The Simple Plan escrita por Tamiris Vitória
Notas iniciais do capítulo
Eu me esqueci de postar esse capítulo. Já está corrigido.
Na primeira semana que assumimos um LANCE, eu fui alvo de piadinhas meio toscas vindo do trio do primeiro ano.
– Previsível. Você babava quando via o Eric. Apesar de que eu acho o Eduardo muito mais lindo sabe? Aquele cabelinho lisinho e irritantemente perfeito me deixa doida. - Emanuella sorriu, bobamente.
– Olha só... - Johnny disse, encarando-a. – Vou contar pro Eduardo.
– Nããão!! Se ele for que nem o Eric o ego dele vai ate Marte.
Todos rimos, mas Melissa parou primeiro, e mesmo sem seguir seu olhar, eu sabia que o Mendes II, estava dentro da sala.
E pra que mesmo eu disse isso? Ahn? Ahn?
– Está errada. - baixei minha cabeça, em sinal de extrema derrota. Eduardo se sentou ao meu lado na rodinha que formei com o trio do primeiro ano. – O ego dos Mendes não é assim tão absurdamente alto, mas como em toda família há exceções, Eric é convencido porque garotas tolas inflam seu ego.
– Caldeirão meu pai, porque o bicho vai pegar fogo. - Johnny disse, imitando o sotaque baiano.
– E você, eu já pude perceber que é o caçula irritante e metido a certinho? - Ele sorriu, achando graça da minha pergunta. – Gente, eu vou indo...- me levantei.
– Eu prefiro não dizer o que eu penso de você! - rebateu, abrindo o que parecia ser sua mochila.
– Fique a vontade Eduardo.
Ele queria briga e se ele quer briga, nós iremos brigar. Porque o baguio ainda é doido aqui mermão.
– Eduardo... - Melissa murmurou, tentando segurar a barra de sua camiseta.
Só que a criança a ignorou, vindo em minha direção e parou, me olhando com aqueles olhos extremamente castanhos, que não eram iguais aos de Eric, mas eram lindos também.
Ah, cale-se Paolla.
– Primeiro: Você é definitivamente BURRA, sim, e não há outras palavras que possam te definir. Além de burra, é totalmente teimosa. Segundo: É cega, pois não percebeu que na rede do meu irmão você é apenas mais um peixe, um peixe inocente. Terceiro: Acorda! Meu irmão só esta com você porque é bonitinha, educada e diferente de muitas que ele já comeu, você se dá valor!
Eu em resposta, dei um tapa muito do bem dado em seu rosto e não sei como exatamente, mas caímos no chão dando início a uma briga bem ridícula.
Quando ele segurou minha mão, (detalhe, eu estava em cima dele e ele cobria o rosto desviando de meus tapas) eu a mordi.
– FILHO DA ****!
Resultado?
Fomos para a Diretoria, é lógico. e sabe como eu fiquei conhecida? A morde mão do E.E Maria Dulce.
Estou suspensa por três dias e terei que cuidar da mão do Eduardo na enfermaria da escola. Ou seja, você sai da escola (mesmo que por três míseros dias), mas a escola nunca sai de você.
Entramos os dois na enfermaria, eu em um silêncio mortal, e ele simplesmente cantando descontraído.
– Senta e cala a boca. - Eu mandei, indo em direção a uma caixinha branca com curativos e etc. E ele sentou, obediente Ah, qual é a dele? – Obrigada.
Comecei a tratar da mão dele.
– Paolla? - ele chamou, mas eu não respondi. – Eu fui um pouco rude com você, desculpe.
– Porque isso? – Eu estava muito surpresa. - Você não me odeia?
– Open your eyes, Paolla. Open your eyes. Please.
Ele é uma gracinha quando não esta me xingando.
– Eu estou apaixonada pelo seu irmão, essa é a verdade. Não consigo parar de pensar nele... E...
– E você esta cega de amor, legal, legal. - ele fez um bico emburrado. – Olha, estou levantando as minhas para o céu ta ok? Eu achei que por um momento você fosse fazer a diferença, mas na boa, eu nem gosto de você e já estou de cabelos brancos de tanto estresse.
– Talvez você goste de mim. - brinquei, terminando o curativo. Ele franziu o cenho, analisando a idéia. – Ah, qual é. Eu sou bacana, irritante, porém, bacana.
– É, talvez. Você parece interessante quando não esta babando em cima do meu irmão.
– Ciúmes?
Ele sorriu. O primeiro sorriso sincero dele para mim.
– Revolta.
– Sim, entendo. Revolta é um sentimento carinhoso.
– Depende... - era o começo de uma trégua. – Mas pelo sim e pelo não, eu prometo te deixar em paz para ver quem realmente meu irmão é.
– Se ele é tão mal assim, porque você não me conta a história?
– Não... Você descobrira por conta própria.
Esta foi a primeira vez que conversei com Eduardo sem brigar, foi... Diferente.
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