Again escrita por Crystal


Capítulo 11
Desestabilizante


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!:)



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*Ana narrando*

– Ela não disse nada sobre mim? - foi o que eu ouvi de Victor assim que recebi meu suco de laranja. Estávamos sentados próximos ao balcão do bar/restaurante do hotel.

– Ela ficou meio mexida, mas a Raquel é cabeça dura demais pra dar o braço a torcer... Sabe o que eu acho? Ela precisa desiludir de vez do seu irmão.

– É, eu também acho... E então, já comprou a sua fantasia?

– Já. Ontem Raquel e eu alugamos as tais fantasias... Eu nunca vi usar fantasia para um baile natalino, sabia? - ele riu.

– Nem eu. Eu não aluguei a minha ainda, não sei o que escolher...

– Você já pensou em alguma coisa?

– Eu vi uma do Shrek bem legal...

– Tá doido?! - gritei com indignação. - Nunca, que eu vou deixar você fazer um absurdo desses... Eu te ajudo com isso também!

– Obrigado, mas acho isso um pouco complicado até para você...

– Mas eu já tenho em mente o que você vai usar. - ri malignamente, me lembrando da fantasia que Raquel escolhera ontem.

– Que medo! E qual é essa fantasia?

– Vamos para a loja de fantasia e no caminho eu te conto. - pisquei para ele, e seguimos para a loja.

* Matheus narrando*

– Até hoje você não conseguiu nada com a Ana, o pegador! - ouvi essa frase ridícula vinda do meu amigo Nathan, o qual estava ao meu lado, próximo à piscina do hotel.

– Não estabelecemos um prazo para isso. - dei de ombros, recolocando meu óculos de sol.

– Bem, mas já está demorando muito, e seu prazo acaba hoje! - ele disse simples.

– Hoje? - ri com deboche de sua frase.

– Sim, hoje. - ele reafirmou. - E olha que eu estou sendo bonzinho, hein. - arqueei a sobrancelha para ele em sinal de incompreensão e ele prosseguiu. - Veja bem, o baile à fantasia é hoje... Então hoje é a sua oportunidade perfeita!

Eu já estava começando a me arrepender dessa porra de aposta, não é como se eu quisesse ter a Ana apenas por uma aposta, eu queria conquistá-la sem nenhuma pressão. Ela era uma garota muito, eu não sei, ela era diferente... Ela não precisava de muito para estar ou ser maravilhosa, talvez seja por isso que aquele Pedro não desgruda dela, não que eu me importe com isso, pra mim, não é como se ele fosse um concorrente a minha altura, mas uma certeza sobre ele eu tenho, detesto como a Ana olha pra ele, ela devia olhar daquela forma apenas para mim... Certo?

*Raquel narrando*

Hoje a noite aconteceria à festa natalina a fantasia, parece estranho, mas era quase uma tradição pelo o que eu ouvi falar aqui no Hotel. Ela aconteceria aqui no hotel mesmo, no salão de festa, e eu já estava quase pronta para descer. É redundante dizer que eu era a ultima a ficar pronta. No quesito maquiagem e cabelo eu gastava boas longas horas para que tudo ficasse impecável, aliás, não é porque o baile é a fantasia que eu preciso estar parecendo uma bruxa.

A minha fantasia era de princesa, mas uma princesa sexy, Deus me livre daqueles vestidos enormes e rodados! Aquilo não valorizaria em nada o meu corpo, e afinal, o que é bonito é pra se mostrar. Por isso, meu vertido rosa era curto e rodado na barra, minha coroa e alguns outros acessórios fechavam o meu look.

Suspirei pesadamente me olhando no espelho e borrifei alguns jatos de perfume sobre o meu corpo, para logo após finalmente descer e encontrar a figura de cinco pessoas que eu já conhecia me esperando.

Fiquei boquiaberta ao reparar a fantasia de cada um, a da Ana eu já havia visto ontem quando escolhemos elas juntas, e achei horrível a suas escolha: Vampira. Ninguém merece certo? Pedro que estava ao lado dela confesso que também me decepcionou ao eu ver sua fantasia de soldado do exercito. Meu Deus! Que cafona! Logo após vi meu loirinho que estava vestido de astronauta, isso mesmo, astronauta, só que sem capacete. Meu irmão pelo que pude reparar estava vestido de astro de cinema? O que era aquilo? E por último, mas não menos surpreendente, Victor. Ele estava vestido de príncipe. Sim, como o destino era irônico... Depois daquele dia na balada passei a ver Victor com outros olhos, não que eu seja uma pessoa superficial, mas não gosto muito de nerds, mas com Victor era diferente... Ele se mostrava ser bem diferente do que eu imaginei que ele fosse, e tá eu confesso, ele estava lindo de príncipe.

