Mein Teil escrita por Vlk Moura


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Esse é apenas o primeiro, então me perdoem se não atingir as expectativas.



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Eu me chamo Haru, não que o nome seja importante, uma vez que na internet sou conhecida como Dark Angel. Isso começou com uma brincadeira de escrever contos sobre violência e que acabou crescendo, o problema é que não cresceu só na internet, cresceu para minha vida, tornou-se um tumor em minha familia e me obrigou a me mudar, agora vivo longe dos meus pais, por quê? Eramos todos ameaçados, diziam que nos matariam e começariam pela caçula, prazer, sou a caçula de cinco irmãos, sim sou solitária, sim eu sou nerd, sim eu amo HQ's, mas não, eu não sou obsecada por internet, era apenas um Hobby que acabou dando certo. Não quero te atrapalhar com a minha historia familiar e com o resumo de minha vida chata e solitaria, vou logo ao ponto, ao instante em que me mudei para essa pequena cidade no interior proxima a fronteira com o Uruguai.

– Você terá de ir para sua segurança. - foram as palavras do meu pai enquanto ele segurava sua cara de choro.

– Não se preocupe, nunca te acharam lá, e se acharem não farão nada, você estará sob custódia... - minha mãe tentava ficar séria.

– Vamos sentir sua falta, pequena. - meus irmãos me abraçaram, eu era excluida por ser a numero impar. Os dois primeiros eram gemeos, um menino e uma menina, os outros dois tinham a diferença de apenas um ano, que formavam uma escadinha, já eu, eu tinha quatro anos a menos do que o mais novo dos quatro. - Vamos precisar de alguém enchendo a casa com HQ's e me enchendo para poder comprar mais a cada dia. - o mais velho me apertou muito forte.

– Se cuida. - a mais nova deles gritou enquanto eu ia para o avião, pegaria um até Porto Alegre e de lá eu iria de onibus até a fronteira. Minha mochila estava sobre meu colo cheia de livros e três baterias para o celular.

Um motorista me levou até a minha casa, onde eu ficaria rodeada por empregados, se seria divertido? No começo duvidei, mas depois de um ano eles se tornaram minha fmailia e aprendia conviver com todos.

– Querida? - era a governanta me acordando, ela era bonita, 43 anos, bem cuidada, tudo em seus devidos lugares. - Está atrasada par ao colégio. - eu me sentei na cama. - Suas coisas já estão no banheiro te aguardando.

– Obrigada. - eu me levantei. - Mas já falei para parar de me mimar tanto, vou ficar mal acostumada.

– Não tem problema. - ela sorriu. - Mas vá logo ou seu café irá esfriar.
Sai do quarto cumprimentei alguns empregados e entrei debaixo do chuveiro. Será que se lembravam que também era meu aniversário? Dia sete de fevereiro, número do apocalipse, não é algo tão ruim para alguém que escreve o que eu escrevo.

Coloquei a saia rodada, o blazer, o laço amarrado de qualquer forma, o cabelo apenas penteado apra baixo o que fazia a governanta brigar comigo. Coloquei a meia-calça que era xadrez, coloquei meu all star surrado que ia até o meio da panturrilha. Desci a escada com a mochila em minha mão, um bocejo ao final da escada entrei na cozinha, todos me cumprimentaram enquanto me serviam.

Sai para a escola, o mesmo motorista de que falei no começo. Ele me acompanhou por todos os lugares que fui desde aquele dia, e já fazem quatro anos. Ele me deixou na porta, desejou-me bom-dia fiz o mesmo e respirando fundo desci do carro. Todos me ignoraram como sempre. Minha mochila no fundo da sala ao lado da parede na reta da porta.

O professor entrou, junto com ele um inspetor que me chamou.

– Pediram para te entregar isso. - nesse momento um menino loiro, de olhos azul escuro (não sabia que era possivel ter aquele tipo de cor de olho) passou por nós, me olhou de cima a baixo e ignorou-me assim como todos. - E pediram para que no intervalo você passe por lá.

– Certo. Obrigada.

Entrei na sala, todos me olharam, o menino estava parado a frente da sala para se apresentar, ou já havia começado, ele me olhou de forma estranha, apenas fui para meu lugar e me sentei.

