The Simple Plan escrita por Tamiris Vitória


Capítulo 6
A mordedora de mão


Notas iniciais do capítulo

Eu me esqueci de postar esse capítulo. Já está corrigido.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/291506/chapter/6

Na primeira semana que assumimos um LANCE, eu fui alvo de piadinhas meio toscas vindo do trio do primeiro ano.


– Previsível. Você babava quando via o Eric. Apesar de que eu acho o Eduardo muito mais lindo sabe? Aquele cabelinho lisinho e irritantemente perfeito me deixa doida. - Emanuella sorriu, bobamente.


– Olha só... - Johnny disse, encarando-a. – Vou contar pro Eduardo.


– Nããão!! Se ele for que nem o Eric o ego dele vai ate Marte.


Todos rimos, mas Melissa parou primeiro, e mesmo sem seguir seu olhar, eu sabia que o Mendes II, estava dentro da sala.


E pra que mesmo eu disse isso? Ahn? Ahn?


– Está errada. - baixei minha cabeça, em sinal de extrema derrota. Eduardo se sentou ao meu lado na rodinha que formei com o trio do primeiro ano. – O ego dos Mendes não é assim tão absurdamente alto, mas como em toda família há exceções, Eric é convencido porque garotas tolas inflam seu ego.


– Caldeirão meu pai, porque o bicho vai pegar fogo. - Johnny disse, imitando o sotaque baiano.


– E você, eu já pude perceber que é o caçula irritante e metido a certinho? - Ele sorriu, achando graça da minha pergunta. – Gente, eu vou indo...- me levantei.


– Eu prefiro não dizer o que eu penso de você! - rebateu, abrindo o que parecia ser sua mochila.


– Fique a vontade Eduardo.


Ele queria briga e se ele quer briga, nós iremos brigar. Porque o baguio ainda é doido aqui mermão.


– Eduardo... - Melissa murmurou, tentando segurar a barra de sua camiseta.


Só que a criança a ignorou, vindo em minha direção e parou, me olhando com aqueles olhos extremamente castanhos, que não eram iguais aos de Eric, mas eram lindos também.


Ah, cale-se Paolla.


– Primeiro: Você é definitivamente BURRA, sim, e não há outras palavras que possam te definir. Além de burra, é totalmente teimosa. Segundo: É cega, pois não percebeu que na rede do meu irmão você é apenas mais um peixe, um peixe inocente. Terceiro: Acorda! Meu irmão só esta com você porque é bonitinha, educada e diferente de muitas que ele já comeu, você se dá valor!


Eu em resposta, dei um tapa muito do bem dado em seu rosto e não sei como exatamente, mas caímos no chão dando início a uma briga bem ridícula.


Quando ele segurou minha mão, (detalhe, eu estava em cima dele e ele cobria o rosto desviando de meus tapas) eu a mordi.


– FILHO DA ****!


Resultado?


Fomos para a Diretoria, é lógico. e sabe como eu fiquei conhecida? A morde mão do E.E Maria Dulce.


Estou suspensa por três dias e terei que cuidar da mão do Eduardo na enfermaria da escola. Ou seja, você sai da escola (mesmo que por três míseros dias), mas a escola nunca sai de você.


Entramos os dois na enfermaria, eu em um silêncio mortal, e ele simplesmente cantando descontraído.


– Senta e cala a boca. - Eu mandei, indo em direção a uma caixinha branca com curativos e etc. E ele sentou, obediente Ah, qual é a dele? – Obrigada.


Comecei a tratar da mão dele.


– Paolla? - ele chamou, mas eu não respondi. – Eu fui um pouco rude com você, desculpe.


– Porque isso? – Eu estava muito surpresa. - Você não me odeia?


– Open your eyes, Paolla. Open your eyes. Please.


Ele é uma gracinha quando não esta me xingando.


– Eu estou apaixonada pelo seu irmão, essa é a verdade. Não consigo parar de pensar nele... E...


– E você esta cega de amor, legal, legal. - ele fez um bico emburrado. – Olha, estou levantando as minhas para o céu ta ok? Eu achei que por um momento você fosse fazer a diferença, mas na boa, eu nem gosto de você e já estou de cabelos brancos de tanto estresse.


– Talvez você goste de mim. - brinquei, terminando o curativo. Ele franziu o cenho, analisando a idéia. – Ah, qual é. Eu sou bacana, irritante, porém, bacana.


– É, talvez. Você parece interessante quando não esta babando em cima do meu irmão.


– Ciúmes?


Ele sorriu. O primeiro sorriso sincero dele para mim.


– Revolta.


– Sim, entendo. Revolta é um sentimento carinhoso.


– Depende... - era o começo de uma trégua. – Mas pelo sim e pelo não, eu prometo te deixar em paz para ver quem realmente meu irmão é.


– Se ele é tão mal assim, porque você não me conta a história?


– Não... Você descobrira por conta própria.


Esta foi a primeira vez que conversei com Eduardo sem brigar, foi... Diferente.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Simple Plan" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.