Monster High - First Horror Dreams escrita por MichieOliveira


Capítulo 7
De Volta Para Casa


Notas iniciais do capítulo

Demorei muito pra postar porque não estava com muitas ideias =x mas espero que esse capítulo anime o pessoal a ler! Queria agradecer Anwar Pike por ler essa história. Você me motiva a tentar continuar! *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/291910/chapter/7

-Não.

Draculaura tirou as mãos de Valentine dos seus ombros com delicadeza e deu as costas. Não poderia fugir com ele. Aquela frase era tudo o que ela quisera ouvir de um amor verdadeiro durante toda a sua vida. Era o que qualquer uma gostaria de ouvir. Mas não da boca de um assassino.

-Por favor, fique longe de mim...- ela levantou as mãos para reprimi-lo.

Uma lágrima de gota de sangue desceu dos olhos de Valentine. Apenas uma, porque era doloroso demais ter feridas sangrando para fora dos seus olhos. Quando seus sentimentos se feriam era mais cruel do que a dor física. Neste momento a pessoa que mais importava em sua vida nas últimas vinte quatro horas havia acabado de dilacerar seu coração.

Valentine deu passos para trás. Talvez ainda houvesse tempo de Draculaura desistir e ir com ele. Não poderia ser tão passageiro o sentimento que ambos nutriam. Não poderia ser uma daquelas paixões que levamos para a vida toda sem saber porque não deu certo quando as duas pessoas realmente se gostavam. Ele esperou por um final feliz daquela situação.

Nada aconteceu.

-Certo...fique sabendo que...eu faria qualquer coisa por você.

O garoto de cabelos negros foi perdendo os traços angelicais do rosto para dar lugar a uma grande cabeça de morcego á medida que sua pele pálida era substituída por uma couraça negra e áspera. Ele tentou esticar seus braços para tocar sua amada, mas ela fugiu com delicadeza ao seu toque. Logo seus braços eram asas e Valentine partiu em direção a escuridão do corredor da masmorra.

Uma comitiva com seis cavalos, uma carruagem e uma dezena de criados se aproximava do castelo. O casco dos animais trotando ressoava na chuva insistente e respaldava na lama ao redor do monumento de pedra que era o castelo de Bran. Vlad estava na carruagem, admirando a pele de algum animal rosado e sem pelos que adornava o teto. O pai de Draculaura tinha lisos cabelos negros e pele branca avermelhada, ressecada pelos anos de batalha no sol escaldante da Romênia. Uma barba triangular descia pelo seu queixo lhe dando um ar sábio e suas sobrancelhas pesadas o faziam parecer um inimigo astuto para seus rivais e um pai rígido e superprotetor para Draculaura.

Ao lado de Vlad estava um homem encapuzado com pelagens que seriam a última moda nas cavernas neandertais. Ele colocou sua mão morena para receber pingos de chuva através da janela. Sua pele rústica parecia receber informações sobre aquelas terras através da chuva, como um selvagem ligado a natureza. Ele era robusto e alto e provavelmente sua figura escondida seria amedrontadora para que alguém fizesse alguma piada sobre o seu estilo de vestes na frente dele.

Vlad entrou em seu castelo como quem abre as cortinas para apresentar um espetáculo, seguido do seu elenco de cavaleiros e escudeiros. Seus olhos negros e profundos olharam em volta do salão principal esperando a recepção da filha e dos criados que permaneceram lá. Mas nem um sinal de Draculaura correndo pelas escadas foi ouvido. Tudo era silêncio até que os recém-chegados ouviram o grito de sofrimento de Alina vindo das masmorras. Dartian, um dos cavaleiros na comitiva de Vlad, era filho de Alina e seu coração se apertou impulsionando o rapaz na direção da voz.

Vlad e seu grupo não conseguiram acreditar no que viram. Sua filha estava com um vestido manchado de rubro e o corpo de um de seus criados jazia estirado com uma estaca no peito. Alina não conseguia parar de abraçar o morto, mesmo o cadáver apresentando um estado de putrefação espantosamente avançado.

Spectra parecia era uma peça que não encaixava no quebra-cabeças macabro da comitiva que acabara de chegar. Calmamente, com seus dedos entrelaçados e uma expressão de normalidade, a garota era a única de pé e alinhava sem pressa uma mecha de cabelo atrás da orelha. Ela estava muito mais inclinada a olhar ao redor procurando por algo do que dar alguma explicação ou se espantar com os homens de armadura naquela masmorra sinistra. Havia algo mais importante a fazer...como procurar o espírito daquele recém-morto infeliz. Ele poderia esclarecer as coisas, não Spectra. Por isso ela se manteve alheia, olhando ao redor e concentrando-se.

-O que está havendo aqui? – a voz de Vlad ressoou como um comando e todos, menos o morto, o olharam.

-Eu vou dizer o que está havendo aqui! – Dartian, em choque pelo grito da mãe e pela morte de Lurch, seu pai, avançou contra Spectra com sua espada em punhos. – Mataram o meu pai e alguém pagará por isso!

Spectra sentiu na sua garganta o choque gélido do fio da espada. Ela não sabia o que dizer. Ela definitivamente não sabia de nada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Monster High - First Horror Dreams" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.