Quem sou eu? Que lugar é esse? Me parece tão... familiar. Mas não consigo lembrar. E quem é esta a minha frente? Por que ela é tão parecida com alguém que conheço? Mas... quem? Estendo as mãos para tocá-la. Ela faz o mesmo. Recuo, com vergonha. Dou um sorriso meio envergonhado. Ela parece fazer o mesmo. “Quem é você?” tento perguntá-la, embora não consiga ao menos abrir minha boca.

- Quem é você? – A existência a minha frente pergunta.

- Eu não sei... – lhe respondo, de cabeça baixa. Ergo meu queixo para olhá-la. Ela parece fazer o mesmo. Afinal, quem é ela?

    Ela começa a desaparecer diante dos meus olhos.

- Espere, eu...! – ela diz, erguendo a mão na minha direção. Mas, espere... Esses não foram os meus movimentos? Agora é tarde, ela desapareceu. Ou será que fui eu? Não sei. Só sei que está tudo escuro agora.