeu uma perna, mas foi na luta de agora há pouco. – olhei para baixo e vi um lado do vestido púrpuro mais escurecido.





– Havia mais duas Auras lutando. – falei. – Uma meio fraca e outra que, mesmo suprimida, era forte. Onde estão?





– Lá encima. – respondeu, e então revirou os olhos, me passando Elizabeth. Ela era realmente leve. – Acredite se quiser, o forte é um garoto de no máximo quatro anos.





Engasguei antes de responder.





– Está de brincadeira, não é?





– Não, é uma colorida e o garotinho. Ele teve as mãos arrancadas, mas foi porque ele arrancou as caudas do monstro com as próprias mãos. Parece que ele é meio... Desajustado, e ele vê a menina como a mãe dele. Aí ela meio que controla ele.





Balancei a cabeça e escutei vários sons, vozes e gritos, então vi vários soldados vindo em nossa direção com as mais diversas armas em riste. Escutei o suspiro cansado da sacerdotisa atrás de mim e ela passou rapidamente à nossa frente e ergueu uma das mãos num tintilar de pulseiras de ouro que brilhavam ao sol, fazendo com que todos parassem imediatamente. Todos olharam para os híbridos que estavam ali e vi as armas serem apertadas em conjunto, todos esperavam as ordens para atacar.





– Seria uma perfeita demonstração de mal agradecimento se atacassem aqueles que salvaram a cidade de ser destruída, não é mesmo? – a sacerdotisa disse em alto e bom som. – Deveriam pensar um pouco antes de vir nesta desorganização para cá.





Vi a cara de paisagem de Djan e Diego e acredito que a minha não estivesse diferente. Ela novamente deu as costas aos soldados que também estavam com a mesma expressão e veio em nossa direção e disse:





– Hideo e Diego, poderiam ajudar a trazer Elizabeth – ela deu uma boa olhada para o braço dela na mão de Diego. – ao templo?





– C-como você sabe nossos nomes? – Diego perguntou pasmo.





– Eu seria uma vidente extremamente medíocre se não conseguisse adivinhar os nomes de duas pessoas. – respondeu antes de continuar andando.





Eu e Diego nos entreolhamos, sem reação alguma vir em mente. Então pareceu que olhamos para Anita que também parecia surpresa, esta assentiu então logo fomos atrás dela. O caminho pelo qual seguimos então não estava tão destruído, porém estava repleto de pessoas que ali se refugiaram. Todas pareceram então ter a mesma reação: Recuaram. Nada que eu já não houvesse visto antes, mas o número de pessoas ali era maior do que de muitas cidades as quais eu visitara. Todas estavam com medo, e foi difícil não perceber que eu e Diego – que tínhamos a mesma altura – éramos mais altos do que a maioria ali.





Escutei o suspiro da sacerdotisa e todos abriram caminho, então nossa opção foi ir atrás dela, recebendo centenas de olhares de temor, o qual a intensidade era muitas vezes maior do que qualquer um que eu já houvesse recebido em qualquer cidade que eu já houvera ido, e dessa vez estava quase que sendo intimidante. Portanto, apenas abaixei o olhar e segui em frente.





O pior foi quando chegamos ao templo. Era absurdamente enorme e a escadaria de degraus baixos era enorme, porém um sacerdote desceu correndo em direção a que estava à nossa frente.





– Tereza, o que você pensa que está fazendo?! – um sacerdote exclamou. Ele tinha cabelos castanhos até os ombros, penteados para trás, e olhos da mesma cor. Usava uma túnica vermelha até os joelhos de mangas curtas, braceletes de prata e rubi nos pulsos e calça até um pouco abaixo dos joelhos, negra, com sandálias de couro negro.





– Trazendo Elizabeth para cá. – Respondeu sem se abalar.





– Não apenas ela, mas não pense que você pode trazer os dois para cá só por que um deles é... – Começou, mas então pareceu se dar conta do que estava falando e se calou, e Tereza o encarou. Um de nós era o quê?!





