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Confissões entre Duas Amigas escrita por KatT
Capítulo 1
Capítulo 1
Notas iniciais do capítulo
Tudo criado por mim. Fic experimental.
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CAPÍTULO 1
Anne era uma garota simpática que adorava conversar e fazer compras. Bom, na verdade ela era consumista, rica. Em plenos 23 anos herdara a herança do avo, um fazendeiro que ganhou a vida no interior de São Paulo e que depois de enriquecer morreu de câncer no cérebro, mas isto é para outra história. Ela tinha longos cabelos morenos, era magra e bonita, e além de tudo era muito inteligente. Anne era solteira, e depois de muitos namorados resolveu dar um tempo, ficar de boa com a vida, só com alguns “ficantes”. Não acreditava em Deus e em nada que não visse com os próprios olhos. Gostava de ouvir rock estilo anos 70 e 60 e suas bandas preferidas eram Pink Floyd, Deep Purple, Led Zeppelim e The Beatles, mas também ouvia The Rolling Stones, The Doors, Yes e The Who. Musicalmente odiava todas as modinhas e tudo o que tocava no século XXI. Também odiava qualquer tipo de música nacional, de rock brasileiro a axé não ouvia nada.
Tinha uma amiga, sim. Uma única amiga, que guardava todas as suas confidências, segredos e fofocas. As duas eram como carne e unha, inseparáveis. As duas se adoravam. Carolina era uma garota de 25 anos com cabelos ruivos curtos. Ela gostava do mesmo estilo de musica que a amiga, um gosto impressionantemente igual. Carolina sofria de depressão, mas conseguia controlar a psicose. Ela era sustentada por pais ricos e fazia uns “bicos” por aí.
As duas cursavam juntas faculdade de direito e advocacia. Iam para o shopping todo o dia pra comprar aquele perfume, ou aquela sandália nova que lançou. Mas enfim, no final sempre voltavam de sacolas cheias de tralha, e sempre havia espaço nos armários para mais tralha inutilizada, e sempre tinha dinheiro no bolso para mais tralha. Era um ciclo vicioso, mas elas nunca se cansavam. E nem tinham porque se cansar, eram felizes assim.Cada uma tinha um carro. Não eram carros usados, mas não eram carros de alto porte. Carros comuns, mas era a última coisa com que se preocupavam... “Carros, quem liga pra eles?”...
******
Bom, depois dessa apresentação, a história começa na madrugada de quarta-feira para quinta, quando Anne acorda com o telefone tocando em seu apartamento. Ela olha para o relógio. 2:53. Quem poderia ser essa hora?
-Alô?
-Alô Anne, aqui é a Carolina.
-Carol, o que você quer a essa hora?
-Anne, eu preciso da sua ajuda... Estou me sentindo mal de novo, solitária. Preciso de você numa hora dessas...
-Agüenta firme que eu já estou indo pro seu apartamento.
-Estou te esperando.
-Tchau.
-Tchau.
E Anne partiu de casa nessa hora da madrugada, foi para o apartamento da amiga, que morava no mesmo condomínio. Atravessou o pátio, do bloco Q ao bloco R, subiu ao terceiro andar, ap.302 e estava a poucos metros de Carolina. Anne já tinha a chave do apartamento da amiga, e abrindo a porta ouviu o barulho de um chuveiro aberto. Correu para o banheiro e viu a amiga encolhida com o pijama embaixo da água gelada do chuveiro desligado. Estava ensopada com o olhar parado no chão, sentada abraçando seus joelhos. Deprimida de ver a amiga naquela situação, Anne ligou o aquecedor do chuveiro e abraçou a amiga. Foi um abraço forte e prazeroso, muito prazeroso, para ambas. Caroline começou a falar em um sussurro rouco.
-Está acontecendo novamente.
-Não, não está...
-Está sim, está sendo pior... Anne, está sendo muito pior. Me ajude...
-Calma Carolina, eu te ajudo...
