Daes escrita por Victoria Oliveira


Capítulo 4
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Bem mais um capítulo saindo gente, estou vendo que tem pessoas gostando isso é ótimo, continuem assim, e obrigada pelos elogios. Boa Leitura



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 Ter encontrado Marcos foi um momento de sorte realmente, Marcos era só uma criança traumatizada com as imagens da mãe sendo sugada viva por um DAE, mas eu prometi cuidar dele até aonde eu conseguia cuidar, mas a questão é:

 Eu consigo cuidar de mim mesma? 

 - Marcos: Victoria, eu estou com fome.

 - Eu: Eu sei estou procurando, alguma coisa que não esteja congelada e que seja forte o bastante pra vocês se aquentarem em pé.

 - Erick: Victoria, pretende dar legumes a ele? De um Salgadinho! Ele é uma criança! 

 - Marcos: É eu sou uma criança, quero salgadinhos, não legumes

 - Eu: Ta bom ta bom, toma - peguei um salgadinho qualquer da pratileira e entreguei a Marcos, que afobado rasgou o saco e devorou os salgadinhos de dentro.

 - Erick: Pronto ta Alimentado! 

 - Eu: Será que ainda tem água? - minha boca estava tão ceca que era capas de rachar.

 - Erick: Não sei, fique aqui com Marcos vou ver. - Erick se levantou da cadeira e entrou na escuridão pra procurar água.

Vendo Erick andando pude perceber que seus braços eram bem malhados e poderia apostar que por traz daquela polo azul rasgada nas mangas tinha um tanquinho.

 - Marcos: Oque tanto olha Victoria?

 - Eu: Nada! - Acho que eu devo ter babado só pelo pensamento.

 - Marcos: Ta bom. - Marcos deu de ombros, mesmo pra um pirralho que acabava com as flores dos jardins dos vizinhos Marcos parecia um garoto legal. - Hei, me conta como você perdeu seus pais?

 A pergunta de Marcos foi como uma faca no peito pra mim, respirei fundo e recuperei as palavras e disse:

 - Eu: Bem eu tinha 5 anos quando eles morreram, eles eram filhos de sobreviventes dos anos de escuridão, mas eles foram mortos, por terem me contado oque acontece nesta cidade, então eu tive que que crescer ao lado da minha avó e Erick e Michael - tocar no nome de Michel era como enfiar uma faca na garganta.

 - Marcos: Sinto muito. - Marcos pousou a mão na minha perna e a alisou, sorri pra ele e ele retribuiu.

 - Erick: Voltei, e não achei água, nem nas geladeiras, nem nos depositos, em lugar nenhum alguns dos moradores devem ter levado o resto de água que restava. - Erick voltou da escuridão, um pouco mais sujo do que já estava.

 - Eu: E agora?

 - Erick: Aqui perto tem uma usina de água eu posso ir lá buscar água e trazer pra gente.

 - Eu: Você não esta pretendendo ir sozinho né?

 - Erick: Eu tenho que ir sozinho, vai ser arriscado pra vocês dois, fiquem aqui, não vou muito longe.

Me levantei pra poder ficar cara a cara com Erick, mesmo ele sendo um pouco mais alto do que eu.

 - Eu: Me prometa que vai voltar.

 - Erick: Eu prometo. - Erick me deu um beijo na testa e me disse sussurrando - Cuide de Marcos por mim, eu volto logo.

Erick pegou um galão de água que estava no chão jogado e foi porta a fora na escuridão. Ver ele partindo sozinho doia, mas ele me prometeu voltar, e eu acreditava nele.

 - Marcos: Ele vai voltar? 

 - Eu: Tomara.

 Se passaram alguns minutos de silêncio, entre eu e Marcos que já estava se tornando constrangedor, Marcos estava fazendo desenhos na poeira do chão com o dedo.

 - Eu: Oque esta desenhando?

 - Marcos: Nada, só estou rabiscando.

 - Eu: Vou pegar um papel, e um lápis pra você, espera.

Me levantei da onde estava sentada, e fui em direção a mesa aonde Erick antes estava analisando o Mapa, olhei no chão e havia uns papeis jogados e algumas canetas gastas, pequei algumas.

 - Eu: Aqui - entreguei a Marcos, que logo começou a rabiscar, colocando a ponta da língua pra fora, chegou até ser engraçado. 

Voltei até o lugar aonde estava estendido o mapa, e vi os pontos vermelhos que Erick Tinha marcado nele. ''Rua 129 - Casa 3'' era o lugar marcado com varios circulos em volta, acho que seria ali o nosso proximo destino se fossemos atacados por DAES.

 - Marcos: Victoria! - pulei ao ouvir Marcos me chamar e me virei ele estava sorridente.

 - Eu: Oque foi? 

 - Marcos: Olha, Este é você, este sou eu, e este é o Erick. - Marcos apontava para o desenho mostrando cada um, estavamos todos felizes encima da montanha de Hongarley vendo o sol nascer, não pude evitar um sorriso.

