“Takamine-Kun! Eu não consigo entender porque você não quer conhecer a super estrela Pop Ooumi Megumi.” Berrou Suzume.

“Mizumo, para com esse drama.” Falava normalmente o garoto de cabelos pretos e ollhos dourados, cruzando os braços afundando em sua carteira. Por que Mizumo tinha de ser tão escandalosa desse jeito?

“É Kiyomaro! Esse encontro pode ser minha grande chance!” Falava Mariko Nakamura se pondo ao lado da amiga. Então a ruiva subiu na carteira e falou com determinação. “ No momento em que nos conhecermos ela perceberá minha voz angelical e me pedirá para gravar um música com ela, depois vou começar a vender CDs que nem água e todos vão me adorar.”

“Impossível!” Falaram descrentes Kane Tsuyoshi, Hiroshi Yamanaka e Mamoru Iwashi ao mesmo tempo.

“HaHaHaHaHa! Sua nós todos sabemos que a única pessoa aqui que irá realmente impressionar a Megumi-Chan por aqui sou eu.” Disse Suzuki,  brotando da nada e assustando os três menino com sua cara de fantasma.

“ Você? Ha, não me faça rir. Não se esqueça que ela tem a nossa idade e eu tenho certeza que ela irá se apaixonar por mim.” Yamanaka se pronunciou “ Afinal, que garota consegue resistir aos meus músculos? Valeu a pena todos aqueles treinos de Baseball.”

“Que piada Yamanaka.” Protestou Kane “É claro que é por quem que ela vai se apaixonar será por mim.”

“É óbvio que o escolhido dela serei eu!” Exclamava o baixinho Iwashi. “Então parem de falar coisas tão estúpidas.”

 Aquilo tinha deixado Kiyomaro uma fera. Como eles ousavam falar dela desse jeito? Megumi era muito melhor do que aquilo. Só que, infelizmente, ele não podia falar nada para defende-la, uma vez que nenhum deles conhecia esse lado da vida dele. E, se depende-se dele, as coisas iam continuar assim.

O professor, irritado por obviamente não ser centro das atenções daquela aula, fechou bruscamente o livro que estava em sua mão, isso fez com que todos olhassem pra ele.

“Bom, já que nem um de vocês prestou a mínima atenção na aula hoje eu deveria deixar todos depois da aula, mas isso não iria adiantar mesmo. Então vão para casa antes que eu mude idéia.

Sem pensar duas vezes, os alunos se levantaram e foram embora da classe. No caminho de volta pra casa, o assunto permanecia sendo o mesmo da ula. Todos estavam inebriados com a possibilidade de encontrar uma pessoa tão famosa, menos o sério Kiyomaru, para o espanto dos amigos.

“Nossa o tempo passa quando a gente fala sobre a Megumi-Chan, não é?” Disse Mariko, quando perceeu estar apenas há algumas quadras de casa.

“É nem acredito que vamos conhecê-la amanhã.” Completava Yamanaka. E todo o resto concordou com ele.

“Viu Takamine-Kun, todos estão tão exitados por conhecer a Megumi amanhã. E eu não consigo entender porque só você não quer ir.” Insistia Suzume.

‘Acredite tenho minhas razões, Mizumo’ Ele pensou e então disse:

“Tenho que tomar conta do Gash porque minha mãe vai para uma cidade vizinha visitar nossa tia avó que está muito doente.” Mentiu ele.

 “Tadinha, ela está com o quê?” Perguntou Suzume.

“Sarampo Lepistoquiroso” Respondeu takamine dissendo torcendo para que o nome difícil fizesse com que eles acreditassem na existência daquela doença.

“ Takamine-kun, o Gash pode vir e tenho certeza que sua Mãe vai entender. Isso é uma chance única na vida.” Suzume não desistiria tão fácil. “Além do mais você não gostaria de encontrar a Megumi-Chan cara-a-cara e dizer tudo que você sente sobre ela?”

Kiyomaro não espera por essa.  Ele sentiu o sangue subir a face, sem entender muito essa ação involuntária. Megumi era um aliada. Uma aliada muito importante, mas o relacionamento deles nunca passaria disso. Ou será que...

Sentindo que as bochechas começavam a queimar, Kiyomaro tentou se separar do grupo de amigos antes que alguém percebe-se o que estava acontecendo com ele. O que não seria tão difícil assim, já que as casas deles eram em direções diferentes da sua.

“Eu... Eu... Tenho que ir agora!” Falou num fôlego só e saiu correndo, pois ele não sabia porque mais aquelas palavras juntas ‘Sentimentos’ e ‘Megumi’ mexeram tanto com ele só sabia que se os colegas descobrisse o seu segredo, ele estaria frito. Ao longe, conseguiu ouvir alguém dizendo:

“Não pense que vai escapar tão fácil assim Takamine Kiyomaro. Amanhã vamos nos encontrar ela na frente da casa da Suzume-chan!” É. Era a Mariko. Que depois sussurrou só para Suzume. “Não se preocupe eles vão, eles sempre voltam rastejando.” Dando uma piscadela para amiga.

E Suzume só deu um pequeno sorriso para a amiga.

“Bem, gente é aqui que nos despedimos também.” Disse Yamanaka empunhando seu taco de beisebol.

“Você tem treino hoje, seu animal?” Perguntou Kane de forma carinhosa para o ‘amigo’.

“Não, tô indo pra sua casa visitar a sua mãe de novo, babaca.” Respondeu ele irônico.

“Não fala assim da minha mãe!” Kane acertou um golpe na cabeça de Yamanaka.

Apesar do golpe ter sido forte, Yamanaka só riu do pavil curto do amigo. Ele ajeitou o taco e se separou do grupo.

