Before Sunrise escrita por Kelly


Capítulo 17
Love Is not a Fight


Notas iniciais do capítulo

Olá batatitas!
Tenho uma péssima notícia e uma boa notícia.
A péssima é: A próxima att é só semana que vem.
A boa é: Eu fiz uma outra fic. Se tiverem interesses em ler, ela se chama One Way To Start. (Sinopse nas notas finais)
Eu amo vocês! Beijooos!
Informações em: @Escritorasecre1



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- Alo? – atendi

- Rosalie? – era a voz do meu pai

- Pai?

- Ah, que bom que atendeu. – ele suspirou aliviado

- Aconteceu algo? – perguntei preocupada

- Não aconteceu nada. Só liguei para te desejar um venturoso natal.

- Ah.. hum.. Obrigada.. Para você também.

- Sinto saudades.

- Eu também. – assim que terminei de dizer, ouvi uma voz feminina soando no fundo. Alcunhei que seria Helen.

- Tenho que ir, filha. Helen está chamando. – revirei os olhos

- Tudo bem, pai.

- Um feliz natal e não se esqueça, – ele deu uma pausa – eu te amo.

- Eu também te amo. – desliguei o telefone.

    Joguei-me na cama, suspirando derrotada. Eu também sentia falta do meu pai. Mas, Helen conseguia separar-me dele de alguma forma. Sua voz era sincera, assim como a minha. Tudo estaria completo se ele estivesse aqui. Pisquei algumas vezes, com a intenção de afastar os pensamentos. Ajeitei-me e desci. Estava descendo o último degrau, quando Carly me chamara.

- A senhora Holly quer falar com você. Ela está no quarto. – ela deu um sorriso simpático. Agradeci e fui até o quarto dela. Algumas vezes, Holly chamava-me para conversar. Ela dizia algumas coisas que não conseguia compreender. Mas sempre dizia que na hora certa, as respostas aparecem. Ao chegar ao quarto, dei duas batidinhas na porta e ouvi sua voz chamando-me para entrar. Abri a porta devagar e a fechei. Holly estava sentada no vetusto sofá vermelho, com um cobertor cobrindo suas pernas. Aproximei-me dela e pedira para que eu sentasse ao seu lado.

- Queria conversar comigo? – perguntei, segurando sua mão.

- Sim. – ela disse com a voz fraca. Com uma mão segurando a minha, a outra ela pegou um pequeno pacote e entregou-me. – Abra. – E assim o fiz. Rasquei o pequeno pacote, revelando uma caixinha de veludo. Abri e revelou-se um lindo colar de ouro. Seu pingente delicado, em formato de coração.

- Que lindo! – abracei-a e dei um beijo em sua bochecha.

- Um dia entenderá o significado desse colar. – ela sorriu.

- Obrigada. – sorri de volta

- Agora vou descansar um pouco. – eu a ajudei a se deitar e a cobri.

- Boa noite, Holly. – fui em direção à porta.

- Boa noite, querida. – saí e fui até a sala. Encontrei Peter e Carly conversando e rindo. Os dois estavam muito próximos um do outro. Não que eu esteja com ciúmes, mas é estranho... Fui pegar meu Ipod no quarto e segui até a parte posterior da casa. Sentei em uma das cadeiras de sol e fiquei observando o céu estrelado. O céu escuro sendo iluminado pelas estrelas. Umas mais ofuscantes que as outras. Com o player aleatório, a música mudara automaticamente, e começou a tocar Holes Inside.

When all that you've tried, leaves nothing but holes inside, (Quando tudo que você tenta, deixa nada mais que buracos por dentro)

It seems like you're wired, to stay here held in time, (Parece que você está nervoso, para ficar aqui mantendo em tempo,)

Cause nothing seems to change, oh no (Porque nada parece mudar, oh não.)

No nothing's gonna change, at all (Não nada vai mudar, em nada)

I can see it in your face, the hope has gone away (Eu posso ver no seu rosto, a esperança se foi.)

- O que está acontecendo com você, Rosalie? – disse para mim mesma. Coloquei as duas mãos na cabeça e bufei.

   Não consegui ver a noite terminar, estava cansada e dormi do jeito que estava.

  

Wednesday, December 31st, 2010.

     E lá estava eu. Parada em frente ao quintal coberto de neve. Com uma mão estendida e a outra no bolso da blusa. Com os olhos fechados, sentindo cada floco de neve cair sob meu rosto. Eu estava em uma casa afastada da cidade, com Peter, Melanie e Holly. Carly teria que passar o ano novo com seus pais. Harry conseguira convencer os seus a tirar um dia de folga. E Milla, se entendera com sua mãe e decidira passar a virada de ano com ela.