– É uma grande demonstração de má educação se você pensasse apenas assim. – uma outra sacerdotisa, desta vez descendo calmamente as escadas, sendo que esta porém parecia mais velha. Não no sentido de marcas e rugas, mas sim na maturidade pela qual transpassava. Ela usava um vestido como o de Tereza, porém o dela era verde com detalhes dourados com um cinto de ouro na altura de seus quadris, o manto carmim desprendia de seus ombros por botões de ouro, arrastando-se pelo chão. Seu cabelo castanho escuro era puxado para trás em uma imensa trança que chegava aos seus tornozelos com uma fita vermelha trançada como seu cabelo e uma espécie de diadema repousava em sua cabeça. Os olhos eram de um estranho tom de prateado, brilhavam como duas luas possuidoras de sabedoria, e ela me encarou com interesse, então abriu um sorriso e para mim e Diego. – Creio que não foram apenas vocês que vieram para cá, mas acredito que uma forma de agradecê-los seria permitir sua estadia aqui, pois sem dúvida alguma nossas tropas não suportariam aquele monstro e a cidade sagrada sucumbiria.





O sacerdote claramente rangeu os dentes com as palavras entaladas na garganta, então apenas grunhiu e subiu as escadas batendo ruidosamente os pés. Ele claramente não podia ir contra aquela mulher que estava quase que exalando poder e fazendo eu e Diego virarmos manteiga.





Tereza apenas curvou rapidamente a cabeça em uma leve reverência à mulher, então começou a subir as escadarias, e só então se passou em minha cabeça que, se ela era a mãe de Djan, então ela provavelmente também seria a mãe de Eisha.





– Chamo-me Cailoann. – disse. – Sou a Grande Sacerdotisa deste templo. Agradeço por terem entrado na cidade mesmo sabendo das proibições.





Acho que nós dois assentimos, e ela disse:





– Estranho como Hideo se parece com o pai e Diego com a mãe. – disse antes de se virar e subir, deixando a nós dois com cara de patetas para trás.





– X –





E não é que nós realmente pudemos ficar na cidade? Só não ficamos no templo, mas deram uma casa – enorme – que ficava bem afastada do centro, talvez devido ao fato de que as pessoas ainda estejam amedrontadas. Porém, é melhor do que ficar dormindo no chão e ter que derreter neve e tomar banho tendo um choque térmico entre a água quente e o vento frio.





Desliguei o chuveiro e esfreguei meu rosto que ainda ardia. Fora a primeira vez que a coisa realmente entrava em mim, e não era esta uma experiência que eu gostaria de passar novamente.





Balancei a cabeça, espantando estes pensamentos e peguei a toalha, enrolando-a na cintura, mas ao abrir o Box, minhas roupas haviam sumido. Demorei um pouco até minha mente voltar a trabalhar direito, mas então soltei um grunhido misturado com um bufo, então entreabri a porta e pus só minha cabeça para fora.





– Muito bem, quem foi o engraçadinho que pegou as minhas roupas?





– Eu fazia isso, maaaas... Não fui eu. – Alec disse, coçando a cabeça.





– Foi o Larry! – Ygor gritou de algum lugar da casa.





– Seu desgraçado! – escutei-o gritar de algum canto e rolei os olhos.





– Ah, Hideo, pode sair só de toalha, a gente não vai ligar não. – Alma disse, então seguida de um ataque de risos do qual ela tapou e boca e Susana a olhou com uma cara de “eu não acredito que ela disse isso’’ e Raquel e Nina olhando-a com uma mistura de indignação e ficando vermelhas. Anita rolou os olhos e balançou a cabeça enquanto prendia o cabelo em uma trança.





– Hm, do jeito que as coisas estão, elas vão mais querer que você saia pelado mesmo. – Alec disse, reprimindo o riso.





– Não! – Todas (Até Anita, pelos deuses.) gritaram em protesto.





