The World Of Evie escrita por CassBlake


Capítulo 25
Refém


Notas iniciais do capítulo

Então queridos leitores...aqui mais um capitulo para voces, pq eu fui praticamente ameaçada morte se demorasse a postar (UAHUSHAUHUASH, Fafa Moraes eu valorizo minha vida xD)
Enfim espero q gostem do capitulo!
Boa Leitura ^^



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Soquei as costas do homem com força em uma tentativa inútil de me libertar, mas ele era forte e com todo o caos dentro da casa noturna ninguém iria achar estranho um homem carregando uma mulher nas costas. Elizabeth nos seguia de perto e o sorriso em seu rosto não saia do lugar apenas ficava maior a cada passo que dávamos em direção a saída.

- Está tudo preparado? – perguntou Elizabeth, passando à frente do segurança.

Entramos em um deposito cheio de caixas, com Elizabeth nos guiando, e durante todo o caminho tentei me libertar do homem. Meu coração estava martelando no meu peito, minha respiração era rápida e forte, minha cabeça estava começando a girar. Eu estava voltando para aquele mundo novamente. Estava voltando para os traficantes, estava voltando para tudo o que eu tinha de certa forma deixado para trás quando consegui escapar do Jerry. Arrependimento por minha decisão de servir de isca corria por mim.Se apenas eu tivesse pensado melhor. Se eu tivesse escutado Ethan.

Oh, Deus, permita que ele não tenha se machucado. Orei mentalmente, deixando a preocupação do que me aguardava de lado e pensando apenas em Ethan. E se ele tivesse perto dos banheiros naquela hora?

Meus cabelos mexeram com uma corrente de ar e finalmente voltei para minha realidade. Saímos em um beco atrás da casa noturna e vi Elizabeth aparecer ao meu lado novamente. Ela tinha uma seringa na mão e antes que pudesse pensar senti a agulha entrar na veia no meu pescoço. Não gemi de dor ou chorei ou mesmo implorei piedade. Meu destino estava selado agora e implorar iria apenas dar satisfação para Elizabeth.

A droga fez um efeito rápido em mim, os gritos das pessoas dentro da boate, a música, o barulho do vento batendo em uma sacola plástica descartada no chão, tudo foi ficando em silencio.

A última coisa que eu vi antes de apagar foi o sorriso satisfeito de Elizabeth, pouco antes de uma bala atravessar sua testa e seu corpo cair inerte no chão em uma poça de sangue que saia do buraco feito pela bala.

Infernos! Alguém a matou antes de mim!



*


Acordei sentindo a garganta seca e minha cabeça estava sobre uma nevoa irritante. Meus olhos não queria abrir e eu podia sentir o frio contato de algemas nos meus pulsos. Tranquilizei minha respiração e finalmente forcei meus olhos a abrirem.

Eu estava deitada em um chão sujo de uma cela. Havia uma parede de concreto atrás de mim e barras de aço me rodeavam pelos outros três lados, havia mais uma cela a minha direita, com um colchão fino estirado no chão e um corpo estirado na outra extremidade da pequena cela.Não sabia dizer se era homem ou mulher mais o cheiro podre me indicava que quem quer que fosse já estava morto há alguns dias. Olhei através das grades e vi uma parede cheia de armas, de todos os tipos, desde machados a facas de açougueiro. Havia alicates e outras ferramentas também, mas não havia nenhuma arma de fogo. Uma cadeira com fivelas nos braços e pernas, feito para manter o prisioneiro quieto durante a tortura estava a dois metros da parede e estava toda suja de sangue seco e algo mais que não consegui identificar.

Além disso havia um grande sofá preto, uma porta meio aberta revelando um banheiro sujo, e uma escada, não havia nenhuma janela o que significava que eu teria que suportar o cheiro ruim por algum tempo e a luz fraca e amarela que piscava no teto baixo deixava todo o lugar com uma cor enjoativa.

Olhei para baixo e quase ri ao ver que eu ainda estava com minhas roupas, e o “broche” que Lily havia pregado no meu decote ainda estava no mesmo lugar. Ronny deveria ser muito idiota ou muito confiante para não tirar todas as minhas roupas e queima-las para evitar qualquer localizador que eu pudesse ter implantado nelas. Tentei me livrar das algemas, sabendo que não iria adiantar, pois eu mal conseguia me mover e então logo desisti e me encostei a na parede já que na minha cela não havia colchão.

Não sei exatamente quanto tempo tive que esperar até que finalmente alguém apareceu, a porta acima da escada se abriu e ouvi passos fortes de alguém descendo a escada e era com toda certeza um homem. Abri os olhos a tempo de ver o homem chegar em frente à minha cela.

Seu cabelo ruivo de aparência suja estava bagunçado, ele vestia calças jeans rasgadas nos joelhos e uma camisa de uma banda rock, não deveria ter mais do que vinte e poucos anos, seus olhos eram castanho e tinha esse sorriso sujo fixado no rosto.

