Vida De Monstro - Livro Três - A Guerra escrita por Mateus Kamui


Capítulo 14
XIV - Will


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo fresquinho para todos, capitulo com um pouco de ação e novos deuses aparecendo na parada



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XIV – Will

Quando falaram que os deuses estavam de volta isso causou muito alvoroço e preocupação, com um bom motivo obviamente. Os deuses podiam manipular as dimensões, seja mudando suas formas, seja trazendo de volta coisas que deveriam estar mortas ou destruídas como certos monstros, itens místicos e até mesmo semideuses. E era isso que acontecia.

O povo grego era interessante, um povo culto, cheio de sábios filósofos e pessoas de patamar mental elevado, mas também cheia de excelentes guerreiros e eu estava de frente para esses excelentes guerreiros.

A minha frente se mostravam dois homens que usavam apenas lanças como armas, um vestia apenas uma sunga e um capacete, o outro vestia uma calça e usava um peitoral de bronze adornado com desenhos de bigas além de calçar um par de botas de cobre e portar um capacete de cobre. Havia um terceiro, mas ele estava lutando com Amy e ele não usava armadura alguma igual ao homem de sunga, só que o adversário de Amy usava uma calça pelo menos:

-Você luta bem para um ser do submundo – disse o homem de sunga com uma voz tão grossa que parecia mais um trovão

-E você luta bem para um meia-vida

-Eu fui o melhor de meu povo, disso não tenha duvidas, eu sou o grande rei Leônidas de Esparta – o homem bateu sua lança no chão e urrou três vezes

-E eu fui o melhor do meu povo – disse o homem de armadura de bronze – Sou o general Heitor de Tróia

-Interessante – disse girando colocando meu braço quebrado de volta ao lugar, os dois eram fortes e juntos eram muitos mais – E quem seria o terceiro?

-Ele não é como nós, ele tem o sangue dos deuses – disse Leônidas preparando sua lança para mais uma investida

-Aquiles é seu nome – disse Heitor e ódio queimou nos olhos do general troiano

-Aquele que causou sua morte? – perguntei e pela cara de Heitor eu estava mais do que certo – Interessante, jamais pensei que se voltasse a vida estaria do lado dele

-E não estou – vi um sorriso surgindo no rosto do antigo general quando ele avançou na minha direção

Uma lança da direita e outra vinda da esquerda, ambas mirando bem no centro dos meus pulmões, eles sabiam que aquilo não seria o suficiente para me matar, mas se ambos me acertassem em cheio eles poderiam me imobilizar e aí teríamos um problema.

Poderia me transformar, mas não acho que seja necessário contra os dois, grandes guerreiros, sobre-humanos em questões de habilidades de combates, mas não deuses.

As duas lanças arranharam as laterais do meu abdômen, mas foram apenas arranhões. Agarrei ambas as armas e as parti com um forte apertão e joguei os pedaços para longe de seus donos. Os dois me encaravam, mas não abalados, era quase como se finalmente pudessem lutar a serio de verdade.

Os dois vieram com os braços prontos para desferirem uma sequencia de socos, mas mesmo sendo dois e velozes eu consegui escapar dos golpes e acertar um gancho no rei Leônidas que nem mesmo se moveu. O homem me agarrou pelo braço me erguendo do chão e me acertou um poderoso soco direto na cara, senti meu nariz quebrar e um rasgo se abrir no lado esquerdo do meu rosto.

Cai no chão girando no ar e bati o peito no chão, antes que pudesse me mover o rei já estava em cima de mim me aplicando uma espécie de chave de perna bem mais forte do que eu pensei que ele poderia fazer. Tentava sair, mas era difícil e tive que recorrer as chamas acertando um golpe flamejante que tirou Leônidas de perto de mim.

Antes que pudesse me levantar direito Heitor chegou pelas minhas costas e me deu um golpe direto no pescoço quebrando dois ossos, um deles foi para fora e o outro perfurou minha laringe e teria sofrido bastante se não tivesse eu mesmo posto no lugar os ossos quebrados. Aquilo era mais do que eu precisava pra saber que não deveria brincar com aqueles dois ali.