E abraçando a amiga, Anne disse que dormiria em seu quarto aquela noite, caso ela tivesse mais uma crise durante a noite...
Dito e feito.
Anne era uma garota simpática que adorava conversar e fazer compras. Bom, na verdade ela era consumista, rica. Em plenos 23 anos herdara a herança do avo, um fazendeiro que ganhou a vida no interior de São Paulo e que depois de enriquecer morreu de câncer no cérebro, mas isto é para outra história. Ela tinha longos cabelos morenos, era magra e bonita, e além de tudo era muito inteligente. Anne era solteira, e depois de muitos namorados resolveu dar um tempo, ficar de boa com a vida, só com alguns “ficantes”. Não acreditava em Deus e em nada que não visse com os próprios olhos. Gostava de ouvir rock estilo anos 70 e 60 e suas bandas preferidas eram Pink Floyd, Deep Purple, Led Zeppelim e The Beatles, mas também ouvia The Rolling Stones, The Doors, Yes e The Who. Musicalmente odiava todas as modinhas e tudo o que tocava no século XXI. Também odiava qualquer tipo de música nacional, de rock brasileiro a axé não ouvia nada.
Tinha uma amiga, sim. Uma única amiga, que guardava todas as suas confidências, segredos e fofocas. As duas eram como carne e unha, inseparáveis. As duas se adoravam. Carolina era uma garota de 25 anos com cabelos ruivos curtos. Ela gostava do mesmo estilo de musica que a amiga, um gosto impressionantemente igual. Carolina sofria de depressão, mas conseguia controlar a psicose. Ela era sustentada por pais ricos e fazia uns “bicos” por aí.
As duas cursavam juntas faculdade de direito e advocacia. Iam para o shopping todo o dia pra comprar aquele perfume, ou aquela sandália nova que lançou. Mas enfim, no final sempre voltavam de sacolas cheias de tralha, e sempre havia espaço nos armários para mais tralha inutilizada, e sempre tinha dinheiro no bolso para mais tralha. Era um ciclo vicioso, mas elas nunca se cansavam. E nem tinham porque se cansar, eram felizes assim.Cada uma tinha um carro. Não eram carros usados, mas não eram carros de alto porte. Carros comuns, mas era a última coisa com que se preocupavam... “Carros, quem liga pra eles?”...
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Bom, depois dessa apresentação, a história começa na madrugada de quarta-feira para quinta, quando Anne acorda com o telefone tocando em seu apartamento. Ela olha para o relógio. 2:53. Quem poderia ser essa hora?
-Alô?
-Alô Anne, aqui é a Carolina.
-Carol, o que você quer a essa hora?
-Anne, eu preciso da sua ajuda... Estou me sentindo mal de novo, solitária. Preciso de você numa hora dessas...
-Agüenta firme que eu já estou indo pro seu apartamento.
-Estou te esperando.
-Tchau.
-Tchau.
E Anne partiu de casa nessa hora da madrugada, foi para o apartamento da amiga, que morava no mesmo condomínio. Atravessou o pátio, do bloco Q ao bloco R, subiu ao terceiro andar, ap.302 e estava a poucos metros de Carolina. Anne já tinha a chave do apartamento da amiga, e abrindo a porta ouviu o barulho de um chuveiro aberto. Correu para o banheiro e viu a amiga encolhida com o pijama embaixo da água gelada do chuveiro desligado. Estava ensopada com o olhar parado no chão, sentada abraçando seus joelhos. Deprimida de ver a amiga naquela situação, Anne ligou o aquecedor do chuveiro e abraçou a amiga. Foi um abraço forte e prazeroso, muito prazeroso, para ambas. Caroline começou a falar em um sussurro rouco.
-Está acontecendo novamente.
-Não, não está...
-Está sim, está sendo pior... Anne, está sendo muito pior. Me ajude...
-Calma Carolina, eu te ajudo...
E abraçando a amiga, Anne disse que dormiria em seu quarto aquela noite, caso ela tivesse mais uma crise durante a noite...
Dito e feito.
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