Cumprimentei todo mundo e logo fui elogiada por todos, depois seguimos para a festa.

* Ana narrando*

Já estávamos há alguns minutos na festa e confesso que estava sendo bem legal, eu nunca havia ido antes numa festa a fantasia, achei super interessante e apenas por ser a fantasia dava outro clima a festa, parecia que fantasiado você poderia fazer o que quiser sem o risco de ser julgado depois.

Pedro estava ali ao me lado, mas eu o sentia distante. Sim, ele ainda estava estranho, e não quis falar o porquê para mim quando o perguntei, ele dizia que não era nada, que estava tudo bem, mas eu não sentia que estava. E momentos como esse em que eu o pego calado olhando pro nada reforçam essa minha ideia.

– Está tudo bem com você, Pedro? - ele pareceu acordar de um transe para dar sua atenção a mim.

– S-sim. - ele sorriu. - Por quê? - balancei a cabeça negativamente, Se ele não queria me dizer o que estava acontecendo, eu não iria forçá-lo.

Após alguns minutos assim, Pedro falou que precisava dar um telefonema, eu não queria ficar ali sozinha, então fui para a pista de dança.

*Raquel narrando*

A festa estava ótima, gente bonita, musica alta, bebida pra todo lado, estava perfeita.

Após algum tempo, Ana se juntou a mim na pista de dança e começamos a dançar nós duas juntas, estava muito divertido. Até que em um momento começou a tocar uma musica mais lenta (Dancing away with my heart) e um cara puxou Ana para dançar com ele e eu me vi sozinha na pista, até que braços envolveram minha cintura e me virou para dançar com ele. Sorri ao ver que era meu príncipe, relaxei em seus braços, e deixei com que ele me conduzisse.

Ele se movia com uma delicadeza incrível, assim como segurava minha cintura de um jeito que me fazia sentir-me segura. Olhei pra ele e seus olhos foram como adagas, perfuraram-me e atravessaram cada parte de mim até parecer que ele conseguia ver meu coração, lacei seu pescoço e acariciei sua nuca e balbuciei em frente a seus lábios com os olhos quase fechados um "me beije agora!". Ele sorriu e finalmente me beijou.

* Ana narrando*

Sorri ao ver meu plano dando certo. Finalmente Raquel e Victor haviam se entendido, me senti muito feliz por eles.

O que estava me incomodando no momento era o cara que dançava comigo que insistia em me beijar de qualquer forma. Eu tentava me soltar, mas ele não me dava brecha.

– Me solta!

– Calma gatinha. Me dá só um beijo.

– Eu não quero! Me solta, por favor!

– Me dá um beijinho que eu te solto.

– Não, por favor, me solta! Me solta! - eu dava bruscos empurrões nele, mas eles não pareciam surtir muito efeito.

Eu já estava ficando desesperada, e sentia os meus olhos marejarem, pela força que o rapaz usava par a segurar o meu braço e não me deixar ir.

– Solta ela! Você não viu que ela não quer? - ouvi uma voz dizendo pro rapaz que me segurava.

– Cala boca! Isso daqui não é da sua conta, vá cuidar da sua vida! – o rapaz que me segurava falou.

– É da minha conta sim, seu filho da puta! E se você não soltar a minha namorada agora eu vou quebrar a porra dessa sua cara! - eu olhei de olhos arregalados ao ver que quem pronunciava aquela frase era o... Matheus.

– Ela é sua namorada, cara? Ah foi mal! - Matheus não disse nada, o cara me soltou, e Matheus me puxou pela mão e me tirou da pista de dança e me levou até o bar.

– Você está bem? Aquele babaca te machucou? - ele disse sério me analisando para ver se eu não estava machucada.

– Não. Eu estou bem. - Falei e ele suspirou baixinho.

– Que bom.

– O-obrigada. - eu disse um pouco aturdida com aquelas informações. Eu fui quase agarrada, quem me salvou foi o Matheus e ele está preocupado comigo?

– Não precisa agradecer. - ele disse e esboçou um sorriso de canto.

– É claro que eu preciso... Bem, aonde está o Pedro? - ele bufou e revirou os olhos.