Recheei meus braços com fogo e avancei antes que os dois pudessem me acertar. Abaixei escapando de um chute de Leônidas e lhe acertei um soco explosivo bem entre as suas costelas fazendo o rei cair para o lado com um buraco na lateral do seu corpo. O rei estremeceu e antes que Heitor pudesse ajudá-lo olhei para ele e concentrei meus poderes no corpo do general que rapidamente começou a gritar de dor. Eu estava aquecendo as placas de cobre da sua armadura fazendo com que elas atingissem tal temperatura que parecia que ele estava sendo queimado em uma fogueira, o general tentava tirar as peças da sua armadura, mas elas já estavam tão quentes que queimaram sua pele e se grudaram aos seus músculos.

Rei Leônidas tirou minha concentração tentando me atacar e o calor parou de aquecer a armadura, mas já era tarde demais, dentro da armadura só existia apenas um amontoado de músculos queimados exalando um cheiro de carne queimada muito forte.

Enfiei minha mão dentro do buraco na lateral do corpo de Leônidas e concentrei minhas chamas ali, por fora o corpo dele parecia intacto, mas por dentro todos os seus órgãos e ossos estavam queimados junto de parte dos seus músculos.

Olhei na direção de Amy e ela estava sentada em uma pedra brincando com a sua adaga e me encarando com um sorriso:

-O que você está fazendo aí parada? – indaguei me aproximando, não era legal ver ela ali despreocupada enquanto eu ainda regenerava meus ferimentos

-Vamos dizer que eu descobri que a tal pele indestrutível de Aquiles não era tão boa assim – me virei na direção do guerreiro grego e vi apenas um corpo sem uma mão, metade de uma perna e um rasgo na garganta de onde escorria ectoplasma negro – Minha adaga é melhor do que eu esperava, cada dia ela parece melhor

-Ou então você é que está melhorando e ela está respondendo a isso mostrando cada vez mais do que é capaz

-Você deve ter razão – Amy tocou sua tatuagem mágica que brilhou ao seu toque – É difícil cancelar o poder dessa coisa aqui e impedir que o espírito manipule meus pensamentos e sentimentos, mas estou indo bem

-Mas para isso acabar temos que matar Robert Flamel, faz tempo que não o vemos

-E minha mãe também não o vê, ele parece ter desaparecido do mundo ontem e nem mesmo ela consegue rastreá-lo

-Os caçadores não têm noticias dele?

-Não, mas não deve tardar, os rastreadores dos caçadores são tão bons quanto qualquer magia ou até melhores, meu pai avisou que ele era um bruxo que estava envolvido com Zan e eles não perderam tempo

-Ninguém ainda descobriu sobre os outros não é?

-E nem vão, pelo menos eu espero isso, precisamos de magos e caçadores para vencer os deuses mesmo que pra isso a gente tenha que omitir a existência dos magos

-Mas algo me diz que esse mistério não vai mais durar tanto tempo assim Amy, com toda essa guerra parece que algo muito ruim está vindo e junto com ele algo me diz que os magos podem não sobreviver

-Não fale isso nem de brincadeira – ela me deu um soco no braço e começou a andar, estávamos na base do monte Olimpo, a montanha original que havia na Grécia, ela era uma espécie de portal que levava para o verdadeiro monte Olimpo, a parte divina dele onde Zeus e seus outros deuses estavam escondidos, tínhamos que chegar e fechar o portal e dessa forma prender os deuses gregos no seu próprio mundo, ia ajudar bastante na guerra

Nossa caminhada não era fácil, era quase como se montanha não nos quisesse ali e parecia estar tornando nos mínimos detalhes nossa caminhada mais difícil, o ar parecia estar ficando rarefeito absurdamente rápido, como se não estivéssemos a duzentos metros de altura, mas sim a mais de seis mil metros, as pedras pareciam muito mais lisas e íngremes e quase escorreguei duas vezes. O ar estava ficando rarefeito, mas algo ao nosso redor parecia ficar mais denso a cada passo:

-A concentração de éter está aumentando, os deuses estão por perto

-Como pode ter tanta certeza?