 - Eu: Ficou... Lindo. - Quando terminei a frase, Erick chutou a porta do mercado, assustando a nos dois. Coloquei o papel dobrado no bolso da calsa.

 - Erick: Nossa acho que... nunca corri tanto na ... minha vida - ele dizia em pausas cansadas de tanto correr, pelo menos ele havia voltado.

 Me levantei e fui ver oque tinha acontecido 

 - Eu: Você ta bem? Foi Atacado?

 - Erick: Por pouco, mas não - Erick estava mais calmo, mai ainda ofegante.

 - Marcos: Conseguiu trazer a água?

 - Erick:  Sim. 

 - Eu: Senta um pouco e descansa vai te fazer bem, vou procurar uns copos pra vocês beberem um pouco. 

Deixei Erick e Marcos e fui procurar uns copos, ou qualquer coisa que se possa beber dentro por sorte achei alguns, e voltei pro lugar aonde Erick e Marcos riam.

 - Eu: Do que estão rindo? 

 - Erick: Marcos contou uma piada!

 - Marcos: É - os dois se olharam e riram, eu realmente estava perdida nesta história.

 - Eu: Tudo bem, vou ignorar este momento, tomem os copos. - Finalmente água estava com muita cede.

Marcos, depois de ter tomado três copos de água, bocejou, alarmando seu sono.

 - Eu: Acho que é a hora dos bebês dormirem.

 - Erick: Este seus ''bebêns'' foi pra mim também?

 - Eu: Sim foi.

 - Erick: Haha, engraçadinha você! 

Quando menos esperamos, marcos já estava deitado sobre seu braço dormindo, cansado.

 - Erick: O dia foi cheio pra ele.

 - Eu: Pra nós quer dizer!

 - Erick: Da pra acreditar que já faz 2 dias que estamos nisso e aconteceu tanta coisa.

 - Eu: Não, parece tudo um sonho.

 - Erick: Quem dera se fosse só um sonho. - Erick se levantou e foi abrir seu colchão improvisado no chão, fui fazer o mesmo.

 - Erick: Bons Sonhos.

 - Eu: Bons sonhos 

Horas se passaram, e eu ainda não conseguia pregar os olhos, me sentei e virei para Marcos e Erick que dormiam profundamente, já era a 2 vez que eu não dormia, deste jeito não vai me sobrar forças pra cuidar de Marcos como eu havia prometido, eu tentava dormir mas os pensamentos não permitiam, eu tentava não pensar em Michael para a dor de sua perda sempre voltava a me cutucar, e seus gritos ainda ecoavam em minha mente.

 - Eu: Como eu pude deixar isso acontecer? - sussurrei o mais baixo que eu pude, enterrando meu rosto em minhas mãos, para abafar o soluço e as lagrimas que desciam.

 - Erick: Victoria? - quando levanto meu rosto Erick estava na minha frente sentado com as pernas cruzadas, me observando confuso. - esta chorando?

 - Eu: Não foi só um cisco não se preocupe - disse a ele, tentando disfarçar as lagrimas e a voz de choro, mais foi em vão.

 - Erick: Você acha que consegue me enganar? Eu sou seu amigo a 2 anos Victoria, oque ta acontecendo? - ele disse isso se aproximando mais de mim, deixando a espaço entre nos menor.

 - Eu: Esta tudo tão confuso, Michael se foi assim tão rápido e eu não pude fazer nada pra evitar, que tipo de amiga eu sou? 

 - Erick: Victoria. - Erick segurou meu rosto com as duas mãos me fazendo fitar seus olhos castanhos. - Michael se foi, e ele iria querer que eu e você se salvasse, você é a melhor amiga que alguém poderia ter, não se culpe pela morte dele, culpe a mim que não deixou você ir lá e tentar salva-lo, mas sabe o porque de eu não ter deixado ir salvar ele? Porque eu não queria te perder Victoria, e se fosse salva-lo morreria e eu não iria aguentar isso. Porque eu te amo Victoria  

 Meus olhos estavam pasmos arregalados, com a declaração imediata, os olhos de Erick estavam tremulos, suas mãos escorregaram até minha nuca e deixando que seu polegar alisasse minha bochecha devagar, ele foi se aproximando deixando o espaço que ainda restava, inexistente.

 Foi quando seus lábios se encostaram nos meus suaves e macios, ele respirava fundo entre os beijos e carinhos na bochecha, eu passei um dos meus braços por seu pescoço agarrando seus cabelos da nuca, a cada carinho em minha bochecha um descarga elétrica descia sobre minah espinha, causando arrepios em minha nuca e braços, Erick me prensava  contra seu corpo, com desejo, quando foi sessando o beijo aos poucos com selinhos calmos e demorados, ele ainda de olhos fechados sussurou:

 - Erick: Você não sabe o quanto tempo eu esperei por isso Victoria 


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Notas finais do capítulo

Ai esta mais um capítulo, espero que tenham gostado, Até o próximo capítulo



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