The Simple Plan escrita por Tamiris Vitória


Capítulo 15
MIAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, eu estava terminando outra história que no momento, é minha prioridade. O arquivo em Word da história se corrompeu. Agora to pegando capítulo por capítulo no Recanto e passando pra cá -_-



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POV Paolla

- É vó, gato mia. - Eu estava explicando ela sobre a brincadeira que Breno e Tiago inventaram pro final de semana. – Por que?

- Quer dizer que vocês vão tirar 2 ou 1 e o que sobrar vai bater cara e depois sair procurando pelos outros no escuro?

Ela entendeu? To pasma!

- É.

- E você vai dormir na casa do Johnny pra brincar disso?

- É.

- E... Desde quando você pede? Geralmente você avisa.

- É só pra não perder o respeito, coisa linda da minha vida!!!

Eu dei um beijo bem apertado em sua bochecha, ela riu.

O sol estava quente e gostoso, o que proporcionava uma sensação bem relaxante. Sem pressa, andei até a casa de Johnny para dar início ao meu final de semana.

Quando parei em frente ao portão verde da casa de meu amigo, Eduardo chegou também. E o pior nem é isso, e sim sua mania irritante de me olhar avaliador até meio critico.

- O que é? - perguntei ríspida. – Tá gostando do que vê?

- Tanto faz na verdade.     

- Você finge que me engana eu finjo que acredito. – Fiz uma dancinha com as mãos e Eduardo me deu aquela fuzilada com seus olhos claros e lindos e que eu... Chega.

- Garota, você tem algum problema?

- Fora minha condição afetiva e financeira, eu estou ótima. – Ele me olhou com o cenho franzido, no mínimo me achando louca. – Tá, eu tenho sim.  - E ele se chama Eduardo Surita. – Completei mentalmente.

- Ah, eu já percebi. Lamento não poder ajudar. – Forçou um sorriso. Ele me odeia novamente.

Eduardo fez menção de entrar, mas eu segurei sua mão.

- Quando é que você vai aprender a me tratar direito? - Minha voz já tinha perdido toda a valentia, eu não queria brigar com ele, eu tentava me redimir, mas bater de frente com o orgulho de Eduardo é uma batalha complicada.

- Você mentiu. – Acusou, de certa forma, magoado.

- Eu menti, eu sei. Me desculpe.

- Você é uma idiota. – Eu adoro elogios. Aham. – Mas eu gosto de você, não sei por que e nem sei o que vejo nesse seu jeito irritante, mas gosto, por mais estranho que seja.

- Eduardo... - Eu me aproximei, hipnotizada pela intensidade de seus olhos, por um momento senti que ele não fugiria da minha investida. Era tão louco eu estar fazendo isso.

Só que ele se afastou com sutileza, frustrando-me.

- Não peque pelos excessos Paolla, eu ainda não confio em você.

- Você é o garoto de 15 anos mais difícil que eu já conheci em toda a minha vida. -Confessei, frustrada. Eduardo sorriu e nós entramos na casa de Johnny.

Preferi esquecer a cena de alguns minutos atrás, era mais fácil para a minha auto-estima.

POV Eduardo

Uma coisa é você querer e outra é você poder, eu a quero, e muito, mas não posso deixar ela me usar. Paolla é perfeita, mesmo tendo seus surtos de arrogância ela consegue ser doce. Às vezes é irritante, mas sabe ser adorável. O que me mata nela são suas mudanças de humor. E o que me atrai é o jeito. Eu me meti numa confusão imensa, e não sei como sair e nem se quero sair.

Agora acredito que as garotas problemáticas são as mais atraentes..

- Eduardo, vem aqui. - Johnny chamou, do 2º andar. Olhei pras meninas antes de subir. Entrei no quarto e o encontrei penteando os cabelos. – Cara, senta aí e me responda essa pergunta. Você é um cara bacana, vai saber como responder.

- Beleza. – Me sentei. Um tanto desconfiado, porque né...

- Cara, me meti num problema...

- Qual problema?

- Me envolvi com duas mulheres!

- CASADAS?

Ele gargalhou alto. Ué, poderiam ser duas mulheres casadas, não é mesmo?

- Não mano, são duas lindas garotas, uma é a fiel, e a outra é a amante.

- Cê tá de brincadeira...

- É verdade mano! Mais é isso mesmo, estou com duas e a amante namora um bad boy da escola, ela é tão linda, tão... -E começou uma lista de adjetivos que davam qualidade a fiel. – E a amante, Dudu meu amigo, a fiel é um terror.

- Ela é feia?

- Não retardado, ela é perfeita.

- Nossa, Johnny! Você com essa cara de bom samaritano tá catando duas e eu que sou um cara correto e decente não estou com ninguém, injusto.

- Não esta porque não quer... - Levantei o dedo pra protestar. – Cala a boca mano. Quando os mais velhos falam as crianças obedecem. - Só porque ele faz aniversário primeiro que eu. Pensa que tá abafando.

Ah, agora eu me revoltei. O que é? Agora deu síndrome de Paolla nele?

- Cala a boca nada mermão. - Fiquei de pé. – Só por isso vou contar pras meninas, elas vão te trucidar.

