Mein Teil escrita por Vlk Moura


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Yo minna! Estou com mais um capítulo depois de tanto tempo, desculpa eu peço. hehe'



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/291665/chapter/4

Isaac se sentou em seu lugar eu no meu, o professor entrou logo depois de nós, estavamos quase atrasados e só percebi quando entrei na sala que já tinha a maioria dos alunos.

Durante alguns dias não fomos perturbados, e Bruehl havia sumido como sempre, era estranho as idas e vindas, mas eu já tinha me acostumado, agora ele estava mais frequentemente em casa.

– Qual sua relação com o senhor inconveniência? - Isaac me perguntou na mesa do café, eu o olhei com um longo silencio para poder processar a sua pergunta. - O Bruehl.

– Ah! - me voltei para a comida. - Nos conhecemos desde que eu vim para cá e isso já faz um longo tempo, passamos um ano juntos nesta casa até ele sair par anão sei aonde. - eu ri olhando para o pedaço de pão em meu prato. - Desde então é sempre dessa forma, ele vai e volta quando menos entende, as vezes passa meses fora, houve uma vez que ele passou um ano fora, mas isso já está fora da sua pergunta. - ele quase sorriu. - Por quê?

– Vocês parecem próximos vejo isso em seus olhos quando ele está aqui. - eu devo ter corado, porque tanto ele quanto a Governanta soltaram risinhos.

– Eu não ligaria de ver meu filho com a senhorita - olhei para a mulher, ela riu. - a senhorita é uma boa pessoa, alegre, divertida e inteligente, sem dizer que é bonita, seria um prazer is...

– Não fale besteiras. - virei o rosto escondendo o vermelho que havia surgido. - Isaac, vamos ou iremos nos atrasar.

Levantei, a Governanta me arrumou e riu da minha cara ainda vermelha. Entramos no carro e seguimos para o colégio. Entramos na sala, ainda estava vazia, era cedo faltava trinta minutos para a aula começar. Isaac abaixou a cabeça, mas deixou o olho bom de fora dos seus braços e ficou me olhando, eu deixei meu olho esquerdo de fora dos meus braços e fiquei encarando-o. Eram minutos engraçados por mais que nenhum risse, era constrangedor por mais que nenhum virasse o olhar, era hipnotizante por mais que ninguém parasse de piscar...

O professor entrou, nos arrumamos. Alguns alunos nos olharam fingimos não ver. Eu dormi nas duas primeiras aulas, na terceira fingi anotar enquanto Isaac dormia, ou fingia fazer isso.

No intervalo fui ao refeitório comprar algo para comer. O asiatico estava parado sentado sobre uma mesa conversando com alguns meninos, comprei um sanduiche e voltei para a sala, ele me seguiu. Entrou na sala e se sentou em minha mesa, quase sobre o meu lanche, eu o olhei com desgosto.

– Você irá engordar comendo isso. - ele falou, Isaac virou o olho bom na nossa direção e olhou o garoto. - O que você está olhando ca-olho? Quer ficar cego de uma vez?

– O que você quer? - eu perguntei fazendo com que o novato me olhasse. - Se não for nada importante pode se retirar da minha mesa e juntar-se as meninas que te acham um cara legal...

– "meninas que te acham um cara legal..." - ele afinou a voz. - Você não acha um cara legal? - ele abaixou o rosto na direção do meu.

– Sinceramente? - ele concordou. - Não. - ele pareceu ficar surpreso.

– Como...?

– Não achando. Agora, por favor, está sobre a minha mesa me atrapalhando. - ele saiu e saiu da sala.

Isaac voltou a abaixar a cabeça. Comecei a comer.

Na saída fomos os últimos a sairem da sala, Isaac andava ao meu lado olhando para a luz do sol que quase nos ofuscava.

– Está muito quente, você não acha? - olhei para o novato, ele concordou.

– Não me acha legal, não é? - era o asiatico, ele e alguns meninos estavam parados no pátio. Isaac os olhou, eu continuei andando. - Vai me ignorar?

– Continue andando. - falei par ao novato que apenas concordou e continuou ao meu lado.

