Eu: Mãe, eu não posso ir, minha vida ta aqui, meu pai ta feliz com a família dele lá. E a Carol e o Pedro, não faz isso mãe. - disse ja chorando.

Mãe: Ali, o salário é 3 vezes maior, não é por muito tempo, é só um ano meio e depois eu posso voltar filha. Eu ja falei com o seu pai, voce vai daqui uma semana, sei que deve ser ruim pra voce, mas ja ta decidido. -ela disse e se levantou indo pra cozinha.

Subi as escadas meio devagar por conta da minha vista estar embaçada, me joguei na cama e desabei em chorar. Depois de uma hora chorando, me levantei e tomei banho, aproveitei um pouco meu tempo na banheira pra renovar as feridas que ja tinham cicatrizado a muito tempo em meus pulsos. É uma maneira de descarregar toda a dor que sinto internamente. 

Passada uma semana exatamente,hoje era sábado e eu estava em casa, no meu quarto terminando de guardar coisas mínimas. Pedro estava no quarto comigo, Carol e Bruno estavam lá embaixo conversando com a minha mãe. 

Pedro: Vou sentir tanto tua falta princesa. - disse se apoximando de mim e colocando as mãos em minha cintura

.Eu: eu também Pepo. - Pepo é o apelido que eu dei pra ele, mas apenas eu podia chamá-lo assim, ah, de qualquer maneira, o Pedro é meu. Ele nao se resolve com os apelidos, me chama de Ali, pequena, princessa, marrentinha, coisinha, enfim.

 Pedro: Voce vai continuar sendo minha, voce sabe né? - acenti rindo - Por isso, até comprei uma coleirinha pra nenhum marmanjo chegar perto de voce. - Pedro disse rindo, e tirou um colar do bolso, que tinha letra P de Pedro (avá)

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Pedro: Isso é pra voce nao se esquecer de mim nunquinha, é pra voce dormir comigo, ir pra escola comigo, fazer tudo comigo, menos tomar banho, claro. Não que eu não queira te "ver" nua, mas porque se não vai estragar o colar mesmo. - ri da cara dele, e em seguida pulei em seu colo, ficando com minhas pernas em volte de sua cintura, e os braços em volta de seu pescoço. Ele segurou em minhas coxas desnudas, pois eu tava com shorts, pra eu nao cair.

Pedro: Sua loca, quase que eu caí e te levei junto. - disse rindo

Eu: Awn Pedro, eu te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo muuuuito. - disse repetidamente com um sorrisso bobo na cara. 

Pedro: Também te amo princesa, muito.

 Eu: Ja que é assim, também tenho um presente pra voce. -disse assim que lembrei de um colar que eu dei a ele quando nós estávamos na terceira séria, que tinha um P e um A, minha mãe mandou fazer pra ele, em seu aniversário de 9 anos. Abri meu guarda-roupa, e o tirei de uma caixinha. - Voce se lembra dele? Que voce tirou quando nós brigamos, há 3 anos atrás?

Pedro: Claro que lembro pequena, não sabia que ainda tinha ele. Voce me disse que tinha jogado fora.

Eu: Voce disse que nao me amava. - disse e fiz biquinho.

Pedro: Own, não faz esse biquinho não, sabe que eu não resisto Ali. - disse chegando perto de mim, e me puxando pela cintura, em seguida mordeu meu biquinho de leve, e depois deu início a um beijo que logo foi correspondido. 

Eu: Vai, deixa eu colocar em voce o colar. - disse depois de quebrar o beijo com 2 selinhos. Pedro se virou e eu coloquei o colar nele, que logo se virou e me deu outro selinho. 

O vôo da minha mãe estava marcado mais cedo do que o meu, pro Japão, então a levamos até o aeroporto, e a despedida doi horrível, não sei se ja mencionei que odeio despedidas, mas pois é, eu odeio. Voltamos pra casa eu tomei um banho, e coloquei uma roupa um pouco quente, ja que minha mãe disse que lá estaria um pouco frio.
Pedro me ajudou a levar as malas pro carro e assim fomos pro aeroporto com o motorista. Meu vôo era as 18:00 e agora eram 15:00, saímos de casa essa hora, porque para vôos internacionais devemos chegar com duas horas de antecedencia, e minha casa é um pouco longe do aeroporto. Assim que chegamos, eu fiz o check-in e fomos todos pra uma sala, esperar que chamassem o número do meu avião. Estava em pé, ja que iria ficar o vôo todo sentada, e Pedro não desgrudava de mim, ele estava abraçado a mim, desde que chegamos e ele falava de cinco em cinco minutos "eu amo voce".

