Ignorando a ardência dos arranhões nos meus braços eu fechei minha mão em um punho de soquei o rosto dela, Jasmine gritou e sangue começou a escorrer por seu nariz e me senti melhor só com o pensamento de que poderia ter quebrado.

- Oh, MEU DEUS, meu nariz! – Exclamou Jasmine passando sua mão no nariz e arregalando os olhos quando viu o sangue. – SUA LOUCA!

E logo ela me empurrou ficando por cima, ela tentou agarrar meu cabelo mais eu já estava rolando por cima dela novamente.

- Vou acabar com você! – falei completamente furiosa.

Agarrei uma mecha de seus longos e sedosos cabelos e puxei forte, Jasmine continuava a se debater embaixo de mim, sua mão finalmente encontrou meu cabelo e puxou.

Mal senti a dor no couro cabeludo enquanto dava a Jasmine o mesmo tratamento, sacudi minha mão tentando me livrar dos fios que ficaram enquanto pressionava minha mão engessada novamente em sua traqueia.

- MAS O QUE!? – ouvi a voz de Ethan.

E então eu estava sendo tirada de cima de Jasmine por braços fortes e firmes. Não pude evitar me sentir decepcionada que Ethan tivesse nos interrompido mais cedo do que eu esperava, o desejo de machucar Jasmine mais um pouco fervia em meu sangue.

- Robert, ajude Jasmine e, pelo amor de Deus, alguém pode me explicar o que está acontecendo? – rugiu Ethan, ainda me segurando longe daquela vadia.

Robert apareceu na minha vista e ajudou Jasmine a ficar de pé, suas roupas agora estava amarrotadas, seus cabelos uma bagunça e seu nariz continuava sangrando livremente.

- Essa garota é louca, ela simplesmente me atacou! Olha o que ela fez comigo Ethan! – disse Jasmine com a voz fraca e com lagrimas nos olhos.

- Que infernos, Evie?!

- Fala sério, Jasmine!  - disse apertando os lábios e tentando me soltar dos braços de Ethan para avançar nela outra vez, mas Ethan apenas me segurou mais forte. – Ela que começou!

- Eu? – disse Jasmine em tom inocente ainda sendo mantida em pé por Robert, que apertava os lábios em uma tentativa de abafar o riso. – Ethan, por favor, me leve daqui, não estou me sentindo bem – disse se libertando de Robert e vindo em nossa direção.

Ethan suspirou e arrastou até o sofá, me empurrando não tão gentilmente.

- Fique aqui, Evie. Vou levar Jasmine e conseguir que o Dr. Frey venha para verifica-la. – falou me soltando e indo até Jasmine.

Trinquei os dentes ao ver como ele oferecia seu braço para que ela tivesse onde se apoiar, vê-lo deixando que ela o tocasse me quebrou, senti que meu coração tinha sido arrancado do meu peito. Como assim ele estava indo ficar do lado de Jasmine? Vi de relance o sorriso vitorioso que ela me lançou antes de Ross tira-la da sala.

Virei o rosto sentindo um nó na garganta. Ao inferno com tudo, eu sabia que isso iria acontecer, eu sabia que iria acabar machucada no final.

- Você está bem, Evie? – perguntou Robert em algum da sala, mas não virei para encara-lo, não queria ver ninguém por um bom tempo e não queria que ninguém me visse nesse momento de fragilidade.

- Sim, pode ir. – falei mantendo minha voz firme e avaliando os estragos que Jasmine deixou em meus braços.

Havia varios riscos, e alguns deles estavam sangrando, onde as unhas de Jasmine tinha arrancado não apenas a pele. Ouvi a porta se fechando e esperei por alguns minutos antes de sair dali.

Andei até meu quarto sem esbarrar em ninguém e fiquei feliz com isso. Eu me odiava por me permitir chegar a isso. Fechei a porta do quarto e me joguei na cama, fechei meus olhos tentando me convencer de que isso era o melhor, que ele tivesse escolhido Jasmine ao invés de mim, seria melhor que eu não tivesse me iludido por muito tempo, pois assim seria mais fácil esquecer.

Não sei por quanto tempo fiquei sozinha até que ouvi a porta do quarto se abrir e a voz de Ross quebrar a paz silenciosa do quarto.

- Eu falei para me esperar no escritório – disse Ross, não parecendo nada feliz.

Sentei na cama para encara-lo e mantive minha expressão tão fria quanto podia, ele havia me magoado muito ao ficar do lado de Jasmine, e isso seria algo que eu não perdoaria tão cedo.

- Vá para o inferno, Ross. – falei, não querendo ficar perto dele no momento.

- Evie... Precisamos conversar. – disse Ross, trancando a porta atrás dele e vindo em minha direção.

Fiquei de pé em um salto e cruzei os braços, ainda furiosa com tudo que aconteceu.

- Onde está Jasmine? – perguntei não querendo conversar com ele no momento.

- Continua respirando – respondeu Ross chegando mais perto de mim.

- É uma pena – comentei me afastando dele.

Eu vi como seus olhos brilharam e ele estava cada vez mais perto e por mais que eu tentasse não conseguia ordenar que meus pés se movessem. E então antes que eu pudesse sequer pensar seus braços estavam ao meu redor, me acolhendo.

- Solte-me, Ross, não quero ficar perto de você neste momento – faltei tentando me libertar de seu abraço, mas seu aperto se manteve firme.

- Evie, meu amor –sussurrou sensualmente ao meu ouvido. – O que vou fazer com você?

- Pode me soltar – resmunguei.

- Não vou soltar você até que me escute.

- Não quero escutar, mas tenho certeza que Jasmine adoraria isso. – falei, deixando minha raiva tomar conta.

Ross então me soltou e me olhou nos olhos, havia um brilho estranho ali, quase como se ele estivesse se divertindo muito com tudo isso.

- Tudo bem, se é o que você quer, vou verificar como Jasmine está – falou e então se virou de costas para sair.

- Ross! Não ouse sair por essa maldita porta! – exclamei fechando minhas mãos em punhos. Ele se virou para mim novamente e ergueu uma sobrancelha, fingindo estar confuso.

- Pensei que fosse isso que queria – falou com um meio sorriso no rosto.

- Você sabe que não quero você perto daquela mulher – falei estreitando os olhos e entrando no seu maldito joguinho, afinal dois podiam jogar o mesmo jogo – E se você sequer citar Jasmine de novo eu vou ficar feliz em chamar Paul para jantar – falei, repetindo as palavras que ele falou para mim naquele dia.

- Você não faria isso – falou em voz baixa e ameaçadora.

- Não me tente – falei.

Ficamos por um momento assim, um encarando o outro, um comendo o outro apenas com o olhar.

- Vem aqui, Evie – disse suavemente estendendo sua mão para mim e antes que eu pudesse pensar estava em seus braços e sua boca estava na minha, tomando de mim tudo o que podia.

Suas mãos estavam por todo lado e sua língua invadiu minha boca, lutando contra a minha e a única coisa que podia fazer era beija-lo de volta, com a mesma fúria e paixão.

- Eu amo você, Evie, quantas vezes terei que repetir isso até que entenda que nunca vou escolher outra além de você? – perguntou enquanto seus lábios beijavam cada canto do meu pescoço me fazendo estremecer de prazer e agarrar sua camisa para me manter firme.

- Eu não sei – respondi liberando sua camisa e afundando minha mão em seus cabelos e o levando sua boca para minha novamente.