– Não que eu fosse reclamar, né... Ai! – Alma protestou ao receber um tapa de Raquel no braço, e senti um rosto esquentar e Alec se arrebentava nas risadas. – Qual é, estamos falando de um corpo musculoso!





– Alma, todos os garotos do grupo têm. – Nina murmurou e Alec coçou a cabeça.





– Hum, por que você está dizendo isso? Já viu o Alec sem roupa, é?





Todos paramos para entender durante um instante, até que Alec virou um tomate de tão vermelho e começou a se encolher em um canto escuro e Nina começou a bater em Alma, que apenas ria escandalosamente, e acabei voltando para dentro do banheiro porque tive que rir também, mas foi uma sensação estranha. Fazia muito tempo que eu não ria, era mais provável que eu estivesse com uma careta no rosto do que um sorriso. Ouvi algo a ver com “todo mundo já viu algum deles sem camisa”, mais risadas e um duplo sentido imenso nas respostas de Alma e um “somos só amigos” que eu tenho certeza que machucou Alec.





– Tá, deixando de lado se a Nina já viu o Alec nu ou não, – fechei a porta na hora que um dos dois atirou um sapato nela, não vi quem. – alguma alma caridosa poderia buscar minhas roupas para mim?





– Não sou tão caridosa assim. – Alma resmungou. – Raquel, vai pegar elas lá?





– P-por que eu?!





– Porque você é a mais nova, vai lá!





Susana murmurou algo incompreensível sobre Alma ser uma alma pervertida – trocadilho infame -, mas Alma apenas respondeu com um “Sou feliz assim, me deixem.”. Raquel foi buscar minhas roupas – abençoada seja. Ela voltou com elas um tempo depois e voltei a me fechar no banheiro para poder terminar de me vestir. Tudo terminado, camisa branca e calça jeans – há quanto tempo eu não usava roupas assim? -, saí e vi Alec com uma cara de enterro e Alma e Nina tinham sumido, Anita estava saindo da sala e Raquel e Susana se encaravam como se perguntassem como deveriam reagir.





– O que Alma disse? – perguntei, jogando a toalha sobre meu ombro.





– Nada que você precise saber. – disse com uma expressão de pedra, se afundando na poltrona. Nem precisava perguntar se Alma fizera alguma besteira.





– Tudo bem então... – respondi, e comecei a subir, indo para o quarto que pegara para mim. Joguei minha toalha num dos locais para pendurar roupas e me joguei na cama imensamente imensa e macia, encarando o teto, então escutei batidas leves e suaves na porta. – Hm, quem é?





A porta se entreabriu e vi os olhos grandes e expressivos de Raquel.





– Ah, entra.





Ela seguiu meu conselho e fechou a porta sem fazer barulho enquanto eu me sentava na cama, massageando meu pescoço. Ela então parou em frente à cama, e apertou o tecido do vestido azul escuro e simples que usava. Suas mangas eram coladas até os cotovelos e a saia era rodada até os joelhos. Assim como eu, ela estava descalça.





– O que foi?





– Você... Está bem? – perguntou.





– Estou. – Entendi imediatamente ao que ela se referia. – Agora eu estou.





Ela assentiu e me levantei. Ela era mais ou menos uma cabeça mais baixa que eu, mas mesmo assim, lhe dei um abraço. Senti-a passar os braços envolta de meu tronco e falei:





– Eu sei que você se preocupa comigo. Desculpe.





– Por...?





– Ser um desmiolado que se lança contra as coisas sem medo de morrer. – falei, e senti-a apertar ainda mais o seu abraço.





– Mais ou menos isso. Quando você caiu hoje foi assustador. – disse com a voz abafada.





– Imagino. – murmurei, afinal, fora demasiado assustador até para mim.





– Seu cabelo e os seus olhos estavam negros. – falou, separando-se ligeiramente de meu corpo, mas encarando seus pés. – Era quase como se... Você não tinha expressão, era como se estivesse morrendo por dentro.