Aproximaram mais rápido do que pude perceber, agarraram Isaac e jogaram sua mochila no chão. Olhei para os meninos, eles riram. O asiatico se aproximou de mim, olhei em volta o motorista não havia chegado, tinhamos saido mais cedo para arrumarem a escola para a festa de aniversario dos cem anos, droga.

– Não me acha legal? - ele segurou meu queixo entre o polegar e o indicador. - Como alguma menina pode não me achar legal? Sou bonito, rico, inteligente, sou o cara perfeito para vocês.

– Desculpe, mas não é perfeito para mim.

Ele pareceu ficar com raiva, me empurrou. Olhou para Isaac, ele se contorcia para poder se soltar dos meninos. O asiatico fez um sinal par aos meninos que pegaram cordas, eu tentei passar por eles, mas o asiatico me segurou, ele era forte.

– Assista, apenas faça isso. - ele apoiou a cabeça no meu ombro, sorria de uma forma maliciosa. Olhei para os meninos.

Um deles amarrava a mão de Isaac atrás do corpo, outro passava na sua frente e dava um beijo em seu pescoço, ele se esticou tentando se livrar, fechou os olhos com ar de nojo. O passou a mão por dentro de sua camisa, me balancei tentando me soltar.

– Ele não está lutando, por que você está tentando salvá-lo?

– Deixem-no em paz. - eu gritei. Isaac abriu o olho, os meninos me olharam.

– Não gosta do que vê? - um deles me perguntou sorrindo. - Pode se juntar a nós, não nos importamos. - o novato pareceu desesperado, ele me olhou e depois par aos meninos.

– Deixem-na fora disso.

– Qual o problema? - o asiatico falou sorrindo, percebi que pegava algo em seu bolso. - Tudo isso começou por culpa dela... - um choque me atingiu, olhei para os meninos... ERa tudo minha culpa...?

– Pare de dizer besteira. - um dos meninos começou a amarrar a boca do novato. Ele continuava a falar, mesmo que não entendessemos.

– Vamos nos divertir. - o asiatico falou abaixando-se até meu ouvido. Amarrou meus pulsos, e muito forte. - Como eu deveria? - Isaac ainda reclamava.

Eu o olhei e sorri inocentemente, ele parou, seu olho encheu de lágrimas. O asiatico deu um beijo ao pé do meu ouvido, me encolhi sentindo um arrepio passar pelo meu corpo. Uma de suas mãos parou na minha cintura a outra virava meu rosto na sua direção. Ele lambeu minha bochecha, eu me virei com nojo, tentei me soltar mais uma vez porém ele me segurou ainda mais forte.

– Esse tipo de coisa deveria ser proibido em colégios. - algo acertou o asiatico que caiu com o peso de seu corpo sobre o meu, Bruehl surgiu atrás dele e sorriu para mim. - Desculpa fazer com que esse peso de uma pessoa tão pervertida caisse sobre você. - ele deitou o corpo do menino no chão. Olhou par aos outros. - Irão soltá-lo ou terei que lhes ensinar algo mais?

Os meninos desamarraram Isaac que ao ter as mãos livres tirou a mordaça e veio até mim. Eu limpava a bochecha e o pescoço. Ele virou o rosto constrangido.

– Estão bem? - meu antigo amigo perguntou. Eu confirmei um pouco constrangida, enquanto passava as mãos nos pulsos. Haviam ficado marcados, eu as tapei com a manga do blazer.

– Estamos. - falei. - Acho melhor irmos para casa.

– Concordo. - Bruehl falou sorrindo.

– O que veio fazer aqui? - Isaac perguntou.

– Eu vim fazer companhia ao velhote - era assim que ele chamava o motorista, que por sinal, era tio dele. - e deveria me agradecer por ter vindo...

– Sim. - falei forçando um sorriso. - Obrigada.

Entramos no carro, eu e Isaac atrás, eu tentava tapar as marcas, mas aparentemente o novato as tinha visto, por mais que ele fingisse não ver seus olhos não fugiam ao meu pulso.

Chegamos em casa, peguei uma camiseta de manga e a coloquei, amarrei o cabelo em um rabo de cavalo, e desci para almoçar. Bruehl conversava com as cozinheiras quando me sentei. Isaac desceu logo em seguida, ele me olhou e sorriu levemente, mais como cumprimento.