- Olá querida – falou se agachando no chão para poder ficar da minha altura.Ele botou as mãos na grades e me olhou como se eu fosse um tesouro precioso. – Finalmente nos conhecemos.

- Acho que estou em desvantagem, não sei quem é você – respondi com a voz impassível o olhando nos olhos, não mostrando nenhuma relutância ou medo.

O homem trincou os dentes mostrando desgosto pelo meu comentário. Ele apertou a barra de aço na mão até os nós de seus dedos ficarem pálidos, ele era obviamente um homem descontrolado.

- Sou Ronny, seu irmão – respondeu me olhando com aqueles brilhantes olhos castanhos.

Olhei ele nos olhos por um momento, esperando ele terminar a piada, mas ele não falou mais nada, apenas me observou esperando minha reação. Respirei fundo, ele não podia ser meu irmão, podia?

Mas então percebi que ele realmente acreditava no que estava falando, ele até parecia ansioso e nervoso, seu aperto na barra de aço não cedeu, ele continuava me olhando fixamente.

Observei melhor suas feições e apesar de sua cor de cabelo eu ainda tinha dúvidas, afinal cabelos podem ser tingidos, mas depois de observa-lo com atenção pude notar vários dos traços de Jerry em seu rosto, seus lábios finos, suas maças do rosto, até mesmo o modo louco como ele olhava para mim.

- Você não acredita em mim? – perguntou sua voz ficando mais calma e perdendo o aperto na barra.

- Acho que não – respondi, ainda o olhando nos olhos.

- Minha mãe foi estuprada pelo nosso pai em um beco escuro...ou algo assim, enfim, não estou com saco para contar a história toda – falou revirando os olhos. – E eu realmente nunca acreditei muito no que aquela prostituta falava para mim, até que ela me falou sobre meu pai ser um traficando que ganhava muito dinheiro, ai eu acreditei.

- Sabe, Evie? Quando eu soube que Jerry era meu pai eu tinha 16 anos e, como um tolo nessa época, fui atrás dele e depois de muita procura eu o encontrei – continuou, sentando no chão de pernas cruzadas para ficar mais confortável. – E sabe o que aquele miserável falou? Que não dava a mínima se eu era filho dele ou não e que se eu o procurasse novamente ele iria me matar – ele tinha um olhar distante enquanto falava. – Isso realmente me magoou, minha mãe tinha acabado de morrer e eu não tinha ninguém. Depois de alguns anos, algumas drogas, algumas mortes – sorriu Ronny alegre – eu finalmente consegui meu pequeno império e adivinhe só? Jerry tentou me derrubar por todo o caminho, matando meus homens e até mesmo roubando minhas mercadorias, mas no final ele não conseguiu – disse dando de ombros. – E aqui estou eu, com a coisa que Jerry tem de mais preciosa nas minhas mãos.

- Não sou preciosa para ninguém – falei, ele era obviamente perturbado e louco.

Ronny perdeu o sorriso do rosto e estreitou os olhos para mim.

- Você é preciosa para mim, querida, e sabe por quê? – perguntou ficando de pé.

- Por que? – perguntei, tentando ficar de pé e falhando, a droga que ainda circulava por meu sistema havia me deixado fraca.

- Por que ao longo dos anos meu ódio por Jerry foi crescendo e, como eu não posso fazer nada a ele, vou descontar em você, vou fazer tudo o que eu quiser com você e assim vou me vingar do Jerry.Você é minha arma contra ele – respondeu tirando uma chave no bolso para destrancar minha cela.

Ronny sorriu e, enquanto girava a chave, seu olhar deslizou pelo meu corpo parando no decote do meu espartilho. Ele lambeu os lábios como se estivesse faminto e alguém tivesse posto um enorme banquete a sua frente o oferecendo toda a comida.

- O que pretende fazer?

- Tudo o que não pude fazer com Jerry e um pouco mais... – ele riu.

Eu sempre soube que esse momento iria chegar, ou seria os homens de Jerry ou algum de seus inimigos, e por fim seria Ronny que iria levar a única coisa que ainda estava de certa forma intacta em mim.

A porta da cela abriu com um rangido e Ronny entrou. Eu não tinha força nos músculos para me força a tentar fugir, eu não tinha vontade de fugir, eu não tinha para onde fugir. Eu iria apenas fazer o mesmo que fazia quando Jerry me torturava, ficar em silêncio e esperar que acabasse logo.


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Notas finais do capítulo

Espero que todos tenham gostado...e quem gostou comente, eu AMO todos e cada um dos comentários ^^

PS: Pretendo postar o próximo capitulo logo, mas minha mãe ta querendo mudar o plano da internet então talvez eu fique sem net por alguns dias, mas não se preocupem eu posso muito bem usar o computador da minha vizinha para postar e não preciso de internet para escrever os capítulos ^^