Fiquei em silêncio, apenas pousando meu queixo sobre sua cabeça. Eu realmente passara por um mal bocado hoje, com aquela entrando em mim. Provavelmente ela só conseguira devido ao fato, literalmente, eu haver mergulhado nelas. Mas como eu iria saber que aquela coisa era completamente feito em trevas?





– Você deveria tomar mais cuidado. – Raquel disse. – Por que eu gosto muito de você.





–x-





Eu acabei acordado com uma sensação espinhosa. Aquela de estar sendo observado.





Levantei a cabeça do travesseiro, vendo Raquel deitada ao meu lado, mas ela ainda estava dormindo. Tudo bem, não que fosse lá muito normal eu estar dormindo com ela, mas aquela sensação me incomodava, portanto, decidi sentar, tirando cuidadosamente meu braço de sob o corpo dela, então só fui me tocar que escutava uma terceira respiração dentro do quarto. Olhei por cima de meu ombro e, sério, quase enfartei quando vi Daichi encostado contra a parede com os braços cruzados, olhando pra mim com uma sobrancelha erguida.





– Que garota bonita. – comentou. – Você tem algum interesse nela?





Quase caí da cama e o vi girar os olhos e reprimir o riso, então abriu a porta e saiu do quarto. Olhei para a porta aberta, então olhei para Raquel por cima de meu ombro por um momento, antes de levantar, tentando não acordá-la e ir atrás dele, descendo as escadas num salto e não produzindo som algum ao pousar, deparando-me com a porta de frente aberta.





Vi umas sandálias reviradas perto dela, então não hesitei em calçá-las e sair da casa, vendo-o parado, olhando a cidade. Aproximei-me e ele disse:





– Este lugar mudou muito.





– Nasceu aqui?





– Não, casei aqui. – quase engasguei. – Mentira, vim várias vezes, mas foi em expedições.





Encarei-o, antes de perguntar:





– Dessa vez você não veio falar nada sobre fim do mundo ou coisas que virão, não é?





Ele deu uma pequena risada fechada antes de continuar:





– Exatamente, nada disso.





– Então... Por que está aqui?





– Está me expulsando?





– Não! – suspirei. – É complicado. Nem ao menos sei direito quem você é, e você já sai falando na minha mente e me controlando, sem falar que apagando minha memória.





– Consigo fazer isso porque você é extremamente compatível comigo. – respondeu e deu um pequeno sorrisinho. – Nossas personalidades são bastante parecidas também. É bastante fácil entendê-lo.





– Não creio nisso. – bufei.





– Eu... Como é que dizem? Bem, meu irmão “me deu um gelo” durante sete anos, sendo que eu realmente o considerava.





Franzi o cenho. Sete anos?





– Ele estava vivo.





– Eu estaria morto se ele estivesse morto. – parou então encarou o céu.





– O que aconteceu?





Ele coçou a nuca antes de responder, parecendo constrangido.





– Eu deitei com a mulher que ele amava.





Ah... Bem, isso não é exatamente o tipo de coisa...





– Ela então ficou grávida e nos casamos. Ele só voltou a olhar para mim quando estava quase morto.





– Você fez uma bela de uma besteira.





– É aquela sensação de me arrependo embora ao mesmo tempo não. Eu também a amava.





Encarei meus próprios pés, tentando achar no que dizer. Deveria ter sido realmente uma situação complicada.





– Mas você não veio aqui só pra falar da sua vida, não é mesmo?





Ele negou com a cabeça, então desceu o olhar para seu olhar para o próprio braço esquerdo, escutei então o clique de algo se abrindo e então ele retirou o próprio bracelete que ia de seu pulso até quase o cotovelo, então o atirou para mim. Peguei-o sem esforço algum então olhei-o com ar de dúvida.





– Você vai precisar disso. – respondeu apenas. – Já ouviu em falar em Jahun?





– O guardião dos segredos?





– Exato. Ande para leste até você encontrar a primeira imensa cachoeira que encontrar, então entre nela. Você irá falar com ele.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Hideo, vem andar só de toalha aqui em casa g.g (nem um pouco perva).
Por favor, deixem reviews!