     Passaram-se sete dias desde a ligação de meu pai. E cada dia que se passava, eu tentava decifrar aquele colar. O que havia de tão importante nele? Um segredo da família Bell? Mas, se fosse, não seria melhor ter deixado-o com Peter ou Melanie? Abracei-me por causa do frio, dei uma última olhada no lugar coberto pela cor branca e adentrei em casa. Tirei as botas que calçava e coloquei-as num canto. Vi Peter tentando acender a lareira. E Melanie colocando as compras no lugar certo. Fui até ela.

- Precisa de ajuda? – perguntei

- Não querida, já estou terminando. – ela sorriu. E eu sentei-me na bancada. – Está gostando de passar o seu primeiro ano novo em Londres?

- Sim. Na verdade, faz tempo que eu não sei como é o ano novo. – fiz careta. Melanie riu sem humor. Eu já havia contado a ela sobre tudo o que eu passei e ela acolheu-me com todo carinho.

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- 3, 2, 1... Feliz ano novo! – Peter, Melanie e eu estávamos comemorando a chegada de um novo ano. Estávamos no quintal vendo os fogos e brindando. Eu nunca dei um sorriso tão verdadeiro quanto esse. Faz tempo que eu não me sentia tão aliviada e feliz assim.

     Eu estava sentada no banco do quintal, vendo as últimas explosões de cores surgirem no céu, quando alguém se senta ao meu lado e eu não faço um movimento se quer para saber quem é.

- Não está com sono? – Peter perguntara

- Porque você sempre começa a conversa com uma frase interrogativa? – ele riu fraco. – Desculpa. – sacudi a cabeça para os dois lados, numa tentativa de me arrepender do que eu havia dito.

- Tudo bem. Quer conversar? – ele olhou nos meus olhos.

- Não. Mas, você quer. – sorri

- Nós estamos muito distantes. – ele abaixou a cabeça, colocando seus cotovelos apoiados nos joelhos.

- Você se distanciou. – disse convencida.

- Você nunca mais me abraça, nunca tem uma conversa longa comigo. O que aconteceu?

- Você tem uma nova melhor amiga agora. – revirei os olhos. Ele suspirou e riu.

- Está dizendo que eu te troquei pela Carly? – dei ombros. – Você está sendo infantil, Rosalie.

- Você que está sendo um idiota, Peter. – agora, eu olhei em seus olhos, furiosa. – Você só conversava com ela e... Esquece. – saí daquele lugar, que pra mim, estava sobrecarregado.

- Eu só precisava de ajuda. – ele disse, me seguindo. (music)

- Então, por que não pediu pra mim? – voltei meu corpo em sua direção.

- Você não pode me ajudar. – disse quase num sussurro.

- Então, só ela pode. – cruzei os braços. Olhei em uma direção diferente, tentando segurar as lágrimas.

- Você queria que eu pedisse ajuda para a pessoa com que eu queria que eu tivesse ajuda? – bradou ele

- Seja mais específico. – fechei os olhos, balançando a cabeça de um lado pro outro.

- Eu quero ficar com você, Rosalie. – ele colocou as mãos na minha face. Olhou nos meus olhos.  – Eu queria te dizer “eu te amo”, de um jeito diferente. Eu quero te ter pra mim. – Fiquei estagnada. Meus olhos seguiam os seus. Minha respiração estava descompassada, assim como a sua. – Diga alguma coisa.

- Eu te amo. – falei pausadamente. Ele deu um pequeno sorriso e selou nossos lábios.

    Amor não é um lugar para ir e vir quando quisermos. É uma casa que entramos e nos comprometemos a nunca partir. Então feche a porta atrás de você, jogue a chave fora, vamos resolver isso juntos. Deixe que isso nos leve a ajoelhar.

   Para alguns amor é uma palavra, que eles podem repousar. Mas quando alguma coisa dá errado. É difícil manter a palavra. O amor nos salvará, se nós apenas chamarmos. Ele não nos pedirá nada. Mas exige tudo de nós.

    O amor é proteção, em uma feroz tempestade. O amor é paz, no meio de uma guerra. Se nós tentarmos sair, que Deus envie anjos para guardar a porta. Não, o amor não é uma luta, mas vale a pena lutar por ele.


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Notas finais do capítulo

Como prometido, a sinopse: E se você fosse salva pelo seu ídolo?
A história conta sobre uma adolescente Kathryn Moore (nome fictício), auto-mutiladora. Ela estava na beira do abisso, quando é salva por ninguém menos que, seu ídolo.
Será que esse salvamento vai evoluir para algo mais?