-Nãããããão! – Ele se ajoelhou no chão, desesperado. - Pelo santo Deus, Emanuella vai surtar quando souber quem é, e Melissa cortara meus pulsos!

- E quem é? - Ele veio no meu ouvido cochichar. – Rapaz! - eu exclamei, surpreso. – Tá fodido mesmo hein?!

Quando as meninas souberem que são a “fiel” e a “amante” de Johnny eu não quero estar na pele dele.

POV Paolla

A porta da casa de Johnny foi aberta e Tiago e Breno chegaram. Eles pararam no meio da sala estilo “James Bond” e deram seus melhores sorrisos. Todo mundo ficou tipo “cri... cri... cri”.

- Boa tarde, Emanuella. -Tiago disse, todo trabalhado na educação. Se fosse comigo ele falaria “E aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai gorda, tudo em cima?” não é ciúmes não. Juro. – Como foi o seu dia até agora?

- Ele ia bem, mas a sua presença estragou tudo. - Eu, Melissa e Breno soltamos um baixo “uh”. – Vou ali cortar minha cabeça, já volto.

- Ela tem um humor negro muito esquisito, vai se acostumando. - Melissa aconselhou, sorrindo, já acostumada com Manu. Breno se aproximou dela. – Ih, sai pra lá.

- Ah amor, não faz doce... Eu gamo. – Olhei Breno, enojada. Tenho um pouco de vergonha dos meus amigos, só um pouco.

- Deixa eu ir chamar os meninos, porque se eu ouvir mais uma palavra de vocês, eu vou vomitar. - subi as escadas correndo e dei de cara com Eduardo, a trombada foi forte, e nos caímos, isso tá me soando clichê, mas não importa. – Desculpa.

- Não, tudo bem. - meu cabelo caiu sobre o rosto dele, que sorriu. – Sei que isso foi desculpa pra me agarrar né, mas enfim. – Belisquei seu braço. – Ai, Paolla!

- Besta. - Levantamos e Johnny nos fitou com o cenho franzido. – O que?

- Sempre arrumando motivo pra se agarrarem, assumam logo que se amam. -Eduardo e eu nos olhamos, ambos surpresos e pasmados com a seriedade das palavras de Johnny.

- Pegadinha legal viu Johnny, eu quase ri, juro. - falei, risonha. Eduardo me acompanhou na risada e nós três descemos as escadas.

Era agora que o tal Gato Mia ia miar mesmo.

POV Eduardo

Tiago explicava a brincadeira para todos enquanto Johnny terminava de guardar uns DVDS que Emanuella trouxe para assistirmos (a maioria terror). Explicada a brincadeira fomos tirar 2 ou 1.

Resultado foi que Johnny teria que contar até 20 para todos se esconderem, a única parte da casa que valerá, é o segundo andar.

- Que comece a brincadeira! - Breno exclamou, fazendo uma voz tosca. Ele deu um piscada safada pra Emanuella.

Eu não sei bem quem apagou a luz, mas no momento em que isso aconteceu me vi parado feito um idiota, sou péssimo em andar no escuro. Cerrei os olhos e corri pro segundo andar, ouvi as vozes de Emanuella e Melissa, mas não soube distinguir do lugar que elas falavam. Senti uma mão segurar a minha, um toque macio, nem precisei pensar muito para saber quem era.

Paolla me levou pro quarto que parecia ser o de Johnny, achei que ela ia se esconder em um lugar e eu em outro, mais ela me levou para dentro do guarda-roupa, é, apenas nos dois, isso não ia dar nada certo.

- Ow Tiago, cala a porra da boca. - Ela disse, ouvindo uns barulhos estranhos que pareciam vir do banheiro do quarto.

- Foi mal! - ele disse. – É a Emanuella que tá me batendo.

- Vem. - Paolla me puxou pra dentro do guarda-roupa e fechou a porta. Era meio apertado pra nós dois, mas conseguimos. – Eduardo, seu pé está me machucando.

- Ah, e eu tenho culpa?

- Tem, ô se tem.

- HAHAHAHA, VAMOS VER QUEM VAI SER O PRIMEIRO GATO A MIAR! - A voz de Johnny que não parecia estar muito longe. Eu baixei a cabeça contra as pernas e senti a mão de Paolla no meu joelho, se apoiando pra não cair.

- Seu irmão me parou hoje. - sussurrou ela, a voz parecia infeliz. – E... Tentou me beijar.

Um gesto involuntário (e muito) me fez bater minha cabeça pra trás, a madeira do guarda-roupa provavelmente me daria um galo na cabeça.

- Ai. - Reclamei, passando a mão na cabeça.

- Cuidado! - Falávamos aos sussurros. – Ele percebeu a nossa amizade e está tirando conclusões precipitadas.

- Precipitadas. - repeti com o sarcasmo mais alto que consegui. – Claro. E você? O que disse a ele?

- Eu não disse nada. Eric é um babaca.

- Isso já não me é novidade. Quero saber o que você respondeu.

