Tears escrita por Lauren Reynolds
Notas iniciais do capítulo
Gentee, agradeço a todas as minhas leitoras o/
Continuem lendo e comentando *-*
ma sos posts agora vão ser um pouco mais demorados, por causa do tempo *-*
Beijoos :P
POV de Bella
Parecia que eu estava no fundo de um poço. Estava tudo escuro, eu também tinha a sensação de que meu corpo estava pesado, não conseguia me mexer. Era estranho. Eu ouvia vozes bem baixas, muito distantes, era como se eu estivesse tendo alguns espasmos, mas não era exatamente isso que eu sentia. Eu sentia algumas partes de mim frias, outras quentes, minha cabeça girava, meu corpo pesava toneladas. Uma outra coisa que notei, foi que não vi Willow comigo, então, eu não estava sonhando.
Lembrei de Edward. Me perguntei onde ele poderia estar, então percebi que eu não conseguia ver nada. Mas eu estava ligada, pelo menos em parte. Agora, eu estava num lugar totalmente escuro, eu não sabia se eu estava andando, correndo, pulando... porque era escuro, um breu. Eu tinha certeza que algo tinha acontecido.
Me lembrei. Havia um campo, Willow, batalha, Victoria, eu, poderes, Forks... Isso! Eu voltei a Forks para poder impedir Victoria de me caçar e de fazer mal aqueles que eu amo, no caso Edward, meu pai, os Cullens. Então cheguei a conclusão que eu poderia ter morrido, afinal, de pessoas mortas eu entendia – digamos de passagem -, já que tem que ter a pele fria, levemente branca-azulada, coração não pode bater. É isso, estou morta.
POV de Edward.
Assim que Bella viu o corpo de Victoria ser consumido pelas chamas, ela desmaiou. Passaram-se segundos e eu fui até ela. Seu corpo estava sem sustentação, não estava tão quente como costumava ser, estava tranqüilo e quieto. Comecei a me desesperar, porque mesmo quando Bella estava inconsciente, seu corpo reagia ao meu. Sua respiração, batimentos aumentavam involuntariamente e ela corava, mas não aconteceu isso.
Sua pele pálida, estava ficando cada vez mais pálida, estava ficando igual a minha. Eu ouvia seu coração batendo devagar e calmamente, sua respiração era lenta e calma. Isso era desesperador. Willow e meu pai vieram para olha-la. Carlisle tinha uma mente confusa, eu não conseguia distinguir qual era a verdade.
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Imaginei que ela estivesse tentando se comunicar com a Bella, daquele jeito que aquelas duas sempre fazem, então esperei. Mil coisas passavam pela minha cabeça, eu não conseguia imaginar minha vida – de novo – sem a Bella, jurei a mim mesmo que se algo acontecesse com ela, eu iria desistir de viver o meu “para sempre”.
POV de Bella.
Nem sempre as coisas são como são, não é? Acho que agora, essa fanfic passaria a ser chamada de “Memórias Póstumas de Isabella Swan Cullen”, não mais Tears. Ok. Sério, não sei o que está havendo comigo. Antes eu podia sentir algumas coisas, mas agora é como se eu fosse um ser humano sem vida, eu sentia frio, continuava me sentindo cada vez mais pesada.
De repente eu me senti estranha, não sei explicar – exatamente – o que eu sentia, mas era como se eu estivesse dentro de uma bola de vidro, que estava jogava no meio do pólo norte. Só que agora, parecia que eu não estava mais isolada de todos os sons e parecia que eu estava em uma praia tropical, alguém tentava falar comigo. Então me desesperei.
Me lembrei que se eu morresse, estaria matando outras pessoas junto comigo. Edward, meu pai, meus amigos. Comecei a tentar correr para algum lado e quebrar o vidro que me impedia de chegar naquela praia quente, embora eu ainda estivesse ligeiramente fria.