Ao termino da apresentação o menino sentou-se ao meu lado, mas não porque escolheu, era o único local que restara. Abri o pequeno bilhete. " Suche gut gebauten 18-30jährigen zum schi achten. " Der Metzgermeisterera o trecho de uma música, ela já vinha em minha mente, Rammstein, boas músicas, alemão, mas porque a frase tão violenta? Sua tradução é: "Procura-se por alguem com idade entre 18-30 anos em boa forma para chacinar - O Mestre Açougueiro"

Será que já era uma maeaça, será que o plano dos meus pais não tinha funcionado e realmente começariam a me atacar... O sinal do intervalo.

Sai da sala atropelando alunos, entrei na secretaria, poucos instantes depois o aluno novo chegou, ele não me olhou eu fiz o mesmo.

– Aqui. - a secretaria, uma delas, passou o telefone. - São seus pais.

Coloquei o telefone ao ouvido e ouvi um grito de PARABÉNS! Olhei em volta, foi tão alto que parecia ser possivel ouvir de qualquer lugar ali.
– Parabéns Haru! - meus pais falaram em coro. - Já fazem quatro anos que não nos vemos, como você está? - meu pai fazia essa pergunta todos os anos.

– Estou bem, obrigada. Todos cuidam muito bem de mim aqui. - o pessoal já estava acostumado a me ter recebendo os 'parabéns' todos os anos, mas o aluno novo me encarava, eu não fiz diferente, passei a encará-lo. - E vocês como estão? Digo o senhor e mamãe...

– Estamos bem, é triste, estamos longe de todos vocês e até agora... - ele fez uma pausa, eu entendi, não, eu sabia o resto de sua frase, não era necesario completá-la. - Enfim... Seus irmãos estão bem também, devem te ligar em alguns instantes... - e realmente deveriam, porém ligavam no meu celular e não no meu colégio, todos usavamos celulares descartaveis para não sermos rastreados, ou se fossemos dificultassemos um pouco o trabalho. - Querida, temos que desligar, mas espero que passe bem esse dia tão alegre no qual você está nascendo... Mãe! - meu pai gritou. - Ela já nasceu?

– Não querido, faltam duas horas. - eu ri ao telefone. - Querida, queremos tudo de bom para você e cuide-se, continue frequentando as aulas normalmente e se tornando uma mulher maravilhosa. Desejo o melhor para você.

– Obrigado, desejo tudo em dobro para vocês. Desliguei sorrindo, era assim em todos os anos, e mais uma vez o aluno novo me encarava. - Obrigada. - agradeci e me retirei, ele me acompanhou com o olhar até eu sair da secretaria.

Ele aguardava sair o papel de confirmação de sua transferencia, eu não sabia seu nome, deveria saber, mas não sabia, não prestei atenção em sua apresentação. Não precisava prestar. Logo ele se encheria de meninas como se elas fossem carrapatos em um vira-lata de rua. Ele era bonito, eu não podia negar, mas minha mente se preocupava co outra coisa, não com ele e muito menos com a escola.

– Esse ano terão muitos trabalhos em grupo. - a professora anunciou. - Mas não só em artes, que eu sei que todos vocês amam ter de reproduzir os quadros - gemidos negavam isso e provocavam riso na maioria, eu continuava de cabeça baixa apenas ouvindo. - Com esse espirito sedento por conhecimento e diversão eu quero que arrumem um quadro qualquer um, não me importa se quem pintou foi a formiguinha que mora na sua casa ou se foi alguém famoso, realmente não importa, mas quero que tragam em um mês a história que está representada ali, desde o amor, o brilho, a bondade até a tristeza, o medo, o suspense. - ela deixava, ou tentava deiar, a voz sombria nas últimas palavras. - Enfim, sejam felizes na busca.

A sua aula foi baseada em desenhar algo que todos desejassem que acontecesse, alguns se viam ganhando campeonatos, outros tornando-se bilionários... Eu já disse que essa escola é para ricos? Se não, estou avisando agora, todos ali, com raras exceções, são milionarios, a escola é altissimo nível, uma das maiores médias do país, por mais que todos nós possamos parecer grandes vagabundos, somos bem inteligentes. E sim, eu sou milionaria, por isso todo esse problema com a minha familia, querem nosso dinheiro e dizem que temos tranças que vêm desde nossas raizes envolvidas na corrupção e querem acabar com tudo isso.

Esse é o motivo de eu estar longe de todos aqueles que gosto, corrupção, o país deveria estar acostumado isso, não afirmo a suspeita dos assassinos, mas pelo menos fico feliz em saber que não são todos que se calam de frente a um roubo.

Tenho que pensar em um quadro...


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Notas finais do capítulo

Sério, desculpa se ficou confuso, mas vejam que são os pensamentos de uma menina que está meio perturbada.