-Eu posso “compreender” as formas de energia Will e já estou lidando com a energia dos deuses a um bom temo pra ser capaz de reconhecê-la de longe

-Mas ainda não estamos nem perto do topo

-Não importa mais Will, os deuses greco-romanos voltaram com tudo, eles provavelmente são os que estão em maior número atualmente e Zeus deve ser o deus mais forte atualmente, o poder de todos eles juntos já deve estar começando a afetar o planeta e isso eu sei por que da pra sentir o éter se fundindo a energia do planeta e alterando-a Will e isso é ruim, muito ruim

Estávamos mais atrasados do que o esperado, assim que impedimos Odin de ressuscitar os deuses nórdicos restantes e assim ajudar no curso da guerra a nosso favor e ajudamos os anões matando dessa forma mais um mago meia-vida estávamos vindo acabar com os planos dos deuses gregos e assim garantir nossa vitória, mas estávamos atrasados.

A subida parecia impossível e não devíamos ter subido nem mesmo quinhentos metros dos ...... era realmente cansativo e chato e os deuses obviamente estavam dificultando a nossa subida, se continuássemos naquele ritmo nunca chegaríamos lá a tempo de fazer alguma coisa:

-Segure firme ai – disse apoiando Amy nas minhas costas e olhando para cima

-O que vai fazer?

-Acelerar nossa caminhada e por isso que você se segure bem mesmo, nós vamos ir bem rápido

-Você acha que eu sou uma criança ou o que? Eu sei me segurar e mesmo que você não me pedisse eu ia te agarrar mesmo

Não consegui controlar um último sorriso pelo comentário antes de me concentrar e começar a correr de verdade. Sentia o ar e pedregulhos rasgando minha pele de tão rápido que eu ia, por sorte ou azar o ar era tão rarefeito que mal havia ar para rasgar minha pele a tal velocidade, superava facilmente dois mil quilômetros por hora, tão rápido que qualquer vacilo e Amy morreria, na verdade acho que ela já deveria estar morta, mas algo me dizia que ela continuava viva e que eu não deveria parar.

Quando finalmente chegamos ao topo do monte eu parei, alguns bons segundos depois eu já estava desacelerando para poupar o corpo de Amy da inércia, mesmo que duvido que ela estivesse inteira depois de andarmos a mais de dois mil quilômetros por hora. Para minha surpresa ela estava.

Ela simplesmente desceu das minhas costas e limpou uma pouca poeira que estava sobre a sua calça, ela parecia perfeitamente bem:

-Demorou demais, se fosse pra ir tão lento eu mesma teria usado um feitiço de aceleração – disse Amy dando uma rápida ajeitada no cabelo e indo bem para o centro do topo do monte

-Como fez isso?

-Achou que eu ia morrer? Você queria que eu morresse?

Ela veio na minha direção com uma cara de raiva e por um instante perdi as palavras sem saber o que dizer naquela situação e ela pareceu perceber isso já que quando pensei que tomaria um soco bem no meio da cara ela se pós a rir:

-Do que está rindo? – eu não vi a mínima graça naquilo

-A sua cara de idiota, parecia um garotinho idiota sem saber o que falar, se tivesse visto também estaria rindo

-Quando parar de rir vai me explicar como está até melhor do que eu?

-Eu só usei uma magia de proteção, nada demais, nenhuma das que eu conhecia seriam boas o suficiente realmente, mas fiz uma rápida analise na proteção de Aquiles e usei os conhecimentos adquiridos para melhorar o feitiço

-Já disse que a cada dia que passa tenho mais medo dessa sua “analise” que você consegue fazer sobre as energias místicas

-E deveria ter – ela disse erguendo meu queixo com a ponta do dedo indicador e então se sentou no centro do topo do monte – Agora temos que passar pelo portal

-Não podemos simplesmente fechá-lo logo?

-Não, tem muito poder etéreo do outro lado e isso está atrapalhando

-Como?