– Eu encontrei com ele na saída e ele me pediu pra te avisar que ele teve que subir e que falava com você amanhã.

– Ah, ok. - ficamos em silencio por um tempo até que uma coisa veio a minha mente. - Por que você disse que eu era sua namorada? - ele me olhou e ficou pensativo por um tempo até que começou a falar.

– Foi só para que ele te soltasse mais facilmente, por que, Ana? Gostou da ideia? - ele deu um sorriso torto.

– Não! - neguei rapidamente e ele riu daquele jeito debochado dele. - Dá próxima vez vê se arruma uma desculpa melhor...!

– Além de tudo ainda reclama, meu Deus! Como você é ingrata!

– Ei! Eu já te agradeci!

– Mas só com um obrigado? Eu salvei a tua pele, garota! Mereço pelo menos uma dança, não?

Sorri pra ele e me pus de pé e ele me levou pra pista novamente. Seus dedos se entrelaçaram nos meus segurando as minhas duas mãos, e no momento tocava a musica Sex On Fire. A musica nos envolvia, e o jeito com que seus olhos verdes me fitavam me deixava de um jeito o qual eu nuca havia me sentido antes. Meus batimentos iam a mil e ele me guiava com maestria, mas em momento algum tirava seus olhos dos meus.

Numa infeliz conhecidencia começou a tocar uma música que eu adorava : Pixie Lott - Band Aid, que para mim parecia se encaixar perfeitamente de alguma maneira com tudo. Suas mãos soltaram as minhas e enlaçaram a minha cintura e me puxaram pra mais perto do seu corpo e minhas foram automaticamente para o seu pescoço e agarraram seus cabelos, ele aproximou seus lábios delicadamente dos meus até eles se encontrarem e quando eles assim fizeram meus batimentos foram a mil. Sua boca era exigente contra a minha e seu halito de menta era viciante, assim como seu perfume com cheiro de uva que invadia meus pulmões cada vez que eu puxava o ar. Eu me senti de uma forma diferente ao beija-lo parecia que eu estava saltando de um precipício e não tivesse ninguém para me salvar. A musica mudou para 93 million Miles, mas o nosso beijo continuou até não termos mais ar em nossos pulmões. Ao nos separarmos, ele acariciou a minha bochecha e sorriu pra mim, e só aí me dei conta do que eu havia feito, eu havia beijado o Matheus, sim, logo o cara que eu considerava o ser mais irritante e menos beijável do mundo. O que estava acontecendo comigo? O que eu fiz?

– Não pense, por favor. – o encarei estática. – Deixe tudo acontecer hoje, amanhã você pensa sobre tudo. – isso foi assustador, como ele sabia que eu já estava pensando em tudo? Ele lê mentes?

– E-eu não posso fazer isso... E-eu... – ele pôs um dedo na minha boca me calando e me beijou novamente e meu coração voltou a ir a mil como uma descarga de adrenalina, meu corpo queimava e sentia pequenas descargas elétricas ao seu toque.

– Matheus! Ana! – ouvimos gritos e nos separamos. Eram Nathan, Raquel e Victor, eu me senti extremamente envergonhada por eles terem me visto aos beijos com Matheus.

– O que foi? – Matheus bufou impaciente por causa da interrupção.

– Vamos lá fora ver os fogos!!!! – eles disseram animados e nós fomos. Chegamos lá fora e praticamente todo mundo já estava lá. Eles fizeram uma contagem regressiva e soltaram os fogos de artifício, o que deu ao céu um aspecto lindo, mas o que era lindo mesmo era ver o novo casalzinho Raquel e Victor aos beijos.

Meu celular vibrou, indicando uma mensagem:

“Desculpe não poder estar com você, amanhã te explico tudo... Feliz Natal, meu anjo! – Pedro.”

Suspirei, e repensei em tudo que eu havia feito ainda a pouco, uma culpa invadiu meu peito e uma angustia também. Até que senti braços laçarem minha cintura e um cheiro de uva invadir minhas narinas, e logo após uma voz sussurrar no meu ouvido: “Feliz Natal, meu amor!”, e me puxar pra um beijo o qual me desestabilizou novamente.


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Notas finais do capítulo

http://www.youtube.com/watch?v=RF0HhrwIwp0
http://www.youtube.com/watch?v=RF0HhrwIwp0
http://www.youtube.com/watch?v=5z-1B1Ehkoc
os links acima são das musicas. Por favor, COMENTE,me diga o que você achou, estou preparada para tudo, rs!!!! E desculpe a minha demora!



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