Pelo Bem De Snow escrita por Witch


Capítulo 1
For the sake of the princess


Notas iniciais do capítulo

DRAMA!
É um headcanon que eu tenho desde o episódio "Lady of the Lake" ou algo do tipo!



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Rei Leopold era um homem bom. Ele se considerava um líder honesto, cuja maior preocupação era o bem estar de todos em seu reino e de sua linda filha Snow. O Rei não lutava e não gostava de derramar sangue. Ele era bom, gentil e justo.

O Reino o adorava. Por onde quer que o Rei e seu adorada filha passavam, o povo celebrava com festas, danças e muita comida. A felicidade parecia ser algo que o Rei espalhava para todos que cruzassem seu caminho.

Sim, senhor. Leopold era amado por todos e ele fazia jus ao amor e confiança depositados nele. Mas, de tudo que ele possuía ou poderia possuir, Snow, sua filha, era o que ele mais amava no mundo. Com sua pele branca, pálida e macia, como a de sua mãe; com o lindo sorriso que parecia iluminar mais o reino, como a mãe; olhos negros e gentis, como a mãe e lindos cabelos negros, também cortesia da falecida mãe. Quando Leopold a olhava, tudo que ele via era sua falecida esposa ou o que restava dela.

Por mais que ele amasse a mulher que um dia ele chamou de sua, o reino necessitava de uma Rainha. Os nobres faziam pressão para que o Rei se casasse novamente e assim tivesse um filho, um homem, para herdar o Reino. Leopold, entretanto, não queria outro filho, muito menos um que tiraria o Reino de Snow. Não, ele queria que Snow fosse a Rainha, que ela dominasse tudo, afinal era direito dela!

Mas os nobres continuaram insistindo. O Rei continuou firme. Ele só se casaria com alguém se mostrasse digno de Snow, alguém sem ambições de poder, alguém que não tentaria machucar aquilo que ele possuía de mais precioso no mundo.

Esse alguém se mostrou uma garota de 18 anos que salvara Snow de um cavalo desgovernado.

Reio Leopold se considerava alguém justo. Alguém bom. Mas, circunstâncias o forçavam a tomar terríveis decisões.

Logo após o casamento, na primeira noite com sua jovem esposa, o Rei pediu um favor a uma antiga curandeira do palácio. A mulher se assustou com o pedido:

- Mas, Meu Rei, ela é uma garota! Uma criança! Fazer isso...

- Não pedi sua opinião, velha bruxa. – disse o homem, feroz como um Rei deve ser – Precisa ser feito. Pelo bem da minha Snow.

A mulher abaixou a cabeça e seguiu com o plano do Rei.

Os reis eram conhecidos por seus casos diversos com camponesas, prostitutas e até outras nobres, então uma poção foi desenvolvida. Uma maldição liquida. A mulher que beber, nem que seja uma gota, está destinada a jamais dar a luz a uma criança. Não foram poucos os reis que usaram daquele “remédio” para continuar com as infidelidades. Tudo pelo bem do Reino... e do rei.

A velha curandeira levou a maldição liquida num copo caro de puro ouro. A Rainha a atendeu com um sorriso no rosto. Pobre criança, tão gentil e tão triste.

- É para os nervos. – disse a velha. – Você sabe, a noite de núpcias é muito especial.

A jovem rainha forçou um sorriso e pegou o copo.

- Eu não quero desapontar o meu marido. – disse. Tão inocente!

A velha quis impedi-la e mandá-la fugir. Correr o máximo que pudesse e jamais voltar. Por que impedir aquela alma tão boa e inocente de ter um filho? De amá-lo com tudo que tinha?  Mas não disse nada.

A jovem bebeu o liquido. A velha recolheu o copo e ao sair dos aposentos, o Rei já a esperava.

- Ela bebeu. – disse a mulher pesarosa.

O Rei a abraçou, aliviado e feliz. A velha sentiu nojo. Daquele dia em diante, ela sempre usara negro, para simbolizar seu eterno luto pela criança pura e poderosa que poderia nascer da jovem Rainha, mas que por causa do Rei e de seu amor cego e tolo pela filha, jamais nasceria.

 No dia seguinte, o Rei foi novamente até a velha curandeira. Ele estava com medo da poção dar errado, então ordenou que todos os dias que ele decidisse visitar os quartos da Rainha, a velha deveria lhe dar um copo com a poção. E assim foi.

A saúde da velha desandou. Todas as vezes que ela via o olhar triste e miserável da Rainha, algo dentro dela morria e adoecia. Aquele segredo a estava matando.

Algo aconteceu com a Rainha, ninguém no reino percebeu, mas a velha sim. Talvez, a tristeza a estivesse envenenando por dentro e deuses, a velha entendia como era.

Deitada, morrendo em sua cama, a velha pediu a sua aprendiz que chamasse a Rainha, pois tinha uma confissão a fazer. A garota foi apressadamente e minutos depois, a Rainha entrava em seus aposentos. Temerosa e triste.

- Curandeira? – a jovem indagou. Tão nova e tão quebrada.

- Mais perto, minha Rainha. O que eu irei te falar é para seus ouvidos, apenas.

A Rainha assentiu e se aproximou. Sentou-se numa cadeira ao lado da cama e tocou a mão enrugada e machucada da velha.

- Eu tenho muitos arrependimentos em minha vida. – começou. – O maior deles foi ter feito aquilo com você.

Regina franziu as sobrancelhas. Perdida, não entendendo.

- Você nunca fez nada comigo.  – afirmou. A velha sempre fora tão gentil com ela!

Lágrimas de arrependimento cruzavam a face da velha. Seu rosto enrugado, pálido e magro se contorceram.

- O Rei me ordenou. – começou a velha novamente. – Durante os últimos anos, eu lhe dei uma poção muito antiga. Usada por muitos reis no passado.

- Uma poção? – repetiu. – Mas eu me sinto bem!

- A poção, minha querida, minha linda Rainha, faz com que qualquer mulher que a beba seja incapaz de conceber uma criança. É por isso, que durante todos esses anos, Vossa Majestade nunca teve uma criança. Nem nunca terá.

Regina sentiu tonteira e uma vontade extrema de vomitar.

- O que está dizendo?

- Se fosse só um copo. – a velha continuava chorando. – haveria uma forma de reverter, mas não mais. Durante anos, a poção foi ingerida diariamente. Nem toda a magia do nosso mundo seria capaz de reverter o estrago feito. É o meu maior arrependimento. O  meu maior pecado. Eu pagarei por isso com a minha alma, assim como o Rei, eu prometo.

- Mas por que ele faria isso?! – exclamou perturbada. Deveria chorar, mas o choque era tanto que não conseguia.

- Por Snow. – disse a velha. – Se a senhora tiver uma criança, um homem, ele seria o escolhido pelos nobres para governar. Por Snow, pela felicidade da princesa, só por isso, minha Rainha.

A Regina não esperou outra palavra e saiu correndo. A velha soube, pela sua aprendiz, que a Rainha não estava bem, que ela havia mudado. Ninguém percebeu, mas as duas sabiam quando algo não estava certo.

Uma semana depois, a velha curandeira morreu ao mesmo tempo em que Regina espremeu o coração da mais nova aprendiz de Rumpel.


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Notas finais do capítulo

Não me matem! ;-;



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