-Não sei, só que parece que é tanto poder que o portal simplesmente ano consegue mais sequer ficar fechado por um único segundo

-Então temos que diminuir esse poder? Ou seja, matar um deus ou outro

-Não precisa ser tão extremista assim, só preciso de um tempo do outro lado para gerar uma barreira temporária que impeça a energia etérea de mexer com o portal, ai nesse espaço de tempo que a barreira atuar eu fecho o portal definitivamente, uma vez fechado os deuses não vão poder abri-lo mesmo que dobrem seu número

-E eles podem dobrar, na verdade acredito que possam facilmente triplicar esse número se dermos uma oportunidade, temos que matar algum

-Se você quer tanto assim arranjar briga com uma criatura mais forte com você vá, eu é que não vou, tenho que fechar um portal e não posso lutar

-Se Oberon e Alatariel estivessem aqui

-Mas não estão, eles tem que ir ver como está o despertar dos deuses latino americanos

-Sim eu sei Amy, eu sei

-Então pronto Will, não precisamos lutar, se eu fechar o portal nenhum deus sai e nenhum deus entra mesmo os que renascerem

-Mas e se eles se unirem a mais deuses de outros panteões e conseguirem manipular a realidade ao ponto de abrir o portal

-Você está muito pessimista

-Você é que parece que teve um surto de otimismo nos últimos dias

-Verdade não é? – ela não conseguia parar de sorrir, ela realmente parecia infinitamente mais confiante e não achava isso ruim, só que ela estava parando de ver os prováveis erros dela e isso não era bom – Mas não se preocupe Will eu não vou falhar, o problema é só a questão do tempo pra eu lançar o feitiço de proteção e depois o de fechar o portal, talvez nesse tempo você possa até realmente matar um deus, se eles vierem um por um contra você e não todos de uma vez como eu faria na situação deles

Suspirei e simplesmente me sentei ao seu lado esperando ela ter acesso ao portal, algo que não demorou. Em menos de um minuto uma espécie de porta dourada enorme apareceu na nossa frente, haviam várias escrituras em grego na porta, não sabiam o que significava, mas sabia que era grego pelo formato das letras utilizadas:

-Vamos lá – Amy me levantou oferecendo a mão e juntos passamos pelo portal

Era simplesmente lindo, essa era a palavra que descrevia o verdadeiro Olimpo, a cidade dos deuses Greco-romanos e que parecia ser banhada no puro mármore. Todas as construções eram exatamente iguais as de uma típica construção grega, mas maiores de feitas de um tipo de mármore único, um mármore quase divino e que brilhava em um tom branco que mais parecia prateado. Não haviam pessoas nem animais nas ruas, mas mesmo assim alguns pilares tinham pratos de óleo que queimavam iluminando a cidade que era banhada por um noite estrelada onde era possível ver perfeitamente toda a via láctea, como se estivéssemos a poucos metros dela.

Amy ficou parada exatamente na entrada do portal com sua adaga negra e me encarando:

-Onde estão os deuses? – ela perguntou e tinha que concordar, estava sendo fácil demais

-Não sei, devem estar ali – apontei para a maior construção dali, algo que deveria ter facilmente três andares de altura e que ficava de frente para nosso caminho mesmo estando a centenas e centenas de metros de distancia

-Sim, o éter emana de lá, os deuses estão ali, mas não parecem ter percebido a gente então vamos aproveitar e colocar logo esse feitiço

-A gente virgula, você meu amoré que vai botar o feitiço, eu só vou ficar sentado feito um idiota aqui

-Você realmente esta estressado por não lutar com nenhum deus não é?

-Faz parte da minha natureza

-Certo então pegue a sua natureza e vá dar uma investigada, em silencio, não podemos alertar os deuses

-Eu sei, não sou um idiota sabia disso?

-Tenho minhas duvidas – dei língua para ela e ela simplesmente se pós a rir bem baixinho enquanto andava em direção aquela construção

Minha curiosidade queimava dentro de mim, eu na verdade gostaria de ficar ao lado dela e simplesmente irmos embora sem luta alguma, lutar é algo que só deve ser feito quando necessário e naquela situação não era, mas algo me arrastava para a luta, uma sede de sangue anormal me arrastava até aquele enorme e belo prédio que a cada passo parecia mais sombrio.

