Bad Angels escrita por Gabs Pie


Capítulo 3
I'm an Angel


Notas iniciais do capítulo

gente gente, escrevi pelo iPod, então talvez tenha algumas coisinha erradas, mas bah, vejam ai se gostam >



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/292657/chapter/3

Eu quase sentia a maciez da figura a minha frente, tentei passar a mão, mas desintegrou-se. Eu estava tocando obviamente uma nuvem, aquela que impedia dos raios dourados me cegarem novamente, enquanto eu tentava entrar naquele bolinho de algodão tão lindo.

Estava tudo tão brilhante e reluzente que eu podia ficar ali para sempre. As nuvens, o céu, a luz e... Minhas asas. É, eu tinha asas lindas e enormes, eu parecia um anjo. Não era como o Halloween do ano passado, parecia... Real.

E eu não estava sozinha. Ali parecia ter mais anjos, mas o que mais estava a minha frente era alto, loiro e brilhante. Não como glitter, como luz mesmo, era como se eu olhasse o sol. Eu mal abria os olhos direito, aquilo estava me cegando. E eu tive que me encolher e apoiar a cabeça nos joelhos, minha cabeça doía muito, e um barulhinho de celular não ajudava.

Espera, celular? Abri os olhos.

Outro sonho, bah.

Na tela do meu celular marcava um SMS. Desbloqueei.

E, cara, era do David!

"Chega um pouquinho mais cedo hoje? - D."

Ok, para tudo. Sentei na cama já pensando na roupa. É lógico que eu ia mais cedo.

Mas alguma coisa me fez deitar de novo. E não, não era o sono. Eu estava praticamente sendo puxada de volta, havia alguma coisa pesada nas minhas costas.

Olhei para trás e entrei em choque. Havia asas - sim, asas - nas minhas costas. E elas pesavam mais que minha bolsa do colégio.

Dei o maior impulso que consegui no colchão e levantei correndo até o banheiro. DROGA DROGA DROGA, ACORDA. Eu juro que tive vontade de chorar, como isso aconteceu? É alguma brincadeira de mal gosto, mesmo não tendo nenhuma explicação plausível, é só uma idiotice do meu irmão. Com certeza, afinal, eu não era nenhum anjo, pássaro e nem nada parecido. Eu saberia se fosse.

Voltei para cama e me cobri. Fechei os olhos o mais forte que pude, era como eu voltava de todo sonho, né? Tinha que ser, apertei meus ombros me abraçando e tentando não encostar nas penas branquinhas. Droga, eu precisava acordar, David estava me esperando no colégio. Quer dizer, se isso não tivesse feito parte do sonho também. Não, não, não, a única coisa que eu notara era que o quarto tinha ficado mais frio, significavelmente mais frio. Tentei abrir um olho, e aquela luz dourada tomara conta da visão, isso não está acontecendo, não pode.

– Susan? - Uma voz quase familiar me chamou. Quer dizer, não, definitivamente não era familiar.

Tentei abrir os olhos novamente, dessa vez, um menino loiro tomou meu campo de visão. E ele também tinha asas.

– Hãn... Quem é você? E por que você está no meu quarto?

– Connor, prazer - Ele me estendeu a mão direita. Eu só o olhei como se ele fosse louco ou algo assim - E não estou no seu quarto.

Levantei do chão gelado e tentei olhar em volta. Era uma mistura de luzes douradas, mármore e ouro. Entrei em desespero, ou quase isso. Só queria fugir dali, parecia um ninho de anjos.

– Susan, Você não precisa ter medo...

– Eu morri? - Arregalei os olhos.

O cara riu. Como se fosse a maior piada que ele já escutou, bem, eu não sei se no céu eles contam piadas ou que seja. Mas eu queria dar um soco na cara angelical dele, só que não podia, hãn... ele era um anjo.

– Você não morreu.

– Tá, mas eu tô no céu.

