Amor E Auto-hipnose escrita por Rdxsan


Capítulo 13
Capítulo 13: Estilete


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 13 :D
Adoro escrever cenas de ação *-*



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A noite traz suas nuvens escuras e seu céu melancólico. O vento ruge suavemente, a lua mostra seu brilho estupefato. As ruas estão nem vazias, nem cheias. Sigo andando em direção ao prédio, o escritório onde meu pai trabalha. Pena que esqueci de pegar meu MP4, eu poderia ir escutando uma bela música, talvez Chemical Emotion da GUMI e da Rin, ou Division --> Destruction of Hatsune Miku... - Sério... eu não sei qual vai ser a minha reação quando eu chegar lá... ou a reação dele quando me ver. O que será que ele vai pensar? "Oh, eu tenho que pedir desculpas a você, meu filho...!" - alguma desculpa idiota. Ele é a única pessoa que mataria minha mãe, pois ela não tinha inimigos, e nem cargo algo no emprego dela, então ninguém sentia inveja dela a ponto de matá-la. Chegando no portão, a empresa que comercializa eletrônicos. Entro normalmente, chegando no balcão, pergunto:

– Poderia me dizer aonde fica o escritório do senhor Olavo Barfield? - sim, meu pai é descendente de ingleses, por isso vive indo para a Inglaterra. - Você tem algum horário marcado? - a atendente pergunta. - Eu sou filho dele, é uma razão suficiente? - pego a identidade e mostro a ela. - Hm... OK, é no décimo-primeiro andar, sala 1109. - ela me devolve a identidade, agradeço e sigo para o elevador. Aperto o botão e aguardo, cantando bem baixo a melodia de Chemical Emotion. Quando o elevador chega, a porta abre. Entro. - Andar? - o ascensorista pergunta. - Décimo-primeiro, por favor. - digo. Então o elevador segue a subir. Estamos apenas eu e ele. - Calor, né? - ele diz, puxando um pouco a gola, mostrando parte do tórax. E eu lá quero ficar vendo isso? Nem está tão calor assim, o ventilador está ligado. - Não acho. - digo, baixo. Quando o meu andar chega, agradeço, e de relance vejo algo como ele me dando uma piscadela. Que merda é essa?? O cara é gay e ficou a fim de mim?? Ah, minha cabeça está girando! Continuo andando, e vejo que estou indo para o corredor errado, quando eu me viro, o tempo para.

Meu pai. Ele tem a mesma reação que a minha, fica paralisado. Ambos nos olhamos, e ele tenta gaguejar algo, eu tento dar impulso com o pé para correr, mas não consigo parar de ficar com raiva, uma raiva tão forte que me prende ao chão. - Cha... Charles... va-vamos... ao meu escritório. Vem. - ele se vira e o tempo volta a fluir normalmente. Sigo-o, com o punho cerrado, tremendo de tanta força.

Charles POV Off

Emily POV On

– Mãe... pelo amor de Deus, aonde o Charles foi a essa hora?! - pergunto. - Ele deve ter ido a uma delegacia, não sei filha... Calma. - minha mãe sempre consegue me acalmar nessas horas. Junto as mãos e começo a rezar para não acontecer nada de ruim com o Charles.