Não precisava realmente entrar no prédio, estava a mais de vinte metros dele ainda, mas com minha super-audição eu já conseguia ouvir algumas palavras, me aproximei mais para não ter problema algum e me escondi atrás de uma pilastra de mármore a três metros de distancia da construção:

-O mundo de hoje é realmente muito diferente do que foi na nossa época – disse uma voz desconhecida, mas masculina

-E isso eu sei muito bem meu amigo – disse outra voz masculina – Os humanos mudaram a tal ponto que até seus mitos sobre a minha persona mudaram, devo dizer que se não fosse pelo menos nome jamais lembraria quem eu sou

-E não só em crenças que eles mudaram meu querido Kratos – disse mais uma voz masculina – Suas festas também melhoraram muito

-Você só pensa nisso Baco – disse a primeira voz masculina

-E você só pensa em guerras Marte nem por isso reclamo

-Mas as guerras são o ápice de um povo Baco, você sabe o poder de um povo com a guerra, os maiores avanços tecnológicos vieram com a guerra e não nas épocas de paz, e é com a guerra que vem dinheiro, dinheiro que financia suas amadas festas deus boêmio

-Calado deus sanguinário

-Calados os dois! – gritou uma quarta voz, uma poderosa voz que era parecida com um trovão, não da mesma forma da voz de Leônidas, mas de alguma forma realmente parecia um trovão como se sua própria boca fosse uma poderosa nuvem de tempestade – Vocês são irmãos e não gostaria de ouvir mais discussões entre vocês

-Mil perdões meu amado pai – disse a voz de Baco – Não era meu objetivo irritá-lo

-Não me interessam seus objetivos nem o de nenhum de vocês, nós só temos um objetivo principal e jamais se esqueçam disso

-E com isso vira a guerra – disse Marte

-Sim vira a guerra se nosso objetivo se concluir, mas temos que esperar os outros retornarem

-Lesados malditos – disse uma nova voz – Onde está Hades irmão?

-Morto Posêidon, ele retornou antes de mim e foi direto para o inferno em busca e suas terras e foi derrotado, é digno de nota que ele não estava como Hades, mas sim como Plutão

-No fundo ele sempre preferiu a forma romana diferente de nós dois mesmo que eu não entenda porque você preferia ser Zeus no lugar de Júpiter

-Por que você prefere ser Posêidon e não Netuno?

-Porque o nome Netuno não carrega o mesmo poder, parece que os humanos ganharam mais admiração pelo meu nome do que no passado

-Foi o que eu disse – falou a voz de Kratos – Eu que antes sequer era venerado agora fui um dos primeiros a voltar e dezenas de vezes mais forte do que fui no passado

-Isso é verdade, você sempre foi um dos mais inúteis entre seus irmãos – disse Marte com desdém na voz

-Não precisa me lembrar disso pai, mas a culpa não era minha se as pessoas preferiam Nêmeses e Nike, por sinal soube que Nike está de volta, mas ela ainda não apareceu

-Não, aquela estúpida provavelmente está junto de Palas Atena, ela sempre preferiu minha irmã a mim

-E ninguém pode culpá-la por isso – disse Baco e alguns risos foram escutados e alguns vieram de vozes que eu não reconhecia, haviam mais pessoas ali mesmo que ainda não tivesse falado

-Solte mais uma injuria sobre a minha pessoa e acabo com você bebarrão! – gritou Marte furioso

-Eu digo o mesmo pavio curtíssimo!