“Tchau, Suzume. Estou ansioso por amanhã!” Disse ele ao se afastar.

“Tchau Yamanaka. Eu também” Suzume acenou animada sem nem se tocar todos os significados daquelas palavras.

Kiyomaro só voltou a si quando se percebeu na porta de sua casa. E quando estava entrando, o costumeiro loirinho deu seu costumeiro pulo em cima dele e fez a costumeira pergunta.

“Kiyomaroooooo, como foi na escola hoje?” Berrou o pequeno, mas ao invés de gritar com ele como sempre, Kiyomaro respondeu:

“Cala a boca Gash. Meu dia não teve nada a ver com ‘Sentimentos’ e nem com a ‘Megumi-san’.”

“Kiyomaro, quem falou sobre sentimentos e a Megumi-Chan?” Questionou o Loiro.

“Ninguém, Gash. Agora, só me deixe em paz.” Disse Kiyomaro, que se dirigiu para cozinha.

“ Alguém chegou irritado hoje, Vulcan 300.” Sussurrou Gash.

Kiyomaro se manteve trancado no quarto o resto do dia. Ele sabia que a qualquer momento algum de seus “amigos” iria ir na sua casa, ligar para ele ou qualquer outra coisa, implorando para que ele fosse no dia seguinte.

Não que ele não quisesse passar o dia com a Megumi, mas seus amigos não sabiam que ele tinha uma relação tão próxima com ela, até suspeitosamente próxima na opinião de alguns.

O que ele tava pensando?

Era o que Kiyomaro se perguntava também. Eles eram, eles eram... Se ele disse que eles só amigos ele estaria mentindo. Se ele disse que eles eram mais que amigos ele estaria... Mas sua linha de pensamento foi interrompido pelo toque do telefone. Salvo pelo gongo! Quer dizer abafa o caso.

“ Kiymaro-Chan, é pra você!” Sua Mãe gritava pra ele da sala, mas ele não se mexeu da sua cadeira e gritou em resposta.

“ Se for a Mizumo ou qualquer um deles pode dizer que eu tô dormindo ou peguei uma doença da minha tia avó.”

“Você não tem Tia avó!” A mãe esperou uns segundos para ver se o filho mudava de ideia, mas quando viu que ele realmente não sairia disse: “Então vou dizer para a Megumi-Chan que você saiu.” Ao ouvir o nome dela, Kiyomaro tomou um estabaco da cadeira.

“Mãe! Pa... Passa a ligação pro meu quarto.” Falou ele suando mais do que numa Sauna. Droga, porque isso estava acontecendo com ele, isso nunca tinha sentido isso quando Megumi ligará antes. De repente, ele foi tomado por um mal estar, mas, ao mesmo tempo, as batidas do seu coração faziam com que ele se sentisse mais vivo do que nunca.

“Alô, Kiyomaro-Kun. Aqui é a Megumi.” Falou a voz dela pelo telefone.

“ Oi Megumi-San...” Falou ele sem graça.

“Ah, Kioymaro-Kun. Sabe eu estou um pouco sem graça por pedir isso pra você, mas você poderia tomar conta da Tio amanhã pra mim?” Ela prosseguiu “Sabe o meu empresário vez um promoção um pouco maluca para que um fã passe um dia comigo. Provavelmente, vou ter que passar o dia na companhia de algum fã maluco, por isso, queria deixar a Tio fora disso.”

Kiyomaro quase soltou para ela ‘Acredite eles são malucos.’, mas se controlou. Ele sabia que Megumi tinha uma agenda apertada e gostava de aproveitar suas folgas para relaxar ao máximo e que passar um dia tendo que dar atenção a um bando de fãs alucinados não era exatamente uma ideia relaxante.

“ Sem problemas, Megumi-San. Não vai ser a primeira vez que ela fica comigo e com o Gash. Além disso,  eu não tenho planos para amanhã mesmo.” Mentiu Kiyomaro. Só ouvir a voz melódica de MEgumi o fazia ter vontade de ligar para Suzume dizendo que ele iria sim. Só que a razão dele o impedia, pois sabia que a situaçãoo seria muito mais complicada do que isso.

“ Muito obrigado Kiyomaro-Kun” falou ela. Do outro lado da linha, Megumi se segurava para não revelar que, o que ela realmente queria, era passar o dia junto dele, Tio e Gash. Pensou até em chamar ele para o “encontro” de amanhã, mas isso só resultaria em rumores. E Kiyomaro não gostaria de se envolver nesse estilo de vida que os Idols levam.

“Que isso, de nada. Que não seja por isso.”

“Não Kiyomaro-Kun! Muito obrigada, por tudo.” Falava delicadamente “ Além do mais quero te contar um segredo... Queria que você tivesse ganhando esse concurso.” Disse por fim. Megumi não exatamente ainda quais eram seus sentimentos pelo portador do livro vermelho, ela só sabiam que eles eram fortes. Muito fortes.

Essa não teve jeito Kiyomaro Corou desenfreadamente, começou a suar e agora estava ofegante.

“Tá certo, Megumi-San vejo vocês amanhã” Disse ele  rapidamente, agora, até mesmo falar parecia uma ação extremamente complicada. “ Tchau, então.”

“ Tchau Kiyomaro-Kun” E ela desligou.

As pernas dele tremiam mais do que nunca e ele sentia como se precisasse se sentar um pouco. E de repente Gash entra com aquela cara de Gash e pergunta que pra ele.

“Se está bem Kiyomoro?” Mas ele se manteve corado com o telefone no ouvido e não respondeu nada. “ Acho que isso é um Não!”