– Ei, pirata! - o meu amigo falou rindo. - O que te trouxe até aqui?

– Foi um convite meu. - falei enquanto começava a comer. - Eu o chamei para vir aqui, já que a familia dele não se encontra no país, ele precisaria de algum lugar para ficar, não acha?

– Por que aqui? - Bruehl sorriu. - Não vai me dizer que vocês dois... - ele apontava para nós, virei o rosto constrangida. - Não precisa ficar vermelha estou apenas brincando com você.

– Se não se importam vou para o quarto, tenho prova amanhã. - eu me levantei.

– Perdeu o animo das brincadeiras... - Bruehl falou com uma voz fraca.

Os dois começaram a conversar, não parecia uma conversa amigavel, mas sim como se tentassem conhecer o inimigo. Sentei em frente ao computador.

I've been so lonely lonely without you

Two thousand years feeling nothing but blue

Wake me, take me, let me, put my spell on you

Dreamtime eternal the waiting is through

Like Romeo & Juliet

We're undead

Era o novo comentario. Aprendi a lidar com isso, apenas os lia, coloquei mais um texto, não teve resposta imediata, talvez no dia seguinte.

Estudei para aprova e me deitei para relaxar, estiquei a mão para o teto e olhei o leve roxo que meu pulso assumira, droga. Tão fraca, tão inocente, por que eu sou assim? Sempre dependendo dos outros para poder me proteger. Quando eu vivia com minha familia não era diferente, meus irmãos viviam me tirando de brigas, por mais que fossem muito mais velhos do que eu.

Alguém bateu na porta, alguns segundos e eu havia escondido a marca.

– A senhorita está bem? - era a Governanta.

– Estou sim, obrigada. - sentei na cama, ela parou ao meu lado.

– Bruehl me contou o que aconteceu, e disse que parecia já ter ocorrido antes, a senhorita teria algo para me contar?

– É constrangedor demais. - falei virando o rosto. Ela sorriu. - Mas prometo que quando me sentir mais a vontade eu te conto.

– Irei pedir que servirem o jantar, você aceita.

– Não obrigada, estou sem apetite. Mas pode servir para os dois.

Ela se retirou eu me deitei e dormi.

Levantei e me arrumei para o colégio. Bruehl havia sumido mais uma vez, Isaac estava sentado a mesa, ele me cumprimentou e terminou de comer.

Chegamos na escola mais rápido que nos dias anteriores, teriamos que ajudar na arrumação para a festa, era assim todos os anos, mas dessa vez era algo grande que seria comemorado. Um grupo foi responsavel pela decoração, outro pelas comidas, outro pelas brincadeiras e assim por diante. Fiquei no grupo de enfeites, e Isaac no de comida. Ele ficou junto com alguns meninos do terceiro ano e para minha surpresa o asiatico estava no mesmo grupo que ele, por mais que o novato fingia estar tudo bem, eu via em seu olho que não estava.

– Ei, ei! Temos o garoto sexy no nosso grupo. - o asiatico comentou com um dos meninos, eu estava decorando a sala de discussão dos pratos e bebidas que deveriam ter na festa, ali fariam calculos e tudo que fosse necessário. - Como que anda?

Isaac os ignorou. Eu continuei a ajudar as meninas a colocar as faixas que indicavam que sala era aquela e os responsaveis pelo grupo. Sumi em uma escada carregando dois pregos na boca e o martelo em uma das mãos, as meninas me passaram uma ponta da faixa e a outra para uma outra menina do outro lado da porta, estiquei-me para poder martelar.

– O que houve no seu braço? - uma das meninas perguntou, eu logo tapei a marca. - Você se amachucou com o quê?

– Não foi nada. - falei rindo. Terminei de pendurar a faixa. - Vou ver se precisam de mim em outro lugar.

Na saída todos devem ir para suas respectivas salas. Isaac estava sentado de cabeça baixa quando eu cheguei.

– Ótimo trabalho, adiantaram metade, podem ir para casa e relaxar. - o professor falou.

Assim que cheguei fui dormir, meus ombros doiam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mein Teil" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.