-Calados! – gritou Zeus e ambos se calaram, todos se calaram – Não me façam acabar com vocês, meu senhor Babalathe precisa de todos nós, mas não me importaria de acabar com ambos

-Ele me faltou com respeito pai – disse Marte ainda com raiva

-Não me importa seu respeito Marte, você tem um planeta em seu nome e deveria ficar satisfeito

-Ora é verdade, e Baco não

-É porque ainda não encontraram nada tão grandioso ao ponto de nomearem com meu nome – risos foram soltos e dava para sentir o ódio de Marte

-Um bastardo como você deveria ficar quieto! – grunhiu Marte e vi uma nova massa de ódio surgir, era de Baco

-Bastardo?! – o deus do vinho estava irado, talvez até mais do que o deus da guerra – Agora você me paga Marte, mesmo que meu pai me mate eu garanto que de hoje você não passa

-E devo dizer que Baco não está sozinho – disse uma nova voz – Eu Apolo também me ofendi com tal comentário que obviamente não ofendi apenas Baco, mas a mim e todos os outros filhos de meu pai que não são filhos dele com Hera

-E foi uma ofensa a todos – gritos dominaram o local após a frase de Marte e mesmo com exigências de Zeus os gritos não cessaram

Vi um sombra passando próximo de mim e quase perdi o fôlego quando vi duas mulheres passando a poucos metros de mim e uma delas carregava uma desacordada Amy. A mulher que carregava Amy possuía um par de asas e usava apenas um vestido branco enquanto a outra vestia também um vestido branco, mas usava um elmo e carregava um grande escudo com o desenho de uma górgona. A mulher que portava o escudo abriu a porta da construção e os gritos cessaram:

-Vejo que mesmo depois de todos esses milênios vocês não perderam o vigor – disse a mulher portadora do escudo

-Palas Atena, finalmente minha filha – disse Zeus

-E não venho sozinho meu pai, veja o que eu e Nike achamos na porta do Olimpo – não podia ver, mas sabia que a mulher mostrava Amy

-Uma humana?

-Sim e ela praticava magia, uma magia para selar nosso portal

-Que bom que você a impediu Atena, como esperado de minha adorada filha

-Ela sempre foi a predileta – grunhiu Marte

-E por um bom motivo Ares, ou Marte, não faz diferença para mim, eu sou a melhor e posso provar isso facilmente

-Como maldita?

-Um duelo, escutei seus gritos e sei que ofendeu nossos irmãos e acho que eles também querem um duelo então sugiro um combate triplo, o meu lado e de Nike, contra o lado de nossos irmãos bastardos Baco e Apolo e contra o seu lado que só tem você

Ninguém ousou falar até que Zeus se pronunciou:

-Que assim seja, escolham seus campeões e o lado perdedor terá todos os seus representantes mortos, e devo dizer que haverão dois lados perdedores

-Pensei que não quisesse perdas de deuses irmão – disse Posêidon obviamente preocupado com a situação

-E não queria, mas se assim tiver que ser então assim será, mestre Babalathe não vai querer estúpidos do lado dele na guerra então já vamos livrá-lo de alguns estúpidos, agora apresentem seus campeões!

-Eu não preciso de campeão nenhum – disse Marte girando algo no ar e devia ser uma espada – Eu sou o melhor e sou meu próprio campeão

-Que seja, não me importo, próximos

Dava para escutar cochichos vindo de Baco e de Apolo e então uma terceira voz se meteu nos cochichos, era a voz de Kratos:

-Nosso campeão foi decidido – disse Baco – E ele será Kratos

-Como ousa moleque? – perguntou Marte

-Você sabia “pai” que hoje em dia os humanos mudaram partes do meu mito não sabe? Uma dessas partes é que eu nem mesmo sou um deus, eu não tenho nada em comum com meu antigo eu, mas ainda assim eles usam meu nome e por isso ganho poder, mas pago o preço de ter minha personalidade mudada, ago que não me desagradou

-Desembuche logo pirralho

-Na minha nova crença eu sou filho de Zeus e não seu, sou um semideus espartano e não um deus e só atingi a divindade porque matei um outro deus, você pai

-E acha que porque os humanos acreditam que você é capaz disso você poderia me vencer?

-Não tenha duvidas

-Agora que venha o terceiro campeão – disse Zeus antes que pai e filho discutissem mais

-Eu escolho o homem que está ali fora – disse Atena e senti um frio me dominando, era mais do que obvio que ela só poderia estar se referindo a um homem, eu 


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Notas finais do capítulo

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