Pedro: Amo voce Ali, sabia?

Eu: Sim Pedro, voce ja disse isso 27 vezes desde que saímos da minha casa, e eu também amo você. 

Pedro: É porque eu só vou poder te dizer isso pessoalmente daqui a algum tempo. -disse e abaixou o olhar - ei, espera. Eu só vou poder te beijar de novo quando nos vermos denovo. Ali, vem cá, me dá uma beijo vai? - perguntou e fiz biquinho. Eu ri.

Eu: Sai pra lá Pedro, seu carente. - disse ainda rindo.

Pedro: Por favorzinho? - fez biquinho, e me puxou pela cintura, colando nossos corpos. Não resisti ao charme, e o beijei. 

Bruno: Como vão manter um namoro a distancia? - eu e Pedro paramos de nos beijar, nos encaramos e rimos.

Eu: Nós não namoramos.

Bruno: Como não? Vivem se beijando, e só hoje, escutei o Pedro falar que te ama, mil vezes. - disse confuso.

Pedro: Ah, eu disse isso mil vezes, mas porque eu realmente a amo, mas como amiga. E a gente se beija porque, ah, esse menina é a maior tentação, tenta ficar perto dela sem beijá-la, é quase impossível e ela beijar bem pra caramba, te mandaria experimentar se voce nao tivesse namorada e se eu não tivesse ciúmes dela. - ele disse e eu comocei a rir estéricamente. 

Eu: Ai Pedro só você.

Depois de algum tempo, a  mulher do aeroporto chamou meu vôo duas vezes e eu ainda estava me despedindo.

Carol: Me liga ou manda sms todo dia pra me contar as novidades, se não eu vou te ligar. Entra no msn, e cria um skype  pra gente se ver, certo? 

Eu: certo Carol, certo. Vou sentir muito sua falta ouviu? - disse chorando. - E nem pense em me substituir, nenhum de vocês, ok?

 Todos: Nunca. - Dei um último abraço na Carol e fui me despedir de Bruno.

Eu: Não erámos muito íntimos, mas ja considero muito você grandalhão. E trate de cuidar bem da minha amiga, se não eu arranco seu bem mais preciso. - vi ele engolir em seco - Sério, se magoá-la eu volto pra te matar viu? - disse e sorri amigável. Depois ri. - Vou sentir sua falta. - disse o abraçando.

Bruno: Também vou Ali, boa sorte lá, e mande notícias. - acenti e ele sorriu. Fui me despedir de Pedro, ele era o mais difícil.

Eu: Então né, vou sentir sua falta, na verdade, voce é o que eu mais vou sentir falta aqui. - disse voltando a chorar, e o abracei.

Pedro: Eu também vou, e como disse a Carol, me liga, todo dia. - acenti e o abracei novamente, quando fui me virar, Pedro me chamou e me puxou pelo pulso, justo o que eu tinha cortado há uma semana atrás, eu soltei um gemido de dor, e rapidamente puxei meu pulso, o massageando em seguida. Pedro me olhou desconfiado, pois ele não sabia que eu fazia isso, ninguém sabia. Pedro tentou puxar meu pulso, e eu não deixei, mas ele é, e sempre foi mais forte que eu. Pedro viu, e eu abaixei a cabeça, e meu choro aumentou, causando alguns soluços. Pedro me puxou pra um abraço. 

Pedro: Pequena, por que faz isso? - disse baixo em meu ouvido por conta do abraço.

 Eu: Me desculpa. - foi só o que consegui dizer.

 "Passageiros do vôo 437 com destino ao Canadá, Stratford, portão 7, última chamada."

Eu: tenho que ir. - Pedro me segurou.

Pedro: Sei que não vai dar pra me explicar isso, não hoje, não aqui, não agora, mas por favor, para com isso. Promete pra mim que vai parar? - olhou em meus olhos marejando.

Eu: P-Prometo. - gaguejei.

Pedro: Por mim, certo? 

Eu: Certo. - O abracei bem forte, me soltei e sai correndo desengonçada com um carrinho me ajudando com as malas, e assim parti.