The Simple Plan escrita por Tamiris Vitória


Capítulo 12
O plano simples que deu errado. Ou não.




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POV Eduardo


Eu estava no corredor do ensino médio esperando Paolla, quando Carolina apareceu, e parecia brava.


– Eduardo, não me diga que esta esperando aquela garota. - Eu sorri. – Ah, qual é, você esta aqui esperando ela?


– Estou sim, por quê? - Carolina me abraçou, ela era irritante, mas eu gostava dela. – Ciúmes Carol?


– Lógico, eu não suporto aquela garota e vai que você é que nem aqueles otários que se deslumbram por mais velhas?


– Não, relaxa... Eu não sou assim. Bom... - pensei em Paolla e franzi o cenho. – Não acho que seja.


– Ah, bom mesmo. - Carol me deu um selinho. – Eu confio em você.


– Eu também. - ela riu. – Sério, se eu não confiar em mim quem vai confiar?


– É Dudu, faz sentido, vou pro intervalo. Tchau!


Mais um selinho e Carolina saiu. Paolla finalmente saiu da sala, hoje ela estava realmente linda, usava uma calça jeans preta, um Mary Jane branco e uma camiseta simples com a frase – Don’t worry, be happy, e os cabelos estavam presos num coque frouxo.


– Achei que não viria. - Ela disse séria. – A Carolzitcha não tem ciúmes?


– Ciúmes do que? De quem, e por quê?


– Você é mesmo chato, hein? - Encostou-se ao meu lado, nós éramos da mesma altura. Que observação incomum.


– Sim, sou insuportável, masnão é novidade a ninguém. O que você queria?


– Sua companhia.


– Ah, isso. - Olhei para os meus pés e contei até 45. – Pronto! Já teve minha companhia.


E eu dei dois passos, Paolla segurou minha blusa.


– Credo, Eduardo!!!


Fomos para o pátio e lógico que todos nos olhavam surpresos. Não que eu me preocupasse, eu não devo nada a ninguém.


– Tá legal, o que você quer fazer?


– Vamos para a biblioteca!


– Fazer?


– Conversar, oras.


– É hoje... - murmurei, balançando a cabeça em negação.


Entramos na biblioteca e encontrei meus amigos. Agora está explicado porque eles saíram primeiro que eu da sala, e eu que achei que eles iam sei lá... Fazer qualquer coisa que não fosse vir aqui.


– Senta!


– Hum, isso só esta estranho para mim? - perguntei, me sentando ao seu lado.


– Aham. - respondeu ela, tão simples e natural que eu tive a impressão de que ela esquecera de que me odiava. – Qual é o seu maior sonho?


– O que? Pra que isso? Você vai realizá-lo? - Paolla baixou a cabeça na mesa e deu uma longa respirada. – Ah, desculpe, desculpe. Ahn... Eu tenho muitos sonhos sabe?


– Bacana, e qual é o que te motiva hoje? - Ela parecia tão interessada em um assunto que nem eu pensava tanto. Ta, é meu sonho, mas eu não posso esquecer da minha vida por causa de um sonho, isso saiu desconexo, mas enfim.


– Eu gostaria de ser músico.


– M E N T I R A!


– Pior que é sério.- Vi os olhos dela brilharem ou fora apenas impressão minha.


– Ai que lindo Eduardo! Instrumento, voz...?


– Um pouco dos dois.


– Talentoso.


– Nem tanto.


– Humilde! - os olhos brilharam e dessa vez não foi impressão minha.


Garota estranha, muito estranha.


– Paolla, sem maldade, o que você quer com isso?


– Quero ser sua amiga.


– Ta, mas...


Ela segurou a minha mão. Seu toque dela era tão macio, até sensual, só eu que sinto que Paolla está tentando me seduzir? E o pior, com cinismo? Sim, cinismo, pois faz isso jurando de pé junto que não.


– Eu sabia que não podia confiar em pessoas mais velhas. - Ouvir a voz de Carolina foi o céu e o inferno. Saltei da cadeira, nervoso. Tanto que bati a cabeça na prateleira de livros atrás de mim.


– É verdade, eu não sou digna de confiança. - Paolla disse, deixando-me meio confuso. – E nem você é digna do que namora.


Opa.


– E desde quando isso é da sua conta, queridinha?


– Desde o momento em que virei amiga do Eduardo.


– Disse certo: A M I G A! - Carolina veio até a mesa e lançou um olhar mortífero a Paolla. – Não pense que o usará como estepe para esquecer Eric. Eu não deixarei você fazer isso.


Eu observava atentamente as expressões de Paolla, esperando que alguma delas a denunciasse.


– Tola. - e com essa única palavra, ela saiu da biblioteca, admito que me senti frustrado. Ela é mais esperta do que eu pensei.


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