– É, e isso não muda o fato de você não estar morta. Você só foi selecionada para ser anjo da guarda de crianças. E eu posso te ensinar como controlar isso - Ele apontou para as asas nas minhas costas, que ainda incomodavam bastante.

– E-e o que eu devo fazer? - Hesitei - Assinar em algum contrato? Eu não vou.

– Na verdade, você tem que aceitar-se, só isso.

– Como... Hãn?

– Se você se aceitar como anjo da guarda, sua auréola ficará visível, então não tem mais volta. Você seria um ótimo anjo.

– Mas eu não quero ser anjo.

– Você vai aprender a querer.

– Quê? Não, eu quero voltar para casa. Me tire daqui agora.

– Se você concordasse, eu podia ensinar a você como controlar isso também...

– Defina "isso".

– A ir da terra ao céu, e vice-versa.

Suspirei.

– Eu não vou aceitar nada, só preciso ir log... Espera, QUE HORAS SÃO?

– Na terra? Deve ser umas 7:30.

– Não, quando eu acordei eram 6hrs. Minha aula é sete.

– É, o tempo aqui passa mais rápido.

– MAS EU TENHO PROVA HOJE.

– Quanto mais rápido você decidir ser anjo, mais rápido você poderá voltar.

– VOCÊ NÃO ENTENDE? EU NÃO SOU UM ANJO, NUNCA FUI, E EU NÃO VOU SER AGORA. ME BOTE NA MINHA CAMA NOVAMENTE.

– Não adianta, Susan. Você foi selecionada - Ele disse apertando gentilmente meu ombro e, logo em seguida, sentando no sofá.

Bufei de raiva.

– Susan? - Uma garota, loira e muito fofa me cutucou. Mas ela também era anjo, para variar.

– Hãn?

– Meu nome é Louise - Sorriu, depois apontou para Connor - Não liga para ele, não é dos mais pacientes. Sério. Mas, certo, - Ela suspirou - olha, as crianças da terra estão em perigo por falta de anjos, Susan. Por isso alguns humanos, como você, foram selecionados. A gente precisa que você aceite.

Eu realmente senti pena. E vontade de rir. É, ao mesmo tempo.

Eu respirei devagar e olhei para trás. Minhas asas ainda eram enormes e macias, o que me fez olhar no espelho enorme que ali tinha, com bordas douradas e retangular. Eu realmente parecia um anjo, e achei que não seria tão ruim assim ajudar crianças, na verdade, eu as adorava. Talvez olhar para o rosto daquele idiota outra vez não fosse dar em algo bom, mas eu podia tentar, só talvez.

A garota deu uns pulinhos histéricos e me abraçou forte. Juro que não entendi de imediato.

– Eu sabia que você ajudaria. Muito obrigada, mesmo, por aceitar.

– Eu aceitei? - Perguntei - Assim? Só isso?

– É! E sua auréola é tão linda.

Olhei no espelho.

– Mas eu não vejo auréo...

– Somente outros anjos vêem - Connor disse atrás de mim.

Eu ainda estava irritada com ele, então me virei tentando não dar-lhe um soco. Mas ele foi mais rápido, e me abraçou. Era até um bom momento para machucar ele feio, mas não o fiz.

– Parabéns, jovem - Ele disse sorrindo - Que horas é sua prova?

Revirei os olhos para ele.

– Dez.

Ele apontou para grandes relógios que marcava todos os fuso-horários.

– Bem na hora - Então ele pousou as mãos sobre meus olhos. Respirei fundo já repensando em dar uma surra nele. Mas ele retirou a mão, e eu estava no meu quarto.

Eu tinha que me acostumar com isso.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

gostarammm? acho q ficou curto, mas é porque eu queria postar logo e estava com preguiça de escrever mais hoje hihihihi, mas sim, se gostaram, deixem reviews e esperem q dps eu posto mais ♥33



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bad Angels" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.