“Bella” Ouvi um sussurro muito baixo.
“Willow, é você?” Tentei me mover. “Willow me ajuda! Willow!!!”
“Bella, me diz, Bella você está bem?”
“Eu não sei, parece que me sinto pesada, eu sinto frio.” Tentei descrever mais ou menos o que eu estava sentindo, mas era meio impossível.
Ás vezes a sintonia sumia. Eu não ouvia mais Willow, eu não ouvia mais nada. Então tudo mudou. Era como um pesadelo ou sei lá o que, porque agora eu estava na ponta de um desfiladeiro, atrás de mim havia uma trilha, mas era escura e eu não sabia se queria ir por ali. Á minha frente havia um longo precipício, que era rugido por uma orquestra de ondas altas e fortes que batiam nas pedras pretas abaixo de mim. Me dava medo.
Somente duas coisas passavam por minha cabeça – se é que eu tenho cabeça – nesse momento. A primeira é que se eu pulasse, poderia morrer. A segunda, é que se eu entrasse na trilha escura, ao sabia onde iria sair. Então, logicamente – isso é bem óbvio – descartei pular do penhasco, porque até para uma estado-indefinido que eu era, eu acabaria mal, com certeza aí eu morreria. Se eu entrasse na trilha escura, quem sabe eu não acho uma saída.
Então cheguei a uma conclusão.
Eu não estava morta, mas estava quase. Se eu quisesse viver, teria de – mais uma vez – criar coragem e seguir em frente. Digo mais uma vez porque a primeira foi quando eu continuei com Edward, mesmo sabendo sobre ele. Depois, quando ele foi embora, não sei se foi algo muito digno de ser chamado de coragem, acho que estava mais para valentia ou até covardismo. A ultima vez foi quando Victoria apareceu. Então eu decidi.
Eu era uma bruxa, era imortal e tinha a chance de viver o meu “para sempre” ao lado do meu vampiro. Porque eu podia faze-lo feliz, eu tinha a chance de ser imortal e mortal ao mesmo tempo, sei que isso o deixava muito feliz. Então eu comecei a andar pela trilha, que ficava escura e deixava os rugidos das ondas para o fundo, distantes.
POV de Edward
Bella estava em minha cama, na minha casa em Forks. Todos estavam aqui. Até o Bill, que arranjou um jeito de vir até aqui. Charlie também, estava muito preocupado. Ah, claro, Jacob veio ver Bella também. Isso foi interessante. Jacob achou que eu tinha transformado Bella em uma vampira quando a viu branca-pálida daquele jeito. Ele xingou a todos nós e a Willow também. Eu fiquei com raiva, queria voar em cima dele, mas Esme me parou. Willow tinha ameaçado Jacob, que ficou – realmente – morrendo de medo dela. Então, um pensamento alvoroçado interrompeu nossa discução.
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POV de Bella
A trilha continuava escura, mas era pior, era uma floresta escura. Vários caminhos se abriam e eu ia entrando por eles sem pensar. Alguns davam no mesmo lugar outros me levavam a um lugar mais claro e um pouco mais aberto. Eu imaginei estar chegando perto do que quer que fosse, porque eu caminhava com mais facilidade e não me sentia mais fria e cansada. Me sentia bem, um pouco bem.
E então eu tropecei.
Até em sonho ou o que quer que isso seja, eu consigo tropeçar. Mas só quando olhei me dei conta. Gramado verde, flores roxas e brancas, sol, uma brisa fresca. Era a minha clareira. Minha confusão tinha passado e vendo-a, eu podia ter certeza que estava dormindo e com certeza, alguém diria que eu estou bem. Minha família não sofreria.
Eu suspirei e pisquei tentando focar meus olhos em algo.
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Eu confio em você, mas se algo acontecesse eu seria o primeiro a mata-la. Também amo você, Bella. – Edward me beijou. – Você é a lua da minha noite, sabe disso.
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