Emily POV Off

Charles POV On

Estou em pé, do lado do computador do meu pai, enquanto ele foi pegar cappuccino. Incrível como ele é cínico, sabe o que fez e consegue ter essas atitudes... Vejo ele voltando com duas canecas - provavelmente da Wedgwood.. Ele coloca as duas em cima da escrivaninha e se senta na cadeira, girando-a até se virar para mim. - Filho... por qual razão... você sumiu?? E que cicatrizes são essas no rosto?? - ele pergunta. - Incrível que o senhor conseguiu me reconhecer. - digo. - E-eu- interrompo meu pai - O que você fez depois de ter saído de casa? Voltou para lá alguns dias depois né? E fez o que fez!! - começo a puxar a gola da blusa dele. - Fiz o quê?! - ele pergunta. - MATOU MINHA MÃE!! DESGRAÇADO!! - as lágrimas começam a cair pelo meu rosto. Levanto o punho e tento socar o rosto de meu pai, mas ele consegue defender, a cadeira cai. Me distancio um pouco. - POR QUAL RAZÃO VOCÊ FEZ ISSO?? - grito. - Você... sua mãe... sinceramente, quer saber? Foda-se tudo isso. Não aguentava mais o trabalho de sua mãe, ficava fora de casa o dia inteiro, nem nos falávamos direito, isso já tava me enchendo. Procurei uma amante, e daí? - que nojentas essas palavras vindas do meu próprio pai... - ISSO AINDA NÃO É JUSTIFICATIVA! - grito. - Ela não tentou me matar com aquela faca, e acabou cortando seus dois dedos? Matei-a antes, oras. - um golpe fatal no meu corpo todo. Ele corre em minha direção, rapidamente olho para o lado e arranco o monitor da mesa, rasgando os fios. - Você não vai conseguir fazer nada! Nem tente! - jogo o monitor na direção dele. Ele corre para o canto do escritório, e eu para o outro. - VAI PAGAR PELO O QUE FEZ! - pego a impressora e também a jogo, são vários destroços pelo chão. Então agora eu vejo ele pegar o mesmo monitor quebrar e jogar em mim. Merda, sou acertado em cheio.

– Ugh... - caio no chão, e um pote está na beira da mesa, que acaba caindo e espalhando uns materiais no tapete felpudo. Vejo uma caneta, pego-a, meu pai segue correndo atrás de mim, me levanto, mas caio, e deixo a caneta cair no chão, ele a pega e desce com tudo na minha perna. - AAAAAAAAAAAAAAAAAH! - grito de dor, tento me arrastar por de baixo da escrivaninha, ele também acaba escorregando nos materiais do chão, pego o estilete, bato com a cabeça na parte de baixo da escrivaninha por causa da pressa, e a CPU cai nas costas dele. - Desgraçado... - ele me puxa pela perna e vai me arrastando por baixo da escrivaninha, com uma tesoura na mão. Ele está com metade do corpo embaixo da mesa... ele tenta me furar com a tesoura, mas consigo bloquear de raspão com o estilete, que o faz errar. Num movimento rápido, corto-o. O sangue espirra na madeira da escrivaninha. Quando eu fui ver aonde cortei, cortei-o no olho esquerdo. - Aaah... AAAAH!! AAAAAAAAH!!! - saio logo de baixo da escrivaninha e a derrubo em cima dele, e corro para o banheiro. Vejo ele conseguir levantar da escrivaninha, e ele tenta segurar o sangue com as duas mãos, e segue cambaleando até onde estou. Rapidamente fecho a porta e tranco. Coloco as duas mãos na cabeça. Que merda eu estou tentando fazer com um cara bem mais forte e resistente do que eu??

PAF! - sou jogado para frente por causa do impacto na porta. Que merda foi essa?? Então percebo que ele está tentando arrombar a porta com a força do pé. - ABRE ESSA PORTA, CHARLES!!!! - ele segue a gritar. Ainda estou com o estilete na mão. Ele continua chutando. Eu tento segurar o impacto, mas é inútil, ele consegue abrir a porta na base da porrada, e rapidamente me desvio da porta que foi com tudo no espelho. Ele vem na minha direção e segura minha cabeça, o estilete cai no chão. - Agh... me... so-l-taa..!! - ele vai arrastando meu rosto contra a parede, e abaixa, colocando-me contra o vaso sanitário. - Você... não vai falar para ninguém... o que eu fiz..!! - ele coloca meu rosto na água, não consigo respirar. Vou apalpando o chão a procura do estilete que deixei cair, então consigo pegar. Levanto meu braço e vou tentando cortá-lo em todos os lugares, sinto que o cortei no braço, mas chega uma hora que ele para de forçar minha cabeça contra a água do vaso. Ele cai no chão, finalmente consigo tirar a cabeça de dentro da água, e vejo minha mão direita vermelha, o estilete também me cortou. Deixo o estilete cair no chão. Vou me virando lentamente, vejo sangue espirrado por todo o lado. Quando me viro totalmente, vejo meu pai agonizando no chão, com um corte no pescoço. Tento sair logo, mas ele puxa minha perna, caio no chão.

– Ainda... não morri... - ele sorri, me puxando ainda mais e mais, e empunha o estilete na outra mão.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo, em breve:
Homem e homem.



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