- Eu disse a ele que não tenho nada com você, e que somos apenas... Colegas. Andamos com o mesmo pessoal, ele riu da minha cara e disse que sou uma péssima mentirosa, eu o mandei tomar no cu e fui embora.

- GATO MIA? – Eu ia responder, mas me calei ao ouvir a voz do Johnny no quarto.

- Miaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaau. - Esse miau foi estranho, não sei se é da Emanuella ou se é do Tiago.

- Gato Mia? - e pelo jeito nem Johnny.

- MIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAU.

- Emanuella?

- Perdeu mané, é o Tiago.

-Ah, puta que pariu! Rala daí, tenho mais duas chances.

- Tá.

- EMANUELLA, UHUUU!

- E então... - Chamei a atenção de Paolla. Johnny não parecia estar mais no quarto.

- O que?

Mordi o lábio, se eu fizesse a pergunta que pretendia, ia soar como ciúmes, eu não estou com ciúmes, mas me preocupa o fato dela cair nas garras do meu irmão. Paolla é ingênua. Agora analisando meu pensamento, isso soou bem Chapeuzinho vermelho, eu seria quem? O Caçador? Eric o Lobo mau e Paolla a Chapéu.

Que situação mais ridícula.

- Você... - Não pergunte, não pergunte, não pergunte. Perguntei. – O beijou?

- De tudo o que eu falei, o que você não entendeu.

- Se você mentiu uma vez pode mentir outra sem o menor problema, mentir é como se drogar, quando começamos não conseguimos parar.

Ela me beliscou, eu dei um tapa em sua mão e tudo ficou meio estranho, não sei se foi de propósito, se foi coincidência, ou era o destino conspirando contra mim, a questão é que eu estava próximo demais de beijar Paolla, eu queria aquilo, mais que qualquer coisa, mas eu tinha que levar em conta as coisas que ela me fizera. Não era fácil aceitar que ela queria me usar. Porque é essa a intenção dela.

Nós vamos ficar, droga. Isso não devia ter ficado assim.

Os lábios de Paolla se chocaram contra os meus com urgência. Eu jamais podia imaginar o quão desconfortável era beijar dentro de um guarda-roupa. O beijo foi se tornando mais sensual, os lábios dela eram incríveis – assumir isso é o fim – e eu estava gostando daquilo mais do que deveria.

- Chega. - Me afastei. Incrédulo, com os batimentos cardíacos. O que é isso? Parece que eu nunca beijei na boca.

- Eduardo...

- Nem mais uma palavra. - Balancei a cabeça em negação. – Isso nunca aconteceu.

- Mais aconteceu! - agora ela gritava. – E eu gostei!

- Paolla, escute! - Segurei seu rosto, ou ao menos tentei. – Eu não gostei, e não quero que isso se repita. Não me confunda com Eric e não me use para tentar esquece-lo.

- Não gostou. - O sarcasmo agora era dela. – Não foi isso que seu coração me disse.

E ela abriu a porta do guarda-roupa, parecendo muito irritada.

Eu tinha até me esquecido da brincadeira, na verdade eu nem queria mais brincar, era frustrante por demais.

- AH QUE DROGA, EU TENHO CULPA QUE VOCÊ RESOLVEU SE PEGAR COM A MELISSA AGORA, BRENO? - Era Johnny, que com certeza deve ter interrompido alguma coisa.

Após esse beijo é tipo óbvio que as coisas não serão mais as mesmas entre nós.

POV Paolla

“Pense em qualquer coisa, pense em qualquer coisa. Nem foi tão bom assim, ele não é tão bom assim, e eu não gosto dele mesmo.” - desci as escadas devagar, tentando não tropeçar, andei mais um pouco tateando as mãos nos móveis e me sentei no sofá, Tiago estava ao meu lado.

- E ai? - perguntei. – Beijou?

- Não, ela só me deu um selinho, e isso foi para eu não dedura-la. Garotinha difícil. E você?

- Eu?

- Ah, qual é Paolla, não mente, velho!

- Beijei.

- E ai?

- Prefiro não comentar.

Tiago riu.

- É. Talvez estejamos mesmo encantados por essa galera do 1º ano.

- É.

30 minutos depois todos desceram, acabou que Johnny não achou ninguém, e a decidimos fazer outra coisa. Fomos então assistir filme.

- Tudo filme lixo. - Johnny disse, censurando Emanuella com o olhar, ela mostrou o dedo do meio pra ele. – O menos pior é “Lenda Urbana”, vamos assistir esse.

- Quero pipoca. - Melissa disse. Breno saltou do sofá na hora, ah não creio que ele fará essa por ela.

- Eu faço pipoca, Tiago brother, siga-me.

- Por quê? - retrucou o outro.

- Porque eu to mandando.

- Ui, hoje ele tá mandão. – Os dois babacas foram pra cozinha.

- Eu... - Comecei. Eu faria qualquer coisa pra não ter que olhar pro Eduardo. – Vou pegar as cobertas. Emanuella, vamos comigo?

- Sim. - Emanuella respondeu por mim. – Eu te levo lá.

- Ok.


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Notas finais do capítulo

Vou ver se consigo corrigir mais dois capítulos. Alguem ai gosta de Mcfly??



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